Blood, That Will Never Be Enough
I (parte 2)
Ah meu Deus!
Eu saí correndo, depois de uma reflexão se iria adiantar alguma coisa. Tropecei inúmeras vezes, é claro. Pude ouvir os dois rindo às minhas custas. E eles estavam cada vez mais perto.
Quando cheguei até a luz de um poste, talvez no fim do beco, duas outras luzes vinham ao meu encontro. Era um carro, em alta velociade.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Ótimo. Ou eu morreria atropelada, ou de alguma outra causa estranha. Eu parei de correr e não consigui pensar em mais nada. Eu sempre achei que não ia saber quando chegasse a minha hora.
Foi então que o carro deu uma freiada brusca. Um vulto saiu de dentro dele.
--Deita no chão, agora! -- eu escolhi não estranhar mais nada e fiz o que ele mandou -- Não saí daí, está ouvindo?
Eu confirmei com a cabeça. Meu cabelo estava ficando imundo, assim como eu, por causa do meu contato com o chão coberto de lama.
Por longos minutos, eu não consegui ouvir nenhum barulho. Eu tremia de frio e medo, mas esperei fielmente enquanto o meu \"salvador\" não voltava.
-- Eles fugiram... -- ele apareceu de repente, sem esboçar nenhuma reação ou cansaço na voz, mesmo depois do que pareceu ser uma perseguição.
-- Ah, eu... -- quase fui dizendo, mas percebi que ele não estava falando comigo, e sim ao celular. Eu me levantei e fiquei parada no lugar, nervosa.
-- Gerard, eu sinto muito...Eles a mataram -- ele terminou com um suspiro e desligou o celular. Olhou para mim, finalmente.
-- Ahn, oi! -- eu acenei e tentei ser simpática.
-- Desculpe, mas eu não estou afim de um programa hoje... -- ele me olhou torto.
-- Epa, eu não sou garota de programa! -- eu esbravejei.
-- Então quem é você? -- ele perguntou e não fez cara de bons amigos.
-- Amy Ma...Hey! Como assim \"quem é você\"? Você me mandou deitar no chão ainda agora, se lembra? -- eu coloquei as mãos na cintura e fingi uma pose de quem era importante.
-- Mandei, é? -- ele cruzou os braços. Percebi que seus cabelos eram da mesma cor que os olhos, castanho-escuros. Ele era extremamente bonito. E tinha um ar muito sexy .
E aquele sobretudo preto...
-- Você ouviu o que eu disse?
-- Ahn? Não, desculpa... -- eu tentei parecer sincera. Ele balançou a cabeça e andou em direção ao carro dele. Ele murmurou algo como \"mulher bêbada\".
-- Hey, seu...Eu não estou bêbada! -- eu o segurei pelo braço. Me arrependi no mesmo instante em que ele me lançou um olhar furioso.
-- Me larga! -- eu não precisei agir, ele mesmo se desvincilhou de mim. Ignorei o ódio em sua voz, afinal ainda estava meio perdida.
-- Quem é você? Outro encrenqueiro feito aqueles três?
-- Não ouse me comparar com aquelas escórias....Eu sou o detetive Way, departamento de homicídios do FBI -- sacou mecanicamente o distintivo e eu vi que ele não mentira.
-- Okay, Michael James Way...Como você sabia onde me encontrar? Eu não liguei para...
-- Eu não vim atrás de você! Eu sou do homicídios, não desaparecimentos. Aqueles três estão na minha mira a três meses -- ele apontou para o tapo dos prédios que cercavam o beco. Estranho.
-- Ah! Quase que eu pararia na lista do seu departamento... -- eu tremi antes de terminar --...você me salvou. Pena que a Lindsey... -- e eu parei. Os tiros ainda ecoavam na minha cabeça.
-- Lindsey! Você a conhecia? -- ele me segurou pelos ombros -- Onde está o corpo?
-- Eu não sei... -- eu gemi -- Só ouvi os três tiros que a mataram. Mas...Como você sabe que ela morreu?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Ele mostrou um certo espanto no olhar.
-- Sangue...O sangue no chão... -- ele abaixou a cabeça.
-- Sinto muito. Eu tentei impedir, mas eles me ameaçaram -- ele voltou a me olhar. Eu não consegui ver nada além de frieza. Ele soltou meus ombros.
-- Vou precisar que você responda a um inquérito... -- ele me olhou da cabeça aos pés -- Sóbria e limpa de preferência.
-- Ah, mas a culpa do meu estado não foi toda minha... Quem foi que me mandou deitar no chão?
Ele não fez questão de responder. Balançou a cabeça e foi em direção à porta do carro. Eu continuei parada no mesmo lugar. Quando ele deu a partida, eu finalmente percebi que ele não iria voltar para continuar a conversa ou perguntar meu endereç.
O que era bem estranho.
Dei de ombros e fui mancando para casa, já que depois de tanto cair, eu machuquei o tornozelo. Estava frio e eu estava um pouco molhada, mas o princípio de ressaca era o que mais me incomodava.
Aquele Michael Way, quem ele pensa que é? Claro, é um detetive do FBI, o cara mais bonito e também mais estranho que eu já conheci. Mas mesmo assim não podia me tratar daquele jeito.
Fale com o autor