Em Busca Da Felicidade

Capítulo 16


- Cuidado, hein? – aconselhou Bella.

Edward quase revirou os olhos para ela, mas quem o fez foi Emmett.

- Calma aí, Bellinha. Ninguém vai matar o garoto num jogo de hóquei, tá?

Bella sorriu apreensiva.

- Cuide dele, Jazz.

- Pode deixar – Jasper disse e pegou Anthony nos braços.

Bella assentiu e acenou.

- Ok. Até mais tarde.

-Atééé... – responderam Edward, Emmett, Anthony e Cooper.

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Bella fechou a porta e eles se entreolharam. Um sorriso sacana brotou nos lábios de cada um deles e fizeram uma comemoração silenciosa a caminho do elevador. Quando já estavam dentro do carro, depois de se entreolharem, todos gritaram e riram em comemoração.

Hoje era o dia que o time favorito de hóquei deles jogaria na cidade. Edward deu a partida e Emmett se inclinou do banco da frente para pintar os rostos de Courtney, Cooper e Anthony de azul e vermelho.

- A gente podia chamar o Cauê... – murmurou Thony.

- Ótima ideia! – disse Emmett – toca pro Jacob, Edward!

Edward riu e Jasper gemeu.

- Vamos imprensar mais quem aqui atrás? – perguntou Jasper – espero que o presidente não resolva pegar carona conosco também...

Acabou que, passaram para pegar Cauê e Jacob acabou indo de quebra. Jasper e Jacob levaram Cauê, Anthony e Cooper no colo e Courtney foi encolhida entre os dois.

- Meu Deus, se eu soubesse tinha pegado o meu próprio carro – reclamou Jasper.

- Ah, cala a boca, Jazzinho da Alicinha... – disse Emmett se inclinando para pintar o rosto de Cauê com azul.

Jasper revirou os olhos.

- Hey – reclamou Jacob – nós torcemos para os Islanders!

Emmett arregalou os olhos para Jacob, que caiu numa gostosa gargalhada.

- Brincadeira!

Emmett colocou uma mão no peito, e apontou um dedo para Jacob.

- Nunca mais me assuste assim!

Jacob riu e Edward acompanhou.

Enquanto todos estavam no carro, se divertindo e rindo, Bella estava em casa, empenhando-se em tricotar um par de sapatinhos. Porém estava se mostrando uma tarefa mais difícil que a encomenda. Havia furado o dedo mais de 4 vezes e tivera de recomeçar duas. Foi na 7ª vez que furara seu dedo que desistiu. Jogou os sapatinhos de lado, prometendo tentar mais tarde, e pegou uma revista de casas a venda por ali perto. Olhou uma pequenininha com dois quartos e uma suíte, e gostou, mas depois viu outra com duas suítes e dois quartos, que gostou mais, e, como ela reparou, era apenas um pouco mais cara. Estivera pensando em vender o carro e o apartamento para comprar a casa, e, talvez, aceitar algum dinheiro de Edward. A casa parecia perfeita para ela!

A campainha tirou Bella dos seus pensamentos e ela se levantou olhando a porta. Tentou fazer
um joguinho mental tentando adivinhar quem seria. Alice, Leah, Rosalie...?

Ela torceu a mão na maçaneta e quase desmaiou ao ver quem
estava do outro lado.

- Renée? – perguntou perplexa.

Renée deu um empurrão nela para poder entrar na casa e foi seguida por Charlie.

- Oi, Isabella – disse ele.

- Charlie? Mas o que você... Como você...?

- Ah, ah, pelo amor de Deus, não vamos começar com essa sua lorota de coitadinha – disse Renée – quero saber e vou saber, na verdade, que história é essa que chegou aos meus ouvidos que você vai se separar de Edward Cullen.

Bella deu um passo para trás e depois caminhou para perto do sofá, apoiando-se nele.

- Não é da sua conta – respondeu ela, enchendo-se de coragem, erguendo o nariz.

Renée estreitou os olhos, e os abaixou para a barriga redonda.

– Grávida? – ela falou, arregalou os olhos e depois, riu, sarcasticamente – Bella, Bella... Até que você não é tão idiota assim... Mas... Espere aí... - Renée fitou Bella nos olhos, inclinando a cabeça – esse filho é do Edward, não é?

Bella inclinou a cabeça para o lado, analisando Renée. Usava uma saia vermelha e uma blusa preta, bastante decotada. Sentiu um calor no coração, algo ruim, como se uma mão invisível socasse seu peito de dentro para fora.

