Menininha Complicada

Um Novo Dia Amanheceu


Afundei-me mais na cama a ouvir três despertadores tocando ao mesmo tempo, cobri minha cabeça com a coberta para evitar aquele barulho irritante, mas não consegui quando um som de um dos despertadores ecoou mais alto no quarto.

1,2,3 Abra seus olhinhos.

4,5,6 bem devagarzinho

3,2, 1 Faça isso bem rapidinho.

E no fim... Estará prontinho.

Me levantei da cama ao mesmo tempo que Alice horrorizada, não conseguia dizer se era por causa da musica horrorosa cantada por Emmett ou se era a parte em que meu irmão cantava o final.

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– Emmett que musica é essa ? – perguntou Alice muito brava.

– O que meu irmão faz cantando essa coisa? – perguntei na mesma intensidade que a doida da minha amiga.

1,2,3 Abra seus olhinhos.

4,5,6 bem devagarzinho

3,2, 1 Faça isso bem rapidinho.

E no fim... Estará prontinho.

– Meu despertador, qual é o problema? – perguntou sem entender.

– É horrorosa. – acusou Alice. – Desliga esse negocio.

Emm a contra gosto desligou o aparelho e fizemos o mesmo com os nossos.

– Não fale assim dele. – defendeu ele sua criação musical.

– Emm, não faz sentido. – falei docemente para não magoa-lo

– Não há logica seu burro.

– Como não? – ele retrucou – Vocês estão acordadas, prontas para uma discussão em pleno sábado as 06:00 horas da manhã. Acho bastante eficaz. – teve a coragem ainda de crianças os braços.

Olhei abismada para ele e para Alice, não é que tinha razão?

– Eu não irei comentar. – Alice disse para si mesma respirando fundo duas vezes.

– Com toda certeza eu perdi o sono agora. – falei e Alice me acertou uma almofada na cabeça – Ai, doeu.

– Comente mais alguma coisa e bato de novo. – me ameaçou e ate Emmett se encolheu em sua cama improvisada no chão.

– Certo, certo. – falei me jogando na cama novamente segurando o riso.

– Vou me trocar. – Alice disse – Se pretendemos passar responsabilidade o mínimo que fazemos é acordar cedo. – disse ela se levantando.

– Claro! – falei – Só que isso seria estragado se alguém visse o despertador de Emmett. – falei temendo levar mais uma almofadada de Alice.

Só que desta vez eu levei do Emmett depois que Alice caiu na gargalhada achando hilário a minha piadinha. Me arrependi de ter brincado, Emmett era mais forte do que eu imaginava.

– Vou usar a nárnia primeiro. – falou Alice ainda rindo.

– Fique a vontade. – falei esfregando minha testa – Duvido muito que eu consiga levantar da cama sem que eu veja o mundo girando.

– Desculpe. – Emmett disse com um sorriso sem graça – Acho que exagerei na força.

– Relexa amigão, eu mereci. – eu disse mostrando o polegar para ele.

– E mereceu mesmo. – deu de ombros se levantando também.

Antes que eu desistisse me levantei também indo ate minha mala procurar o que vestir. Não fazia a menor ideia do que escolher, e também não queria pedir ajuda para Alice ou ela se satisfaria me fazendo de boneca por alguns minutos. Não gostava quando ela fazia isso. E daria quase no mesmo já que as roupas que estavam na mala foram escolhidas por ela, praticamente tudo que ali estava tinha dedo da Alice, tanto é que não me surpreendi em ver tanto coisa rosa. Quase chorei quando encontrei o que fazia mais o meu estilo. Era uma calça apertada preta e uma bata da mesma cor, peguei o casaco vermelho e me troquei no closet enquanto Alice usava o banheiro.

Fiz o que precisava ser feito e quando todos terminamos decidimos sair juntos.

– Péssima ideia. – Alice disse quando fechou a porta. – Para onde vamos? – perguntou olhando para o imenso corredor onde estávamos.

