Até que se Tornem Lembranças

Capítulo 12 - Rir é o Melhor Remédio


Jaqueline esperou Antônio colocar as compras no carro para se despedir das crianças.

- Bom... – entrou no carro ligando o motor – não cheguem muito tarde.

As crianças acenaram até o carro desaparecer.

- E agora? – Laura sorriu – O que faremos em plena segunda-feira?

- Eu conheço um lugar muito bom para irmos – Luiz disse enigmático – Você concorda em levarmos Laura para lá?

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- Eu sabia! – Marco lançava um olhar travesso – Lá será ótimo.

Laura olhava de um para outro, pois eles conversavam como se ela não estivesse ali.

- É só ficar quieta e vocês me desprezam – Laura gesticulou de maneira exagerada – Que tal me perguntar para onde eu quero ir?

- Perguntamos para ela? – Luiz indagou – O que você acha, mano?

- Desta vez temo que não! – Marco disse categórico – infelizmente são dois contra uma, Laura.

- Logo vi que sou minoria – Laura fingiu zanga - garotos!

Antônio aguardava paciente ao lado do furgão, conhecia os dois garotos bem demais para saber onde queriam ir para se divertir e que Laura seria a vítima desta vez.

- Antônio! – Luiz disse de supetão – Ao lugar de sempre.

O motorista correu a porta do furgão acionando a alavanca do elevador, que desceu para acoplar a cadeira de rodas do Marco enquanto Luiz e Laura se acomodavam nos assentos, assim que todos se instalaram Antônio iniciou a corrida rumo ao local desconhecido.

- Você quer comer uma sobremesa? – Marco ofereceu – Nem tivemos tempo lá no restaurante.

- Acho que se ingerir mais alguma coisa, eu irei estourar – Laura lamentou – é melhor ficar sem jantar.

- Não diga bobagem – Luiz disse sério – você tem é que comer mais, está só osso.

- Luiz e sua delicadeza peculiar. – Marco alfinetou – não liga, Laura.

- Não ligo – mostrou a língua. – Mas... Acho que vou aceitar um petisco. Tem chocolate branco?

- Vai ter que brigar pelo último pacote – Marco fitou Luiz de esguelha. – Ele também é fissurado.

- Não! Vai ficar sem... – Laura riu muito – Vingança por me chamar de esqueleto.

- Eu não te chamei de “puro osso”, mas... – disse num tom de concessão e pegou um pacote de biscoito recheado – pode ficar.

- Humm! Porque a “porcaria” do vizinho parece sempre melhor? – Marco tomou o pacote das mãos de Luiz – Sinto muito, mano velho! Esse é meu.

Luiz apenas quebrou um grande pedaço do chocolate de Laura comendo-o de uma bocada só.

- Ei! – Laura protestou – o que eu tenho com isso, foi Marco quem pegou seu pacote de biscoito.

- Eu menti! – riu da cara injuriada de Laura enquanto saboreava – eu queria mesmo o seu chocolate, foi um blefe e Marco me deu um bom motivo.

- Pois agora não terá nenhum outro pedaço – Laura encheu a boca com o restante do chocolate deixando as bochechas infladas.

- Meu Deus! – Marco lacrimejava de tanto rir – Você vai se engasgar...

- E está mesmo – Luiz parou de rir abrindo um refrigerante para que ela tomasse – Você está melhor?

Marco parou de rir ficando preocupado com a vermelhidão de seu rosto.

- Aham! – tossiu e finalmente engoliu o pedaço. – Nunca mais faço isso.

- Nunca me diverti tanto – Marco sorriu feliz – E você Luiz?

- Sempre foi divertido, mas... – fitou o irmão com camaradagem e em seguida para Laura fazendo-a corar – hoje está sendo especial.

A viagem seguiu até um Parque de Diversões, a placa dizia River Side Park, mas o portão encontrava-se fechado.