Aprendizado. – Cap. 5

Acordei bem cedo, pelo jeito depois de tanto tempo de treinamento com a Érica fez com que eu precisasse de muito gasto de energia para eu conseguir dormir bem.

Como odeio ficar rolando na cama peguei umas roupas no meu armário e me troquei e desci para cozinha para tomar café da manhã, o que eu não previ foi que a Shade já tivesse chegado antes de mim.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Bom dia, pelo jeito você não está na turma dos preguiçosos. – disse ela.

- E quem ta na dos não-preguiçosos?

- A galera aqui – apontando para mim e para ela.

- Haha, e aí por que tais de pé tão cedo?

- Corro todas as manhãs.

- Madrugada você quer dizer, não passa das 6.

- Deus ajuda quem cedo madruga. Vai querer me acompanhar na corrida?

- Correr a essa hora da matina? Legal, achei que não ia perguntar.

- Sério? Os outros me acham uma louca por isso.

- Cada um com sua loucura. Deixa eu só come algo que eu to com fome e depois vamos.

Comi uma banana e fomos caminhar.

- Que tal eu te mostrar o lugar enquanto nós caminhamos?

- Ia ser bem legal. O que ces fazem normalmente pra passar o tempo?

- Muitas coisas caminhamos, nadamos em uma lagoa que fica no meio do bosque, jogamos videogame, vamos para a cidade, essas coisas.

- Nunca fui pra cidade, deve ser bem legal lá.

- É parece uma mistura do passado, presente e do futuro, lá tem gente de varias dimensões que não largam a cultura e as tecnologias de sua própria dimensão. Daí por isso é uma mistura.

Ficamos caminhando e conversando durante algum tempo e fomos para casa.

O tempo parecia voar na Ilha dos sonhos, quando me dei conta já era o dia que começava o aprendizado.

Acordei cedo, como de costume, para caminhar com Shade, isso já tinha virado rotina, e deparei com todos já levantados.

- Madrugaram? – perguntei.

- Não tava conseguindo dormir – disse o Dean.

- É, o aprendizado começa hoje, eu acho que ninguém dormiu direito essa noite.- disse Dante.

- Cara eu não sabia que o começo do aprendizado era hoje, a não ser a vez que vocês falaram, não, as duas vezes, não, as quatro, não, ontem o dia inteirinho ces ficaram me empurrinhando (incomodando) com isso. – lembrei

- Como tu consegue ficar nessa calma? – perguntou o Dean

- Pra que vou me estressar?

- Várias coisas.

- Por exemplo?

- Ahn, tem a chance de…, não sei, mas pode dar algo errado.

- Enquanto ces se preocupam eu vou tirar a barriga da miséria. – disse indo para a cozinha.

E lá na cozinha encontrei mais gente preocupada. O Erick e a Juliet roendo a unha, a Juliana e o Carlos andando de um lado pro outro e a Rachel brincando com o prato de mingau dela. A Shade e o James tomavam um bom café da manhã como se nada tivesse acontecendo.

- Dia macacada. – cumprimentei a turma

- Dia – responderam o James e a Shade.

- Eu disse BOM DIA MACACADA. – gritei pros preocupados prestassem atenção.

- Bom dia – disse a Juliet.

- Não precisava gritar. – disse o Erick.

- E ai Nathan? – disse a Juliana

- Dia – disse Rachel

- Cadê a Maria e a Lauren? – perguntei.

- No quarto se ajeitando – respondeu Shade.

- Que horas começa?- perguntei

- Daqui a uma hora.- respondeu James.

Comemos o café da manhã, na verdade os únicos que comeram fomos eu, o James e a Shade. Chegou a hora de começar e fomos todos para a sala.

Depois de algum tempo esperando chegou um carro na frente da casa dele saiu um homem adulto de uns 35 anos, ele foi ate a frente da nossa casa e entrou pela porta.

- Bom dia crianças – todos fizemos caretas ao escutar "crianças" – vou agora explicar como vocês vão ter seu aprendizado. Vamos dividir vocês em quatro grupos de três pessoas cada e cada grupo irá aprender com um mestre diferente. Os grupos são :

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Grupo 1: James, Lauren e Juliet

Grupo 2: Maria, Erick e Dean

Grupo 3: Nathan, Shade e Rachel

Grupo 4: Luciana, Carlos e Dante

- Pronto agora que vocês já sabem os grupos, vocês vão ter que achar seus mestres no bosque de trás da casa como o primeiro teste. Boa sorte.- disse saindo pela porta.

