Um vento frio bateu no rosto de Abel, e o menino, aos poucos, voltou a consciência. Piscou uma vez, sem abrir os olhos, mas subitamente sentou-se, assustado como quem acorda de um pesadelo. Estava sob a copa de uma árvore grande e velha, e ele pôde ver que aquela árvore era a mesma sob a qual ele provocara o vórtice. Por um segundo, achou que ainda estava na floresta proibida, mas uma rápida olhada na paisagem o fez ver que aquele era um lugar completamente diferente.

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- Vega? – ele chamou receoso. Levantou-se devagar, experimentando os músculos para ver se não havia machucado nada. Estava tonto, e quando levantou-se sentiu uma náusea intensa. Mas para sua surpresa, estava inteiro e parecia perfeitamente saudável, porém completamente sozinho.

Olhou o horizonte, confuso. A paisagem era estranha, e lembrava a de um deserto, não fosse pelo fato que não havia sol e não parecia ser noite ou dia, mas aquela hora estranha em que já está claro, mas o sol ainda não nasceu. Olhando atentamente, ele pôde ver à uma boa distância um lugar onde havia luzes estranhas que pareciam pairar no ar, a partir do chão. Olhando com mais atenção, viu que eram colunas de luz, que pareciam sair do chão e subir infinitamente até aquele estranho céu cinzento. Uma das colunas, ao contrário, era feita de sombra negra e contrastava com as outras.

Subitamente, ele virou-se assustado ao ouvir um ruído do outro lado da árvore, olhando na direção em que o ruído viera, repetiu:

- Vega?

- Hum... cogumelos, eu adoro cogumelos – respondeu uma voz que ele achou conhecer de algum lugar. Depois de uns segundos, uma figura estranha, que usava um manto cinzento e uma capa com capuz que lhe escondia o rosto, apareceu, andando meio curvado, bem do outro lado da árvore. Nas mãos tinha um grande bornal, onde ia jogando cogumelos que catava junto à raiz dá árvore. Parou, olhando para Abel, que por mais que se esforçasse não lhe via o rosto, escondido pela sombra do capuz, e perguntou:

- Gosta de cogumelos frescos, menino?

- Er... quem é você?

- Hum... acho que você não lembra de mim, certo?

- Nunca o vi antes... você me conhece?

- Muito vagamente – disse o outro, aproximando-se – na verdade eu entrei no seu sonho na noite passada.

- Ah! – a mente de Abel se iluminou – O velho! Como era o nome mesmo?

- A Ajuda – disse o velho, rindo – sim, sou eu...

- Quem é você, porque veio me ajudar?

- Porque você está sozinho, e na hora certa vai saber quem eu sou, Abel Potter.

- Eu não lembro de ter dito meu nome....

- Isso não importa, você era esperado aqui, você e os visitantes que trouxe...

- Que visitantes?

- Os que vieram contigo. Há muito não se via um vórtice como o que você provocou...

- Não fui eu, foi Vega - o velho riu:

- Ela não conseguiria sem você...

- Onde ela está? – ele lembrou-se das palavras dela sobre o fato que morreria provocando o vórtice, e meio sem coragem, perguntou: - Ela morreu? – o velho deu uma gargalhada

- Não! Aquilo foi um grande drama da parte dela... embora ela acreditasse que iria morrer. Mas ela não está morta, apenas seguiu em frente...

- Ela foi para a fronteira?

- Exato...

- E porque eu fiquei aqui, e perdi a consciência?

- Porque você é o vórtice... foi demais, mesmo para você, não? Foi a sua primeira escolha... vamos ver quais serão as próximas.

- Que escolhas?

- Bem... preciso te contar a história desde o início, para que você entenda.

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- Harry, você não pode fazer isso!

- Não me diga o que eu posso ou não fazer, Sirius... eu simplesmente vou fazer.

- Não podemos usar essa chave... quem sabe as conseqüências disso?

