Travessuras do Destino

Capítulo 3 - O Gentil


Com os grandes e sonhadores olhos, surpresos, Takahashi Nanami deu dois passos para trás. Acabara de ser beijada com louvor. Pernas bambas, faces quentes, sangue agitado. Sua respiração então, nem se fala! E o causador de todos aqueles sintomas, apenas a olhava intensamente, aparentemente tranqüilo. Morta de vergonha, Nanami segurou as alças da bolsa com força e virou-lhe as costas. Não podia encará-lo mais. Seu coração não agüentaria.

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– Takahashi... – a voz dele parecia apreensiva. – Sei que devo me desculpar, mas não farei isso. Não estou nem um pouco arrependido.

Engolindo em seco, Nana-chan mordiscou o lábio inferior.

Alguns segundos se passaram.

– Por favor, diga alguma coisa – Takeuchi Masafumi, agitado, esperava alguma reação dela. – qualquer coisa.

Confusa, Nanami olhou para o chão. O que ele queria que dissesse? Nada adequado para o momento lhe vinha à cabeça. Mas, mesmo assim, ela arriscou:

– Eu... preciso que o Takeuchi-kun me deixe pensar...

Houve um breve silêncio.

Yoshi. Eu entendo – a mão dele surgiu ao seu lado, segurando um pedaço de papel. Nele estavam rabiscados alguns números. – Quando a Takahashi decidir, ligue-me...

Pegando o bilhete, guardo-o dentro da bolsa. Olhou rapidamente para Takeuchi-kun. Não parecia bravo, seus olhos estavam cálidos como sempre. Isso deixou Nanami mais aliviada.

– Bem, vou indo... – acenou e deu alguns passos para partir. Ele surgiu ao seu lado.

Com um sorriso suave, disse:

– Eu te levarei até em casa – percebendo que ela o dispensaria, insistiu: - Não discuta, não existe a possibilidade de que eu a deixe ir sozinha.

Suspirando, Nanami concordou. Algum tempo depois, defronte ao seu lar, Takeuchi-kun tomou-lhe a mão e beijou-a delicadamente. Com um olhar brilhante, pediu:

– Por favor, Takahashi, não me deixe esperar muito...

Após algumas largas passadas, já um pouco distante, ele virou-se e disse bem alto:

– Não vou te esquecer. Oyasuminasai.

Observando-o partir, Nanami tentou acalmar o coração que ameaçava escapar de seu peito. Pegando o celular, escreveu às amigas, pedindo desculpas pelo jeito abrupto que saíra, enviou as mensagens. Não contou do beijo e nem que Takeuchi-kun a trouxera até em casa. Erguendo o olhar para a lua, pensou que apesar de tudo, não fora uma noite tão ruim. Entrando, gritou:

Tadaima!

Sua mãe gritou de volta:

– Amanhã, antes de ir à aula, entregue a maldita torta que está na geladeira.

Fazendo uma careta, Nanami amaldiçoou-se por haver esquecido. Ela reclamaria até a filhar implorar para ficar surda. Não poderia esquecer novamente. Desanimada, arrastou-se para o quarto. Uma soneca lhe faria um bem inestimável. Sonhou novamente que rosas lhe acariciavam os lábios...

Após observar longamente o impecável jardim, Nanami apertou a campainha. Aguardou. Nas mãos, trazia a torta de morangos que a mãe fizera. Trajando o uniforme da escola, de saia e blusa, usava um casaco pela manhã estar um tanto fria. Trazia a mochila vermelha repleta de chaveiros kawaiis nas costas. Calçava sapatos escuros e confortáveis. Impaciente com a demora, Nana tocou novamente a campainha.


Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.