“Mas neles não havia mais vida.”

Depois de dois anos inteiros de pesquisas, eu estava perto. Realmente, em um ou dois dias a vacina estaria pronta e Adrianne salva. Apesar de já ter mais de 50 anos, ela realmente era forte. E poderia aguentar mais um mês inteiro se necessário, eu sabia disso.

Todo o caminho parecia claro agora para mim. Apenas algumas pedrinhas faltavam ser retiradas. Já era tarde da noite, mas eu continuava ali. Queria terminar o mais rápido que fosse possível.

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A porta foi aberta, revelando um dos criados do castelo.

– O que você quer? – perguntei, rude, concentrado.

Ele hesitou mas deu um passo à frente.

– É a Sra. Slytherin, senhor! – exclamou e eu rapidamente me levantei, preocupado. – Teve uma recaída...

Afastei a cadeira para trás e dei os primeiros passos em sua direção, mas então me lembrei do que deveria ser mais importante. Apanhei uma seringa e um vidro do soro. Podia não estar pronto ainda, mas talvez a fizesse melhorar...

Corri escada acima enquanto tentava por o soro na seringa. O desespero era muito. Ela devia precisar de mais ½ da seringa. Ela começava a ser enchida. Logo já completou a marca, mas eu parei. Não possuía forças. Era um homem velho.

– O senhor está bem? – perguntou.

Minha visão embaçava, o mundo girava. Eu estava tonto.

– Me leve até ela. – ordenei e ele me sustentou pelos degraus que faltavam.

Quando avistei a porta aberta, me livrei do auxilio do criado e corri até a cama.

– El tem mais 12 horas... – informou a enfermeira e eu assenti brevemente. Não a ouvi.

– O que houve? – perguntei e ela apontou para o papel sobre a colcha. Abri-o rapidamente. Uma carta de Gryffindor.

“Caros Slytherins,

Gostaria de informa-los que sua filha Sophie Gryffindor acaba de formar-se o Sétimo anos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. E, sabendo de seus impedimentos físicos e psicológicos e da doença da Sra. Slytherin eu devo informa-los de que não poderão comparecer à cerimônia.

Além disto, quero avisá-los de que estou aceitando-a, como ex-aluna da Grifinória, que a aceitarei como aprendiz.

Apenas.

Atenciosamente,

Godric Gryffindor.”

Atire o papel longe, raivoso. Ele não poderia ter feito aquilo. Era apenas... Uma provocação. Vi que Adrianne chorava.

– Só tenho mais 12 horas, Salazar! – exclamou, desesperada. Levei meus lábios até os seus, selando-os.

– Vai ficar tudo bem. – assenti e tomei a seringa. – Pode doer um pouco...

Ela apenas concordou e fechou os olhos.

– Eu te amo. – disse e eu calei-a com um sibilo.

– Vai ficar tudo bem, meu amor... Vai ficar tudo bem...

E cravei a agulhe em seu braço. Seus olhos fechados se abriram com a dor. Fechei os meus olhos, não queria vê-la assim. Flashes passavam por minha mente. Eu a conhecia quando cheguei de Hogwarts. Ela roubava a carta de Rowena e corria. Brincávamos. Ela me beijava. “Sim!”, exclamou na igreja e eu a beijei...

Quando abri meus olhos a encarei. Seus olhos azuis permaneciam abertos. Mas neles não havia mais vida. Eu sabia que a culpa era minha. E do maldito soro. Eu matara minha esposa.