Fremione - Destiny

Simultaneous Release


- Como assim? – A ruiva gritou. – Você contou pro Harry antes de contar pra mim? Que espécie felizmente extinta de melhor amiga é você?

- Pára de drama, garota. – Revirei os olhos. – Achei melhor passar lá primeiro, porque tenho mais coisas pra falar contigo.

Foi dizer essa frase pra toda raiva falsa se esvair. A ruiva deu um sorriso realmente diabólico e seus olhos brilharam como uma criança que acabara de ouvir que o natal é amanhã.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- O que está esperando pra contar? – Ela perguntou divertida, fechou a porta e se jogou na cama.

- Depois de terminar com Ronald, eu fiquei sem ter onde dormir. – Ela fez cara de pena, mas parou assim que viu meu sorriso. – Digamos que... Dormi com Luna.

- Você o que? – Riu. – A Luna voltou pra casa dos Lovegood?

O pensamento da ruiva estava longe, provavelmente num moreno de olhos verdes na casa número 12 que esperava por ela pra que tivessem um fim de semana sexual.

- Ginny! – Gritei e ela finalmente olhou pra mim. – Pára de pensar na sua noite sexual magnífica com o Harry...

- O que? – Perguntou ficando da cor dos cabelos.

- Ele é meu melhor amigo. – Sorri. – E eu fiz chantagem emocional. Ele te ama e vai me matar se eu demorar muito.

Um sorriso sincero cobriu seu rosto e ela grudou os olhos em mim. Lancei-a um olhar que dizia “não pense que vai fugir, pois vai me contar tudo depois” e ela nem se atreveu a rir ironicamente negando meu olhar ameaçador. Balançou a cabeça afirmativamente, sinal pra que continuasse.

- Como eu dizia, dormi com a Luna. – Antes que pudesse respirar a feição da garota já havia mudado drasticamente.

A ruiva arregalou os olhos e logo depois deu um sorriso típico e malicioso de Ginny Weasley.

- Você dormiu no apartamento do Fred! – Gritou.

- Você e seu “querido precioso” adoram gritar... – Revirei os olhos. – Mais alto! Sua mãe ainda não escutou!

- O que aconteceu? – Riu escandalosa, ignorando o que eu havia dito.

- Nada. – Sorri. – Só dormi lá. Comemoramos meu estágio no ministério e bebemos um pouco antes de dormir. Fred ainda está estranho...

- Ah... – Gemeu. – E aí, vai vir pra cá?

- Claro que não. – Gargalhei. – Vou ficar uns dias por lá até achar um apartamento pra mim.

- Você vai dormir coladinha no Fred por alguns dias? – Riu maliciosamente. – Sabe o que eu acho disso, não é? Você tem todas as armas pra seduzi-lo.

- Cala essa boca, ruiva maldita! – Gritei.

- Tudo bem, não está mais aqui quem falou. – Fingiu-se triste. – Qualquer novidade você me avisa... E se resolver seduzi-lo, me avise... Tenho ótimos planos.

- Tudo bem. – Pisquei, fazendo cena. – Pensarei no caso... Mas agora é melhor que vá ao encontro do teu príncipe de olhos verdes e elfo carrancudo.

- Obrigada por me lembrar do Monstro. – Revirou os olhos com ironia. – Aquele... Insuportável...

- Ele te trata melhor que eu. – Foi a minha vez de revirar os olhos. – Você tem sangue puro e é a futura Sra. Potter... Ele te respeita pelo menos.

- Um dia ele vai te respeitar... – Sorriu.

- Sei... – Suspirei. – Agora vá. Conversamos outro dia, já que você pertence totalmente ao Sr. Potter hoje.

- Tudo bem. – Beijou minha bochecha. – Até outro dia.

- Uma boa tarde de diversão pra vocês. – Ri maníaca. – Diversão sexual...

Ela me deu um tapa e riu. Aparatou logo em seguida. Segui seu exemplo e aparatei no meio da sala do apartamento dos gêmeos. Constatei que já eram dez da manhã. A fome deu sinal de vida e eu segui pra cozinha pra matá-la antes que ela me matasse.