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- Saia daqui – falou Bella, baixinho.

- Ora, garota, cale essa boca – mandou Charlie.

Bella tirou as mãos do sofá e ergueu ainda mais o queixo, decidida a não demonstrar medo.

- Saia daqui – disse, mais alto.

- Escute bem aqui, garota – Renée caminhou até ela e agarrou seu braço, jogando-a no sofá – eu não estou nem aí ao que você pretendia engravidando, mas não foi à toa que eu e seu pai vendemos você aos Cullen. Você vai agora ao Edward Cullen pedir de joelhos para ele aceitar você e seu bastardo.

Bella sentiu os olhos queimarem. Engoliu em seco e esperou um pouco até poder falar. Quando pôde abrir a boca, disse:

- Não me importa o que você pensa e o que você quer, Renée – disse secamente – sou maior de idade e faço o que eu bem entendo da minha vida. Saia agora da minha casa, ou vou chamar a policia para fazer o serviço.

Renée deu um passo atrás, como se não esperasse aquela reação dela. Charlie deu um passo à frente, o punho erguido. Mas Renée o bloqueou com um braço.

- Não, Charlie – falou ela – vamos embora. Isabella está nervosa agora. Depois conversamos Bella, querida – ela sorriu – e não precisa nos levar até a saída. Conhecemos o caminho da porta.

Renée segurou Charlie pela blusa e o arrastou até a porta. Com os dois do lado de fora, ela deu uma ultima olhadela para Bella.

- Ah, cuide-se Bella, querida. Ou algo de muito ruim pode acontecer ao bebê.

Renée sorriu maldosamente e bateu a porta.

Bella correu até a ela e girou a chave três vezes.

Correu para o interfone e discou o numero da portaria.

- Portaria...

- Nunca, nunca mais deixe aquele casal subir aqui, entendeu, Marcos?

O porteiro ficou em silencio do outro lado da linha. Depois tornou:

- Ahn... Sinto muito. Ela me disse que era sua mãe...

- Por que não a anunciou?

- Ela disse que queria fazer surpresa...

Bella fungou.

-Ok, mas não a deixe subir mais sem antes me avisar. Aliais, não quero que ela suba nunca mais.

- Sim, senhora.

Bella bateu o interfone no gancho e encostou a testa na parede. Sentiu os olhos arderem e os enxugou depressa nas costas das mãos. Sentiu uma fisgada no baixo ventre e gemeu de dor, fechando os olhos. Respirou muito fundo pela boca, andando lentamente, se deitou com a barriga para cima no sofá, esperando, de olhos fechados, a dor passar.

Como Renée descobrira? E Por que viera atormentá-la? Que culpa ela tinha de qualquer coisa?

Bella buscou o ar pela boca, mas a dor já passara. A campainha assustou-a e ela, muito lentamente, foi até o portal, abrindo-o.

Os rostos pintados de azul e vermelho sorriram para ela e ela forçou um sorriso, que obviamente não chegou aos olhos, por que Jasper inclinou a cabeça para o lado, fitando-a.

- O que houve Bells? – perguntou ele.

Edward se interessou pelo assunto, dando um passo na direção de Bella. Mas ela ergueu uma mão, bloqueando-o.

- Nada, Jasper. Depois a gente conversa. Até logo, pessoal!

Ela pegou a mão de Anthony, e, acenando, deixou os outros do outro lado da porta.

Arrastou Thony até o banheiro e o ajudou a se lavar.

- Foi legal? O Jogo? – perguntou Bella, quando já estava colocando-o na cama.

- Foi. O tio Emmett não... – ele bocejou – não parava de comer cachorro quente.

Bella mordeu o lábio inferior.

- E o papai – continuou ele – me deu um boné dos Rangers. E o Wayne Gretzky autografou pra mim na sápida... Foi muito... – outro bocejo interrompeu a fala do menino – muito legal.

Ele fechou os olhos lentamente e virou de lado.

- Eu te amo, mamãe... – murmurou, colocando uma das mãos sob um lado do rosto e sobre o travesseiro.

- Também amo você, Thony – Bella fez um carinho nos cabelos o menino e saiu do quarto, deixando a
porta entreaberta.

Tomou banho e foi para o quarto, enfiando-se entre as cobertas e fechando os olhos. A dor na barriga recomeçara, e sua cabeça latejou com a lembrança das palavras de sua mãe.

“Ah, cuide-se Bella, querida. Ou algo de muito ruim pode acontecer ao bebê”