A Deusa Com Asas De Anjo
O novo humano
Depois do jantar dirigiram-se para o descampado. Chegaram lá mesmo a tempo de verem o portal a abrir-se. Assim que se abriu sentiram uma grande reiatsu. Saíram do portal todos os capitães e por último o comandante do Gotei 13. Estavam todos surpresos, incluindo o Urahara e a yoruichi.
Urahara – Comandante, o que estão todos a fazer aqui?
Comandante – Por norma, só seria preciso a minha presença. No entanto, eu pedi aos capitães para me acompanharem!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Yoruichi – Entendo! Já sabem de tudo o que aconteceu!
Byakuya – Exactamente!
Comandante – Inoue Orihime!
Inoue – Sim!
Comandante – Por favor, venha até aqui!
A Inoue aproximou-se muito confusa e hesitante. O comandante fez um sinal ao capitão Byakuya para se aproximar. Trazia uma caixa bastante antiga com algumas inscrições. Abriu-a e lá dentro tinha um objecto. Era uma pena velha sem vitalidade.
Comandante – Esta pena deve ser passada ao próximo “Anjo”. Mas antes vou pedir que estiques a tua mão!
A Inoue esticou a mão até ficar bem próxima da caixa. O Comandante nem precisou de tirar a pena da caixa. A própria começou a brilhar e a ganhar vitalidade. Levitou, saindo da caixa e voou para a mão da Inoue.
Inoue – O que é isto? Perguntou bastante confusa e sem perceber o que se estava a passar.
Comandante – Não sei dizer ao certo! No entanto, foi passada de Anjo para Anjo. Eles guardavam-na por toda a vida e quando morriam, a pena perdia a vitalidade por completo. Acho que deves saber o que fazer com ela!
A Inoue pôs as duas mãos envoltas na pena e fechou os olhos. De alguma forma parecia que a pena lhe transmitia tudo o que teria de saber e de fazer. Num gesto praticamente espontâneo colocou a pena junto ao peito. Esta por sua vez começou a brilhar ainda mais, desaparecendo para dentro do corpo da Inoue, deixando uma marca com a sua forma no colo do seu peito. Abriu os olhos e antes que pudesse dizer qualquer coisa, uma garganta abriu-se, saindo lá de dentro três espadas. No entanto um deles causou grande surpresa e choque nos que estavam presentes.
Inoue – Ulquiorra! O choque, a surpresa e a confusão estavam presentes na sua voz. Apesar de ter sido a única a pronunciar-se assim que o viu, os restantes tiveram a mesma reacção que ela.
Ulquiorra – Então és tu, mulher! O Espada continuava com o mesmo semblante indiferente, frio e sério.
O Ichigo transformou-se em shinigami e os restantes prepararam-se para a luta, colocando-se à frente da Inoue e do comandante.
Ichigo – Não é possível estares vivo! Eu matei-te! Eu vi-te a transformar em pó! Praticamente gritou de raiva.
Ulquiorra – Também não sei a razão de estar vivo! Mas de alguma forma voltei a ressuscitar.
Comandante – Vocês tiveram o azar de aparecer quando todos os capitães estão aqui reunidos!
Inoue – Esperem! Eu trato deste assunto! Disse muito séria e colocando-se à frente do grupo.
Hitsugaya – Estás doida! São três espadas! Disse incrédulo.
Ichigo – O Toushirou tem razão Inoue! Falou um pouco mais calmo mas notava-se ainda um misto de sentimentos no seu timbre.
Comandante – Calados! Vamos deixá-la cuidar disso. Olharam todos muito confusos para o comandante. Assim que o velho viu que os restantes não interfeririam, apenas deu um aceno de cabeça para a Inoue, consentido com a decisão dela. Esta por sua vez activou o seu poder rapidamente. A sua reiatsu começou a libertar-se e a envolvê-la por completo. Segundos depois surgiu uma luz, proveniente da Inoue, que ofuscou os olhos dos que estavam presentes. Quando voltaram a olhar, ficaram boquiabertos com a transformação da ruiva. Um par de asas brancas e grandes, o vestuário, a luz que emanava dela e a absurda reiatsu que liberava. Ficaram todos maravilhados, até mesmo aqueles que já tinham visto uma vez.
Ichigo – Ela é a mulher mais linda e fascinante que já vi! O Ichigo sentia uma admiração cada vez maior pela Inoue. O olhar dela mostrava determinação e coragem. Era como se estivesse a ver ele próprio.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Rukia – Disseste alguma coisa? Perguntou desconfiada e incerta do que ouvira.
Ichigo – Nada! Respondeu aflito e nervoso.
A Inoue dirigiu-se aos três espadas com muita calma.
Ulquiorra – Achas que nos consegues matar, mulher? Você era fraca e continuará a ser!
Inoue – Vejo que não mudaste nada, Ulquiorra! Falava no seu tom normal. Suave, calmo e doce.
Os dois espadas que o acompanhavam correram na direcção dela. No entanto, tiveram uma grande surpresa.
Inoue – Tenham calma! Ela simplesmente levantou os braços num gesto delicado e sem lhes tocar, imobilizou-os.
Espadas – O que nos fizeste?
Inoue – Eu disse para terem calma!
Ulquiorra – Pelo que vejo, ganhas-te um novo poder, mulher!
Inoue – Ulquiorra, eu vou dar-te a oportunidade de viver com um coração!
Ulquiorra – O que pretendes fazer, mulher?
Os que estavam presentes tinham um rosto marcado pela surpresa e curiosidade. O Ichigo apesar de querer saber o que ela ia fazer sentia-se furioso e revoltado. Tinha sido este Arrancar o responsável pela rapto da Inoue. A Inoue aproximava-se mais e mais do Espada sem qualquer receio. Este por sua vez mostrava-se frio e indiferente.
