Na Época dos Marotos
É só uma garota.
Era apenas mais um dia de aula comum em Hogwarts. O Salão principal estava lotado de alunos famintos. Em uma extremidade da mesa, rodeado de admiradores estavam os marotos. E na outra, duas garotas conversavam olhando para os marotos com desdém.
- Afinal de contas, Lílian, o que essas garotas vêem neles? São apenas um bando de garotos que só falam de quadribol, garotas e mais quadribol. – Uma menina com cabelos castanho-escuros disse.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Ora, e você me pergunta, Vitória? Acha que eu sei? Esses garotos são tão ignorantes quanto a lula-gigante... Ou melhor, a lula-gigante é mais inteligente do que eles. – Lílian disse remexendo nos cabelos ruivos.
- Concordo. E acho que você não deveria igualá-los a lula-gigante, isso seria tamanha ofensa a ela. – Vitória riu, sendo acompanhada por Lílian. – O único que presta daquele grupinho, é o Lupin.
- Tem razão. – Lílian disse. – Que tal darmos uma volta no jardim? Olhar para eles já está me deixando enojada.
A outra garota apenas assentiu, e as duas saíram do salão. Os garotos que estavam na ponta da mesa, as viram sair e foram atrás. Um garoto da Sonserina também saiu. Ele correu até chegar perto das meninas e disse sorrindo:
- Olá, Lílian. Olá, Vitória.
- Olá, Sev. – as garotas fizeram coro.
- Vocês já estudaram para as provas de amanhã?
- Ah, Sim. – Vitória respondeu. – Acho que elas não serão tão difíceis.
- Não, não serão. Dei uma lida no conteúdo. É fácil. – Snape sorriu.
- Espero que seja mesmo. Estou me esforçando muito para passar nesses testes. – Lílian suspirou. – Se eles ao menos fossem um pouco mais curtos. Minhas mãos quase caem quando eu termino de escrever as respostas.
- Realmente, além de ser difícil de lembrar tudo, é também exaustivo de escrever. – Vitória concordou, sem olhar por onde pisava.
- Imagino o que Potter e sua corja escrevem nas provas, provavelmente é algo como: Pomo de outro, quadribol e vassouras. – Snape disse.
- Sim, deve ser isso mesmo... – Vitória começou a dizer, mas tropeçou em uma pedra, e se não fosse por Snape tê-la segurado, ela teria caído.
- Cuidado. – Snape disse sorrindo e o rosto de Vitória ficou ruborizado por estar tão próxima de Snape.
Lílian sorriu e disse:
- Oh. Olhem, Maria quer falar comigo... Eu já volto... – e ela saiu correndo.
Os garotos iam logo atrás de Snape e Vitória.
- Almofadinhas! Olha aquilo! O ranhoso praticamente abraçou a sua garota! – Tiago apontou sussurrando.
Sirius levantou a cabeça imediatamente, ele olhou furioso para onde Snape e Vitória estavam. Ele estava tão enfurecido, que nem percebeu algumas garotas suspirando atrás dele.
- Almofadinhas, aonde você vai? – Tiago perguntou.
- Resolver algumas coisas, Pontas. – Sirius disse furioso.
- Sirius, volta aqui...
- Cale-se, Aluado. O ranhoso pensa que mexe com a minha garota e saí impune assim? Ah, mas não mesmo! Isso não vai ficar assim! – Sirius disse, começando a andar em direção aos dois.
- Sirius! – Lupin chamou. – Resolva isso depois... – ele disse segurando-o.
- Aqui há muitas testemunhas. – Tiago riu.
Sirius parou.
- Eu acabo com ele hoje à noite.
- Eu ajudo. – Tiago disse.
- Mas, hoje à noite... É noite de lua-cheia. – Lupin disse.
Sirius e Tiago sorriram.
- Exatamente, Aluado. – Sirius disse.
***
Enquanto a noite caía, vários alunos estavam no salão comunal, estudando para as provas. Alguns estavam apenas conversando.
- Hmm... Vi, e então? Como foi com o Sev? – Lílian perguntou.
Lupin, Tiago e Sirius estavam sentados atrás do sofá, escutando atentamente a conversa.
- Nós conversamos... – ela disse tristemente.
- E? – Lílian perguntou interessada.
