Um Amor Eterno
Capítulo Único
Esse era um duelo mortal para ser descrito nos livros de História da Magia, Harry Potter e Lord Voldemort travariam sua última batalha, sem dúvida a maior de todos os tempos bruxos.
- Você meu caro jovem – Voldemort disse com desdém se intrometeu pela última vez. – Você acha que chegou até aqui porque é um grande bruxo?
- Não importa se você planejou os meus passos até aqui – Harry disse cínico – o que importa é que enfim acabaremos logo com isso, pois eu já nem agüento mais olhar pra essa sua cara de cobra!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Então, Harry Potter não é burro! – Voldemort destilou seu veneno – Mas será que é tão inteligente para prever o final que desenhei para ele?
Ele levantou as mãos num sinal e Belatrix surgiu com Gina presa sob amarras e sua atitude demonstrava derrota. Ela estava machucada e vergava seu corpo como se estivesse sentindo muita dor.
O que me importa seu carinho agora
Se é muito tarde para amar você.
- Gina! Meu amor... – Harry disse tomando força em sua coragem – Olha pra mim!
Ela levantou os olhos para encará-lo, mas não havia nenhuma esperança neles.
O que me importa se você me adora
Se já não há razão pra lhe querer...
- Você tem uma boa desculpa para ser tão vil? – Harry imprimia todo seu desprezo – Sempre procurando atacar os indefesos, não é?
O que me importa ver você sofrer assim
Se quando eu lhe quis você nem mesmo soube dar amor...
- O que prefere, Potter? – Voldemort falava indiferente – Morrer primeiro ou assistir a morte quem mais ama?
Voldemort olhou para Belatrix com um sorriso de escárnio estampado no seu rosto deformado.
- Crúcius! – Belatrix apontou a varinha para Gina fazendo-a urrar de dor.
Harry momentaneamente pensou em desviar os olhos para evitar que Voldemort notasse sua fraqueza, mas preferiu não fugir e as lágrimas de desespero contido rolaram pela sua face.
O que me importa ver você chorando...
Se tantas vezes eu chorei também.
- Seu bastardo! – Harry soltou toda sua fúria – Você é um filho de ninguém, filho de um trouxa de sangue ruim – queria despertar o ódio de Voldemort – grande coisa ser um descendente de Salazar Slytherin, você nunca será o grande bruxo que ele foi, pois é menos que um verme rastejante e será conhecido como Aquele Que Não Deve Ser Nomeado porque foi derrotado por sua própria estupidez. – chamou por ela – Gina! Agüente firme e não desista, não desista de mim, não desista de nós!
O que me importa sua voz chamando
Se pra você jamais eu fui alguém...
- Como você ousa, seu moleque atrevido! Esse medalhão que usa me pertence! – Voldemort bufava em fúria – acabarei com esse seu ar de valentia agora! – agitou a varinha e fez a marca negra surgir – Comensais da Morte! Venham assistir a glória de seu lorde!
O olhar de Gina eram dois poços profundos de tristeza perdidos em sua alma enquanto Harry sentia o medo apoderar-se lentamente do seu ser.
O que me importa essa tristeza em seu olhar
Se o meu olhar tem mais tristezas pra chorar que o seu...
O momento de suspense passou e os Comensais da Morte não vieram.
- Infelizmente Voldemort! – Harry sorriu – Eles não virão. O Ministério da Magia finalmente encontrou o seu eixo e a razão – abriu mais o sorriso para ser sarcástico – enquanto eu chamava sua atenção para as horcruxes... – fez uma pausa breve para saborear o momento - eles trabalharam em silêncio pela maior batalha diplomática bruxa e hoje estão assinando um Tratado de Paz com todos os seres desprezados pelo preconceito: elfos, lobisomens, vampiros, gigantes e até mesmo dementadores.
Um vento soprou forte e a marca foi dissipada pelas nuvens ao entardecer.