Ichigo – Inoue! Ele é poderoso demais para ti! O Ichigo ao ver o que ela estava a fazer sentiu a necessidade de intervir, de colocar-se na frente dela, de a proteger, no entanto o Urahara impediu-o.
Urahara – Confie nela!
Ela já estava cara-a-cara com ele. Ele nem se mexia, apenas olhava atentamente para ela na tentativa de perceber o que iria fazer. Uma tentativa que falhou, pois as acções dela para ele eram totalmente incompreensíveis.
Ulquiorra – Não tens medo, mulher? O Ulquiorra lembrou-se do final da sua batalha com o Ichigo. Principalmente a pergunta que havia feito para a ruiva. Na altura ele lembrava-se do interesse que ganhou pelos humanos, especialmente pelo coração de que a sua prisioneira falava.
Inoue – Não tenho medo! Disse sem quaisquer receios.
Ela levantou uma das mãos para lhe tocar no rosto, mas o espada agarrou-lhe o pulso rapidamente antes que ela o pudesse fazer.
Ichigo – Solta-me Urahara. Ele vai matá-la! O Ichigo assim que viu o Ulquiorra agarrar o pulso delicado da Inoue, sentiu um aperto, uma necessidade urgente de a tirar dali e afastá-la daquele Espada frio e insensível. O lojista viu-se obrigado a agarrá-lo para não cometer nenhuma loucura.
Byakuya – Acalme-se Kurosaki Ichigo! Se o comandante pediu para confiar nela, então é o que devemos fazer! O tom frio e autoritário do Capitão Kuchiki fez o Ichigo acalmar-se um pouco.
Ulquiorra – O que pensas que estás a fazer?
Inoue – Tu não te lembras do que me disseste antes de morrer?
Ulquiorra – Lembro-me! E o que tem?
Inoue – Eu sei que no fundo desejavas saber o que é um coração. Não! Tu querias ter um!
Ulquiorra – Que tolice!
Inoue – Será? Se pensas assim porque não me tentas matar?
Ulquiorra – E quem disse que eu não o vou fazer?
Ele pegou o punho da espada e puxou-a. Antes que acertasse na Inoue, desintegrou-se.
Inoue – Pára Ulquiorra! Disse calmamente. – Eu vou tornar-te num humano!
Os restantes ficaram incrédulos com o que acabaram de ouvir.
Ulquiorra – Achas mesmo que eu quero tornar-me humano?
Inoue – Sim! Tu queres sentir como um humano! É por isso que te vou dar uma chance para te aventurares neste mundo!
Ulquiorra largou o braço dela e deixou-a tocar na sua face. Mais propriamente nas suas lágrimas verdes. Os que antes estavam incrédulos, agora estavam em completo choque. O Ulquiorra Shiffer era o Arrancar mais insensível que existia e no entanto ao pé da Inoue tornava-se alguém diferente.
Inoue – Agora, não tenhas medo!
Abraçou-o, colando-o completamente ao seu corpo. As asas que antes estavam recolhidas para trás abriram-se totalmente para envolver o Ulquiorra. A reiatsu intensificou-se e tornou-se mais brilhante. O espada fechou os olhos para sentir o calor suave a calmo que emanava da ruiva. Depois de ter lançado uma luz que ofuscou a visão dos que estavam presentes, o Ulquiorra estava finalmente humano. Os demais quando recuperaram a visão viram-no a ser carregado pela ruiva e com aspecto de humano. Começou a encaminhar-se na direcção do Urahara, no entanto, primeiro parou ao pé dos dois Espadas que tinham vindo a acompanhá-lo.
Inoue – Vocês os dois têm duas hipóteses. Morrerem ou irem-se embora desta cidade para nunca mais voltar! A sua face mostrava frieza e seriedade. Assim que os libertou fugiram mais do que assustados. A Inoue continuou o seu caminho até ao Urahara.
Inoue – Urahara-san, podia tomar conta dele?
Urahara – Com certeza, Inoue-san! Disse, vendo-a a desfazer a transformação e com um sorriso na cara. Aquele sorriso que ele faz quando vê algo interessante.
Inoue – Comandante, obrigada por confiar em mim! Fez uma vénia para lhe mostrar o devido respeito e gratidão. O velho apenas consentiu com a cabeça.
Os restantes capitães estavam sem palavras. Era a primeira vez que viam tal poder.
Zaraki – Se fosses um homem, eu desafiava-te para um combate!
Kurotsuchi – Mesmo que a desafiasses sem ela ser um homem acabarias por perder! Provocou-o intencionalmente.
Zaraki – Como é que disseste maldito!
Comandante – Parem com isso! É óbvio que nenhum de nós teria
capacidades para derrotar alguém como ela! De qualquer forma, vou aproveitar para entregar estes convites! Agarrou num envelope que tinha dentro do kimono e entregou-o para a Inoue. – Está na hora de irmos embora! Já fizemos o que viemos cá fazer! Alguns minutos depois já se tinham ido embora.
Urahara – Inoue-san, deves estar cansada! É melhor ires para casa e descansar. O Kurosaki-san pode levar-te! Podes deixar o envelope comigo, amanhã podem abri-lo.
Inoue – Não é preciso! Eu fico bem sozinha!
Ishida – É melhor ires acompanhada Inoue-san! Eu e o Sado vamos para casa. Já não precisamos de ficar na tua, já que se resolveu o problema. Amanhã iremos lá buscar as nossas coisas!
Ichigo – Eu levo-te para casa! E nada de reclamar!
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