O Filho do Alquimista de Aço

A parada obrigatória


Winry e Edward não tiveram, então, muitas escolhas em seu caminho a não ser parar na estação mais próxima para ver um médico. O trem estava no início do percurso, não parando tão longe assim de Resembool. Com essa sorte, Edward conseguiu se localizar rapidamente na cidade e levá-la a um médico amigo da família Rockbell.

Ed – Desculpe incomodá-lo, Dr. Havier, mas estamos no meio de uma viagem e acabamos desembarcando aqui pelo mal estar de Winry, então o senhor poderia nos atender?

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Dr. Havier – Edward! - Gritou, animado. - Quanto tempo não o vejo. Como você cresceu. Já está um homem feito. Como o tempo passa, não é mesmo? - Voltou seus olhos para dentro de casa. - Nikki, venha só dar uma olhada no Edward! – Chamou sua esposa, totalmente empolgado com a visita.

Edward arfou, insatisfeito, embora conhecesse bem o jeito do médico.

Ed – Bem, não será preciso. Dr Havier, a Winry precisa de cuidados. Nós viemos aqui para o senhor atendê-la.

Dr. Havier – Winry querida, não tinha lhe visto aí. - Deu uma gargalhada. - Nossa, mas como está grande, quantos anos você tem, mocinha? Que bela mulher se tornou. - Winry deu um sorriso amarelo, sem graça.

Edward arfou desanimado.

Dr. Havier era um médico muito incomum e não deixava de paparicar seus amigos mais queridos. Chegava a ser inconveniente com sua demasiada hospitalidade. Porém, cumpria sua função brilhantemente. Diagnosticou a protética assim que a examinou. Ela havia contraído uma gripe, não muito comum nessa época do ano, mas que estava em proliferação na região.

Dr. Havier - Ela precisa de cuidados. Não vai poder viajar por dois dias. Já estava com o sistema imunológico fraco e o vírus a pegou em cheio. Os sintomas são comuns. Falta de apetite, náuseas, dificuldades respiratórias e febre alta. Só achei incomum o nível de estresse.

Ed - Estresse? - Inclinou o corpo para frente, preocupado.

Dr. Havier - Acredito que ela está passando por um momento conturbado. Aconselho você deixar as coisas mais suaves para a Winry. Vou lhe dar um remédio, caso ela tenha febre alta. Talvez possa ocorrer de ter delírios, mas não se preocupe.

Ed - Certo. - Recostou-se no sofá novamente, amaldiçoando-se por ter revelado coisas que ela não parecia suportar.

Dr. Havier - Tudo certo então vocês dois, Edward?

Ed- Vou tentar fazer o melhor possível para não estressá-la, mas será que o senhor poderia liberá-la amanhã? Nós realmente estamos com pressa.

Dr. Havier – Bom, você sabe como são essas coisas. - Levantou os óculos que escorregavam pelo nariz. - Eu posso liberá-la, mas corre o risco de ficar pior.

Ed – O senhor mesmo disse não ser nada grave. Eu preciso sair da cidade o quanto antes, tenho certeza que sendo precavido como está me indicando, não vou ter problemas.

Dr. Havier – Está certo. O estado dela é bom em geral. Só que este tipo de vírus é perigoso, caso não cuide corretamente. Vou deixá-la em suas mãos.

Ed – Muito obrigado. Mandarei notícias quando chegar.

Dr. Havier - Fique atento com o nível de estresse. Alivie as coisas para ela, meu jovem. – Edward assentiu, mesmo sabendo isso ser pouco possível de fazer.

Os dois viajantes se hospedaram na casa do médico, que era realmente muito exagerado. Adorava receber amigos em sua casa e sempre deixava quartos à disposição de quem batesse a sua porta. Winry se acomodou em um dos quartos e Edward ao lado. O alquimista jantou com toda a família e amigos. Divertiu-se bastante, depois os convidados foram dançar na outra sala. Edward preferiu subir e descansar. O dia seguinte seria tumultuado e precisaria dormir bem. Tomou seu banho calmamente e antes de deitar resolveu dar uma olhada em Winry. Ela estava serena e dormia aconchegada. Ele, que havia aberto a porta devagar apenas para se certificar, fechava-a com cuidado até ouvir um sussurro da garota.

