Primavera

Endereço


VESTIDO DA JULIET, ENTREM ANTES DE LER O CAPITULO http://25.media.tumblr.com/tumblr_m4164z9mU61rtxz6qo1_250.jpg

Eu não conseguia parar quieta nem por um segundo sequer. Eu estava tão nervosa, tão ansiosa que o próprio Taylor insistiu que eu fosse ao endereço que Allan me deu – Ele também estava morrendo de preocupação, só não queria admitir.

Taylor ficou em casa com Carol Anne. Eles iriam ao parque logo mais.

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As estradas estavam escorregadias e estranhamente escuras, mas dirigir não me intimidava. Meus reflexos davam conta da tarefa e eu mal prestava atenção na estrada. O rádio estava ligado – o CD que Taylor havia me dado no último Dia dos Namorados tinha mesmo minhas músicas favoritas. O problema de verdade era evitar que a minha velocidade chamasse atenção quando eu tinha companhia. Queria terminar a missão naquele dia, para ter o mistério resolvido e poder voltar à minha filha e ao meu marido.

Dizer que aquele era um bom bairro seria pouco. A minha Mercedes Guardian parecia um fusca ao lado dos carros estacionados nas garagens das mansões. Eu deveria mesmo ter vindo com a Ferrari de Taylor.

Cheguei a um portão enorme – o inicio de uma propriedade privada –, assim como era indicado no bilhete que Allan tinha dado a mim. Havia vários seguranças e um porteiro. O olhar de todos estava voltado a mim.

– Ei, moça – Chamou-me o porteiro que vestia uma camisa branca e sem mangas, e uma calça cáqui preta. Seus cabelos eram compridos na altura do queixo e castanhos escuro. Ele tinha a barba e o bigode bem feitos, que combinavam com o seu estilo Indie. A pele era olivácea e perfeita, os dentes brancos e bonitos. Para uma humana – e alguém que nunca tivesse tido contato com lobisomens – ele seria um homem lindo.

– Não é permitido estacionar o carro aqui, moça – ele disse.

Desliguei o motor e saí. Talvez meu amigo hippie pudesse me ajudar. O homem estreitou os olhos, tentando ver meu rosto banhado pelo sol forte, e então seus olhos se arregalaram. Ele engoliu seco e ouvi seu coração acelerar a medida que eu me aproximava.

– Estou procurando uma pessoa – comecei.

– Eu sou uma pessoa – propôs ele com um sorriso – O que posso fazer por você, boneca?

– Você conhece Allan Williams?

– Ah! – Compreendeu ele – Porque está procurando por ele?

– Isso é problema meu – mesmo porque nem eu sabia ao certo – Você o conhece?

Ficamos nos encarando por um longo momento enquanto seus olhos afiados subiam e desciam por meu vestido laranja super aderente. Seu olhar finalmente parou em meu rosto.

– Nunca vi você por aqui – Observou.

– É porque eu não sou daqui. Você tem o telefone dele, hã... – Procurei por um crachá e achei um perto do seu bolso – Yuri?

Yuri ponderou por um momento. Eu sorri para ele e sua respiração falhou.

– Sou a Jules. Você poder ligar para ele? Por favor?

– Ah! Tudo bem! – Ele cedeu – Jules, entendi.

Eu o vi discar, pegando facilmente o número.

– Senhorita Megan? Oi, aqui é o Yuri. Sei que não deveria ligar, mas tem uma moça aqui que gostaria de ver o senhor Allan.

Megan? A minha Megan? Quer dizer que ela e Allan nunca se separaram? Esses sim eram dois grandes irmãos.

Quer falar com o Allan?, ouvi fraquinho no telefone.

– Sim. Eu devo deixá-la entrar?

Primeiro me diga como ela é. Talvez eu a conheça.

– Ela é... – Seus olhos foram do meu rosto até meus sapatos, mostrando aprovação. – Bom, ela parece uma supermodelo, é o que parece – Eu sorri e ele piscou para mim, depois continuou: – Um corpo de arrasar, branca feito neve e tem olhos lindos e enormes... Alguma coisa disso é familiar?

Se você pudesse associá-la a alguma coisa... A que seria?

– A uma boneca.

Como você disse que era o nome dela mesmo?

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– Qual é o seu nome? – Ele perguntou.

– Juliet.

Mande-a entrar imediatamente. Você deveria ter feito isso de imediato! Ela é uma grande amiga da família.

– Ah!, me desculpe senhorita! – Ele implorou e eu passei os dedos pelo cabelo. Seus olhos focaram-se em minha aliança.

Depois que desligou o telefone, Yuri me encarou.

– Isso em seu dedo... É uma aliança?

– Sim – eu sorri.

Yuri praguejou baixo.

– Casada. Não tenho mesmo sorte. – E então ele aumentou o tom de voz – Entre, entre!

Os portões se abriram e eu entrei em meu carro.