Olhei para os dois lados e jurava que esses corredores não tinha fim. Ao final do corredor pude ver dois guardas que estavam com as mãos para trás nos observando. Questão de segundos apenas porque logo voltaram ao seu modo de trabalho.

– Ai Meu Deus! – me desesperei.

Olhei para a esquerda procurando saber o que devia fazer agora, como se fosse encontrar alguma coisa. E depois olhei para a direta, vi praticamente a mesma coisa, apenas com quadros diferentes pendurados nas paredes.

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Fiquei imaginado como Edward e sua família havia se sentindo no primeiro dia na minha casa, sem saber o que deveriam fazer, para onde ir, onde ficar. Mas conclui que eles estavam em situações diferentes da nossa. Minha casa era grande para os padrões normais da sociedade, a de Edward? Nem poderíamos chamar de casa, era um palácio, com sabe lá quantos quatros espalhados por ai.

– Calma Bella. – Alice disse me segurando pelos ombros. – O que é que eles fizeram quando chegaram à sua casa?

– Sei lá Alice, me diga você. – passei pra ela –Também estava lá.

– Não consigo pensar sobre pressão. – dei uns pulinhos nervosa.

– Alice você é a única pessoa que consegue pensar sobre pressão.

– Acho que não nesta situação. – quase chorei.

Impressão minha ou havíamos mudado de papel por instantes?

– Gente só podemos ir para a cozinha? – Emmett disse sua voz soando estranho – Esses quadros estão me deixando nervoso.

Olhamos Alice e eu para ele.

– Emmett você é um gênio. – Alice abraçou o irmão.

– O que deu em você? – ele a abraçou de volta.

– Me solta agora. – ela se desvencilhou dele rapidamente.

Claro! Tinha sido a cozinha onde havia encontrado eles no seu primeiro dia. Nada mais obvio. Mas o que nós iriamos fazer na cozinha? A não ser tomar café? Duvido que eles faziam visitas frequentes na cozinha quando podiam ter qualquer pessoa para ajuda-los com qualquer coisa. Não que fosse esnobes, pois isso sabia que não eram, mas a cozinha não era um lugar muito provável de encontrarmos com eles.

– A ideia soa melhor do que procura-los de porta em porta ate acharmos seus quartos.

– Deus me livre fazer isso, não quero ser a louca impura nesse lugar. – tive que rir com o comentário de Alice.

– Podemos ir? Estou com fome. – Emmett reclamou.

Olhei para ele que estava parado em frente a um quadro com um homem de bigode engraçado, e ele olhava diretamente para nós. Emmett estava com a cara contorcida e acho que fiz a mesma coisa ao notar, que realmente todos os quadros pareciam olhar para nós, quase tive a sensação de que aqueles olhos se mexiam, mais tirei da cabeça, o quadro da Monalisa fazia isso também.

– Vamos logo Emm. – puxei ele pelo braço.

– Pra que lado? – perguntou

–Ótima pergunta.

– Tanto faz. – disse Alice.

– Uni, duni, tê. – começou Emmett

– Que ninguém tenha ouvido isso. – sussurrou Alice – Escolho você.

Apontou então para a direita e lá fomos nós.

Revirei os olhos inconformada por Alice ter entrado na dele, mas entendi que tudo isso para eles estava sendo uma diversão a parte, não era algo tão serio como estava sendo para mim. E foi exatamente neste momento onde tinha certeza que eles estavam se imaginando em Hogwarts , a cada corredor novo que tomávamos era como se estivessem nas escadas que mudavam de posição, cada lugar uma coisa nova e diferente para ver. Em meio a escolhas de corredores, decidimos que a cozinha só podia ficar no piso de baixo, nada mais certo do que uma cozinha no térreo, então a primeira escada que encontramos descemos e continuamos as buscas.

– Emmett já pode sentir o cheiro da comida e nos guiar não acha? – perguntei quando percebi que já era a segunda vez que passávamos por um vaso com uma planta estranha porem bonita e verde.

– Ta me chamando de cachorro? – perguntou ofendido. – Saiba que esse lugar é grande para se sentir o cheiro de qualquer coisa.

