Primavera
Preparação
Nós continuamos a dançar na praia até o anoitecer. Quando a lua apareceu eu e Taylor voamos para o carro e fomos para minha casa. Ele segurou a minha mão e começou a passar os dedos pela aliança com um sorriso muito satisfeito no rosto.
- Quando eu vou poder conhecer seus pais? – Perguntei sem pensar muito e me arrependi um segundo depois. Eu ainda não sabia o motivo pelo qual Taylor saiu de casa, eu não sabia como era a relação dele com os pais adotivos e depois de fazer a pergunta fiquei com medo de magoá-lo.
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Eu o encarei.
- Você entendeu o que eu quis dizer.
Ele parou por um segundo, pensativo.
- Você quer mesmo conhecê-los?
- Sim, tem algum problema?
- Absolutamente.
Nós iremos viajar no sábado. Eu não tenho noção de qual estação eles estão no Brasil e certamente teria que ligar para o meu pai para perguntar. O engraçado era que eu nem tinha apresentado Taylor para meus pais e agora ia chegar em casa e dizer que estava noiva! Isso é tão mágico!
Mentira, isso é uma droga.
Eu nunca tive que passar por isso. Nunca tive que apresentar nenhum namorado para meu pai e então eu não tinha idéia de como ele iria reagir. E minha mãe? Eles viviam dizendo que meu namorado seria muito bem recebido em casa, mas, neste caso, ele não é mais meu namorado e sim meu noivo.
Subi as escadas e fui para o meu quarto. Abri a porta do guarda roupa e encarei minhas roupas tentando me lembrar de qual seria a estação. Senti os braços de Taylor abraçando minha cintura por trás, suas mãos tremiam.
- Que foi? – Perguntei.
- É que eu fico nervoso com tanta responsabilidade. – Ele disse beijando meu cabelo.
- Que?
- Sabe, é muita responsabilidade segurar meu mundo nas mãos.
Eu me virei para ele e tenho certeza que o sorriso que dei em troca pelo elogio foi o mais sincero e espontâneo da minha vida. Ele me abraçou e me levantou um pouco quando começamos a nos beijar. Eu agarrava seu cabelo e puxava a gola de sua camisa enquanto as mãos deles subiam pelas minhas costas e me provocavam arrepios terríveis. O meu coração voava e eu ouvia o dele voar também. Ele parou e nós dois estávamos ofegantes e sem fôlego.
- É melhor eu ir. Está tarde.
- Não vá – pedi.
- Eu acabei de te pedir em casamento e não quero fazer nenhuma besteira.
Eu sorri maliciosa.
- Eu juro que não vou me empolgar, não hoje.
- Jules, eu confio em você. É em mim que eu não confio.
Eu ri.
- Eu serei forte. – Disse fazendo uma careta de determinação.
Ele me abraçou e foi para a janela.
- É melhor você colocar uma roupa leve – ele disse me olhando – você vai passar calor comigo aqui.
Peguei um pijama comum. Eu não tinha pijamas muito bonitos e era impossível ficar com uma aparência decente usando uma camiseta e shorts dois dedos acima do joelho, com estampa de joaninha.
Sai do banheiro e ele ainda me esperava na janela. A cama já estava arrumada então deitei e dei tapinhas na cama para que ele deitasse, ele tirou os sapatos e deitou-se ao meu lado.
Nós continuamos falando e pedi a ele que me contasse mais sobre seus pais. Ele me contou detalhes sobre a aparência deles e coisas do tipo. Quando perguntei a ele se ele achava que os pais deles iam gostar de mim ele riu e beijou minha testa. Admiti para Taylor que estava sem sono e ele começou a cantarolar uma música linda – a mesma música que estava tocando na praia enquanto ele me pedia em casamento. Fui ficando distante cada vez mais e ouvi ele sussurrar “ boa noite meu anjo” segundos antes de adormecer.
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