"Eu construí dois"


O tempo passou e tornamo-nos conceituados e famosos feiticeiros. Por causa das doenças e outras complicações que vieram com a idade, Anastácia parou de lecionar.

O castelo do feudo parou de suportar o número exagerado de alunos e novos professores entre outros funcionários da escola e do feudo, criando-me mais um problema.

Foi então que me tornei suserano de mim mesmo, doando a maior parte do feudo de meu pai para fundar a nova escola, batizada de Hogwarts por causa de nosso imenso colaborador, Howard Hogwarts, marido de minha tia.

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Construímos um enorme castelo, talvez três vezes maior do que o antigo.

Cada um de nós elegeu uma torre, construindo um Salão Comunal para seus alunos.

Rowena elegeu a torre oeste, a mais alta delas. por algum motivo, se sentia à vontade em lugares mais altos. Era uma sala bem iluminada, decorada com móveis de madeira e inúmeras estantes de livros. Seu brasão era azul e branco, com o animal-símbolo sendo o corvo.

O de Godric era mais luxuoso, com móveis em veludo vermelho. Se localizava no sétimo andar, atrás de uma pintura de um enorme leão. O brasão era vermelho e dourado, com o animal sendo o leão que guardava o salão comunal.

Eu construí dois.

O primeiro, de minha querida Sonserina, tinha entrada nas masmorras e se situava abaixo do Lago Prateado, batizado por meu pai por causa da cor de suas águas à luz da lua. Era luxuoso, com os móveis mais caros que o dinheiro podia comprar. Meu brasão era constituído por uma serpente, por causa da ofidioglogia, e de prata e verde.

O segundo construí em nome da quarta casa que estava para ser aberta, que batizei de Lufa-Lufa. O decorei também luxuosamente, mas não tanto como o primeiro, pois sabia que Helga não apreciaria tanto. No brasão utilizei as cores preferidas de minha irmã, o preto e amarelo, e pus carinhosamente o texugo, em homenagem à Murphy, que ainda continuava comigo, apesar de assustado por minha nova cobra de estimação.

Naturalmente, minha querida meio-irmã foi a primeira visitante. Porém, mal pôs os pés no castelo e eu peguei-lhe de surpresa, tapando seus olhos por trás. Ela riu.

– Salazar, o que é? – perguntou, adivinhando quem eu era de primeira e estragando a brincadeira quase por completo. Quase.

– Tenho uma surpresa. – sussurrei em seu ouvido.

A conduzi até a escada oculta na parede, ao lado do Salão principal.

– Pense em uma palavra. – murmurei. – E não me conte. Será a senha.

– Pronto. – disse, após alguns segundos.

Destampei seus olhos enquanto a escada se revelava.

– Murphy! – disse, apontando para o texugo no brasão acima da porta, como uma criança pequena. – Ah, Salazar! Que lindo!

– Seja bem-vinda. – eu disse. – A nova líder de Lufa-Lufa.