Paper Lanterns

Party Poison (Gerard’s POV 1)


Eu cheguei na festa e estava tudo muito bem arrumado, bonito, tinha DJ, pista de dança, tudo que uma festa tem direito. Era a festa de 18 anos da Ash. Ela ainda estava dentro da casa – que por sinal era grande e bonita –, no quarto se arrumando. Eu tinha chegado um pouco mais cedo, porque ela pediu a minha ajuda para terminar de arrumar as coisas.

O meu presente com certeza seria o maior, era um urso bem grande, muito parecido com o que eu tinha desenhado pra ela. É eu tinha desenhado um urso no caderno dela.

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Fui recebido pelos pais dela que pediram pra eu entrar e me avisaram que ela estava no quarto. Subi as escadas e cheguei lá. Estava ela, com um vestido lindo, de braços abertos para mim sorrindo. Eu larguei o presente e a abracei.

- Eu estou tão feliz, enfim vou fazer 18 anos.

- Parabéns, meu amor!

- Aw obrigada Gee.

- Olha o que eu trouxe pra você – eu peguei o urso.

- Que lindo – ela me deu um beijo.

- Você precisa de ajuda pra alguma coisa?

- Aham, só terminar de arrumar as coisas.

- Ok.

A gente arrumou as mesas, enfeitou as paredes, beliscou brigadeiros e algumas horas depois – que pareceram segundos – a festa já estava cheia de gente.

Tinha um cara entregando uns papéis, parecia que uma banda ia tocar na festa, eu fui ver o que era.

- Olá – o tio do papel disse - Aqui, a banda que vai tocar na festa, a Flogging Bears. Aproveitamos a situação pra divulgar os próximos eventos que a banda vai fazer, se você curtir o som, é só aparecer nesse shopping daí – ele falou apontando para o papel – e dar uma moral pros caras.

- Esse logo... – eu falei estranhando o urso impresso no pequeno papel.

- Maneiro, né? É novo.

- Logico que é maneiro, fui eu que desenhei.

- Hã? Não foi a Ash.

- Não, fui eu.

- Não, ela que desenhou, e vou te contar um segredo, ela fez isso só pra ter assunto, sabe, e dar uns pegas no baterista.

- Ela tá ficando com o baterista da banda?

- Tá, sim.

- E qual é o nome dele? – perguntei nervoso.

- Pete.

- Ok, obrigado.

- Garotinho estranho, eu hein? Parece até que é namorado da Ash – ouvi ele sussurrando.

- Pois é, sou mesmo – gritei, já me distanciando do cara.

Não tinha hora melhor – ou pior - pra eu chegar naquela cozinha. Estava Ashley e um cara, que provavelmente seria Pete, se agarrando em cima da mesa.

- Caham – enterrompi.

- Uh, Gerd, eu posso explicar...

- O que é isso?

- Ah, quer saber, não preciso inventar nada, não. Cansei de ficar fingindo que te amo. Já basta, já consegui seu desenho e já consegui o amor de Pete. Já é suficiente.

- Ok, eu não te amo, mesmo – e não menti, depois dessa, foi como se o amor tivesse evacuado do meu corpo, ele estava cheio de ódio, eu não tinha só sido traído. Eu tinha sido enganado o tempo inteiro.

- Você escreveu uma música pra mim.

- Que seja, eu não te amo como eu amava ontem. – eu a entreguei uma foto nossa que eu guardava no bolso. Ela pegou e rasgou.

Eu saí da cozinha, irritado. Eu esperava que tudo saísse perfeitamente ruim pra ela naquele dia. Tudo aquilo que um dia foi amor, de repente tinha se transformado em ódio.