Un Baiser Plus

Capítulo 5 - Olhos vazios e irrelevantes


Un Baiser Plus

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Capítulo 5

Olhos vazios e irrelevantes

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"O álcool é um veneno, mas tem certas coisas dentro de mim que eu preciso matar."

TWO AND A HALF MEN

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– Estava pensando de sairmos hoje. – Temari disse em um tom amistoso enquanto comia distraída uma taça de sorvete de flocos.

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– Talvez. – Shikamaru deu os ombros. Ele não fazia o tipo animado para realizar qualquer atividade, preferia passar o dia sentado ao sofá vendo séries de TV e comendo um saco de pipoca ao lado de Temari. Considerava aquilo mais animador.

– Deixa de ser chato! – Temari protestou – Você passa o dia inteiro mofando nesse sofá, não duvido que ele já não esteja cansado de você. – Temari saiu da cozinha e andou em direção a Shikamaru, que para uma grande novidade, estava sentado ao sofá.

– É menos problemático do que a vez que fomos ver aquele filme que você insistiu tanto o no final não vimos o filme. – Shikamaru deu os ombros.

– Você é um grande bebê chorão.

– Não sou não.

Temari revirou os olhos. Às vezes se perguntava por que era tão apaixonada por ele, já que era completamente oposta a ele. Mas toda vez que fazia essa pergunta parecia gostar ainda mais do namorado.

– Como anda as coisas com a Sakura? – Temari colocou as pernas em seu colo e se encostou ao sofá. Shikamaru começou esfregar a suas mãos no local, enquanto encarava a televisão.

– Ela tá de castigo. E eu levei o maior ferro.

– Falei para você não atrasar os relógios. O plano era bom, mas você poderia ter desligado a TV. – Temari balançou a cabeça – Na verdade, seus planos para enganar sua mãe sempre dão errado.

– Minha mãe é muito difícil de enganar, você sabe disso. – Shikamaru desviou seu olhar da TV e então puxou as pernas de Temari a jogando em seu colo.

– Shikamaru! – Temari disse entre risos e então colidiu seus lábios com o de seu namorado. Esquecendo-se de qualquer coisa que tinha para dizer.

Temari retribui o beijo na mesma ardência e desejo que Shikamaru depositava, instintivamente passou seus braços em volta de seu pescoço.

As mãos de Shikamaru subiram de sua cintura em para seu torso por debaixo da blusa, estavam deixando se levar como na maioria das vezes, atitude um tanto inconsequente já que não estavam a sós em casa.

Sakura descia as escadas lentamente e então fitou o primo junto com a namorada.

Temari era uma garota legal, bastante simpática, se enturmou rapidamente com ela, já que vinha com frequência a casa dos Nara para ver Shikamaru.

Yoshino adorava ver Temari sempre provocando Shikamaru o fazendo sair de casa. Considerava a namorada perfeita para ele.

– Olá vocês dois. Não precisam parar o que estão fazendo. Não quero interromper nada. – Sakura disse com um sorriso no rosto vendo os dois se separarem rapidamente e ruborizarem.

– Você já interrompeu. – Shikamaru sussurrou visivelmente irritado. Odiava viver rondado de pessoas que ele considerava problemáticas - Já terminou sua limpeza, se tiver alguma coisa suja minha mãe vai te forçar a limpar tudo de novo. – Shikamaru completou tentando ignorar o episódio que acabara de acontecer.

– Já. Graças! Mas em compensação não me aguento mais em pé. – Sakura largou os baldes e panos ao canto da bancada e se jogou na poltrona ao lado de Shikamaru e Temari.

Shikamaru conhecia muito bem a mãe para saber que se ela visse um pó sequer iria colocar Sakura para limpar tudo novamente. Apenas por puro capricho para que ela não fizesse a mesma coisa de novo, já perdera as contas de quantas vezes teve que limpar aquela casa quando era mais novo.

Temari deu um largo sorriso. Aproveitaria a pequena brecha que foi dada para fazer o que queria desde o inicio.

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– Eu e Shikamaru estamos saindo. – Temari se ergueu do sofá erguendo junto o namorado.

– Quando eu concordei com isso?

– Cala a boca e anda.

Temari o empurrou ao longo da sala.

– Eu vou sair também, não estou a fim da tia Yoshino me perseguindo essa tarde.

_______X______

– Tem certeza de que não quer dormir aqui? – Ino perguntou novamente fitando o relógio a parede, já se passava das nove, mas de qualquer forma, uma adolescente andar a noite a rua não era algo saudável.

