Escolhas - Fred e Hermione

Until the very End ~


SETENTA:


Começo então estava narrativa do gênero: memórias póstumas...


Brincadeira. Não joguem nada em mim.


Eu estava imersa na mais profunda escuridão, como se flutuasse em um meio liquefeito... Como se eu fosse liquefeita. Uma sensação de ventura infinita, um remexer ingênito em meu âmago, uma fera desencarcerada, bem como um inquietar trêmulo que percorria minhas veias.

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Bip...Bip...

Era irritante esse barulho que adentrava meus ouvidos e interrompia meu sono profundo e calmo. Irritante e persistente.

Eu devia estar preocupada com alguma coisa, alguém...

Bip...Bip...

Eu devia estar em algum lugar. Alguma coisa importante havia acontecido.

Bip...Bip...

Senti então uma dor aguda no ventre, e um formigamento em minha mão direita. A mesma mão em que a Hermione do passado havia tocado.

Bip...Bip...

Por que havia uma Hermione do passado? Por que eu havia usado o vira tempo?

Bip...Bip...

FRED! ELE HAVIA MORRIDO!

BIP-BIP... BIP-BIP...

O barulho era irregular e ansioso. Espera... Era por isso que eu havia usado o vira-tempo! Eu havia salvado Fred e por isso eu tinha morrido. As lembranças invadiam minha mente e as mais diversas imagens irrompiam, como águas ferozes de uma barragem arrebentada, causando-me dor inimaginável.

Guerra.Fred.Harry.Morte.Vira-tempo.Cameron.Bellatrix.Punhal.Meu Filho.

– AAAAAAH! – Gritei estridentemente e me surpreendi ao notar que sons saiam de meus pulmões e uma luz horrível me ardiam os olhos.

BIP-BIP-BIP-BIP...

E então eu comecei a hesitar... Se eu estava morta, por que diabos havia esse barulho irritante no céu? Ou será que eu havia ido parar no inferno?

Meus olhos se acostumaram com a luz e eu então consegui observar onde eu estava. Ou o céu/inferno tinha uma sala de espera muito parecida com um quarto de hospital ou...

– DEU CERTO! EU NÃO MORRI! – Eu disse eufórica.

Bem, sobre isso, deixe que eu explique melhor. Quando Harry deu sua vida para salvar a todos no colégio (isso me lembra ligeiramente o que Jesus fez pela humanidade... ou o que Goku fez...) ele criou uma barreira em todos que ali estavam, então eu pensei que se o feitiço me atingisse, nada aconteceria.

Bem, é claro que eu não me preocupei muito com o punhal...

– É não foi dessa vez que você conseguiu se matar. – uma voz felina veio do canto do quarto.

Foquei na figura loira que sorria.

– DRACO! –eu disse alegre em saber que ele estava vivo, a euforia tomando conta de mim.

Ele andou até mim e me abraçou sufocantemente, tinha olheiras profundas e hematomas antigos de um tom esverdeado espalhado pela pele.

– Eu não sei se te bato, ou o que... Você tem merda líquida na cabeça? – em meio segundo o loiro estava dependurado no meu pescoço, me apertando em um abraço monstruoso. Às vezes eu me esquecia de que Draco era um cara... Sabe... Grande.

– Desculpe... – sussurrei retribuindo desajeitadamente seu abraço. Notei então que estava somente com uma calça de moletom fina enquanto a parte de cima do meu busto estava completamente enfaixada.

– Onde está Fred, o que aconteceu? – eu disse levando a mão instintivamente à minha barriga.

Eu não podia perguntar como estava o bebê, afinal de contas, seria difícil eu explicar como eu sabia que estava grávida.

“Bem, é que eu invadi a sala do meu antigo diretor, roubei o vira-tempo, e quando eu decidi voltar no passado para salvar Fred, que na verdade devia estar morto, eu tive um ataque epilético e delírios com um deus da mitologia grega que me disse que eu estava grávida.”

Aí mesmo é que eu passo da UTI para me tornar colega de quarto de Gilderoy Lockhard.

Draco fez uma careta de choro.

– Você precisava urgente de um fígado... E bem... Fred... Ele...

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BIPBIPBIPBIPBIPBIP

– O QUE?! –Eu gritei desesperada – C-COMO? NÃO PODE SER... EU NÃO...

– Hermione? Tudo bem? Ela acordou? – uma cabeça ruiva brotou na porta.

E eu engoli meu desespero enquanto me engasgava de alívio. Draco maldito ria-se ao meu lado. Era Fred, com um copo de isopor na mão e uma bebida fumegante, cabelos desgrenhados, e abriu um sorriso quente e genuíno quando me viu acordada.

– Desculpa... Eu sempre quis fazer isso... – e ria-se mais o loiro.

Sem pensar duas vezes agarrei os fios loiros ao meu alcance e puxei seu cabelo com toda minha força, batendo a cara dele no colchão e arrastando a cara dele contra os lençóis abafando os risos, os pedidos de desculpa, as preces por misericórdia, e as promessas de que nunca mais faria aquilo.

– O que aconteceu aqui? – Fred disse se aproximando do leito.

O meu monitor cardíaco quase explodia. Soltei Draco, pois senti uma pontada no diafragma. O loiro desenterrou a cara dos lençóis e deu inspirou longamente vermelho de tanto rir e gritar.

