Na Época dos Marotos

Tudo se acerta.


Já estava na hora do jantar, quando Sirius e Vitória voltaram para o salão comunal. Lílian estava sentada ao lado de Tiago. E, desta vez, ela não parecia estar insatisfeita.

-- Que demora. – Lílian disse assim que Vitória e Sirius sentaram-se.

Vitória revirou os olhos e bufou.

-- Ah, por Merlin, Lílian. Pare. De. Me. Controlar. – ela disse.

-- Ah, desculpe. No entanto, você é a...

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--... Chefe dos monitores e por isso tem que se portar como tal, e blá-blá-blá. – Sirius completou bufando. – Ah, francamente, Evans. Você é muito certinha.

-- Não é não. – Tiago disse.

-- Ah, Pontas, você não conta. Está apaixonado por ela, lembra?

-- E eu que achava que o Pontas não poderia ser mais bobo. – Lupin murmurou sorrindo.

-- E olhe que nós o conhecemos há séculos... – Sirius disse.

-- Meninos. Deixem-no em paz. E, você não está em condições de falar nada, Sirius. – Vitória lembrou-o sorrindo.

-- Quem será o próximo da lista? – Sirius perguntou. – Hum, vejamos... Aluado.

Lupin meramente levantou os olhos do prato.

-- Hmm?

-- Aluado, ontem mesmo você me disse que estava apaixonado. Pois bem, quem é sortuda? – Sirius perguntou.

-- Ahh, isso. Ninguém. Vocês não conhecem. – ele corou e continuou a fitar o prato.

-- Eu ainda vou descobrir. – Sirius murmurou no ouvido da namorada, que riu.

-- Claro que vai. – ela murmurou. – Ah, Almofadinhas, eu conversei com Dippet. Você vai se mudar para o quarto dos monitores, hoje. – ela sorriu.

-- Ótimo. Ficarei a cada dia mais perto de você. – ele sorriu e deu-lhe um sorriso. – Ah, Evans, já respondeu ao Pontas? Você vai ou não sair com ele?

Toda a mesa da grifinória parecia estar encarando Lílian. Ela corou.

-- E- eu... E... Ah, eu aceito. – ela corou ainda mais.

Vitória sorriu.

-- Ah, parabéns, Pontas. Você conseguiu: A Lily vai sair com você. – ela disse.

-- Mais um comprometido. – Sirius sorriu. – E quer saber? Eu acho que você vai até mesmo gostar de não ser mais solteiro, Pontas. Isso tem seus prós.

-- E é bom que continue achando isso, ouvindo bem Sirius? Por que se o Senhor ficar de gracinha com as outras garotas... – Sirius a interrompeu com um beijo.

-- Ah, pelo amor de Merlin, vocês não precisam fazer isso aqui. – Lílian revirou os olhos.

-- Lílian, deixe-os. – Tiago disse. – Eles estão apaixonados, o que você espera que façam? Apenas andem de mãos dadas? O que é que você acha que é namorar? Segurar mão e dizer “Eu te amo, namorada”? Ah, francamente... – Lílian colocou um dedo entre os lábios de Tiago, selando-os.

-- Já entendi. – ela lhe sorriu. Tiago, sem pensar no que fazia, beijou-lhe a bochecha. A garota sorriu e corou.

-- Calma, Sirius... – Vitória disse sorrindo. – Eu preciso respirar.

Sirius riu. E de repente ficou sério. Seu maxilar travou.

- -Sirius, que foi? Que foi? – Vitória perguntou curiosa.

- -Snape. Vem vindo para cá. – ele disse, ainda com o maxilar trancado.

-- Ah, não. – Vitória disse.

Lílian virou-se para trás, e seu rosto endureceu ao ver Snape. Ela olhou para Vitória que estava com uma feição parecidíssima com a dela.

-- Vamos sair daqui. Até daqui a pouco, meninos. – Lílian disse puxando Vitória do banco.

-- Lily, eu não posso fugir dele por muito tempo. Nós dividimos o quarto dos monitores. – a menina suspirou.

-- Ora, qualquer coisa, seu namorado soca-lhe a cara. – Lílian sorriu imaginando a cena.

A menina riu.

-- Com certeza Sirius iria adorar fazer isso. – ela sorriu maliciosamente. – Ainda mais agora que dividimos o quarto dos monitores.

-- Hmm... O que será que pode acontecer lá, hem? – Lílian riu.

-- Nada. – Vitória respondeu corando. – Nada.

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Lílian sorriu, e elas se encostaram em uma parede.

-- Eu não acredito que ele teve coragem de vir falar conosco depois de tudo o que ele fez. – Lílian disse irritada. – Ele realmente acha que nós vamos perdoá-lo?

-- Ele apenas acha. – Vitória murmurou. – Sirius tinha razão o tempo todo em não gostar do Snape. Eu achava que era idiotice e implicância da parte dele, mas agora eu vi que não.

-- Você tem razão. Agora sim nós o conhecemos de verdade. Eu sempre achei que os garotos faziam conclusões precipitadas dele, mas agora percebo que eles estavam certos, Snape é um bastardo! – Lílian disse.

Vitória apenas suspirou. Ela olhou em volta e se sentou no chão.

-- Sabe, Lily, eu acho que a culpa disso é minha. – ela murmurou.

-- Que bobagem é essa? Por que a culpa disso seria sua? – Lílian perguntou arqueando o cenho.

-- Por que quem brigou com ele pela primeira vez fui eu, e depois fui ficando cada vez mais amiga do Sirius, e... Aí, eu fui fazendo você começar a gostar do Sirius também, e quando você percebeu que ele não era ruim como você estava imaginando, você disse que não ria mais ajudar o Snape. – Vitória suspirou. – Aposto como ele ficou com ódio. E deu no que deu. – ela olhou para Lílian que estava pensativa.