Fui dançando e cantarolando uma música da minha banda de rock trouxa favorita. Rebolando e tocando bateria imaginaria, cheguei à cozinha quase gargalhando. Tudo parecia tão bem... Tudo parecia no lugar...

Continuei seguindo a letra da musica e confesso que a fome foi esquecida e deixada de lado. Enquanto eu cantarolava e me remexia dançando inapropriadamente pra determinada musica, eu só conseguia rir de mim mesma e continuar batendo minha bateria imaginária.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Então antes que eu pudesse me recompor dos meus rebolados, minha música fora de ritmo ou minha bateria imaginária, escutei uma gargalhada bem próxima de mim.

- Hermione! – Fred gritou. – Por Merlin! Precisaremos de abafadores!

Sabia que era Fred por que... Bem... Eu simplesmente sabia.

- Confessa que adorou Dani California, Fredoca. – Me virei e encarei-o.

- Fredoca? – Ergueu as sobrancelhas. – Não sei se fico mais assustado com o apelido ou com o fato de você saber que sou eu mesmo sem olhar pra mim... Nem a mamãe sabe fazer essa proeza!

- Eu tenho meus métodos. – Pisquei e sorri.

Fred balançou a cabeça negativamente e riu junto comigo.

- Conta? – Fez cara de pidão.

Em vida nenhuma eu conseguiria resistir a um pedido desses! Merlin que me ajude... Qualquer coisa que ele pedir fazendo essa cara, eu faço na hora!

- Tudo bem. – Revirei os olhos e ele abriu um sorriso. – Se fosse George, ele pularia em cima de mim jogando confetes e gritando “bom dia” enquanto Luna gargalharia pendurada ao pescoço dele. E então ele provavelmente me daria um abraço de urso e me rodaria pela cozinha dizendo que eu sou uma péssima cantora.

Menti. Claro que em partes, era verdade... Mas o real motivo de saber que era Fred, é que só escutar a voz de Fred me faz perder o controle. Ele desperta minhas sensações mais desconhecidas e estranhas, e normalmente, eu consigo definir claramente quando elas estão á flor da pele.

- Nossa! – Ele exclamou e se sentou-se à mesa. – Brilhante!

- Devo agradecer ao elogio? – Sorri, ainda de pé.

- Deve. – Arrebitou o nariz, assim como eu gostava de fazer.

- O seu café da manha é por minha conta hoje. – Bati continência e ele bateu palminhas, me fazendo gargalhar antes de voltar atenção ao café da manhã.

x_x_x

Depois de dar um tapa no ruivo pra mostrar que estava falando sério quando disse que faria tudo sozinha, ele ficou quieto na mesa enquanto eu terminava de preparar nosso café. Como a música de rock trouxa estava na minha cabeça, quase sem perceber, já estava cantarolando Dani California de novo... Mas pra minha surpresa, Fred me acompanhou no refrão.

California rest in peace
Simultaneous release
California show your teeth
She's my priestess, I'm your priest
Yeah, yeah

Quando terminamos o ultimo refrão, me virei pra ele e arregalei os olhos. Ele riu divertido.

- Você gosta de Red Hot? – Perguntei sorrindo.

- Red Hot? – Riu. – Nem sei o que é isso...

- Red Hot Chili Peppers. – Dei os ombros. – A banda trouxa que canta essa música.

- Não... Só achei a letra interessante e peguei o refrão rápido. – Deitou a cabeça no próprio ombro, se fingindo de emburrado e me fazendo derreter por dentro. – Eu estou com fome...

- Calma. – Sorri quando ele fez biquinho. – Não vou demorar muito...

Me virei e voltei a atenção ao café da manhã. Quando terminei, coloquei as coisas na mesa sem magia e Fred me lançou um olhar feliz. Dei uma gargalhada enquanto me deliciava com o jeito que ele agia como uma criança quando estava feliz.

- Bom apetite. – Murmurei e ele balançou a cabeça afirmativamente, com a boca cheia de bacons.

