Vira Tempo

Capítulo 7


– Sério, padrinho, aquilo foi estranho... – comentou Teddy, no dia seguinte na sala de Harry com o mesmo.

– Estranho como? – perguntou Harry, enquanto via se estava tudo certo com o programa de suas aulas.

– Não sei... – respondeu Teddy, deixando seu cabelo assumir o tom natural: azul. – Mas... É como se conhece todos eles, mas... Uma sensação esquisita. O estranho é que eu tenho essa sensação, sendo que não conheço nenhum deles.

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– Talvez você conheça e não sabe. – disse o moreno mais velho, sem tirar a cara do plano de aulas em suas mãos.

– Como eu conheceria alguém e não saberia? – perguntou o de cabelo azul, quase debochado, mas em seu tom poderia se identificar a confusão.

– Se você não se lembrasse sua mente não identificaria sua fisionomia, mas em seu coração você sentiria que conhece a pessoa. – respondeu Harry, levantando os olhos para seu afilhado.

Teddy suspirou frustrado.

– Como eu não lembraria? Eles são mais novos que eu!... Quer dizer, mais ou menos. Daria tempo de conhecer eles e lembrar, não?

– Daria... – Harry entortou a boca. – A menos, se você nunca tivesse os vistos, mas seu coração sentisse que os conhece.

– Ok... – Teddy suspirou novamente. – Tenho que ir, padrinho, daqui a pouco tenho aula com o 1°ano e tenho que preparar a sala pra eles.

– Tchau, Lupin Junior. – brincou Harry, olhando nos olhos âmbar que seu afilhado havia herdado de seu professor preferido.

– Tchau, Potter Senior. – retrucou Teddy, também brincando dando um sorriso verdadeiro. Ele era como seu pai e nada mudaria isso, disso ele podia ter certeza!

Teddy saiu da sala do padrinho com um sorriso.


Sirius suspirou, encostando-se na parede.

– Fala logo, cara! – apressou-o James, impaciente.

– É que... – Sirius hesitou. – A historia é complicada, Pontas, e muito difícil de ser entendida. – ele disse, olhando pra cima, pro teto. – E eu nem sei por onde começar. – completou, quando escutou o som dos pés de James batendo no chão, demonstrando sua impaciência.

– Comece pelo começo e descomplique. Isso faz com que eu consiga entender. – James retrucou.

– Ok... Vou contar como ela me contou. – Sirius suspirou novamente e começou:

“Há anos, uma profecia foi feita. Nela dizia que o filho daquele que o enfrentou três vezes, iria derrotá-lo. A ele, Lord Voldemort. Voldemort foi atrás do bebe, quando soube da profecia... Ou metade dela. O carinha que escutou a profecia quase foi pego, por isso não teve tempo de ouvir a profecia toda.

Foi no dia 31 de outubro de 1981. O bebe tinha pouco mais de um ano de idade. Bem no dia das bruxas, Voldemort desativou as proteções da casa onde o casal estava escondido com o filho, já que tinham a proteção do fiel do segredo, e entrou na casa.

Primeiro matou o pai, que morreu tentando salvar a esposa e o bebe. A mulher subiu correndo as escadas com o filho e se trancou no quarto, pondo ele no berço e tentando fazê-lo adormecer. Voldemort entrou no quarto, exigindo pela criança. A mulher recusou, dizendo que era para que ele a matasse, mas que o bebe ficasse bem - ficasse vivo. Ele recusou, mandando que ela saísse da frente do berço, dizendo também que ela não precisava morrer.

A mulher se recusou a sair da frente. Voldemort se irritou e lançou a maldição da morte em direção ao bebe, mas a mãe se jogou na frente do feitiço, protegendo seu filho até o seu ultimo suspiro. O bebe começou a chorar; Voldemort, mais irritado do que já estava, lançou a maldição da morte no bebe.

Mas, de repente, houve um clarão de luz verde esmeralda, cegando-o.

No final da historia, o garoto sobrevive com uma cicatriz de raio na testa e Voldemort está... Supostamente morto. A casa não resiste e desaba com a criança dentro.

Alguns minutos depois, um homem aparece pelo terreno. Chama por seus melhores amigos e por seu afilhado. Após andar um pouco pelos destroços, ele encontra o corpo do melhor amigo morto. Sai rapidamente em busca da amiga e do afilhado, já com a raiva tomando conta de si e quase chorando de raiva.

