Me dizem o que eu queria realmente ouvir

Acordei normalmente para eu ir estudar. Sim eu tenho dislexia e déficit de atenção. Quando estava finalmente pronta para ir ao colégio minha mãe me chama:

- Tem uma pessoa muito especial querendo falar com você.

- Quem é? – eu perguntei – Eu conheço?

- Não, venha logo.

Eu fui pensando que era o meu pai, já que eu nunca o vi, nem em foto e nem pessoalmente.

Quando cheguei à sala tinha um adolescente com um boné esquisito e calças largas, ele se apresentou:

- Meu nome é Grover Underwood, seu guardião.

Eu fiquei tipo: WHAT?

- Guardião? – perguntei achando que ele fosse louco.

Antes dele responder minha mãe se sentou no sofá e falou:

- Filha, tenho que te contar uma coisa que eu nunca contei para ninguém... É sobre o seu pai.

Eu me sentei. Fiquei assustada ela nunca disse nada sobre o papai, só uma vez que ela disse que ele foi fazer uma viagem e nunca mais voltou, eu sempre achei que ele tinha sido comido por uma baleia ou algo do gênero.

- Filha, seu pai era simpático, gentil e sempre quis ficar perto de você, mas deuses não podem fazer isso...

Antes dela continuar eu a cortei.

- Deuses? Mãe, eu sei que você amava o papai e tal, mais deuses já é demais.

- Ele era um deus grego, foi à única coisa me disse. Não disse o seu nome nem nada, só disse isso antes de partir: Eu sou um deus grego, eu te amo só saiba disso. E ele se foi pelo mar, nunca mais o vi.

- Você ta brincando né?

Depois de tanto tempo quieto Grover finalmente falou:

- Suponho que não Ana, você é uma semi-deusa eu posso sentir isso.

- Eu, semi-deusa? Eu acho que não.

Grover me olhou assustado.

- Bem que a sua mãe me disse que você sabia bastante coisa sobre a mitologia grega. E sim você é uma semi-deusa.

- Não acredito – disse eu assustada.

Logo depois dessa parte não me lembro, porque eu desmaiei no tapete da minha sala.