Winry - Poderia fechar um pouco a cortina? Está muito claro.

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Ed - Tudo bem. – Edward estava com os cabelos úmidos do banho e com seu short e camiseta branca, entrou cuidadosamente para evitar importuná-la.

Winry - Você acabou de tomar banho? - Sussurrou.

Ed - Sim. Assim está melhor? – Fechou as cortinas.

Winry - Ficou ótimo, obrigada. A claridade estava me incomodando. Eu também queria um banho.

Ed - Você quer tomar banho agora? Está um pouco tarde. - Sentou na cama, perto a ela.

Winry – Nada me faria mais feliz neste momento.

Ed - A esposa do Dr. Havier está dando um jantar cheio de convidados, e bem, está uma bagunça lá embaixo. Não sei como não acordou você.

Winry – Eu dormi profundamente, não reparei em nada. Mas agora perdi o sono. - Sussurrou.

Ed – É melhor descansar mais tempo. Amanhã temos que viajar um longo percurso.

Winry – Você pode me levar?

Ed - Levar aonde? – Meio confuso.

Winry - Eu preciso tomar banho, se não quiser me ajudar, eu vou com minhas próprias pernas.

Ed – Como é teimosa, nem doente você me escuta?

Winry - Vai me ajudar ou não? – Saindo dos cobertores.

Ed – Se você piorar, a culpa não vai ser minha porque não cuidei certo. - Mesmo assim foi ajudá-la.

Winry - Fica quieto e me leva logo. – Ele arfou irritado.

Levou-a cuidadosamente ao banheiro. Sentou-a em um banco de madeira, ainda meio insatisfeito. A casa do médico era bem instalada, com banheiros grandes e cheios de acabamentos.

Ed – Tudo bem, então? – Perguntou, após ligar o chuveiro.

Winry – Sim, estou bem. Só um pouco fraca.

Ed - Quer voltar? Eu te levo.

Winry – Não, quero um banho.

Ed - Teimosa. Não demore. Estou aqui fora. - Saiu do ambiente, encostando a porta atrás de si.

Winry – Espera um pouco. - Edward abriu a porta novamente.

Ed - O que foi?

Winry - Será que você podia desabotoar para mim? - Sua voz saiu em quase uma súplica.

"Talvez agora seja o momento de eu saber se existe alguma possibilidade remota de atração da parte dele", pensou a loira.

Ed - Você quer que eu desabotoe? - Winry virou de costas, afastou o cabelo lentamente e o fitou. Percebeu que ele titubeou.

Ed - Não quer que eu chame a esposa do Dr. Havier? - Passou a mão na cabeça, parecia em dúvida.

Wnry - Não precisa, confio em você. - Voltou a olhar a parede a sua frente, não tendo coragem de saber qual foi a reação do loiro para suas palavras, mas ouviu uma longa respiração do alquimista após parar de encará-lo.

Ed - Certo. - Adentrou o banheiro novamente.

Winry vestia uma camisola azul, normalmente aquela que se usava em hospitais. Os vários botões iam do pescoço ao final das nádegas e tinham as cores em branco.

Edward se sentou ao lado dela, desabotoando calmamente cada botão sem pestanejar. Sentiu uma sensação diferente, a pele da protética era macia e delicada, deixando-o extasiado à medida que desabotoava a roupa e via o contorno perfeito dos ossos de sua coluna. Viajou por sua pele, observando duas pintas ao lado esquerdo, bem ao meio das costas, passou o dedo polegar onde se localizava a mais chamativa.

Winry - Era igual da minha mãe. - O loiro se deu conta que estava acariciando com seu polegar aonde havia o sinal.

Ed - Desculpa, não era a minha intenção. - Tirou a mão rapidamente, como se houvesse feito algo desrespeitoso. Winry deu um sorriso calmo. O chuveiro esquentava o ambiente e por isso estava cheio de névoa.

Winry - Tudo bem, pode continuar. Uma massagem assim é muito reconfortante. - Puxou o restante dos cabelos para si, liberando a nuca e o resto das costas para o loiro, que respirou pesadamente.

O alquimista percebeu que a respiração da protética estava tensa. Se não fosse a doença, podia jurar que estava nervosa. Depositou seus dedos devagar em suas costas, o que a fez arrepiar em suas mãos. Continuou o trabalho de desabotoar até chegar ao final das costas. Viu que possuía mais alguns sinais, mas se conteve para não tocá-la e lhe passar a impressão errada.