– Tenho sim. Não quero arrumar confusão com a minha tia de novo, não estamos conversando muito, você sabe... Então não quero chegar tarde e a ouvir falando no meu ouvido.

Sakura arrumava e checava sua bolsa antes de colocar em seu ombro, não queria ter que voltar para lá novamente depois que saísse. Também não queria lhe dar com a fúria de Yoshino novamente, causar boa impressão com os tios sempre fora seu objetivo desde que soube que teria que morar com eles.

– Tudo bem, se é o que quer. – Ino disse dando os ombros – Meus pais vão chegar logo, então sugiro que vá logo senão minha mãe não deixa você passar pela porta.

Os pais de Ino eram simples de alguma forma, apesar de não deixar isso exposto. E sua mãe era do tipo, protetora. Sakura não duvidava das palavras da amiga, desde que colocará o pé na casa dela essa manhã e fora tratada com tanto, zelo, por assim dizer.

– Tá... Então já vou indo. Até amanhã. – Sakura seguiu com seus passos para porta.

Ino repetiu as mesmas palavras antes de fechar a porta.

Sakura apertou sua blusa contra seu corpo* e a bolsa em seu ombro. Ino morava em um condomínio de casas de luxo, parecia como uma minicidade.

Mas era um tanto longe já que sua tia morava na, 759 East 17th Street, que se encontrava ao meio da Via Expressa Shuto. Era um conjunto mais privilegiado de Shuto, mas não era algo notável naquela escola. Na realidade, nada era notável para um bolsista, apenas o fato de que não tinha o dinheiro suficiente para pagar a escola.

Shuto sempre fora taxado por violência e gangues, com tráfico de drogas e outras coisas, Sakura não duvidava de que isso ocorresse em algumas partes, mas também não duvidava que pudesse ocorrer em bairros ricos como Shibuya,Shinjuko,Ginza ou qualquer outro.


Sakura seguia com seus passos ao longo da entrada do condomínio. Quando seus passos alcançaram a portaria, ela deu um breve aceno com a cabeça para os seguranças e seguiu com seus passos ao longo das ruas. Ela tinha noventa yenes em sua bolsa, isso seria o bastante para pagar a ida até a casa de sua tia, pelo menos é o que sua mente havia calculado.

Sakura deixou seus olhos brilharem quando se chocaram com a rua iluminada e cercada por condomínios e casas vistosas e aparentemente caras.

Ela sorriu de lado. Ela esperava que algum dia de sua vida pudesse ser capaz de viver assim. Talvez fosse algo que valesse apena. Mas a hipocrisia não faria parte da sua vida caso tivesse esse privilégio.

O vento batia frio contra seu corpo, isso a fazia se encolher ainda mais contra o sua blusa, que era um pouco quente, graças às mangas compridas. Seus olhos viraram para o marcador, a temperatura se encontrava instável, sua mente praguejava por não ter trago outro casaco, mas tentava ignorar o vento frio.

Quando seus pés alcançaram a avenida principal, Lindsay rondou seus olhos em busca de um táxi, não demorou muito para ter um a sua disposição.

– Pra onde minha jovem? – O homem de cabelos grisalhos e uma aparência um tanto adorável, perguntou com sua voz grossa e forte.

– 759 East 17th Street.

Shuto? É um tanto longe – o senhor virou um pouco seu corpo para fita-la – Quanto tem de dinheiro?

– Noventa yenes. – Sakura respondeu sem entender o objetivo daquela conversa.

– Bem, posso te levar a parte norte com isso.

– Parte norte? Não! Eu moro na leste. – Sakura protestara imediatamente. Um dos lugares que sua tia tachara de ir ao distrito de Shuto era a parte norte. Lá era onde se concentravam as trocas de drogas e mercadorias roubadas.

– Vai ou não? – o senhor perguntou se ajeitando novamente no banco do motorista.

Sakura mordeu o lábio inferior, não tinha muitas opções passando por sua cabeça agora. Dormir na casa de Ino era uma opção, mas não que ela considerava agora. Poderia ser inconsequente, mas não estava pensando no correto ou errado agora.

– Eu vou. – Sakura disse em um tom firme.

– Muito bem. – O senhor disse com sua voz grossa descendo a marcha e afundando seu pé no acelerador.

Sakura apertava suas mãos suadas na tentativa de fazer seu nervosismo sair de seu corpo. Ela sabia que o lugar que estava indo, era um real significado de barra pesada.

[...]

