Numb Of Love

Capítulo 5


- E o que eu faço agora? – ela falava, seus olhos arregalados e suas mãos na cabeça, como se tentasse entender – E meus pais? Meus primos, meu irmão?

Dumbledore a analisava serenamente, enquanto a garota andava de um lado para o outro, cada vez mais confusa.

- Eles irão saber que não estou mais com eles quando entraram no quarto. Meus pais vão ficar malucos, eu não posso simplesmente desaparecer de repente!

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- Se acalme, Srta. Weasley – Dumbledore murmurou – Nós iremos arrumar um modo para que você volte para sua família, mas por enquanto, a senhorita ficará por aqui – explicava – Continuará cursando seu 4° ano, ainda na Grifinória, e no mesmo quarto onde acordou, ele estava desocupado, de qualquer modo.

- Mas Prof. Dumbledo...

- Agora precisamos arrumar uma história para você – ele riu, animado – Não seria muito sensato contar a verdade, portanto, não usará o sobrenome Weasley – ele ponderava, andando de um lado para o outro - A partir de agora se chamará Rose Bennett, americana. Você estudava em uma escola em Nova York, nascida-trouxa, certo?

- Mas...

- Ah, e você veio para Londres por culpa do emprego de seu pai! – ele murmurava, sem deixar a garota se manifestar – Agora é melhor voltar para seu quarto, comunicarei a todos de sua transferência no café, amanha.

- Sim, professor – ela respondeu, vencida, saindo de sua sala.

A garota estava distraída, os pensamentos conturbados vagando até o futuro, será que já haviam descoberto sobre sua “fuga”?

- Hey, cuidado por onde anda – uma voz conhecida murmurou, segurando em seus braços para que a garota não caísse.

- Me desculpe – ela respondeu, sem fitar a pessoa ainda.

- É uma aluna nova? – o garoto perguntou, curioso – Me desculpe, Ronald Weasley.

Ele estendeu a mão para Rose, que arregalou os olhos, fitando o pai assustada. Os cabelos vermelhos que ela puxara, os olhos... Rose sentia uma imensa vontade de abraça-lo, chorando. Choraria até acordar daquele horrível pesadelo.

- Sim – ela murmurou, se controlando – Sou Rose Bennett, vim dos Estados Unidos, meu pai foi transferido para Londres.

- Ah, seja bem-vinda – ele resmungou, recolhendo a mão, desistindo que a garota devolvesse o cumprimento, ela parecia assustada.

- Então Rose, já foi selecionada para alguma casa? – ele perguntou, tentando manter a conversa.

- Ah, sim – a garota respondeu, atordoada – Estava procurando o Salão Comunal da Grifinória agora mesmo.

Ela falou, achando que seria estranho demais comentar que já saberia onde ele se localizava.

- Oh, Grifinória – seus olhos brilharam – Seremos colegas de casa, então. Venha, te mostrarei o caminho.

- Obrigada – ela agradeceu, baixando os olhos.

- Mas então, está em que ano? – ele perguntou, querendo continuar a conversar.

- Quarto – ela respondeu, suspirando.

- Oh, sério? – ele perguntou interessado – Também estou no quarto ano.

- Será bom conhecer alguém – ela respondeu, sem olha-lo.

- Claro, claro – ele falou, sorrindo – É... você não tem nenhuma mala?

- Não... Quer dizer, tenho, claro – ela murmurou, levantando os olhos, confusa. Não tinha parado para pensar sobre suas vestes ainda – Prof. Dumbledore disse que elas já estavam em meu quarto.

- Ah, claro – ele murmurou, desistindo de manter a conversa.
Caminharam em silêncio durante curtos minutos, até o garoto parar em frente ao quadro da Mulher Gorda.

- Hipogrifo – Ronald murmurou a senha, deixando que a garota entrasse primeiro no Salão Comunal – O dormitório das meninas – ele apontou para uma escada a esquerda – eu vou indo para o meu, então – fez gestos para a outra escada – Nos vemos amanhã?

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- Claro, obrigada pela ajuda – a garota respondeu, sorrindo.

Ronald sorriu de volta, sumindo pela escada que o levava até seu dormitório.

Ela suspirou, tomando o caminho que a levaria para seu quarto. Sentou na mesma cama em que acordara, sentindo que as lágrimas logo rolariam pelo seu rosto.

Rose analisou o quarto tão familiar e, ao mesmo tempo, tão estranho, finalmente se dando conta da mala ao pé de sua cama.