- Só isso?- disse Dean com voz histérica.

- Achar nossos mestres? – perguntou Juliet.

- Acho melhor irmos logo. – disse Shade.

- Uhhu, fiquei no grupo com duas gatas, Nathan nóis ta cum sorte! – disse James, Juliet e a Lauren mandaram um olhar assassino pra ele.

- Se o treino for lutar contra elas? – perguntei já pensando na possibilidade.

- Daí tu fode cum migo – disse meio triste.

- Vamos logo que os mestres podem estar perdendo a paciência.- disse Carlos

Saímos da casa e fomos procurar os nossos mestres no bosque.

- Acho melhor nos separarmos nos grupos. – disse a Shade – porque se todos formos juntos os mestres podem não aparecer.

Depois de dizer isso os grupos se separaram e foram para direções diferentes entrando mais ainda no bosque.

- Boa idéia – elogiei.

- Iria ser muito chato procurar os mestres com a turma toda junta, fazendo bagunça.

- Então só desse a idéia para a turma não te aborrecer. – disse Rachel.

- Principalmente.

- Só podia ser a… - parei de repente.

Senti que estava sendo observado, olhei para os lados procurando alguém, mas não tive sucesso.

- O que foi? – perguntou Rachel.

- Tem alguém por aqui. – disse Shade.

- Também sentisse? – perguntei.

- É, deve ser algum mestre esperando seus aprendizes. Vamos continuar,

Começamos a correr para procurar mais rápido, percebi mais duas pessoas observando e pelo que vi a Shade também sentiu. Procuramos um monte, de vem em quando nos encontrávamos com outras equipes que também não tinham encontrado seu mestre.

- Cansei – falou a Rachel se encostando em uma árvore.

Comecei a rir do nada.

- O que foi? – perguntou Shade curiosa.

- É que passamos esse tempo todo procurando nosso mestre, agora a Rachel se apóia justo na árvore onde ele está.

Do alto da arvore sai um homem de cabelos brancos, mais ou menos 30 anos, alto e musculoso.

- Como sabia que eu estava ali? – perguntou ele.

- Ali no chão – apontei para as raízes da árvore – tem uma pegada que não é de nenhum de nossos amigos, a bituca de cigarro ali perto e também os galhos da árvore que foram quebrados recentemente.

- Parabéns, vocês me acharam, por sorte, mas acharam.

- Sorte nada, você que se descuidou. – disse Shade entre os dentes.

- Pelo jeito vocês foram a terceira equipe a encontrar seu mestre. – disse ele olhando o relógio.

- Como sabe? – perguntou Rachel.

- Comunicação – disse simplesmente – agora vamos para um lugar melhor de se conversar.

Seguimos ele por alguns minutos, ele nos levou para um tipo de altar em uma clareira com um laguinho por perto.

- Aqui vocês vão vir para o aprendizado todos os dias das 7:30 as 11:00 e das 14:00 as 19:00.

- Oito horas e meia por dia? – perguntei depois de fazer os cálculos.

- É. Agora vamos fazer as apresentações. Quem começa?

- Que tal você? – perguntou Shade.

- Bom, sou Kiunamaru, mas podem me chamar de Kiu, tenho 35 anos, gosto de torta de maçã e minha afinidade é com o elemento terra. Agora você.

- Meu nome é Rachel, sem apelidos, tenho 15 anos, gosto de ramen e tenho afinidade com o elemento água.

- Você.

- Meu nome é Shade, tenho 16 anos, gosto de correr de manhã e minha afinidade é com o elemento vento.

- Meu nome é Nathan, tenho 16 anos, gosto de dormir e minha afinidade, eu acho, é com o elemento fogo.

- Que legal! Nenhuma das afinidades são iguais.

- Isso é bom? – perguntei.

- Não sei. – disse dando os ombros. – Bom eu não quero dar aula agora, que tal falarmos como descobrimos as nossas afinidades?

- Ta legal – falei com aquela emoção.

- É – disse a Rachel corada.

- Que podre. – disse a Shade.