Winry - Eu aceito a massagem. - Reiterou para que ele soubesse que estava permitindo tocar em seu corpo.

O alquimista ainda assim titubeou.

Ed - Aonde dói? - Winry apontou o dedo para o meio das costas, perto de sua cintura.

Deixou aquelas mãos apertarem em sua cintura, cobrindo-a totalmente com seu comprimento. Estava sem sutiã e percebeu que o final de seus seios roçaram levemente no dedo indicador do homem. Ele logo afastou as mãos, concentrando-as somente nas costas. Winry deixou escapar de seus lábios um grunhido de satisfação, mas como estava recebendo uma massagem, o barulho passaria despercebido.

Deixou o homem continuar a massagem, imaginando aquelas mãos adentrando sua camisola, segurando seus seios, apertando-os um contra o outro. Apertou as pernas umas nas outras ao deixar seu pensamento lhe dominar. Estava também sem calcinha e imaginar aquela mão grande invadir o meio de suas pernas, fez-la dar outro suspiro.

Segurou-se no banco dentro do banheiro quando uma sensação lhe acometeu o meio de suas coxas. Sentiu-se lubrificada e latejante, dando-se conta que estava excitada pelas carícias do homem.

"Meu deus, eu achei que isso seria impossível. Só quis dar vazão a essa situação para ter certeza, mas agora eu estou aqui, toda molhada, sonhando com suas mãos dentro das minhas coxas", pensou, desesperada por constatar que tinha tesão no amigo de infância.

Edward continuava os movimentos, embora aquela pele clara e as costas nua a sua frente lhe tiraram do prumo. Não conseguia conter sua imaginação assim que tocou as pontas dos dedos, sem querer, nos seios da loira. Seu membro despertou na calça na mesma hora, deixando-o em uma situação bem inconveniente. Decidiu continuar a massagem para conseguir levantar depois sem passar vergonha, mas a decisão não havia sido acertada. Estava ainda mais excitado e se continuasse com aquilo, gozaria na calça.

Não podia deixar aquela situação inaceitável acontecer com sua melhor amiga. Tentava colocar na cabeça que ela deveria ser como uma irmã, Winry confiava nele para desabotoar suas roupas. Ele não podia agir como um cachorro no cio. Respirou fundo, vendo que a situação em sua calça não iria melhorar, decidiu recuar.

Ed - Eu vou esperar aqui fora. - Saiu tão rápido que teve a certeza que a loira não viu nada demais. - Certo, Edward, agora seja decente e pense com a cabeça de cima. - Falou para si mesmo, tentando aliviar a pressão sanguínea no lugar errado.

Winry voltou a tremer, tensa e ao mesmo tempo com tesão daqueles toques. Mesmo doente, ainda pensava de maneira obsessiva em se livrar daquela realidade assombrosa que lhe aguardava. Pelo menos havia surtido o efeito desejado. Sabia, agora, que o garoto tinha atração por ela e que, definitivamente, ela também tinha atração por ele. Era o primeiro passo.

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O alquimista sentou-se no banco que havia no corredor.

"O que eu estou fazendo? Não me contive só porque desabotoei a camisola de Winry?", pensou, culpado.

Ele sabia que aquilo não tinha sido uma massagem, mas sim carícias, embora tenha fingido bem. Edward precisava sair daquelas situações sozinho com Winry, estava solteiro há muito tempo e aquilo poderia lhe embotar o raciocínio. Fazê-lo confundir coisas que jamais poderiam ser confundidas.

Olhou para si mesmo, reprovando-se. Não adiantou ele se recriminar pela conduta fraca, pois o cheiro da protética estava em tudo. Edward sentiu naquele toque algo diferente, algo que lhe assustou, forte o suficiente para fazê-lo agir.

"Não posso dar chance para o azar. E se eu me deixasse levar por um minuto? Estaria colado em seus lábios, apertando seus seios", balançou a cabeça, nervoso.

Amaldiçoou-se por deixar sua imaginação fluir com uma pessoa absolutamente proibida para ele. Não poderia de jeito nenhum alimentar qualquer tipo de aproximação. Precisava cortar o mal pela raiz.