Sasuke arrumava o pequeno monte com uma pequena lâmina de navalha.

Ele posicionou o pequeno canudo na entrada de sua narina esquerda e inspirou o pô branco. Aquilo lhe mandou sensações reconfortantes ao seu corpo. Por alguns momentos parecia que todos os seus míseros problemas haviam desaparecido.

A cocaína lhe causava diversas reações como euforia, energia, diminuição do cansaço, mas o que ele mais desejava era sentir ao prazer ao sentir a droga em seu corpo.

Seus olhos se ergueram para o homem calvo a frente, os braços tatuados com imagens impróprias e com símbolos de morte. O rosto marcado com um sorriso escárnio imenso se repuxando em seus lábios.

– Não disse que é da boa, Uchiha. – o homem dizia as palavras em descompasse e misturadas, a intimidade com que as palavras saiam mostravam uma relação um tanto antiga.

– Tenho que reconhecer. – Sasuke terminou de inspirar o pequeno monte a sua frente – Me dê três pacotes.

Sasuke precisava de uma boa dose para fazer a droga o dominá-lo completamente. Era um meio viciado, e como um tipo de “iniciante” precisava de muito para sentir a adrenalina.

– Três? Costumava me dar mais lucro. – o homem murmurou retirando de seu bolso os pacotes do pó branco.

–Ainda tenho a sobra de outros... Brinquedinhos. – Sasuke colocou os pacotes em sua jaqueta, ele retirou os cem yenes de seu bolso e depositou na mão áspera e marcada do homem a frente.

– E as dívidas? – O homem subiu seu olhar da nota e encarou os olhos espantados de Sasuke.

– Dívida? Sabe que não me individuo com nada daqui. Tenho um nome a preservar.

– Não nos taxe Uchiha. Sabemos muito bem quem você é... E sei muito bem como jogar tudo do seu papaizinho – a voz se tornou ameaçadora – No chão, entendeu?

Sasuke desceu seu olhar para a arma um pouco amostra em sua cintura.

– Entendeu, Kodomo*? – o homem repetiu com rispidez.

Sasuke balançou a cabeça concordando e com seus olhos cerrados, aqueles homens estavam começando a se tornar um incomodo para ele.

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– Olha só que gracinha... – o homem parecia ignorar completamente Sasuke agora – Oh garota! É você! Oh rosada, não me ignora não!

O homem apressava seus passos em busca da menina. Sasuke acompanhou seus passos com seus olhos castanhos e então fitou a garota. Seus olhos se apertaram e sua testa se franziu em uma linha reta.

“Haruno?” – sua mente debatia.

Sasuke apressou seus passos quando viu a garota sendo imprensada contra a parede de tijolos.

– Não te ensinaram educação não? – o homem esfregava seu rosto no pescoço de Sakura. Passava suas mãos em seus cabelos e então desciam em seus braços, os movimentos faziam a rosada sentir seu estomago embrulhar, se sentia enojada ele não tinha o direito de tocá-la.

– Me larga! ME LARGA! – Sakura berrava com força se debatendo contra os braços do homem, mas quanto mais fazia os movimentos, mas sentia seu corpo imprensado.

– Ei! Kazue larga a garota. – Sakura fitou com seus olhos assustada o rosto de Sasuke.

“O que ele faz aqui?” – a única coisa que vinha a sua mente agora era apenas essa pergunta.

– Quem você acha que é para dar ordens aqui, seu riquinho? – o homem empurrou com brutalidade o corpo de Sasuke, Sakura permanecia contra a parede assustada.

Sasuke deu um soco contra o rosto do homem o fazendo virar. A atenção dos marginais e compradores se voltaram para a briga.

O homem se ergueu rapidamente e retribuiu o soco de Sasuke, o batendo no rosto e em seu estômago.

Sakura cobriu a boca com sua mão. Seu cérebro a mandava correr, mas suas pernas pareciam no obedecer.

Sasuke caiu ao chão, o soco havia sido feito com um soco inglês, e o homem começou a chutá-lo brutalmente. Sakura observava Sasuke se contorcendo ao chão com os pés do homem o atingindo em pontos críticos.

– Fala alguma coisa agora! – o homem berrava mostrando seu “poder”.

Sakura podia ouvir os gritos de todos apoiando os chutes do homem. Numa ação rápida, ela empurrou o Kazue o fazendo andar alguns passos para trás e tropeçar no corpo de Sasuke.

O garoto a encarava com seu rosto ensanguentado em uma expressão pasma. Sakura o puxou do chão e começou a correr o puxando pela rua.