- Sirius – Harry virou-se e encarou o padrinho – meu filho tem onze anos, e provocou aquilo, e agora está perdido num lugar entre mundos sobre o qual pouco sabemos... se esse é o único meio de achá-lo, eu vou para lá, e não tente me impedir.

- Eu nunca fui de seguir regras, mas, e se você não voltar?

- Pelo menos terei tentado.

- Não sabemos se a partir da chave você vai conseguir chegar à fronteira... e existe o sério risco de deixarmos o outro mundo aberto... e você sabe o tipo de coisa que pode sair dele.

- Se do mundo dos mortos pode se chegar à fronteira, Sirius, pouco me importa o que posso encontrar lá, eu sei apenas que vou entrar, e não é sua palavra que vai me demover.

- E se você perder a chave?

- Se o mundo estiver fechado quando eu a perder, melhor, sempre tivemos medo dessa chave, seria melhor que ela nunca nos tivesse sido entregue, não acha?

- Mas... e se Abel achar o caminho de volta?

- Eu conheço meu filho... ele não vai voltar sem os outros.

- Está bem... não creio que eu consiga convencer você a não fazer isso... mas isso precisa ser segredo, senão o ministro vai entrar em pânico, e não quero que você seja expulso à revelia. – Harry sorriu:

- Eu conto com você para me acobertar... e fazer mais uma coisa.

- O que?

- Fechar a porta, depois que eu entrar.

- Mas... você deveria levar a chave...

- Sirius, se existe um meio de sair do mundo dos mortos sem a chave, vou achá-lo.

- Você não vai sozinho – uma voz soou à porta da sala de Sirius, e Harry viu Draco e Rony parados ali.

- Não sejam tolos – Harry disse olhando para os dois – não quero que mais crianças fiquem órfãs.

- Harry – Rony disse com cuidado – eu sempre fui o amigo divertido e meio covarde... mas desta vez, é sério. Quando me disseram que você estava aqui com Sirius, eu tive certeza que vocês estariam discutindo um jeito de seguir atrás das crianças. Chamei o Malfoy, porque sabia que ele deveria saber a senha, sendo professor daqui, e tinha certeza que ele também ia querer ajudar. Nós também temos filhos perdidos nesse lugar.

- Rony, eu vou chegar até lá através do mundo dos mortos.

- E daí? Só porque você sempre me achou frouxo, não significa que eu não tenha coragem de entrar no mundo dos mortos ou no inferno, se o assunto é um dos meus filhos.

- O mesmo vale para mim – disse Draco sombriamente – Então... a chave de Maedra não estava de fato perdida, como está escrito nos livros...

- Se você souber o que está nos livros e não é verdade – disse Sirius – você com certeza vai querer deixar de ser professor. – Eu sei que não posso impedí-los, acho que se minha filha ainda fosse uma criança, eu iria com vocês, mas conhecendo Hope, eu sei que ela vai voltar, nem que vire a fronteira pelo avesso... por isso que acho precipitado...

- Sirius – Disse Harry – eu sei como Hope é, mas por melhor que ela e Gilles sejam como Aurores, não sabemos o que eles encontraram por lá... e nem se estão vivos.

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Gilles e Hope giraram no ar, ainda abraçados, e viram luzes e cores os envolvendo, quando entraram no vórtice, subitamente, uma rajada de vento os carregou, e Hope sentiu que ele a abraçava como se para não deixar de forma alguma que aquilo os separasse. O vento zunia em seus ouvidos furiosamente, e de forma tão feroz que mesmo que ela jamais admitisse isso depois, acreditou que iria morrer. Então, subitamente, uma coluna de luz os colheu em pleno ar e eles ficaram por segundos suspensos na intensa luz avermelhada, e Hope sentiu os braços de Giles afrouxarem-se em torno dela, e pela primeira vez, olhou para o seu rosto.

