Dark Angel

Capítulo 14 - Eu brigo com a minha melhor amiga.


Capitulo 14 – Eu brigo com a minha melhor amiga.

Acho que não era possível olhá-la sem achar que ela era alguma atriz de cinema de Hollywood, ou algo do tipo. Ela inclinou a cabeça um pouco para o lado, como se estivesse me avaliando, eu não conseguia parar de olhá-la, era como se um vento que não existia balançasse seus cabelos lisos, a aparência dela era quase como uma índia, sem a cor de uma, pois ela era extremamente branca, ela sorriu para mim e eu não pude evitar sorrir de volta.

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- Desculpa a demora. – Leticya falou e se sentou em frente a mim em uma das cadeiras vagas, me impedindo de ver a mulher.

Me inclinei para o lado para avistar a mulher mas ela não estava mais lá, olhei para os lados e nada, ela apenas sumiu.

- Que foi? – Ela perguntou.

- Nada. – Sorri feliz de ver ela de novo em tanto tempo.

Ela parecia exausta, com profundas olheiras, aliás ela sempre tinha leves olheiras, sua pele continuava branca, quase tão branca quanto a da mulher que eu acabara de ver, analisei seus cabelos loiro escuro levemente desgrenhados, o que não era típico dela, eles eram lisos até o fim do fio onde começavam a ter leves ondulações.

Ela estava com seus fieis escudeiros: um casaco de couro, e um salto alto. Com uma blusa preta escrita: Love hurts. Uma calça jeans e uma botinha com o salto alto.

- Eu estou feliz de vê-la. – Falei após alguns segundos a analisando.

- Eu também. – Ela tentou sorrir, mas não me convenceu.

- O que está acontecendo? – Perguntei.

- Ahn, nada. – Ela falou e eu olhei para com cara de quem diz: “Eu te conheço”. – Não é nada, é que... eu tentei falar uma coisa com a minha mãe e ela ficou maluca, estranha, nem parecia ela. – Ela balançou a cabeça como se tentasse tirar da sua cabeça aquela cena.

- Qual assunto? – Perguntei preocupada.

- Stephanie, eu preciso te falar: Todo mundo está dizendo que você tentou matar a sua mãe, que você está envolvida com drogas, que você havia morrido. Você sabe como eu me senti? O que aconteceu? Onde você estava? Por que você não avisou sua mãe? Ela está no hospital Stephanie, o que você fez? Você tentou matá-la? – Ela explodiu em perguntas com lágrimas se formando nos olhos dela, como sempre emocional.

Por um momento eu quis rir, depois me lembrei que provavelmente ela bateria em mim, o que fez eu ter mais vontade de rir, logo após eu me perguntei como responder todas aquelas perguntas.

- Me desculpa. – Falei derrotada. – Eu estava viajando com o Sam e com o Dean, tudo que nós lemos, conversamos, descobrimos, era tudo verdade, tudo. Tudo aquilo existe Leticya. – Sorri e observei sua cara pasma. – E... O resto é meio difícil de explica, e acho que aqui não é o melhor lugar... Mas eu prometo que vou te explicar tudinho!

- Isso não pode ser verdade. – Ela falou perturbadoramente confusa.

- Mas é! Eu posso te mostrar! – Falei e pensei em como eu poderia mostrar para ela sem mais ninguém ver. Abri minhas mãos e mostrei meus dedos.

- O que é isso? – Ela perguntou e passou os seus dedos no meus com os estranhos símbolos.

- Eu adquiri eles após mexer em livros que não devia na casa da minha vó, ela é uma bruxa.

- Hahaha. – Ela riu ironicamente. Droga, e agora? O que eu faço para provar? Já sei!

O celular dela estava no centro da mesa, coloquei minha mão em cima dele sem tocar no objeto, levantei minha mão junto com o celular dela, fiz seu celular levitar e ela ficou imobilizada.

- Existe uma coisa chamada imã sabe - Ela riu nervosa, tentando achar uma provável explicação para aquilo.

- Pelo amor de deus! - disse em um quase grito. Pensei alguns segundos no que poderia fazer, então fiz a melhor coisa que achei. Abri a palma da minha mão, e de repente uma chama se acendeu encima dela.

- Acredita agora? - disse sussurrando.

- Meu deus, apague isso alguém pode ver! - Podia notar o assombro em sua voz, então fechei minha mão e o fogo desapareceu. - Como exatamente você faz isso? - Não sabia dizer se ela estava assustada, surpresa ou maravilhada.

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- Eu tenho poderes! - disse sorrindo, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Então você pode fazer o que quiser? - ela disse quase sorrindo.

