Escolhas - Fred e Hermione

Wellcome to my Life.


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TRINTA E SEIS:

Eu estava no meio de uma rua deserta e úmida, Harry e Rony ofegantes ao meu lado.

Metia a mão em minha bolsa e tirava blusas limpas e normais para Harry e Rony pudessem se trocar e se passar por trouxas normais.

Senti meu peito afundar e todo meu mundo desmoronar. A realidade acaba de arrombar minha porta, e sua cara era feia e distorcida. Eu estava no meio de uma guerra. Era real. E não tinha nada, absolutamente nada de bom em uma guerra.

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Fred havia ficado para trás e eu sabia que esse era o único jeito. Só voltaria a procurá-lo quando tudo isso acabasse. Se acabasse.

Senti um calafrio percorrer meu corpo. Estava realmente frio aqui.

Girei o pescoço até estralá-lo e me apoiei com as costas na parede mal cheirosa. Meus olhos estavam molhados, a desesperança que me sufocava era palpável, eu sentia como se a última vez que eu sorri fora em outra vida. Muito provavelmente eu morreria tentando voltar a sorrir.

- Mas que merda! Como eles sabiam? – Rony disse passando os dedos entre os cabelos.

- Como você acha hein seu idiota? – Harry berrou. – grande idéia eu ir para a Toca! Nem um pouco óbvio! – ele disse sarcástico – Eu ainda fui dar ouvidos a vocês! Eu devia ter ido embora antes! – ele disse chutando a parede.

- Genial! – Rony berrou igualmente revoltado. – então por que você e seu heroísmo idiota simplesmente não foram para o quinto dos infernos de uma vez?

- Chega! – eu berrei histérica atraindo atenção dos dois garotos que estavam a um passo de começarem a se espancar.

Ignorei meu queixo tremendo e engoli o choro. Com meu peito dolorido e os olhos em brasa sufoquei toda a minha tristeza e suspirei longamente, como se eu conseguisse, naquele breve ato, diluir o desespero que me possuía até as raízes.

- Não podemos discutir. – eu disse esfregando os olhos, eliminando qualquer vestígio de lágrimas. – não tem mais volta, e de agora em diante, somos só nós três. – eu disse com a voz firme.

- Por que não trouxe Fred? – Rony perguntou observando meus olhos já vermelhos.

- Foi melhor assim. – resmunguei limpando meus olhos molhados e tentando ficar séria. – Voltarei a falar com ele quando tivermos derrotado Voldemort.

Pelo menos Fred estaria bem. Pelo menos, ele estaria a salvo.

Por mais que eu tentasse, eu ainda me sentia extremamente triste e para baixo. Alguma coisa estava errada.

E então, muito rapidamente um frio atravessou meu corpo, e lampejos negros adentraram o beco escuro. Homens encapuzados começaram a atacar com feitiços multicoloridos que cegavam de tão brilhantes, e confundiam meus olhos já acostumados com o escuro.

Como eles haviam nos achado?

Assim que tive condições de revidar, vi Rony ser imobilizado por dois dos comensais que haviam surgido. Senti as costas de Harry contra as minhas, e assim ficamos, duelando e revidando os feitiços que vinham em grande número. Tinham quatro comensais ali.

Eles estavam em maior número. Eles iam vencer. Eu ia morrer ali. Estava tudo acabado.

- Como eles nos acharam? – Harry mal acabou a frase quando caiu de joelhos gritando.

Desviei mais um feitiço e olhei atônita para Harry caído no chão, e assim que virei meu corpo para encarar o moreno o meu pessimismo foi desvendado.

Dois Dementadores grandes magros e de aspecto fétido se concentravam em Harry.

Sabia por que me sentia tão mal, mas ainda não tinha idéia de como Dementadores e comensais souberam que estávamos ali.

- Hermione... – Harry gemeu.

Eu precisava fazer um patrono. Eu precisava. Eu precisava. Mas eu não era capaz.

Um dos Dementadores voltou seu imenso corpo para mim e eu caí de joelhos. Como se um fio invisível fosse puxado para fora do meu corpo senti algo ser puxado de mim. Não fazia mais diferença, eu em breve estaria morta.