-- Bem, eu acho que você está errada. Eu acho que o Snape sempre foi assim. Apenas nós duas não enxergávamos isso. – Lílian suspirou.

-- Talvez você esteja certa. – Vitória deu de ombros, e então se levantou. – Acho que eu já vou para o dormitório, Lily.

-- Cuidado. – Lílian disse.

-- Não se preocupe, Lily, Sirius estará lá também. – a outra garota sorriu, e a amiga a abraçou.

-- Tome mais cuidado ainda. – Lílian enfatizou maliciosamente.

-- Ah, Merlin, eu estava aqui achando que você era santa... – Vitória riu e começou a caminhar em direção ao dormitório dos monitores. – Ei, Lily, você vai para o salão principal, não vai?

-- Ahm, vou. Por quê?

--Você faria a gentileza de chamar o Sirius para mim? – Vitória perguntou.

-- Claro. – Lílian sorriu para a amiga e logo desapareceu de suas vistas.

Vitória voltou a se sentar no chão. Encostando a cabeça na parede levemente, e fechando os olhos. Seus lábios estavam entreabertos, e ela tinha uma feição pensativa.

-- Ora, veja só quem encontro. – A voz seca de Snape a fez abrir os olhos.

-- Vá embora. – ela murmurou com cara de poucos amigos.

-- Brigou com o Black, foi? – Snape perguntou parado olhando-a.

-- Não. E se eu tivesse? Afinal, que eu saiba isso não é da sua conta. – Vitória disse e então se levantou.

-- Espere. – Snape disse. Sua voz soava melancólica.

-- Que você quer, Snape? – Vitória perguntou.

-- A culpa disso tudo, é dele. Foi ele que nos afastou cada vez mais...

-- Ora, por que você se importaria? Eu sou mesquinha, lembra? – Vitória perguntou com rancor.

-- Eu não quis dizer aquilo. – Snape disse. – Nunca foi minha intenção.

-- Ah, é claro. As palavras simplesmente pularam de sua boca, não foi? Ou será que você estava sobre o efeito de algum feitiço? – Vitória perguntou ríspida.

-- Nenhum dos dois. Eu falei sem pensar. Eu estava com raiva. Por culpa deles. Você tem noção da humilhação que o seu namorado perfeito me fez passar? – Snape perguntou, no mesmo tom.

-- Não tente fazer com que eu fique contra ele, Severo. – ela disse, sem querer voltando a usar o nome dele. – Não se atreva a tentar fazer com que eu brigue com ele. Isso não vai acontecer. NÃO VAI.

-- O que está havendo aqui? – Sirius perguntou, abraçando a namorada, que estava ofegante.

-- Nada, meu amor. Nada. – ela murmurou. – Venha, vamos entrar. – e então ela olhou para Snape, com resquícios de ódio em seus olhos.

***

-- O que houve lá fora, querida? – Sirius perguntou, analisando a namorada. Ela se sentou no sofá e analisou o lugar, por sorte eram os únicos presentes.

-- Eu estava sentada, esperando você chegar, quando o Snape apareceu. E aí nós começamos a discutir. – murmurei.

-- Hum... – Sirius disse sentando-se ao lado dela. – Ele te aborreceu, foi?

-- Ele me disse, que a culpa de tudo isso é sua. Que você estava me afastando dele. – ela riu com escárnio. – Você foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.

Sirius abraçou-a e a beijou levemente.

-- Ele não vai mais te incomodar. Não vai. – ele murmurou apertando-a contra si.

-- Eu sei. Eu confio em você. Eu amo você. – ela disse sorrindo. – Hum, Sirius?

-- Sim? – ele perguntou.

-- É... Ahn, você já sabe quem foi que roubou o coração do Aluado?

-- Não. Mas tenho fortes suspeitas. E rezo para que elas estejam erradas. – ele murmurou.

-- Mesmo, por quê? – ela perguntou confusa.

-- Quando eu estiver certeza... Depois que eu for tirar satisfações com ele, depois que eu confrontá-lo... Você vai saber. Não há nada com o que se preocupar. – Ele disse abraçando-a.

-- Se você está dizendo. – ela disse. – Mas sabe, o Aluado está um pouco estranho comigo.

Sirius se mexeu no sofá, de repente desconfortável e continuou abraçando-a, passando agora a brincar com os cabelos dela.

-- Mesmo? Como, por exemplo? – ele perguntou.

-- Ah, sei lá. Ele está diferente... Não sei explicar. É só que... Eu sinto que ele está diferente. – ela disse.

-- Hum. – Sirius respondeu pensativo. – Que tal mudarmos de assunto? Que tal falarmos de nós?

Ela sorriu e passou os braços em volta de seu pescoço.

-- Por mim, está ótimo. – ela sorriu e acariciou a face dele. Sirius fechou os olhos e suspirou enquanto tremia levemente.

A tarde passou calma, e assim que os outros monitores começaram a chegar, Vitória e Sirius se separaram. Sirius olhou para Snape com uma cara de poucos amigos, que o outro retribuiu.

Snape pousou seus olhos em Vitória, enquanto ela fazia o dever. Ela parecia calma, alheia a tudo, mas também concentrada.

Sirius estava sentado no sofá, com uma expressão de tédio. Ele por sua vez também olhava a dama em questão. No entanto, logo seus pensamentos vagaram. Ele estava pensando na garota que havia roubado o coração de Aluado. Ele já suspeitava que talvez conhecesse muito bem a menina, mas rezou a Merlin que estivesse errado. Ele tinha que estar errado.