– Ele tem razão. – disse Alice. – Ai! – ela gritou.

Corremos ate ela que havia virado o corredor antes de nós e vimos que ela apenas tinha esbarrado em Jasper. Isso mesmo Jasper. A salvação em pessoa, o príncipe que literalmente era o príncipe que nos tiraria dessa situação de achar a cozinha. E com ele ainda estava Esme, nossa rainha. Quer dizer rainha do povo dela.

– Bom dia ! – eu gritei feliz.

– Uau, vocês acordaram cedo, e Bella ainda esta de bom humor. – Jasper comentou sorrido já segurando Alice pela cintura.

– O que você quer dizer com isso? – perguntei .

– Ele não quis dizer nada. – Alice respondeu batendo de leve no peito dele.

– Como passaram a noite?

– Com fome. – Emmett falou.

– Emmett! – repreendemos ele juntas.

Não podíamos culpa-lo tanto sobre a questão da comida, quando o coitado ficava com fome, ele só sabia pensar nisso.

– Deviam ter pedido para um dos guardas. - ela disse preocupada. – Hoje me certificarei de que estarão bem.

– Não se preocupe Esme. – tentei tranquiliza-la.

– Que bom que já estão acordados, podemos tomar café juntos. – disse Jasper.

– Exatamente, estávamos procurando a cozinha. – Emmett soltou outra de novo.

– Não porque queríamos comer, mais sim porque é o lugar onde poderíamos achar um de vocês. – expliquei parecendo uma maluca.

– O que acha de andar comigo enquanto preparam a mesa? – Jasper perguntou para Alice.

– Tchau pra vocês. – me virei emburrada.

– Que tal eu achar a cozinha antes disso?

– Desisto! – Alice soltou exasperada.

– Estava perto Emmett. – riu Esme. – Final do corredor.

– E eu? – perguntei – Pra onde vou?

– Que tal ver Edward? – ela sorriu cumplice. – Ele esta com Carlisle.

– Ótima ideia. – falei

– Resolvido. – disse Alice nos empurrando para poder ficar a sós com o namorado.

Então Jasper ofereceu seu braço a Alice que o segurou com um sorriso enorme no rosto e saíram para algum lugar. Esme nos acompanhou ate a cozinha onde deixamos Emmett ser feliz com as dez cozinheiras que ali estavam, as que eu consegui contar pelo menos. Fiquei me perguntando se Emmett não tinha dado uma gafe por querer a cozinha antes de perguntar da namora. Mas todo mundo que conhecia Emmett sabia que isso não era um problema. O garoto tinha personalidade forte e formada, comida antes de namoro era normal em seu dia a dia. Que bom que Rosalie não ligava para isso.

– Seu irmão esta com Elizabeth. – disse Esme.

Olhei desconfiada e preocupada para Esme, no mesmo instante quis priorizar meu irmão e voltar para onde quer que ele estivesse com ela neste momento.

– Não se preocupe. – tentou me acalmar – Elizabeth não morde, e pode parecer estranho, mas ela gostou de Sam.

– Difícil alguém não gostar dele.

– Desculpa por ontem. – Esme se desculpou. – Não era para ter acontecido.

– Tudo bem. – respondi . – Aconteceu isso com você? – perguntei curiosa.

– Aconteceram coisas piores. – ela riu humorada.

Fiquei pensando o que ela poderia ter feito para uma mulher tão carinhosa e gentil como Esme. Comigo era totalmente plausível, mas com Esme? Era um pecado maltrata-la.

– Mas hoje somos boas amigas.

– Sem ironia?

– Sem. – ela achou graça.

Caminhamos mais um pouco ate que Esme abriu uma porta que dava para uma enorme sala com um piano de calda e alguns sofás espalhados pelo lugar. Encontramos com Edward e Carlisle, que estavam de costas para nós quando entramos. Como se Carlisle sentisse a presença de Esme ele se virou imediatamente abriu o sorriso mais feliz e sincero que já havia visto.

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– Olha se não é a mulher mais linda de minha vida. – Carlisle disse vindo em sua direção.