O que ela viu, era muito difícil de ser explicado. Gilles a olhava com uma expressão que ela jamais vira, e que ela não conseguia entender o que significava, embora fosse extremamente incômoda. Porque aquilo e o abraço queriam dizer algo... como se ela fosse mais importante para ele que supunha que era realmente. Ela abriu a boca para dizer alguma coisa, mas era estranha demais a situação para ser expressa em simples palavras.

Aos poucos, ela se afastou do abraço dele, ainda olhando nos seus olhos. A luz os envolvia, e ela sentia que eles baixavam suavemente, até que seus pés bateram no chão, enquanto eles se encaravam, mão sobre mão, olhos nos olhos. E foi quando a luz desapareceu, e eles puderam ver onde estavam.

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Henry segurou a mão de Kayla instintivamente quando o vórtice os tragou, mas não conseguiu segura-la por muito tempo, sentiu que a mão dela ia escorregando, e tentou segurá-la, mas ela escapou, a mão estendida, gritando sem voz, assim como ele. Ele a viu afastar-se gritando, e subitamente desaparecer de vista. Ele entendeu que estava só naquele turbilhão inexplicável, quando de repente, foi tragado por um facho de luz, e levou um susto ao ver que não estava mais sozinho. Snape flutuava à sua frente com uma expressão de espanto no rosto. Depois de instantes suspenso no ar, ele despencou junto do velho, que ele sequer percebera que fora sugado pelo vórtice. A queda durou o tempo suficiente para parecer desesperadora, e acabou sem que nenhum dos dois se machucasse. Mas não poupou Henry de colocar todo o café da manhã para fora.

- Você está bem, garoto? – perguntou Snape, pondo a mão no seu ombro.

- Eu pareço bem? – perguntou Henry, levantando-se ainda enjoado. – O que foi aquilo, afinal?

- Bem, eu sei pouco sobre isso, aliás poucos bruxos sabem, mas parece que a mulher sombra conseguiu nos levar além da fronteira.

- Fronteira?

- Um lugar entre muitos mundos...

- Eu sempre achei que a história dos outros reinos mágicos era brincadeira dos mais velhos para espantar a gente – Henry imitou uma voz de mulher: “obedeça seu pai ou te mando para o país das fadas...”

- Acho que você não entendeu, menino... isso não parece um país de fadas – disse Snape olhando em volta, para uma paisagem desolada e urbana, como a de uma cidade de trouxas muito cinzenta e poluída.

- Não é um país de fadas, então, que lugar é esse?

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- Não sei, e sinceramente, tenho medo de descobrir – disse o velho, ao ver a cara de uma pequena gangue de rua que se aproximava.

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Kayla perdeu a consciência ainda no vórtice, e não soube do que aconteceu, não sentiu-se ser tragada pela luz que a capturou sozinha, nem soube como foi parar onde acabou chegando. Só acordou bem mais tarde, e viu que estava caída numa colina cinzenta, num lugar estranho onde parecia noite. Ela chamou por Abel, depois por Henry, até aceitar o fato de que estava sozinha.

- Não vou ter medo – ela disse erguendo-se e segurando com força o punhal da irmandade da raposa, que ela ganhara da mãe assim que recebera a carta de Hogwarts – eu sou uma Malfoy Van Helsing – disse mais para si que para o silêncio que a cercava.

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A história que o velho contou a Abel foi simples, mas triste: milhares de anos antes, quando a fronteira tinha apenas dois reinos, uma grande guerra entre esses dois mundos, provocada pelo reino das sombras, acabou com a derrota das duas castas do povo da sombra: os Nahatir, os guerreiros de olhos brilhantes, e os Ahadir, os trabalhadores, de olhos escuros. Nessa época a Guardiã do portal do reino da sombra era Vega, e ela liderara a fuga dos rebeldes, que não queriam lutar, para o mundo dos homens, contrariando a vontade de Maya, sua irmã, e perdendo o seu direito à chave da fronteira.