Sasuke tomou as rédeas da situação e apressou seus passos por mais que isso causasse dor ao seu corpo.

Ele a puxou até o Kia Sorento 2012*, ele podia ouvir os gritos dos homens. Sakura berrou quando os disparos começaram a ser feitos.

– Isso não vai ficar assim Uchiha Sasuke! Isso é uma promessa! – Sasuke tinha as palavras de Kazue gravadas em sua cabeça. Ele sabia que ele iria cumprir a promessa.

– Entra. – ele puxou a porta de forma desesperada e empurrou Sakura para dentro.

Ele correu em direção à porta e rapidamente deu à partida, seus pés desceram sobre o acelerador, os pneus derraparam na rua antes que seguissem em velocidade sobre a estrada.

Sakura tinha a respiração descompassada no banco do passageiro, seu nervosismo foi demostrado a Sasuke quando um turbilhão de perguntas começou a sair de sua boca.

– Mas que porra foi aquela? – Sakura nunca fora de falar palavrões, mas a situação não pedia educação – Quase morremos! Quem era aquele cara?

– Ei! Não berre! Primeiro impedi que você fosse sei lá... Estuprada, então cala a porra da boca e agradece! – Sasuke respondeu na mesma brutalidade.

– Só tinha dinheiro para aquela parte de Shuto! – Sakura expôs sua desculpa – O que você, Sasuke Uchiha, fazia lá? – Sakura perguntou ressaltando seu nome.

O que o herdeiro de uma das maiores companhias de Tóquio, fazia em um dos antros do tráfico? Ela tinha suas suspeitas, mas tentava não acreditar nelas.

– Comprando isso! – ele respondeu tacando os sacos de cocaína em cima de Sakura.

A garota agarrou um dos sacos. E os encarou espantada. Ali possuía uns três quilos de cocaína, o bastante para ambos serem presos por posse de drogas.

– Você estava comprando drogas?! São drogas! Qual é seu problema?!

– Cala a boca! – Sasuke queria pensar. E a voz de Sakura impedia pensamentos claros em sua mente.

Sakura fechou sua expressão e fincou suas unhas em um dos três sacos. Sasuke fitou a ação por alguns minutos.

– O... O q... Que merda você tá fazendo? – o garoto perguntou ríspido.

Sakura desceu o vidro e rasgou os sacos jogando o pó pela rua. Não seria presa por causa de um viciado. Ele teria dinheiro o suficiente para sair de uma prisão em menos de um dia ou nem chegaria a isso. Mas ela, não.

– Que caralho! – Sasuke freou o carro bruscamente. Ele abriu a porta e fitou a trilha de pó branco – Por que fez isso? – ele esperneava passando as mãos sobre seus cabelos castanhos. Todo aquilo havia sido por nada.

Sakura abriu sua porta e recuou alguns passos para trás quando Sasuke agarrou seus braços. Ela podia ver a raiva estampada em seu rosto.

– Aquilo custa dinheiro!

– Deveria gastar o dinheiro dos seus pais, com coisas uteis!

– Os cem yenes que você acabou de jogar fora, eram meus!

– O que você tem seu na sua vida? – Sakura perguntou rispidamente – Nada!

– Ah! Olha quem fala! Como se tivesse algo de importante na sua vidinha de classe média... Ah não! Desculpe! O termo certo é classe “privilegiada”. – Sasuke cuspiu as palavras e as ironizou.

A palma da mão de Sakura foi de encontro com seu rosto. Aquilo estava virando um hábito. Sasuke sentiu os cortes e hematomas de seu rosto doer e latejarem. Ele ergueu seus olhos e viu o rosto de Sakura sendo invadido por lágrimas.

– Perdi meus pais. Sei muito bem o que é importante de verdade ou como é perder algo que realmente valha a pena, seu grande idiota.

Sasuke apertou seus lábios e abaixou um pouco a cabeça. Ele sempre tinha essa capacidade. A capacidade de magoar os outros.

– Me desculpe... Eu... – Antes que ele pudesse terminar Sakura já seguia em direção ao carro e fechando a porta com força.

Não perderia tempo ouvindo desculpas falsas, apenas para fazê-lo se sentir melhor.

Sasuke suspirou alto e com força.

“Droga!” – sua mente praguejava.

Sasuke andou lentamente até o carro abrindo a porta e a fechando. Ele fitou o rosto de Sakura por alguns instantes antes de perguntar baixo;

– Onde fica a sua casa?