E longe dele. O que mais me doía era saber que eu morreria longe dele.

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- Finite! – escutei Harry gritar longinquamente.

- Expecto Patrono! – a voz de Ron preencheu o ar.

Contudo, Rony nunca foi bom em patronos, fazendo com que seu cão prateado apenas afetasse ao Dementador que estava sobre Harry.

Vi os lampejos voarem novamente ao meu redor, Harry e Ron duelavam agora com um comensal, ao que parece eles tinham conseguido imobilizar os demais.

A linha em meu peito era espessa agora, gélida e atravessava meu corpo indo de encontro com a criatura escura em minha frente.

Então o cão prateado, latindo ferozmente finalmente se colocou contra o imenso ente em minha frente, afugentando-o para as trevas da noite londrina.

Senti meu peito aos poucos se aquecer. Mas quem disse que o meu desespero foi embora?

Com a cabeça girando, eu me apoiei na parede perto de mim e me levantei sentindo um terrível mal-estar.

- Você está louca? – Rony berrou comigo.

- Quer nos matar Hermione? Por que diabos não fez o patrono quando teve chance? – Harry estava escarlate. – Um erro desses, quase nos mata! – ele disse com raiva.

Mordi a parte de dentro de minha boca para não começar a berrar e chorar ali.

- Desculpa. – eu disse ajeitando meus cabelos atrás da orelha e observando os comensais caídos e imobilizados.

- Desculpa? – Rony disse possesso – Desculpa é o que você fala quando quebra um copo, Hermione, acho que você não está entendendo: nós estamos numa maldita guerra! Você ficou parada, assistindo enquanto nós éramos mortos!

- Eu não consegui! – eu gritei novamente com os olhos flébeis. – Sinto muito se eu não tenho nenhuma merda de pensamento positivo para fazer essa droga de patrono! – berrei a plenos pulmões.

Rony e Harry me olhavam assustados. Ambos como se tivessem levado um chute no estômago, eu apenas juntei minha bolsa que havia caído no chão e marchei para longe do beco.

Sem palavras eles me seguiram.

Rumamos pelas ruas olhando para os lados, e era possível ver que ambos haviam ficado sem jeito e agora sentiam remorso em ter me tratado daquele jeito. Ambos porém, muito orgulhosos para admitirem e me pedirem desculpas.

Tudo que eu queria era me trancar em meu quarto, ligar o som no último volume, para que ninguém pudesse me ouvir gritar.

Eu queria estar sozinha. Queria poder ficar quieta, apenas deitada, sem pensar em nada.

Obviamente, eu não podia.

Após muito andar, fomos parar no café da estação de metrô em que Harry costumava ficar nas férias para fugir dos Dursley.

- Querem alguma coisa? – uma mulher de cabelos pretos perguntou claramente incomodada em ter clientes àquela hora da noite.

- Um Cappuccino. – eu disse sem emoção.

- Dois. – Harry murmurou cabisbaixo.

- O mesmo. – Rony disse em tom de dúvida, provavelmente se perguntando o que diabos seria um Cappuccino.

- Para onde vamos? – eu perguntei.

- Podíamos ir para a Biblioteca. – Rony sugeriu.

- Claro! – eu disse exalando ironia – como se Fred não fosse lá me procurar. Oh! Eu tive uma idéia, por que não vamos logo nos esconder na mansão Malfoy? – eu disse sarcástica e derramando veneno.

-Escuta aqui Hermione, você não foi a única que teve que abrir mão de algo aqui ok? – Rony se irritou.

- Ah desculpa, mas eu acho que fui a única sim! – eu esbravejei – Você deu um tempo com a Lilá, por que ela aceitou ficar em Hogwarts enquanto nós caçamos Horcrux! Gina, a mesma coisa. Eu tive que impedir Fred de vir junto! – eu parei de falar, pois sabia que se eu continuasse iria voltar a chorar.

- Você fez isso de idiota que é. Ele é de maior, se ele quisesse vir ele poderia. – Rony cruzou os braços fechando a cara para mim.

Respirei fundo e me esforcei para engolir o nó em minha garganta, tentando não pensar no que eu tinha deixado para trás e segurando minhas mãos inquietas que queriam encher o Rony de tapa.