Vega fundara no nosso mundo a colônia dos homens sombra, sob a terra no lugar que anos mais tarde teria o nome de América do Norte. Ela abandonara um grande amor no reino da luz para salvar seu povo, e Maya assumira o reinado, pois o pai de ambas deitara-se e morrera de desgosto uma noite, porque não suportara ver as duas princesas em Guerra.

O reinado de Maya fora tão cruel, que acabara por provocar uma fuga em massa. Os homens sombra haviam descoberto a terra de ninguém, Nowhere, e se adaptaram para lá viver. Com ódio de Vega, Maya primeiro enganou aquele que a irmã amava, e depois, ao visitar a colônia na terra dos homens, enganara a própria irmã e a prendera, ao convencer os seus semelhantes que a irmã queria usá-los como escravos. Desde então, Maya cerrara as portas do seu mundo, que agora era vazio e havia se degenerado.

- Então, tudo foi em vão? – perguntou Abel ao velho, que meneou a cabeça negativamente.

- Não se pode dizer que alguma coisa foi em vão até que ela termine de vez, Abel.

- Mas... eu provoquei o vórtice, Vega foi para seu mundo, e ele está vazio! Ela me disse que libertaria dois povos, e agora você me diz que o mundo que ela vai encontrar está vazio!

- Está, porque todos os habitantes dele e seus descendentes estão em outros mundos. Só porque vocês vieram aqui e abriram as portas, não significa que eles voltarão de onde estão.

- E o que eu posso fazer quanto a isso?

- Bem, ainda não sei.

- Se você não sabe, porque se diz a ajuda?

- Porque não é só Vega que precisa de você. Quando você chegou aqui, arrastou outros junto, não por sua culpa, aconteceu

- Outros?

- Outras pessoas: seus amigos Kayla e Henry, Snape e os aurores Hope e Stoneheart.

- O que? E eles estão aonde?

- Eles avançaram até os portais, a força do vórtice que você provocou foi imensa... não me aconteceu nada porque eu me amarrei na árvore, mas os portais se abriram com muita violência... não podia ser diferente e os portais atraíram os outros.

- Onde eles foram parar?

- Você quer realmente saber?

- Eu quero tirá-los de lá!

- Você é um só...

- E daí? Eu não me importo com isso.

- Os mundos invioláveis são muito grandes e têm sua própria magia...

- Dane-se a magia dos mundo invioláveis! Eu comecei isso, não comecei? Tenho que terminar...

- Quando você fala assim, me lembra demais o seu pai...

- Você conhece meu pai?

O velho não respondeu. Apenas disse:

- Hope Black e Gilles Stoneheart estão no mundo dos sonhos, não acredito que você queira entrar lá... eles vão encontrar a saída sozinhos, não acha?

- Acho... isso tem algo a ver com as tais escolhas que eu tenho de fazer?

O velho apenas riu.

- Se tem a ver, eu quero saber porque devo fazer essas escolhas.

- Porque uma história está sendo escrita... e algumas escolhas mudam as histórias, menino.

- Eu agora tenho que escolher um mundo parta entrar, certo? – o velho balançou a cabeça afirmativamente. Abel perguntou:

- Onde estão Henry e Kayla?

- O menino foi parar no mundo que chamam Realidade Cruel... mas Snape também foi para esse mundo.

- E Kayla?

- Ela está sozinha num mundo que os homens temem mais que todos os outros...

- Que mundo?

- Chamam-no de Céu, inferno, terras sem sol, mundo sem volta...

- O mundo dos mortos?

O velho meneou a cabeça afirmativamente. Abel encarou-o e disse:

- Você sabia que eu escolheria ir atrás dela, mesmo que não soubesse qual era o mundo... eu não deixaria uma amiga sozinha...

- Na verdade, eu creio que você escolheria quem precisasse mais de sua ajuda.