–---X-----X----

Sakura murmurou um “fala sério”, quando seus olhos fitaram as luzes que piscavam dos faróis policiais.

Ela abriu a porta em seguida e pode ouvir a tia arfar.

– Sakura! Onde você estava?! Já passa das onze! Não imagina como estávamos preocupados... – a tia se interrompeu quando fitou o rosto ensanguentado de Sasuke que se encontrava atrás de Sakura – Céus! O que aconteceu?

– Peguei um táxi e ele me deixou na parte norte, quase... – Sakura não queria completar as palavras - Sasuke estava lá e me ajudou, mas acabou não dando muito certo. – ela disse virando seu olhar para os hematomas e cortes do rosto do rapaz.

– Céus! Entrem logo, Sasuke vamos cuidar desses ferimentos enquanto ligo para os seus pais. Muito obrigada pela atenção, senhores – ela se virou para os policiais – Lamento pelo inconveniente.

Sasuke não protestou, os ferimentos doíam demais, ele apenas queria que isso ajudasse com a dor.

Ele seguiu os passos de Sakura e sentou no sofá da sala. Ela se retirou o deixou sozinho por alguns minutos.

Seus olhos rondaram o lugar, estava acostumado com mais luxo e lugares maiores com empregados realizando os serviços. Aquilo era completamente fora de sua realidade.

– Ai tia! – ele podia ouvir Sakura protestando em outro cômodo.

– Onde estava com a cabeça?! Você inconsequente por algum acaso! Kami! Que menina irresponsável! Não quero saber Sakura! Sabe quem é o pai desse menino?! Anda vai logo! Vai! Vai! Pegue o telefone dos pais dele.

Sakura reapareceu com uma pequena maleta branca com uma das mãos em sua cabeça. Sasuke presumia que talvez ela tivesse levado um cascudo, quem sabe. Ela a abriu a pequena maleta, Sasuke desceu o olhar para os frascos, pomadas e algodões na maleta.

Sakura passou suas mãos com delicadeza por seu rosto, jogando seus cabelos bagunçados para trás.

Ela encostou o algodão com água oxigenada nos ferimentos de seu rosto. Sasuke enrugou o rosto com a dor e ardência dos ferimentos.

Sakura soprava os ferimentos aliviando a dor. Sasuke encarou seu rosto indecifrável.

Depois de tê-la magoado e dito coisas que não deveria lá estava ela. Limpando sangue que ele merecia ter perdido.

– Por que está fazendo isso? – as palavras escaparam de sua boca.

– Fazendo o que? – Sakura perguntou fitando seus olhos negros do rapaz.

Sasuke balançou sua cabeça. Ela não era igual às outras. As únicas garotas com quem estivera na vida eram apenas... Burras.

– Desculpe. – ele murmurou em resposta.

– Não diz muito isso... Mas foi com sinceridade. Então eu desculpo.

Sasuke deu um sorriso torto, não sabia lhe dar mais com situações como essas. Permanecia todos os seus sentimentos presos desde pequeno.

– O telefone dos seus pais... Você poderia me dar?

Sasuke retirou um cartão de seu jeans, Sakura fitou as letras Uchiha e um número logo a baixo.

– Coisa da minha mãe. – ele murmurrou entregando o cartão.

Sakura assentiu, havia tirado um pouco de sua curiosidade, se ergue e sussurrou um “Eu já volto”.

Sakura voltou rapidamente ainda e voltou a tratar dos ferimentos mais simples, apesar de Sasuke ter alguns mais críticos principalmente onde o soco inglês e os chutes o atingiram.

Não demorou muito para Sakura ouvir a voz da tia.

– Sasuke seus pais estão vindo para cá. Enquanto isso permaneça à-vontade. – Yoshino dizia tentando soar gentil. – Espero que estejam com fome, estou fazendo um lanche para os dois.

Sasuke deu um sorriso torto em resposta. Aquela era sua forma de ser gentil, pelo menos de forma verdadeira.

Ele não sabia o que era um jantar familiar há muito tempo. Talvez fosse algo agradável. Pelo menos se fosse ao lado de alguém que parecia um completo mistério para ele. Pelo menos agora.

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To Be Continued...



Notas adicionais;

Kodomo - Moleque Carro - http://kia-optima.net/images/2012_kia_sorento_2.jpg Roupa- http://www.polyvore.com/cgi/set?id=28137684 Shuto - http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d8/Shuto_EXPWY_3go_Shibuya.JPG