Na sala , Carlisle recebia James, do jornal da cidade de Forks em busca de matéria.

- Uma paciente sua, Isabella Swan recebeu atenção da mídia da nossa cidade pelas suas tentativas de suicídio. Gostaríamos de um relatório detalhado sobre ela. É claro que a nossa maior preocupação é com o bem estar da jovem.

- Agora que ela é paciente está sobre cuidados aqui e os detalhes do seu estado são confidenciais. – Carlisle falou

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Mas, você acha que ela está bem o bastante para receber visitas?

- Olha, vocês estão querendo usar a Bella em beneficio. Isso não vai acontecer. Sinto muito, mas, ela não está disponível para ser posta em exibição.

- Pedimos informação ao Conselho Estadual de Saúde, que lhe dá permissão para funcionar. Parece que a três anos um paciente morreu aqui de overdose de remédios. E as famílias de outros pacientes têm reclamado dos seus métodos irregulares de tratamento. – ameaçou de forma velada.

- Normalmente as famílias dos pacientes se queixam por que nem todo doente mental pode ser curado – falou Carlisle com fina ironia – O que exatamente querem de mim? – questionou

- O senhor tem métodos nada ortodoxos Dr. Carlisle. Posso fazer as atenções se voltarem para as atividades incomuns que tem aqui. – agora a ameaça era explicita.

- Eu não tenho nada a esconder. Sugiro que vá caçar noticias em outras bandas. Declarou Carlisle tão seguro que o jornalista perdeu a sua pose prepotente. James saiu bufando quando viu que nada conseguiria por que ficou obvio que o doutor percebeu que a sua ameaça não seria levada adiante.

- 275, 276, 277, 278, 279, 280... – Alice estava parada na porta da entrada com as malas prontas.

- Alice, você não recebeu alta querida. Vamos, eu te ajudo com as malas. – disse a enfermeira.

Bella ficou observando de longe penalizada. Gostava de Alice e sentia pena da sua situação. Acompanhou com tristeza ela passar por ela carregando uma das suas malas. Deu um pulo quando sentiu uma mão grande e fria segurar firme em seu pulso. Virou de frente e viu Edward que parecia chamá-la. Ele adorava ouvi-la tocar piano. Ele a levava até a sala e ficava parado ouvindo Bella tocar. No final sempre a presenteava com um dos seus belos sorrisos.

- Não Edward. Hoje eu não quero tocar. – falou Bella sorrindo triste e se afastando. Edward ficou parado a vendo desaparecer pelos corredores.

Bella foi até a sala onde os “loucos” se reuniam para o lazer e encontrou Alice sentada numa poltrona olhando pela janela. Sentou-se no braço da poltrona e fez um carinho na amiga.

- Você está bem? – quis saber

- Ele virá brevemente sabe? E eles vão me deixar sair. Ele vai me levar daqui. – respondeu com o olhar perdido.

(........)

Todas as tardes eles tinham alguma atividade física. Hoje era na piscina. Bella mergulhou e nadou até onde estava Esme.

- Oi. – cumprimentou Bella

- Você está bem? Tem que tomar cuidado. – aconselhou Esme sorrindo

- Não faz diferença. Faz? – ironizou Bella arrancando uma risada de Esme. Ficaram um tempo em silencio só curtindo a leveza do momento.

- Essa noite haverá palestra e meditação. – informou Esme sorrindo.

- Não deveria deixar essa vida sem saber até onde pode chegar. – falou Esme repentinamente séria. Bella a encarou e sem saber o que dizer mergulhou indo para o fundo da piscina. De lá ficou observando todos que nadavam e brincavam numa felicidade e tranqüilidade rara. Só saiu de lá quando sentiu que o fôlego tinha acabado.

A noite após o relaxamento onde entoaram alguns mantras ouviram o palestrante falar sobre a loucura.

- A insanidade é a incapacidade de comunicar as nossas idéias. Então todos nós em maior ou menor intensidade somos todos insanos. Mas, não confundam insanidade com perda de controle. Tem duas opções: Controlar a mente ou deixar a mente controlar vocês.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Isso tocou Esme profundamente. Quando a palestra finalizou ele conversou com alguns dos internos até que Alice saltou diante dele radiante.

- Estava te esperando. Você demorou. – disse ela com um sorriso que cativou o jovem palestrante.

- Me desculpe senhorita. Não tive a intenção de fazê-la esperar. - disse ele encantado com a beleza e doçura dela.

- A propósito... Sou Alice. - ela estendeu-lhe a mão que prontamente ele tomou entre as dele.

- Jasper, seu criado...

Bella perambulava pelos corredores. Não quis assistir a palestra, as palavras da Esme soando em sua cabeça mexeram profundamente com ela. Segiu para a sala do piano.

Edward estava acariciando o piano quando viu Bella entrar. Ficou parado devorando-a com o olhar. Ela estancou quando deu pela presença dele e se fitaram por uns breves segundos antes que ela se virasse e trancasse a porta à chave. Depois caminhou lentamente até ficar frente a frente com Edward.

Apenas a claridade da lua iluminava o cômodo, mas, ela podia ver o brilho naqueles olhos verdes. Sem tirar os olhos dele ela sentou-se no banquinho do piano e começou a tocar.