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Quando chega a fonte do choro que ouviu logo depois, ele encontra uma pessoa segurando seu afilhado. Ele conhecia aquela pessoa, que também soluçava e lamentava pela morte dos conhecidos.

Ele oferece sua moto para que o homem levasse seu afilhado para Dumbledore, como o mesmo pedira ao homem. O homem agradece e com o bebe, voam em direção a um determinado lugar.

O carinha que era o padrinho do garoto sai a procura da pessoa que ele sabia que era o fiel do segredo que guardava a casa. Ele era o único, até. Apenas ele e os pais do bebe sabiam quem era.

Quando o achou, ele começou uma briga e o fiel do segredo explode a rua, matando 12 trouxas, corta um dedo e foge.

O carinha pensou que o fiel tinha mesmo morrido e gargalhou, atraindo a atenção de todos a sua volta... Quer dizer, todos que haviam sobrevivido. Em questão de minutos, os aurores chegaram e o prenderam, achando que ele havia sido o culpado pela morte dos melhores amigos, dos 12 trouxas e do carinha do fiel.”

James ouvia tudo calado, enquanto o amigo relatava com uma profunda expressão de dor.

– Ok... – ele disse lentamente, após o amigo terminar de relatar a historia. – E o que eu tenho a ver com isso?

– Bom, James, - começou Sirius, incerto. – você é o pai, a Lily é a mãe, eu sou padrinho e o Rabicho é o fiel. – ele fechou os olhos, esperando pela explosão do melhor amigo.

– Como é que é?! – James gritou.



– Desculpe, diretora, não deu para vir ontem... Sabe como é, né? – a mulher deu um sorriso envergonhado para Minerva, enquanto limpava sua roupa cheia de folhas.

– Tudo bem, Senhora Cooper. – Minerva deu um dos seus raros sorrisos, para uma de suas alunas preferidas.

– Não, não e não! Cooper nem aqui nem no inferno! Me chame só de Elena, ou Lena, ou de que quiser, diretora, mas nada de Cooper. – disse a mulher que se chamava Elena.

– Muito bem, Senhorita Black... Melhorou?

– Muito. Obrigada, diretora. – Elena sorriu agradecida. – Continue, por favor. Alias, a senhora não me chamou aqui por causa de nenhuma coisa que a Elliz aprontou, não? Porque, sinceramente, ela já não tem mais juízo! É igual a meu pai, Merlin! – ela disse, rolando os olhos exasperada.

– Não é nada disso, Senhorita. – a mulher mais velha sorriu. – Aconteceu um evento e tive que lhe chamar.

– Que... Evento? – perguntou ela, confusa.

– Nada que eu possa dizer ainda, - Minerva sorriu misteriosa. – mas quero que faça um favor para mim.

– Fale-me, diretora.

– Quero que seja assistente de Teddy enquanto ele ensina Defesa Contra as Artes das Trevas. – disse Minerva, sem rodeios.

– Como? – Elena piscou confusa.

– É isso ai. Você pode fazer esse favor para mim?

– Mas... E meu emprego no St. Mungus? Quem vai ficar no meu lugar? – Elena perguntou.

– Você pode escolher quem ficará em seu lugar... Sugiro que peça a alguém de confiança.

– Ok... Muito bem, vou ver se consigo fazer isso, diretora. A senhora sabe como eu amo trabalhar no St. Mungus, mas vou fazer o que a senhora pediu. A senhora é igual a Dumbledore: por trás de cada escolha e conversa, tem um mistério para se descobrir. – Minerva sorriu com a comparação, admirava Dumbledore e sabia que Elena também. – Se a senhora me pediu isso, mesmo sabendo do meu amor pela medicina, é porque tem um motivo.

– Muito obrigada, Elena. – Minerva sorriu, mas logo ficou séria. – Tente ser rápida, daqui a pouco começam as aulas e a de Teddy é uma das primeiras.

– Sim, senhora, capitã! – Elena fez uma continência de brincadeira e riu levemente, para então, entrar na lareira e desaparecer com as chamas.

– É Elena... Você e a Elliz estão a cada dia mais parecidas com seu pai. – Minerva suspirou, olhando para o quadro de Dumbledore que lhe sorria com os olhos azuis brilhantes.