- Para que lado é o mundo dos mortos?

- Vê aquela coluna de luz violeta? É lá.

- Bem, então, até breve – disse Abel, correndo na direção da coluna de luz. Parecia bem longe, mas isso não importava. O menino era como um pequeno leão, pensou o velho.

- Ou como uma jovem serpente – completou em voz alta, para si mesmo.

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Willy chorara silenciosamente quando soubera o que acontecera com o filho, e pedira que Sheeba tocasse Harry e dissesse o que aconteceria com ele:

- Ele retorna – disse a Pitonisa muito séria – mas o toque de prometeu é simplesmente incapaz de prever o que acontece na fronteira, ou além dela – completou a mulher desolada. Assim Willy se acalmara um pouco, pela certeza que o marido retornaria, ainda apreensiva por não saber se o filho voltaria junto. Nem mesmo tocando objetos de Abel, Sheeba teve resultado, enquanto o menino estivesse fora daquele mundo, seria impossível saber qualquer coisa.

Willy estava com Harry quando ele abriu o cofre onde escondia a chave que abria a porta para o mundo dos mortos. Anoitecia em Hogsmeade. Ela olhou o marido, lembrando de todas as vezes que ela o soubera em perigo, o quanto tivera medo que ele não voltasse, que algo acontecesse. Agora, ela sentia medo por ele e pelo filho. Quando se despediram, ele beijou os filhos menores, e ela se esforçou para não chorar na frente deles:

- Onde você vai, pai? – perguntou Andrew

- Buscar o Abel – disse Harry – papai volta.

Ele ergueu-se e deu um longo beijo em Willy, dizendo, bem de encontro aos lábios dela:

- Eu volto, e vou trazê-lo!

- Eu sei – disse ela, quase soluçando. Harry acariciou o rosto amado e sorriu um sorriso tristonho. Então, sem dizer palavra, desaparatou para ir ao encontro dos outros.

Sirius, Draco e Rony o esperavam na porta do cemitério de Hogsmeade. Ninguém falou nada, apenas entraram em silêncio e andaram até um lugar onde havia quatro pequenos mausoléus identicos, de aparencia bem antiga. Na frente de cada um deles havia uma estátua de animal, impressionantemente bem feita. Pararam à frente do que tinha uma águia. Harry rolou a pequena chave na palma da mão: era dourada, e tinha um pássaro no lugar da pega. Harry disse, solenemente:

- Rovena Ravenclaw... essa chave pertenceu por gerações à sua família, da qual você era a última descendente, e você a deu de presente ao meu ancestral, Godric Griffndor, quando estava à morte... de geração em geração, minha família a guardou, nenhum de nós jamais precisou dela, e a temíamos. Eu peço a sua permissão para usá-la, grande bruxa.

A estátua da águia brilhou suavemente com uma luz azulada, e Harry sorriu.

- Permissão concedida – murmurou Rony. Harry segurou a chave a girou-a na fechadura do portão de ferro gradeado que fechava o mausoléu. Quando o portão se abriu, em vez do túmulo que se via através da grade, ele pôde ver uma colina, que parecia estar muito abaixo. A porta do mundo dos mortos ficava alguns metros acima do chão. Ele virou-se para Sirius e disse, entregando a chave:

- Feche, depois que entrarmos.

O Homem nem cogitou questioná-lo. Ele sabia que aquilo era sério demais. Segurou a chave e ficou olhando, enquanto Harry, Draco e Rony saltavam e caíam no chão do outro lado. Quando Harry ergueu-se viu um buraco retangular no céu, como que recortado da paisagem, e Sirius aparecendo do outro lado. Com um aceno, despediu-se de Sirius, que antes de fechar o portão disse:

- Boa sorte!

Harry viu o buraco no céu se fechar, e ainda de costas para os outros disse:

- Senhores, creio que agora estamos por nossa conta.