- É! Tudo! - eu disse rindo. – Ou quase. – Completei ainda sorrindo.

- Meu deus, isso deve ser tão legal! - Ela disse sorrindo, e finalmente fiquei feliz, pois vi que ela havia começado a acreditar em mim. - Mas o que exatamente você é?

- Bom, eu sou um tipo de anjo do inferno, ou como queira chamar. - tentei pensar em um nome convincente, mas não o encontrei.

- Como assim? Um demonio?

- Não não, quer dizer, sim. Eu sou um demonio. Metade demonio, e metade anjo. - Expliquei.

- Mas isso não vai contra as regras da natureza? Meu deus, como isso aconteceu? - ela disse incrédula.

- Eu nasci da junção de uma demonia, com um anjo.- comecei a explicar novamente - Bom, sabe a minha mãe? Então... Ela estava possuida. Só que meu pai não sabia disso. Pelo menos é o que achamos.

- O tio Pedro? Um anjo?

- Não, não esse pai. Ele não era o anjo. Minha mãe disse pra ele que eu era filha dele, e ele nunca desconfiou. Bom, meu pai não era exatamente um anjo mais. Ele já era um anjo caído, pois anjos não podem amar humanos e nem se relacionar com eles. Regra que meu pai anjo havia violado ao amar, e se relacionar com a minha mãe.

- Mas ele não sabia que ela era um demonio? - Ela perguntava, cada vez mais intrigada. - E então quem é seu pai anjo?

- Não. Ela era normal, mas na hora que eles foram "fazer" ela estava possuida. – Disse. - Bom, eu não sei quem é meu pai anjo. Acho que eu já o vi em alguns sonhos, mas não sei se é ele.

- Ata, entendi. Mas por que ela estava possuída? Alguém planejou isso?

- Eu não sei na verdade. – Ri nervosa.

- Você vai me explicar toda essa história, todinha.

Expliquei a ela tudo. Devo ter demorando umas 2h contando e respondendo suas perguntas. Peguei meu celular, e vi "27 chamadas não atendidas (Sam)" e "32 chamadas não atendidas (Dean)". Resolvi mandar uma mensagem para Dean, pois estava menos zangada com ele. "Estou bem”. Foi a mensagem que o mandei.

Leticya ficava cada vez mais incrédula e surpresa com as minhas respostas, mas podia notar que ela ainda não acreditava sobre Sam e Dean.

- Eu sei que tudo isso é muito legal e tudo mais, afinal você tem poderes! - Ela sorriu - mas Sam e Dean? Isso é loucura demais. Eles são dos livros, sabe? Livros. Sam e Dean, os caçadores. - Ela me dizia como se eu fosse uma criança que ela tentava ensinar as letras. – Por um acaso eles deixariam alguém escrever sobre eles? Contando para o mundo inteiro coisas pessoais Stephanie?

- Olha, eu já te contei tudo Leticya, tudo! Se ainda prefere não acreditar eu não tenho mais o que te dizer. - Lhe disse me sentindo derrotada e um pouco irritada.

- Como eu posso acreditar? Na sua palavra? Eu preciso de algo mais. – Ela falou e parecia que ela ainda estava magoada comigo por ter a deixado assim.

- Desculpe, mas o que tem nesse momento é somente a minha palavra.

PDV Dean

- Mas que droga! – Quase gritei e bati com a mão na mesa do quarto da Stephanie.

- Ela não atende. – Sam disse.

- O que aconteceu? Para onde diabos ela foi? – Dessa vez eu gritei.

- Deve ter fugido de você. – Sam murmurou para eu não ouvir, mas pelo visto, eu ouvi.

Levantei da cadeira, abri a porta e a fechei com um sonoro estrondo, fui para o lado de uma árvore, não sei bem por que, apenas fui.

- Cass, se você estiver ouvindo, vem aqui, eu preciso da sua ajuda, a Stephanie sumiu, e eu sei que ela é muito importante para você, para o Sam, provavelmente para o mundo e... Mas que droga, infelizmente ela também é importante para mim, e muito. – Falei de contragosto.

- Como vocês deixaram isso acontecer? – Ele perguntou sério, afinal ele não usava outras expressões frequentemente.

- Ela fugiu. – Me expliquei. – Ache ela.

- Eu não posso, o colar, os símbolos nas suas costelas que eu fiz me impedem de ver ela. – Ele falou olhando para o chão provavelmente pensando em como achá-la. – Vocês já procuraram pela cidade? – Ele perguntou.

- É claro que sim! – Ao mesmo tempo que eu falei meu celular no bolso da calça vibrou e eu o peguei tão rápido que quase caiu no chão.