Gargalhei e comecei a comer, tentando desviar a atenção das besteiras que Fred fazia à mesa pra me fazer rir. Consegui com sucesso terminar de comer e fiquei ali, rindo com ele enquanto ele terminava seu café. Fiquei também pensando “será que esses malditos ruivos têm fundo?” Eles nunca param de comer e nunca ficam satisfeitos, deve ter alguma coisa errada.

- Bom dia! – A voz de George soou estridente logo atrás de mim.

Engasguei com a minha própria saliva de tanto susto. Ele gargalhava enquanto me encarava com os olhos brilhando.

- Como está sendo seu primeiro dia? – Sorriu. – Fred preparou um café da manhã de boas vindas?

Fred gargalhou e George o olhou feio.

- Eu preparei o café. – Disse simplesmente. – E também apresentei Red Hot Chili Peppers pra ele!

- Red Hot? – Luna brotou de algum canto da casa. – Callifornication, Under The Bridge, Otherside, Dani California e várias outras?

- Exatamente. – Disse arregalando os olhos pra quantidade de informações que Luna disse de uma vez só. – Gosta?

- Muito! – Sorriu. – Tenho paixão platônica por John Frusciante até hoje!

A loira revirou os olhos e se abanou, me fazendo rir. Ela me surpreende o tempo todo, mas parece que essa informação não surpreendeu só a mim. George – que havia se sentado e colocado um bacon na boca – engasgou e tossiu loucamente só de ouvir que a garota tem uma paixão platônica. Ri muito com a cena.

- Não precisa agir como se fosse um apocalipse. – Revirei os olhos, encarando o ruivo. – Eu também sou apaixonada por um deles!

- Anthony! – Gritou a loira enquanto me encarava com um sorriso.

- Como você sabe? – Fiz biquinho, fingindo estar deprimida.

- Que mulher em sã consciência não tem uma parada cardíaca só de olhar praquele par de olhos verdes? – Se abanou novamente. – Kiedis é quase um Deus grego!

- Concordo com você. – Pisquei. – Pena que não tenho chances com ele...

- Você tem chances com qualquer um. – Ela revirou os olhos. – É uma das mulheres mais bonitas que já vi.

Dei um sorriso aberto – mas impregnado de vergonha – e ela retribuiu com um sorriso sonhador. Fiquei pensando no Kiedis por alguns segundos, mas depois me obriguei à voltar pra realidade... Se nem Fred Weasley, que está por perto há anos eu não tenho chances, é obvio que não tenho chances com Anthony Kiedis que no momento está em sabe-se-lá-aonde! Só a Luna mesmo...

- Obrigado pelo café, Mione. – Fred sorriu e se retirou da mesa.

- Aonde você vai? – Perguntou o gêmeo.

- Estava pensando em ir até a toca. – Disse simplesmente.

- Podemos ir juntos? – Luna sorriu. – Molly mandou uma coruja e pediu pra que eu fosse vê-la quando pudesse...

- Vem conosco, Mione? – Perguntou George me estendendo o braço.

Fiz uma careta pensativa... Ou eu ia, ou eu simplesmente ficava sozinha no apartamento...

- Bom... – Sorri. – Já fui lá hoje, mas nem deu pra ver ninguém... É, vamos.

Aceitei o braço de George. Luna pegou meu braço e Fred se colocou ao lado do irmão. Fomos todos engolidos e depois cuspidos nos arredores da toca. A sensação já era conhecida por mim, mas fiquei tonta assim que chegamos ao destino. Fechei os olhos por longos segundos e depois olhei em volta... Ainda estávamos longe da casa, que estava exageradamente pequena por culpa da distância.

- Quem conduziu a aparatação? – Perguntou Fred irritado.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Eu! – Luna deu um sorriso. – Andar faz bem.

Revirei os olhos. Tão previsível...

- E eu preciso conversar com certo ruivo ciumento. – Ela riu e puxou George na frente, se afastando e deixando-me desconcertada com outro certo ruivo.