- Rony, seu grande idiota, se a Lilá fosse de maior e quisesse vir de qualquer jeito, você traria ela conosco? – eu pisquei fortemente enchendo os pulmões de ar, arrumando paciência Merlin sabe lá da onde.

- Não. – ele disse em tom de obviedade.

- E por que não? – eu cruzei os braços.

- Por que é muito perigoso. – ele novamente disse com obviedade.

- E se ela ainda assim quisesse vir?

- Eu faria alguma coisa para não deixar que ela viesse.

- Exatamente! Só que a “coisa” que eu tive que fazer, foi dizer para o garoto que eu amo que eu NÃO o amava, e sim ao grande imbecil do irmão mais novo dele! E ainda disse que era para ele me esquecer e me deixar em paz. Sabe o que mais? Sabe qual o pior? – Tarde demais eu já estava me debulhando em lágrimas – ele acreditou! Eu consegui fazê-lo me odiar, e ele, como eu esperava, não veio junto conosco... Então desculpe Rony, mas eu acho sim que a única que realmente abriu mão de alguma coisa! Eu estou no meu limite, que estou quase quebrando!

- Eu... Eu não sabia... – Rony começou a murmurar com as faces coradas.

- Bem vindo a minha vida! – eu disse desviando o olhar com o rosto quente de raiva.

Senti um soluço querer irromper, mas o segurei firmemente, decidindo ser forte e não chorar. Minha respiração forte aos pouco conteve as lágrimas que rolavam queimando meus olhos.

Harry que estava ao lado de Rony em minha frente, esticou a mão para poder acariciar a minha. Assim que notei seu movimento afastei minhas mãos deles. Eu sabia que não era culpa dele, mas eu estava tão machucada, que estava distribuindo veneno. Minha consciência pervertida estava brava com Harry, culpando-o por não ter matado Voldemort quando teve chance. Culpando-o por deixar Rabicho escapar.

E então uma idéia me ocorreu.

Se eu voltasse no terceiro ano e avisasse a Hermione de 14 anos sobre Rabicho, ela mataria o rato, e nada disse estaria acontecendo. E eu não ficaria louca já que eu já sabia que era possível mexer com o vira tempo.

Sirius ficaria vivo. Cedrico ficaria vivo. Voldemort não voltaria. Dumbledore ficaria vivo. E eu ficaria com Fred.

- Então os sonhos são uma mensagem da nossa linha do tempo, dizendo que o eu do futuro desregulou a minha balança do tempo? – eu disse começando a sentir minha respiração pausar.

- Exatamente! – a professora olhou para mim. – A linha do Tempo manda visões da sua vida, em como ela seria, sem ser alterada, e de como ela ficará se o “você” do futuro voltar no tempo e acabar mudando algo!”

---

- Crucio! – Voldemort sibilou.

Como se mil agulhas quentes perfurassem meu corpo eu me dobrei de dor. Eu berrei em tom agudo, eu quis morrer. Mas eu não podia, não podia abandoná-lo, Comecei a sangrar e sabia que iria perdê-lo.

- NÃO! PAREM! POR FAVOR! POR FAVOR! – ele gritava em algum lugar da minha mente.”

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E se a pessoa que gritava em meus sonhos fosse Fred? E se eu mexesse no passado de Rabicho e eu o perdesse? Mas e se isso acontecesse caso eu não mexesse no passado?

Eu não agüentaria ser responsável por sua morte. Eu não poderia colocá-lo em risco, arriscando uma viagem longa no passado como essa seria. E de acordo com a professora de Runas, quanto mais antiga a viagem, mais perigosa ela será. Valeria a pena arriscar?

- Seu Cappuccino. – xícaras foram colocadas barulhentamente na mesa e eu saltei assustada, acordando de meus devaneios e desvidrando o olhar que eu mantinha fixo eu meu colo.

- Obrigada. – eu não consegui sorrir.

Era o que eu precisava, uma boa dose de cafeína, que pudesse reanimar minhas células, que a esse ponto já cometiam suicídio.

- Hermione, eu sinto muito. – Foi Harry quem murmurou.

Olhei o moreno mais descabelado e sujo que o comum e me arrependi de ter pensado coisas tão injustas ao seu respeito.