Um estranho magnetismo existia naquele lugar com uma força absolutamente incompreensível que atraia aquelas duas pessoas. Ela tocava com tanta intensidade expressando através da música do redemoinho de sentimentos e emoções que a tomavam.

Quando terminou de tocar estavam ambos com a respiração acelerada. Eles ficaram um tempo apenas se admirando, então Bella afastou o banco e olhando para Edward tirou o casaco e depois deixou a alça da camisola escorregar pelos seus os ombros, expondo os seios aos olhos de Edward que neste momento congelara no lugar. Lentamente estendeu a mão para ele num convite mudo. Vendo que ele não se movia e tomada por uma grande excitação começou a se tocar olhando para ele.

Sua respiração ficou ofegante e os gemidos começaram a sair dos seus lábios enquanto se tocava olhando dentro daqueles olhos verdes, aquela boca macia e rosa, as faces coradas denunciando o intenso desejo que ele também sentia ao vê-la se tocar para ele.

O orgasmo dela chegou violento e pleno. Caindo de joelhos ela sorriu agradecida a ele.

- Eu poderia me apaixonar por você agora. - Bella sussurrou - Eu sei que você não vai dizer nada, mas, tudo bem – disse sorrindo para o ofegante Edward que saindo do seu transe deixou a sala numa velocidade que não era humana. Bella refeita da surpresa, de repente começou a rir da sua própria ousadia.

Quando chegou ao seu quarto Edward ainda ofegava. Sentou-se na cama atordoado pelos sentimentos que o tomavam. Pela reação do seu corpo a ela. Alguns minutos depois levantou e pegou o seu caderno de desenho. Onde antes só havia rabiscos, agora tinha desenhos do rosto de Bella em diversos momentos. Ela triste, pensativa, sorrindo... E ele entendeu que ela o estava curando.

(.........)

O dia amanheceu e Carlisle se surpreendeu ao ver Bella a sua espera logo cedo.

- É muito cedo. – disse conferindo as horas no relógio.

- Preciso falar com você. – disse ela torcendo as mãos

- Sente-se, Bella. O que há – perguntou após terem se acomodado

- Eu preciso da sua ajuda

- você não tomou sua injeção ontem a noite – disse Carlisle

- Eu sei. Eu estou me sentindo melhor.

- Mas, não está parecendo – disse ele notando a sua agitação. Carlisle levantou e tomou a sua pulsação. - Bella, se quer aproveitar ao máximo o tempo que resta faça o que eu digo. – censurou-lhe. Bella tirou a mão dele do seu pulso delicadamente.

- Eu quero sim. E é por isso que eu preciso saber exatamente quanto tempo me resta.

- Eu já falei, não dá pra saber – disse ele voltando a se sentar – Tudo está acontecendo exatamente conforme eu previ.

- Dr. Cullen...Preciso que faça duas coisas por mim – pediu Bella e levantando-se se aproximou dele - Eu preciso de uma injeção ou outra coisa que me mantenha acordada. Eu quero ter consciência de cada momento.

- Qual é a outra coisa? – quis saber Carlisle

- Eu quero sair daqui. – disse séria.

- Não, não, não, não. Você não pode ir. Não está bem o bastante. Está sob os meus cuidados. Está muito pálida.

- Estou cansada, só isso.

- Olha, se ainda me resta algum tempo... Há tanta coisa que eu ainda posso fazer. Eu quero ir para a praia. Eu quero ver o mar, eu quero sentir a areia. Quero comer um Taco enorme na minha barraquinha favorita e eu quero ir a um pub inglês quero e beijar Robert Pattinson na boca! (Ok! Essa ultima foi invenção minha... Hehehe...) eu nunca fiz nada disso. E eu quero ver a minha mãe. Eu quero conversar com ela... Conversar de verdade!

- Ouça, vá descansar e poupe a pouca energia que lhe resta. – disse Carlisle sem se impressionar ou comover com a súplica dela. Bella sentou-se desanimada e numa ultima tentativa desabafou com ele.

- Dr. Cullen, ontem... Ontem à noite eu soube que tinha que viver. Há tanta coisa sobre mim que eu não sei.

- O desejo se contrapõe ao medo. Hoje muita gente substitui quase todas as suas emoções pelo medo. Quando todos têm sonhos, mas, só alguns conseguem realizar, isso torna o resto de nós covardes.

- Mesmo se esses poucos estão certos?

- Principalmente se estão. - Quando Bella suspirou abatida ele encerrou a conversa. – Bella, vá descansar. Tenho que atender outros pacientes.

Bella levantou e se encaminhou para a porta.

- Se todos realizassem seus sonhos, esse lugar estaria vazio. – Carlisle completou Bella parou e se virou para ele encarando-o abismada e depois saiu batendo a porta.

Edward estava no jardim olhando o vento brincar com as copas das árvores. Uma vontade de falar o invadiu e ele abriu a boca tentando pronunciar uma palavra.

- Os Marcianos estão invadindo o nosso planeta. Não acredita em mim? Deu na CNN – Edward ficou olhando para o homem que lhe falava e sentiu compaixão por ele. Tocou o ombro num gesto de conforto e percebeu que estava se importando com outra pessoa. Sorriu e saiu em direção ao prédio.