- Lílian... Ele gosta de você. Dá para perceber isso. – a garota continuou entristecida. – E, eu acho que você deveria dar uma chance para ele. Afinal, ele é só meu amigo. – sua voz saiu entrecortada, como se ele estivesse chorando.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Ela está chorando, pelo ranhoso? – Sirius perguntou.
- Se você calar a boca, poderemos ouvir. – Tiago disse rolando os olhos.
- Não chore, querida. – Lílian disse.
- Acho que eu já vou para o dormitório, Lílian. – a garota disse. – Mas, ainda sim, dê uma chance ao Sev. Ele gosta mesmo de você. – e então ela se levantou.
- Vai, Almofadinhas, ela acabou de levantar... Vai falar com ela! – Tiago empurrou Sirius.
- Estou indo. – ele respirou fundo. – Estou indo. – ele se levantou e postou-se na frente da garota. Impedindo sua passagem.
- Black, pode me dar licença? – ela perguntou crispando os lábios. Um gesto que deixou Sirius hipnotizado. – Black? Está me ouvindo? Eu quero passar. – ele notou que sua voz estava tremida, e seus olhos vermelhos, o que denunciava que ela havia chorado.
- Mau começo. – Tiago riu baixinho.
Sirius sentiu ódio de Snape por tê-la feito chorar. Ele sorriu – algumas garotas que olhavam a cena suspiraram – e ela arqueou a sobrancelha, e estalou os dedos.
- Hogwarts chamando Black. – ela disse. – Agora me deixe passar.
- Deixo você passar apenas se disser se quer... – Sirius começou a dizer, mas, ela empurrou-o para o lado e subiu as escadas. Ele fez cara de desgosto e os garotos atrás do sofá devam gargalhadas.
- Acham graça, é? – Sirius perguntou com raiva. – Pois saibam que eu vou fazer com que ela se apaixone por mim, ou eu não me chamo Sirius Black!
- Então sugiro que mude seu nome, Almofadinhas. – Tiago disse rindo, enquanto se levantava. – Pois, ela nunca vai sair com você.
- Tampouco Lílian com você, Pontas. – Sirius disse sorrindo.
Tiago ficou sério.
- Ora, cale a boca, almofadinhas. – ele disse.
- Sabia que iria ficar com raiva. – Sirius disse. – Ah, acrescentem uma coisa a lista: “Por que devemos odiar o Snape”: Ele faz as nossas garotas chorarem. – ele disse enquanto subia as escadas em direção ao dormitório masculino.
Tiago riu.
- Tem razão, mas, acho que a nossa lista já está um tanto comprida, não?
- Sempre há espaço para mais, Pontas. – Sirius disse enquanto entravam no dormitório.
- Almofadinhas, o que você vai fazer com o Snape? – Lupin perguntou.
- Você vai ver, Aluado. – Sirius sorriu. – Você vai ver.
***
- Sirius, você é maluco ou o que? – Tiago entrou gritando no salão comunal que estava deserto. – Ele poderia ter morrido!
- Que tivesse, Tiago! Eu não ligo! Você não tinha nada que salvá-lo! Ele merecia! – Sirius disse.
- Poderíamos ter sido pegos, Sirius!
- Cale-se Rabicho. – Sirius disse furioso. – Sinceramente? Eu tinha esperança que ele morresse, eu tinha, até você aparecer e estragar tudo!
- Ah, então sou eu que estrago tudo, Sirius? Por acaso fui eu que quase matei uma pessoa?! – Tiago volveu.
- Você disse bem: Quase! Se tivesse acontecido, você poderia até mesmo fazer algo, mas, não houve nada! Ele saiu bem, não foi? Você não bancou o herói, Tiago? Não o salvou?! Já não está bom o bastante? O que você quer? Um troféu por ter salvado o ranhoso? – Sirius disse irritado.
- Não, Sirius. Eu queria que você tivesse mais responsabilidade! – Tiago disse alterado. – Coisa que você não tem!
- Escute aqui, Tiago, nós nunca brigamos... Está vendo? Foi culpa dele! Nós nunca brigamos, e agora estamos aqui: discutindo por culpa dele! – Sirius disse, baixando o tom de voz.
- Tem razão. – Tiago disse mais calmo. – Realmente é a primeira vez que brigamos. Desculpe-me, almofadinhas.