Respirei fundo e abri um sorriso triste. A velha Hermione protetora começando a brotar, e eu quis com todas minhas forças proteger Harry. Até mesmo Rony, o ruivo com quem eu não estava falando no momento despertou em mim um instinto de proteção.

- Para onde vamos? – eu murmurei.

- Podíamos ir para um Hotel trouxa. Ou montar a barraca em algum lugar bem longe daqui. – Rony disse ainda meio emburrado.

- Melhor acamparmos, vamos economizar dinheiro, não sabemos se vamos precisar. – eu disse dando mais um gole do meu café.

Rony foi tentar me imitar e deu um gole do café. Logo em seguida ele fez uma careta e voltou a cuspir o conteúdo na xícara.

- Profundezas do inferno! Isso é nojento. – ele teve um calafrio.

Harry riu, e eu acabei por sorrir junto.

- Vamos ter que listar todos os lugares em que Voldemort já esteve, e onde ele pode ter escondido as Horcruxes. – Harry cochichou.

- Pare de dizer o nome. – Rony disse bravo – E pelo que Harry me contou, são lugares simbólicos aqueles que ele escolheu para esconder as Horcruxes. – Rony disse também cochichando.

- Acho que pode ter algo em Godric’s Hallow. – Harry disse tentando disfarçar ansiedade em sua voz.

- Eu ainda acho que Dumbledore deixou algo no livro. Ele não nos deixaria sem nada e...

- ABAIXA! – Rony gritou puxando meu braço fazendo com que eu deitasse meu tronco sobre a mesa enquanto eles sacavam as varinhas e uma feira de cores começava a percorrer a cafeteria.

Passei por debaixo da mesa e me juntei a Harry e Rony contra dois comensais que haviam brotado do além no meio da cafeteria.

Que Merlin me odeia não é novidade, mas fazer nascerem comensais do chão já é exagero!

- Como eles nos acharam? – Harry perguntava incrédulo. – Não pode ser coincidência.

Rony estuporou um dos comensais, enquanto eu e Harry acertávamos o outro com um feitço de petrificação. Ele o atingiu na cabeça e eu no peito.

Ofegantes nos aproximamos do corpo petrificado. Rony ergueu seu apagador e recolheu todas as luzes do local. Eu acenei a varinha e fiz com que as cortinas descessem.

- Esse aí não é o vice ministro? O tal Augusto Rookwood? – Rony disse vermelho de raiva. – acho que devíamos matá-lo. Ele teria feito isso conosco.

- Acho que agora ele é Ministro. – Harry bufou, provavelmente lembrando da morte inesperada de Scrimgeour horas antes. – Talvez devêssemos matá-lo.

- Não, se não daremos motivo para nos perseguirem, poderão usar isso contra Harry, acabando com os últimos focos de resistência contra Voldemort.

- Você está certa. – Rony murmurou esquecendo-se de ficar bravo comigo e vice-versa.

- Vamos apagar a memória dele. – Harry decidiu sabiamente.

- Você tem mais prática... Tudo bem? – Rony afagou meu braço como em um pedido de desculpas não verbal.

Afirmei com um aceno de cabeça e sorri-lhe. Concentrei minhas atenções agora no Ministro da Magia, caído aos meus pés com a marca-negra em seu braço. Respirei fundo.

- Obliviate. – eu disse estabelecendo uma linha entre minha varinha e o rosto dele, aos poucos desfocando seu olhar.

Assim que acabamos de tirar as memórias dos comensais nos preparávamos para sair, mas Merlin, em mais uma demonstração de ódio a minha pessoa, mandou a garçonete trouxa sair da cozinha, distraída com seus altos fones de ouvido.

Contudo, assim que viu o local destruído, tirou os fones e olhou para nós assustada, provavelmente se perguntando se nós éramos filhos do demônio destruidores de cafés. Logo em seguida olhou os corpos caídos dos comensais.

Acho que ela definitivamente não tinha uma boa impressão sobre nós.

- Muto Memoriae! – eu disse antes que ela pudesse fazer qualquer movimento.

