Delírios Insanos

O Diadema Perdido


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Tom Riddle

Minerva McGonagall havia nomeado-a como locutora temporária do campeonato de Quadribol da escola - isso porque ninguém mais interessava-se em ocupar o tal cargo... A escolha não se mostra das mais acertadas, já que a imaginação avoada da Srta. Lovegood faz com que ela comece a discutir outros assuntos com o público, que não o jogo, como o formato das nuvens sobre o campo. Ela é vaiada por alguns espectadores, mas perceboque aqueles que a conhecem e a apreciam caem na gargalhada: seus comentários diferentes fazem com que ele acene da vassoura, sorrindo - maldito apanhador da Grifinória! Ranjo os dentes.

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Era Natal. Outra vez, lá estava Harry Potter! Uma cólera mais intensa apossou-se de mim ao vê-lo pela enésima vez. Espere, não era o que eu desejava? Saber mais a respeito do "menino-que-sobreviveu"? Convidava Luna para ir ao Baile de Natal de Horácio Slughorn com ele. Quantas vezes eu não comparecera a essas reuniões estúpidas? Apenas os favoritos do professor eram convidados; obviamente estive presente em todos os eventos que este prestigiava...

- Você... Quer ir comigo? Como amiga, é claro. - Justificou-se, visando não ser mal interpretado. Notei que, por um breve momento, ela abandonou sua típica indiferença e concordou radiante. Sinto uma sensação estranha.

- Por que ele convidou a “Di-lua”?! - Uma garota morena, trajando uniforme da Lufa-Lufa, murmurava para a colega Sonserina, enquanto observavam Luna passar pelo corredor, dirigindo-se à Sala de Feitiços.

- Que garota mais esquisita! - A outra concordava, seguindo-a com o olhar. Novamente a Lovegood ignorava as pessoas a sua volta, mantendo-se inabalável. Como conseguia? Francamente, por que simplesmente se cala? Por que não faz nada a respeito?

Usava um vestido prateado. Os cabelos loiros levemente ondulados pareciam mais sedosos e brilhantes. Seus olhos tão claros transbordavam emoção. Precisava admitir, ela estava linda aquela noite... E ao lado do Potter. Uma moça tão bela em uma companhia tão desagradável: que lastima!

- Nunca sou convidada pra nenhuma festa. - Explicava a ele o motivo de sua tamanha alegria, que a fazia sorrir a todo e qualquer instante - Sabe, sinto falta das reuniões da AD... - Ao que ela estava referindo-se? Alguma resistência ou algo do tipo? Continuou - Pra mim, era como ter amigos.

Amigos, amigos, amigos... Essa palavra ecoou. A cena ficou pouco borrada, para depois tornar-se mais nítida: estávamos no que deveria ser, provavelmente, seu quarto. Tintas encontravam-se espalhadas por todos os cantos. O quarto de Luna é situado no andar superior da residência; nesse exato momento, o teto estava sendo decorado com os rostos de cinco jovens. Os nomes Harry, Rony, Hermione, Gina e Neville destacavam-se, entrelaçados em uma palavra que Luna escrevera entre as pinturas: Amigos.

Tudo ficou turvo e caótico: "Papai te ama, filha!" ouço alguém dizendo-lhe. Identifico o que parecia ser a Lovegood abraçada ao mesmo.

- Também te amo... - Fala com a voz pouco embargada. Dois vultos, que reconheço como sendo meus Comensais, afastam-na com agressividade do homem, que cai de joelhos, em prantos, suplicando com absurdo enternecimento:

- Por favor, devolvam a minha filha! Eu não sei nada sobre Harry Potter... Lhes imploro, não levem a minha menininha! - E o cenário vai desaparecendo aos poucos, embora as palavras ainda estejam soltas ao vento...

Uma masmorra; o lugar era frio e quase não havia nenhuma luz ali: a casa dos Malfoys - o lugar onde ela estivera anteriormente.

- Não fique triste, Sr. Olivaras. Sei que logo deixaremos esse lugar medonho... - Consolava o velho fabricante de varinhas, que estava muito ferido. Sim, eu recordava-me de tê-lo machucado tentando saber mais sobre a Varinha das Varinhas e o mandado pra lá.

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- Assim espero, minha querida; assim espero... - Balbuciava com dificuldade.

Outra mudança de espaço. Tinha voltado à Hogwarts agora. Não sabia exatamente quando, mas estava certo de onde estávamos: a Torre da Corvinal. Sim, eu estivera ali há muitos anos e a figura da Mulher Cinzenta me parecia em demasiado familiar.

- Luna, você é diferente dos outros; tão gentil... Obrigada.

- Eu é que agradeço por ser minha amiga, Srta. Ravenclaw.

Aquilo me intrigou. Saí de sua mente quase que de imediato.

- Você... Você... Conhece Helena Ravenclaw? - Questiono-a, quase que num murmúrio, ainda tentando não transparecer a surpresa e temor que aquela hipótese causou-me; e se ela soubesse a respeito do diadema? Como fui estúpido mencionando minhas horcruxes!

- S-sim... - Gaguejou. Seus olhos mais arregalados do que o habitual, fixos nos meus.

- O que sabe sobre o diadema?! DIGA! - Exigi atordoado, sacudindo seus ombros.

- Papai está tentando recriar o diadema perdido de Ravenclaw. Acha que já identificou a maioria dos elementos principais; acrescentar as asas do gira-gira realmente fez diferença... - Explicou com aquele mesmo tom ingênuo assustado. Ela estava falando de um toucado ridículo; se recordo-me bem, devo tê-lo visto de relance em suas memórias. Era apenas aquilo! Tolice me preocupar; porém, certamente ela deve ter percebido a minha reação exagerada. Isso pode ser perigoso... Não, não será se a mantiver aqui comigo, longe de tudo, de todos e, principalmente, de Harry Potter.

- Viu só? Não foi tão difícil assim, foi? - Mudei de assunto. A menina ainda parecia nervosa. Mas havia um jeito de remediar a situação: entreguei-lhe sua varinha, como forma de animá-la; seus olhos adquiriram um brilho indescritível. Sei da importância desse objeto para nós, bruxos - Foi uma boa menina, por isso, aqui está sua recompensa. Não sou tão ruim assim, não é?

- Obrigada... - Agradeceu-me, pouco corada. Não sabia ao certo se estava constrangida pelo fato de eu haver estado em sua mente ou com medo de mim: quem sabe as duas coisas.

- Mas não se esqueça: tente fugir, apenas uma vez, uma única vez que seja, Srta. Lovegood, e perderei toda a confiança que inspira-me. Não sabe do que sou capaz, criança... - Aquilo soara como uma ameaça. Seria inútil tentar escapar daquele lugar. Haviam muitos feitiços, seriam necessários ao menos outros dois bruxos para auxiliá-la a sair dali - Agora iremos jantar. - Anunciei fadigado.

- Hã... Se não se importa, gostaria de retirar-me para os aposentos que me designou, senhor. - A menção do "senhor" fez-me lembrar que ainda era Voldemort e não Tom Riddle. Assenti.

- Vá para cama, querida: conversaremos amanhã.

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