– Essa doninha idiota... Depois dessa vou deixar o Fred te botar pra dormir no armário de vassouras. – apontei-lhe o dedo violentamente. – você que me aguarde Draco Malfoy...

Tirando-me de todo aquele turbilhão, senti um par de braços me acolherem. Fred beijou o alto da minha cabeça e riu contra meu cabelo.

Senti meu rosto ficar quente e o sangue se concentrar em minhas bochechas.

– B-bem... Como estão os outros? Voldemort foi derrotado? – eu disse séria. – Há quanto tempo eu estou apagada?

E então, o clima esfriou e um calafrio percorreu minha coluna. Fred e draco trocaram um olhar tenso.

– O-onde está Harry?

Draco não tinha mais resquícios de riso, levantou-se silenciosamente e beijou o topo da minha cabeça, afagou o ombro de Fred e saiu do quarto.

– Fred! O que está acontecendo? – eu disse nervosa.

Ele sentou novamente em minha frente, e segurou minha mão.

– Antes de mais nada, está todo mundo bem. Não perdemos nenhum dos nossos. – ele disse tranquilizadoramente. Suspirei aliviada. – Não está acabo. Quando você se lançou na frente daquele feitiço, ele ricocheteou e acertou Voldemort... Contudo... Os comensais fugiram... Nós achamos que como Harry era a última Horcrux,talvez Voldemort finalmente tivesse morrido...

Suspirei profundamente e tentei me controlar. Mas o rosto ofídico invadia minha mente eu era capaz de sentir o hálito podre dele perto de mim. Foi como se eu voltasse a ficar presa nas distorções de minha mente.

A guerra não tinha acabado e era minha culpa.

– Você ficou desacordada por três emanas, nesse meio tempo começamos um multirão para reconstruir a escola, mas parece que até tudo ficar pronto as aulas vão ser em um lugar diferente... E Hermione... Tem outra coisa... – Fred disse cauteloso. – quero que saiba que eu vou te apoiar seja qual for a sua decisão...

– Desembucha. – eu murmurei.

– Você está grávida.

Ele falou aquilo com um tom engraçado, como se eu fosse me transformar em um dragão louco e arrancar meu útero com meus próprios dentes.

“Para todos os efeitos você não sabia de nada sua mongolona!”

Ah é... Fingir surpresa parra não ser internada...

– Ér... Eu o que? – gaguejei dissimulando minha melhor cara de espanto e choque.

– Eu entendo se você não quiser ter o filho agora... Somos jovens, e você sempre me disse que não queria ter filhos... Então eu quero que saiba que eu vou estar aqui... Seja qual for sua decisão.

Ele também estava vermelho, e eu sabia que ele era meio careta. Ele queria ter filhos, ter família casamento. E pela primeira vez, eu o entendia.

E o amava mais ainda por ele estar acima de tudo, ao meu lado.

– Quantos meses? – murmurei entrelaçando nossos dedos.

– Sequer um. Pelos meus cálculos foi antes da invasão de Gringotes... – ele estava realmente vermelho e fitava o lençol com afinco. – você vai abortar?

A questão aqui não é a moralidade do aborto. São duas vidas que mudariam drasticamente, uma criança é algo sério, quanto mais em tempos de guerra. Eu sequer tinha 19 anos.

– É claro que não. – respondi colocando a mão sobre o ventre. – vamos fazer dar certo.

Não preciso sequer dizer o brilho que invadiu os olhos de Fred. Ele de fato considerara o aborto por minha causa, por que eu nunca quis ter filhos. Mas estava escrito na testa dele a alegria dele em saber que seria pai.

– Mas vamos manter em segredo por enquanto... – eu disse sorrindo.

Ele abriu um largo sorriso e me tomou nos braços, beijando-me intensamente e transbordando alegria. Sorri de lado e inclinei minha cabeça.

– Chega né seu Físico tarado, se alguém te ver assim vão suspeitar.

– Mi-mi-mi Analista estraga-prazeres ... Nem adianta que eu estou mais feliz que pinto no lixo… acho que esse é o segundo dia mais feliz da mina vida.

– Segundo?

– O primeiro foi quando eu te convidei para ir ao baile comigo, por causa de uma aposta idiota, e você aceitou.

Meu rosto queimou o peito acelerou a barriga embrulhou e eu comecei a gaguejar.

– Pare de ser fofo... Isso é estranho! – eu disse abaixando o rosto.

– o que eu posso fazer se amo te ver envergonhada. – ele disse segurando meu rosto firmemente pelo queixo enquanto aproximava-se cada vez mais de mim.

– N-neandertal idiota... – eu senti seu hálito quente próximo à minha boca.

– Energúmena teimosa...



***ISN’T THE END YET***


Nota da Auta Final: Bem Fremioníacos de plantão, esté é o fim da primeira temporada, àqueles que quiserem a segunda temporada é:

https://www.fanfiction.com.br/historia/226406/Assombrada_-_Fred_E_Hermione

Espero encontrar vocês por lá ºuº

Mas caso não encontre, me despeço aqui, com um grande abraço, um beijo na bochecha, e meus votos de tudo de bom ^-^


OYASSUMINASAI


\"\"


Videozin pra finalizar: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=P8nqTABF6No



Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.