- Desculpado, Pontas. – Sirius disse.
Tiago olhou-o por um bom tempo.
- Que foi?
- Não vai me pedir desculpas? – Tiago perguntou.
- Não. Quem brigou comigo foi você. – Sirius riu.
- Idiota. – Tiago disse rindo também. – Há apenas mais uma coisa me deixando preocupado.
- O que é?
- Termos deixado o aluado sozinho. – Tiago respirou fundo.
- Tem razão, eu não havia pensado nisso. – Sirius disse. – Mas, acho que não haverá problemas, você o conhece.
- Tem razão. – acrescentou Tiago jogando-se no sofá. Sua mão bateu em um objeto metálico, e este fez um grande estrondo.
- Ah, inferno. – Sirius disse. – E agora, Pontas?
- Pense numa boa desculpa, Almofadinhas. Ou reze para que a sua garota desça aí, e nos passe apenas um sermão. – Tiago disse.
- Ou a sua. – Sirius suspirou. – Elas são difíceis, não?
Quando Tiago ia responder, Vitória apareceu descendo as escadas de dois em dois degraus. Seus cabelos estavam presos em um coque, e ela estava trajando um robe negro. Seu rosto estava severo e seus olhos vermelhos, como se ela tivesse chorado novamente.
- Posso saber o que estão fazendo aqui, quando deveriam estar no dormitório? – ela perguntou.
- Boca santa, não, Tiago? – Sirius riu.
- Cale-se, Almofadinhas. – Tiago riu com ele.
- Vão me deixar plantada, esperando uma resposta? – Ela perguntou.
- Não. Bem, estávamos com fome... – Sirius começou a dizer e olhou para Tiago.
-... E então descemos para assaltar a geladeira. – Tiago completou dando de ombros.
- Eu devia tirar pontos da grifinória por terem feito isso, no entanto, como também pertenço a essa casa, não irei tirar pontos dela. E, considerem-se com sorte, pois, monitores não podem aplicar detenções. – ela disse.
- Quando é a eleição de chefe dos monitores? – Sirius perguntou.
- Pra que quer saber?
- Fins estatísticos. – ele riu.
- O que significa isso?
- Sei lá, Pontas, mas eu sempre quis dizer isso. – Sirius riu ainda mais, sendo acompanhado por Tiago e Rabicho. Ela apenas cruzou os braços e empinou o nariz.
- Não vai me responder? – Sirius perguntou, quando ela ia voltar para o dormitório.
- Amanhã. – ela disse simplesmente.
- Vai me responder amanhã, ou é amanhã?
- É amanhã. – ela disse e sorriu sarcasticamente. – Almofadinhas. – acrescentou e então deu uma risadinha, antes de virar as coisas e subir as escadas em direção ao dormitório.
Sirius sorriu e olhou para os amigos.
- Bem, ela riu para mim. – ele disse.
- Tecnicamente, ela riu de você. – Tiago disse.
- Ela me chamou de almofadinhas. Ela me chamou pelo meu apelido. – Sirius volveu.
- E, ela riu do seu apelido. – Tiago riu.
Sirius respirou fundo perdendo a paciência.
- Ok, de qualquer jeito, já é um progresso. – ele disse. – Tente com a Evans amanhã.
- Pode deixar. – Tiago riu. – E, quer apostar quanto, que ela irá dar uma volta nos jardins comigo, amanhã?
- Se você perder, eu te jogo no lago. – Sirius disse.
- Mas, se você perder, terá de beijar a lula-gigante. – Tiago riu.
- Aceito. – Sirius riu também e ambos encaminharam-se para o dormitório.
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- Lílian? – Vitória chamou. – Acha que eu tenho chances?
- Todas as chances do mundo, meu bem. – Lílian sorriu, abraçando a amiga.
- Ah, você nem sabe. – Vitória riu.
- O que?
- Bem... Ontem eu passei o maior sermão no Black, e no Potter. – ela riu novamente. – E o Black perguntou quando seria a votação para chefe dos monitores.
- Você fala do Sev gostar de mim, mas, o Black também parece gostar de você. – Lílian disse.
- Não exagere, Lílian. – ela disse. – Bem, eu tenho que ir. Deseje-me sorte.
- Boa sorte. – Lílian sorriu.
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