Estou bem.

De: Stephanie fofa.

Cass chegou mais perto para ver a mensagem e conteve um provável riso.

- Stephanie fofa? – Ele perguntou.

- Foi ela que colocou assim, ok. – Respondi na defensiva.

Ele olhou para o horizonte como se falasse para si mesmo: Eu nunca vou entender a humanidade. Quase ri com isso.

- Vem. – Chamei ele e ele me seguiu.

Adentrei o quarto e Sam já estava pegando seu laptop. Joguei o celular para ele ler a mensagem e já fui tentar rastrear seu celular pelo computador antes que ela o desligasse de novo.

- Stephanie Fofa? Sério Dean? – Ele revirou os olhos.

- Ela colocou. – Respondi e ignorei o resto dos seus comentários. – Achei! – Sobressaltei da cadeira.

Levantei e eu fui em direção á porta, precisamente até o impala.

- Ahn, Dean, aonde você vai? – Cass perguntou.

- Até o Impala... – Sam quase riu quando pronunciei essa frase.

- Por que nós não vamos via Cass? – Ele perguntou e então me dei conta que ele teletransportaria agente.

- Eu já tava me esquecendo de como era bom ter você por perto. – Falei e bati nas costas do Cass como um agradecimento.

PDV STEPHANIE

Ficamos em silêncio, e de repente meu celular tocou. Era Dean. Resolvi atender, pois não sabia se havia recebido minha mensagem, e não queria deixá-lo preocupado.

- Oi - Atendi como sempre.

- Você está linda. – Ele disse transparecendo o provável sorriso em seu rosto.

- Como? - Respondi rindo.

De repente notei Leticya olhando para algo nas minhas costas de boca entre aberta. Olhei para trás, na direção onde ela olhava e o que vi no meio da multidão de pessoas que caminhavam: Sam, Dean e Cass.

-E-eu... – Ela gaguejou.

Pensei na minha reação que foi um pouco menos chocante que a dela, ela sempre fora um pouco cética, indecisa seria a palavra certa, em relação a todos esses monstros, poderes, e etc.

- Eu não ouvi... - disse em tom de zombaria.

- Ok, eu acredito agora! - ela disse emburrada se rendendo, enquanto eu ria. De repente notei Dean rindo também enquanto caminhava de encontro a nossa mesa.

Me levantei para cumprimentá-los,

- Graças a deus você está bem! - Sam disse me abraçando.

Me assustei inicialmente com a sua atitude, mas logo depois nem me lembrava. Fechei meus olhos, e me rendi, a unica coisa que eu queria era nunca precisar soltá-lo. Ele pressionava minha cabeça contra seu peito, de modo que eu podia sentir sua pele macia e seu cheiro tão doce. O que parecia ter durado horas, não durou mais que 1 minuto. Nos soltamos, vi Leticya com uma cara estranha. Não sei se ela estava assustada pelo fato deles existirem, ou pelo fato de Sam me abraçar.

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- Cass é exatamente como eu imaginei. - ela disse sussurando maravilhada.

- Não sei dizer, não me lembro de ter trocado uma palavra com ele. – Falei murmurando quase para mim mesma.

Afinal, as palavras que eu troquei com Cass foi gritos, e não foram exclusivamente para ele, então...

- A mocinha tem o dom de deixar os Winchester preocupados. - Cass disse sorrindo, em seguida Sam e Dean riram.

Ri também. Eu não sabia o que dizer, me apavorei pelo fato dele ter falado comigo, e ter sido legal e tentado ser engraçado. Me sentia tão estranha falando com ele, um pouco intimidada.

- Ahn, como vocês me acharam? – Perguntei para o Cass, mas foi sam quem respondeu.

- Rastreamos seu celular. – Sam falou sorrindo. Me senti uma idiota por não ter imaginado que eles fariam isso. – Por que você não nos avisou? – Ele falou dessa vez sério.

- Eu precisava de um tempo para mim, e você estava bravo comigo, e o Dean também, e eu iria ter que ver você e o Dean bravos comigo. – Falei e ele cruzou os braços provavelmente querendo saber porque isso seria um problema. - Eu não gosto quando você fica bravo comigo. – Esclareci.

Ele foi pego de surpresa, pois quase ficou imobilizado, como se eu tivesse dito algo extremamente importante, ele abriu a boca para me responder mas foi interrompido por gargalhadas altas, olhei para trás e vi que era Dean e Leticya, eles continuaram rindo até ficarem vermelhos, quando finalmente pararam perguntei:

- O que é tão engraçado? – Perguntei.