Era um feitiço avançado, e muito complicado, que eu ainda não tinha treinado, em que é possível acessar a parte alfa do cérebro do seu alvo, e logo, mudar lembranças ou confundir a realidade. Dizem que é quase tão complicada quanto realizar um Império.

Oclumentes conseguem resistir a ela, e Legilimens são muito bons manipuladores de memória. Mas é claro, é uma magia de uso restrito, já que há documentação de bruxos que enlearam pessoas, fazendo-as se jogarem de precipícios confundindo seus sentidos e fazendo-as acreditar que irão apenas pular um degrau da escada de sua casa.

Um exemplo dessa magia é o Desenho trouxa “Anastácia”, quando o maquiavélico Rasputin manipula os sonhos da jovem princesa e faz com que ela quase pule em alto mar.

Obviamente, manipular uma pessoa dormindo é 100 vezes mais fácil do que acordada.

Depois de muito esforço, notei as pupilas da trouxa aumentar e logo depois se contraírem. Comecei a sentir algo quente ser puxado de meu braço através da varinha enquanto ia de encontro à garçonete onisciente. Comecei a me sentir cansada e ofegante.

- Você foi assaltada, e conseguiu desacordar eles. Ninguém mais esteve aqui esta noite.

Deixei meu braço direito cair enquanto saia dali com Harry e Rony. Ambos estáticos me observavam.

- Você é genial.

Eu teria sorrido, mas meu braço formigava incomodamente e eu me sentia fraca. Era um feitiço que requeria sua energia física para funcionar.

E isso que ela era só uma trouxa, sem resistência nenhuma e em estado de choque. Eu jamais teria conseguido fazer isso em um bruxo.

- Obrigado. – finalmente murmurei. – vocês acham que Harry ainda pode estar rastreado?

- Não... O rastro se quebra aos 17. Não é possível.

- Eu sei onde podemos passar a noite. – Harry disse do nada fugindo do assunto.

O trio trocou entre si um olhar cúmplice. Por um instante, fiquei feliz em saber que se fosse para passar os piores dias da minha vida, ao menos seria com meus melhores amigos ao meu lado.

***

Chegamos ao Largo, cansados, e após uma aparição enfeitiçada de Dumbledore, decidimos que Rony e Harry dormiriam no quarto de Sirius e eu dormiria no quarto de seu irmão, Régulos Black.

Dirigi-me ao meu quarto que tinha decorações verdes e prateadas, de especto sombrio e macabro.

Deitei-me na cama e não consegui dormir, não havia luz o quarto fazia barulhos horripilantes.

- Crucio! – Voldemort sibilou.”

Abri os olhos que a muito pouco estavam fechados e me levantei da cama, correndo porta a fora com minha bolsa em baixo do braço.

Os corredores empoeirados e sepulcrais me assustavam horrivelmente, fazendo-me quase chorar de desespero.

Entrei no quarto de Sirius correndo onde Harry e Rony rachavam a cama, Rony já roncava.

- Harry... Rony... – chamei-os entrando no quarto e parando ao pé da cama.

Rony roncou e abriu os olhos assustado, Harry apenas esfregou os olhos e depois me olhou de modo sonolento.

- Mione? – Harry perguntou.

- Posso dormir com vocês? – eu disse ainda cochichando.

- Pode... – Harry lançou um olhar de consulta a Rony.

- Tanto faz. – ele bocejou longamente.

Não fiz cerimônia. Enfiei-me entre os velhos lençóis e cobertas e me aconcheguei entre os garotos.

- Por que quis mudar de quarto? – Rony murmurou de olhos fechados.

- Pesadelo com Voldemort. Fiquei com medo daquele quarto... – eu disse sentindo o calor deles.

Harry deu uma rápida risada.

- Ow coitadinha dela... – ele se virou e me abraçou como se eu fosse uma criança.

- E realmente, - Rony se virou, também passando um braço ao meu redor. – eu e Harry temos muita cara de casal Gay que atura a pirralha adotada que tem medo de escuro.

- Se matem. – eu disse sorrindo enquanto era fisgada pelo sono. – Boa noite, Pais. – brinquei.

- Boa noite filha. – eles disseram junto.

E no limite da consciência meu pensamento foi até ele.

“Boa noite, Fred.” Pensei sentindo meu peito se espremer.