As Gémeas Pierce
Capítulo 19
Capítulo 19 – Narrado por: Damon Salvatore e Elena Pierce
Parte 1 – Damon Salvatore
Depois do pequeno almoço levei Elena a um passeio a cavalo por Veritas*. Escolhi a minha égua, Guilianna e peguei a égua do meu irmão, Mezzanotte porque era muito mansa, para Elena montar.
-O que está a achar do passeio, Elena?
-Muito bom, Damon – disse ela, mas eu vi que ela tinha outra vez aquela capa de quando nós nos conhecemos no primeiro dia.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!-Elena, fiz algo de errado?
-Não, Damon – ela sorriu, mas não foi verdadeiro, percebi que era forçado. – Só estou absorvida nos meus pensamentos.
-Então fale em voz alta. Talvez a possa ajudar.
Ela suspirou e ajustou melhor as rédeas ás suas mãos que estavam cobertas por luvas de renda branca.
-Tenho a certeza que irá discordar comigo.
-Prometo que não a julgarei – aproximei-me dela e tirei a mão direita das minhas rédeas e segurei-lhe o braço que estava tenso. – Elena, eu prometo.
Foi como se tudo acontecesse tudo outra vez. Ela começou a chorar sem parar e começou a falar. Chegou a um ponto em que parei o meu cavalo e ajudei-a a descer para nos sentarmos num tronco de uma árvore centenária.
-Katherine é má, Damon. Ela não respeita ninguém e está sempre à procura de algo para me infernizar. Desta vez, ela foi para vocês os dois e eu não suporto isso. Damon, eu odeio isto.
Encostou a sua cabeça no meu ombro a chorar compulsivamente e eu rodeei-lhe a cintura fina.
-Elena, explique-me o que aconteceu. Desde o primeiro momento em que tudo isto começou. Sim, porque eu tenho a certeza que não foi a vossa vinda para cá que isso começou, estou certo?
-Está certo, Damon, não foi. Tudo começou com o Matt.
-Matt? Matt Donovan? O melhor amigo do meu irmão?
-Sim, esse mesmo.
Parte 2 – Elena Pierce
Atlanta, 1857
-Matt, não! – exclamei e empurrei-o gentilmente ainda a rir-me.
-Mas porquê, Elena? Vá lá, é só um beijinho!
-Matt, não! – voltei a dizer e ele pegou-me na mão. Olhou-me com aqueles olhos profundamente azuis e não percebi mas os seus lábios suaves tocaram os meus.
-Matt!
A minha irmã, Katherine, apareceu do cimo das escadas com os olhos marejados de lágrimas.
-Eu odeio-te, Elena! – gritou ela e correu escada abaixo. Matt afastou-se surpreendido pelo ataque de fúria da minha irmã e eu encostei-me ainda mais à parede, esperando tornar-me na cor da parede. – Como, Elena? Como pudeste fazer-me uma coisa destas! Matt e eu vamos casar e ter bebés!
-Katherine, não fui eu que…
-Não me interessa! – exclamou ela e puxou-me o cabelo.
-Pára! – gritei e tentei libertar-me do puxão dela.
-Tu és má! Tens que pagar por isso!
-Pára, Katherine! Estás a magoar-me!
-Tu és má! – gritou ela e comecei também a puxar os cabelos delas.
-Katherine! – exclamou Matt e tocou no ombro dela. – Estás a magoar a Elena!
-E tu importas-te com isso, não é verdade?
-Sim, e tu também, porque ela é tua irmã.
Katherine olhou-me com os olhos muito abertos e cheios de fúria.
-Nunca te irei perdoar! – gritou ela e largou-me os cabelos. Voltou a subir as escadas e eu a Matt ficámos a olhar para ela. Quando chegou ao topo das escadas olhou para nós os dois e proferiu: - Tu irás ter a tua vingança, Elena.
Mystic Falls, 1864
-E estamos a discutir desde aquele dia.
-Tudo por causa do Matt Donovan? – perguntou Damon incrédulo com o que eu lhe tinha acabado de dizer.
-Sim. Eu sei, parece estúpido e infantil, mas Katherine adora guardar remorsos.
-Mas a Elena nem tinha sido a culpada!
-Não. A culpa não é inteiramente dele, também é minha, porque se eu não tivesse jogado verdade ou consequência com ele, tudo poderia ainda estar como estávamos antes.
-Elena – chamou ele e eu olhei para cima. Os seus olhos azuis eram lindos com aquela meia luz e as folhas e troncos da árvore atrás dele parecia que ele se encontrava no céu e cheio de poder. – Eu amo-a.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!O seu rosto começou a aproximar-se do meu e sem querer os meus olhos fugiram para a sua boca. Esperou dois segundos a milímetros da minha boca e olhou-me nos olhos. Desviei os olhos da sua boca para os olhos azuis límpidos. Fechei os olhos e senti os seus lábios nos meus, suaves e doces. Automaticamente coloquei as minhas mãos na sua nuca e puxei-o gentilmente para mim. Uma das suas mãos foi para o meu ombro e a outra para a minha nuca. O seu hálito era quente e provocava-me arrepios na espinha e borboletas começavam a voar no meu estômago, passando pela minha traqueia e espalhando-se para as minhas pernas causando-me uma dormência que eu nunca antes tinha conhecido. A minha mente simplesmente varreu tudo da minha memória e não havia Katherine, Stefan, Matt, mãe, pai, nada. Havia apenas eu e Damon naquele lugar mágico.
Ele separou-se de mim e sorriu triunfante.
-Melhor do que ontem.
-Damon, eu…
-Eu sei, Elena. Eu compreendo que também tem um grande carinho pelo meu irmão, mas este beijo foi revelador de que nos amamos. Elena, – ele pegou na minha mão com as suas duas grandes e muito quentes. – eu espero.
Acenei com a cabeça e as lágrimas vieram-me aos olhos, mas desta vez pela realização que ele percebia o meu dilema.
-Obrigada, Damon.
Beijou-me a testa e limpou uma lágrima do meu rosto que tinha fugido.
-Não há problema.
Levantou-se e eu segui-o. Retornámos a casa a tempo de ainda vermos o pôr do sol ao fundo. Parámos apenas para apreciar a paisagem e depois fomos até ás cavalariças para colocar lá os cavalos e retornámos a casa.
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