- A minha afinidade com terra descobri um pouco depois que eu vim pra cá, quando eu dei um soco em uma parede porque eu estava com raiva e essa parede se desmanchou. Agora você Shade.

- Descobri uma ou duas semanas depois que eu cheguei aqui, quando eu peguei um resfriado e toda a vez que eu espirrava saia uma ventania.

- Rachel.

- Ahn… - ela estava muito vermelha mesmo. – Foi em um dia que eu me esqueci de levar a toalha ao banheiro e Dante estava no meu quarto conversando com a Luciana, por isso não tive coragem de pedir para irem buscar uma toalha para mim, dai eu me sequei fazendo, sem querer, a água evaporar.

- Nathan.

- No dia que eu vim para cá, eu e a minha recrutadora estávamos no nosso colégio estudando, daí do nada vieram muitas quimeras atrás da gente, o portal mais próximo era na varanda do segundo andar do prédio, mas antes de nós conseguirmos entrar no prédio veio uma das quimeras na nossa frente e nos barrou, a Érica me mandou subir enquanto ela enfrentava as quimeras, deu certo, ela trancou a passagem de algum jeito e começou a subir as escadas, mas quando ela estava quase chegando aonde eu tava uma quimera veio e pulou tentando pegar ela, daí não sei o que me deu, gritei algo e uma bola de fogo saiu de minha mão e acertou a quimera fazendo ela se desintegrar, depois disso eu e a Érica passamos pelo portal.

A Shade e a Rachel me olharam com surpresa, enquanto o Kiu me olhava como se já soubesse dessa história.

- Você já enfrentou uma quimera? Por que não nos contou antes? – perguntou Shade.

- Pensei que muita gente também já tivesse enfrentado. – respondi sinceramente – vocês não vieram seguidas?

- Não – responderam as duas.

- Nathan você foi um caso especial, geralmente quando algum escolhido pode ser atacado pelos servos das trevas ele é retirado da sua dimensão antes, mas com você não conseguiram detectar esse ataque a tempo para isso. Bom, você disse que falou algo quando fez a bola de fogo, o que foi?

- Acho que foi fogo na língua antiga. – disse me lembrando.

- Ahn? – resmungou Shade.

- Verdade, ces não sabem o que é língua antiga – fazendo um ar de misterioso. – Bem, na verdade essa língua antiga é de um livro muito legal chamado "Eragon".

- E o que foi exatamente que você disse?

- Ah, foi Brisingr. – disse

- Essa palavra faz mesmo efeito, olha a sua mão – disse Rachel.

A minha mão estava em chamas, mas eu não sentia calor algum, então com um movimento brusco de mão apaguei o fogo, depois disso comecei a arfar parecia que eu havia corrido muito e precisava de ar.

- Criar fogo requer muita energia – disse o Kiu.

- Deu pra perceber. – retruquei.

- Como o senhor "esquentadinho" aqui mostrou é mais fácil conjurar ou dominar o elemento dando um nome para ele, por exemplo, ele deu pro fogo o nome Brisingr,mas poderia chamar de chamas, quente, luz, fogueira e assim por diante. Rocha. – disse ele batendo no chão com o pé.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Do chão subiu uma pedra completamente lisa e redonda, parecia mais uma bola de ping-pong um pouco maior do que uma pedra mesmo.

- Cada um pode denominar um elemento de qualquer forma que quiser e ate pode dar mais que um nome, depende da criatividade da pessoa. Agora vocês podem ir para casa, me encontrem aqui as 14:00 horas e sem atrasos.

- Esta bem – disse Rachel.

- Vamos vir – disse Shade.

- Yes sir. – bati continência.

Fomos para casa e só encontramos lá a equipe da Lucianaiana, do Carlos e do Dante.

- E ai como é o mestre de vocês? – perguntei.

- É bem estressada. – disse o Dante.

- O que ela fez?

- Ficou reclamando até agora pela demora que nós tivemos em achar ela, ela disse também que outra equipe achou ela bem antes de nós. Quem deve ter sido? – Luciana falou bufando.

- Pode ter sido nós, paramos em uma clareira porque estávamos sendo observados – disse Shade.

- É pode ter sido nós – confirmei. – mas foi sem querer – completei antes que alguém se enfurecesse com nós, mas ninguém disse nada.

Depois de algum tempo as outras equipes voltaram, nós almoçamos e ficamos conversando sobre os nossos mestres.