“Presumi que precisaria de algumas roupas, depois conversaremos sobre isso.
- Albus Dumbledore”

A garota respirou aliviada, chegara a cogitar que teria que usar a mesma roupa até conseguir dinheiro para poder comprar outras.

Deitou na cama, se sentindo mental e fisicamente esgotada. Seus olhos ardiam e sua cabeça latejava, mas antes que as lágrimas pudessem ser libertas, caiu em um sono profundo.

-‘-

Assim que amanheceu, a ruiva acordou. Fez sua higiene matinal e desceu para o Salão Principal, onde seria o café da manhã. Se sentia nervosa e ansiosa. Parecia que seu estomago estava coberto por borboletas, que voavam furiosamente, tentando se libertar.

Respirou profundamente e adentrou ao Salão Principal, agradecendo a Merlin por, apesar de tudo, ainda ser invisível naquela escola.

- Rose! – uma voz levemente conhecida, oriunda da mesa da Grifinória, a sobressaltou. Rose se virou, encontrando seu pai (vinte anos mais jovem) acenando para ela, animado.

Ele pediu que a ruiva se aproximasse e se sentasse junto com ele e os amigos (ninguém menos que Harry Potter e Hermione Granger) na mesa.

O coração da ruiva começou a bater ruidosamente enquanto, com um sorriso incerto e levemente enjoada, caminhava até seus pais e seu tio. Os olhos castanhos doces de Hermione Granger, se possível, a desestabilizou ainda mais, fazendo com que a garota quase caísse. Ela sorria.

- Oi... – Rose murmurou, sem jeito, parada perto deles e se sentindo uma perfeita idiota.

Ronald se levantou, o corpo esguio e não proporcional o deixava desengonçado. Abriu um sorriso gigante e começou a apresenta-la para todos à mesa.

Os olhos da garota não desviavam de sua mãe, que a observava com curiosidade, só escutando um pouco do que o ruivo falava. Até que ele falou uma coisa que a fez arregalar os olhos, se virando na direção em que ele apontava. Seus tios, gêmeos... completos.

- Fred e Jorge – murmurou Ron – São gêmeos, como você percebeu. E claro, infelizmente, meus irmãos.

- Nós também te amamos, querido irmão – Jorge, o mais risonho, falou. Se levantou e, debruçando-se sobre a mesa, bagunçou os cabelos do irmão. Em seguida, abrindo um sorriso interessado, pegou a mão da sobrinha e a beijou com suavidade, a encarando.

- Sente-se aqui, Rose – Hermione falou, chamando a atenção da filha, que parecia surpresa – A Professora McGonagall passou mais cedo e pediu que eu a entregasse seu horário, se desculpando por ter algumas aulas diferentes a dos alunos da Grifinória do quarto ano, mas algumas salas estavam cheias – ela dizia, enquanto entregava o pergaminho para Rose, que ainda a encarava atordoada, já sentada.

- Primeira aula: Poções, Sonserina – ela murmurou assim que abriu o papel, se arrepiando ao pensar que teria que encontrar novamente com Draco Malfoy.

- É uma pena, teremos Trato de Criaturas Mágicas – Hermione disse, parecendo chateada.

Rose assentiu, fazendo uma leve careta, pedia que o tempo demorasse a correr. Se em seu tempo aulas com a Sonserina já eram ruins, imagine agora? Com Draco Malfoy?

O Salão Principal foi se esvaziando aos poucos e logo chegara a tão temida hora. Se levantou da mesa, despedindo-se dos outros e se arrastando até a sala de Poções, nas masmorras.

Ela parou no batente da porta, respirando fundo.

- Entre logo, Snape não gosta que alunos entrem depois dele – uma voz desconhecida a sobressaltou, mas ela logo fez o que falaram – Alias, sou Tensy Wilbert e você deve ser Rose Bennett.

Rose piscou, confusa. Quem era Snape? E Rose Bennett?

- Então... – Tensy estalou os dedos em frente a ruiva, fazendo com que ela subitamente entendesse tudo.

Severus Snape, o homem mais corajoso que seu tio conhecera, de acordo com o próprio e aquele que inspirou o segundo nome de Albus, o professor de poções daquela época. E claro, Rose Bennett era ela mesma, seu suposto sobrenome. Bennett.

Ela sorriu amarelo, se sentando ao lado da garota.

– Prazer, Tensy... – falou – Sou Rose Bennet.