- Os Comensais da Morte? – Harry continuou implacável – A Ordem de Fênix nunca foi tão forte, não sou o único a ser totalmente um homem de Dumbledore – ele via a surpresa estampada no rosto de Voldemort – alguns morreram com certeza e outros irão para...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Uma sombra ficou visível e se aproximava sorrateiramente de Belatrix, desviando a atenção de Voldemort, era Snape chegando e Harry aproveitou o momento para se aproximar de Gina. O ar se encheu do grito ordenado de duas vozes.
- Estupefaça!
- Expelliarmus!
A varinha de Belatrix voou para longe enquanto ela desabava.
- Gina? – Harry se agachou ao seu lado, mas os olhos dela estavam desfocados e sem vida – Lute! Gina! – balançou-a forte enquanto lhe dizia desesperado – eu estou aqui!
O que me importa ver você tão triste
Se triste fui e você nem ligou
- Traidor! – Voldemort disse numa fúria cega – Avada Kedrava!
- Não! – Harry num ato impensado correu para cima de Snape, derrubando-o no chão antes que o feitiço mortal o atingisse. – Desista, Voldemort. Seu lugar é em Askaban, os dementadores esperam para sugar sua felicidade. A profecia só vai existir a quem der valor a ela, eu não dou a mínima.
- Eu vou mostrar o quanto ela tem valor – os olhos de Voldemort brilharam perigosamente e num sussurro delirante – Avada Kedrava!
- Expelliarmus!
Os feixes de luzes verde e vermelho saíram juntos da varinha de ambos e novamente aquele feixe dourado os envolvia enquanto os elevavam, dessa vez a varinha tremia mais intensamente que da primeira vez, a canção da fênix, o som mais belo de esperança se fez ouvir, porém dessa vez a conta de luzes se digladiaram no meio, a batalha de luzes culminou na volta das contas para cada varinha esfacelando-a completamente.
Voldemort e Harry estavam desarmados, mas o arco de luz em volta deles não se desfez.
- Accio! Varinha de Belatrix! - o lorde ordenou – Accio!
As lágrimas rolavam como pérolas do rosto de Gina, que mantinha a varinha segura em suas mãos.
O que me importa seu carinho agora
Se para mim a vida terminou...
- Você destruiu minha única esperança! – a visão de Gina estava turva e enlouquecida – Eu te amo, Harry! – pareceu ter um momento de lucidez, porém – mas eu te odeio mais... – apontou a varinha para Voldemort e soluçou antes de dizer – Avada Kedrava!
- Gina! Não! – Harry não queria que sua amada se tornasse uma assassina e levantou as mãos invocando a pessoa que mais esteve presente em sua vida – Por Dumbledore! Preciso de você!
Severo havia alcançado Gina e impedido que o feitiço atingisse o lorde, pela primeira vez em sua vida sentiu-se grato pela intervenção de seu professor de poções e por um momento houve entendimento entre eles, logo dissipado pela presença de Voldemort que balbuciava petrificado diante da morte e o medo foi-lhe visível quando o canto da fênix se intensificou e o céu alaranjado ressaltava o arco trazendo a esperança dos que se foram.
Nada de sinistro havia naquela multidão de homens e mulheres que haviam feito a passagem para não mais voltar, alguns conhecidos, seus pais, Cedric, Sirius e Dumbledore, outros eram desconhecidos e lhe sussurravam elogios, palavras de conforto e dando-lhe a força necessária para vencer.
Porém, Voldemort parecia estar em um terrível pesadelo.
- Não! Eu não quero amor – caiu ajoelhado enquanto tremia – Me deixem em paz!
Remo e os outros da ordem de fênix surgiram, eles levavam um Voldemort agitado pela insanidade.
- Não quero ir! Eu sou lorde – os olhos esbugalhados pelo terror – Eu sou Harry Potter! Sou o escolhido! – e depois num tom mais brando – derrotei Aquele Que Não Deve Ser Nomeado.
A vida terminou... Terminou...
- Gina! Volta pra mim - Harry arrebatou-a dos braços de Snape, abraçava forte e em desespero afagava seus cabelos – Eu juro que nada vai nos separar de novo! – sussurrou em seu ouvido – Eu te amo. Hoje desde sempre até o fim dos meus dias.
Um soluço dolorido se fez ouvir e Gina agarrou-o de volta, Harry sentiu que sua vida começava ali.
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