– Deixe Rosalie saber disso. – ela riu ficando um pouquinho vermelha.

– Então vamos agradecer ela ser nossa filha e ter vindo de você. – ele disse todo galante dando um selinho na esposa.

Fiquei um pouco constrangida de presenciar tamanho afeto dos dois, não era algo que já tinha visto.

Então Edward se virou sorrindo para seus pais, e quando me notou, seus olhos se recaíram sobre mim, e seu sorriso aumentou.

Virei a cabeça constrangida porque agora tinha a atenção voltada para nós enquanto ele se aproximava de mim.

– Bom dia. – falei para quebrar o clima.

Edward chegou perto de mim pegou uma de minhas mãos e nos aproximou me dando um selinho, e tenho certeza que eu colei violentamente. Era a primeira vez que seus pais nos viam literalmente como um casal e não gostei muito de ser tão exposta neste primeiro momento. Porém só em ter ele em meus braços fez com que isso desaparecesse por alguns minutos.

Escondi minha cabeça em seu peito, enquanto ele dava um risadinha.

– Ai como são lindos! – disse Esme animada.

Edward riu e me abraçou beijando o topo da minha cabeça enquanto passava minhas mãos por sua cintura.

– Bom dia – ele sussurrou. – Como dormiu?

– Bem. – respondi voltando minha cabeça para cima para olha-lo nos olhos. – Apenas um pequeno problema com a janela, não conseguimos abri-la acredita.

– Suponho que não tenha sido por isso que acordou cedo. – disse rindo.

– Não, definitivamente não. – respondi.

E então vi um flash forte sendo disparado em nossa direção.

– Esme! – carlisle a repreendeu .

– É apenas uma foto Carl. – ela respondeu. – Agora vocês podem ficar de frente?

Edward me fez virar e me abraçou bela cintura beijando minha bochecha e antes que pudesse fazer qualquer coisa Esme bateu a foto.

– Pronto. – Esme sorriu satisfeita.

– Pode tirar mais uma Esme? – perguntei ficando vermelha – Quero ficar com essa ultima.

– Claro. – ela disse.

– Direito Edward. – pedi me desvencilhando de seu abraço e me posicionado ao seu lado enquanto ele colocava a mão na minha cintura.

Sorrimos ambos e Esme tirou a foto.

– Estou Feliz que estejam namorando. – disse Carlisle tirando a maquina de sua esposa.

Algo me dizia que ela poderia ter tirado mais fotos se ainda estivesse com a maquina em suas mãos.

– Namorando? Não estamos. – falei

– Porque ela não aceitou. – disse Edward.

– Ele que não me pediu.

Esme riu.

– Bella quer namorar comigo? – perguntou olhando nos meus olhos com um brilho divertido nos olhos.

– Não. – respondi.

– Estão vendo? Ela que não aceita.

– Não é assim que se pede okay? Tem que ser especial.

– Edward eu te ensinei melhor. – Carlisle entrou na brincadeira.

– Se pedisse aceitaria?

–Dependeria muito do pedido. – falei – Sou bastante exigente.

– Estou vendo. – respondeu e me deu outro selinho.

– Acho que vamos deixar vocês sozinhos. – disse esme puxando Carlisle. – Nos vemos na hora do café.

Esme saiu puxando Carlisle que estava querendo ficar na sala.

– Você constrangeu seus pais! – acusei

– Constrangi mais você do que eles. – ele respondeu – Você ficou bem de vermelho alias. Realça com as cores que sua bochecha assume quando esta envergonha.

– Obrigada. – cruzei os braços.

– Vem aqui. – ele me puxou para mais perto.

Mordi os lábios, e me coloquei minhas mãos em seu pescoço enquanto ele me puxava para um beijo calmo e demorado. Onde pude sentir todo o amor que ele sentia por mim passar naquele rosar de lábios. Me perdi em pensamentos enquanto passava minha mãos em seu cabelo.

– Estou feliz de estar aqui. – ele disse se afastando ofegante.

– Estou feliz de estar com você.

– Por enquanto basta. – ele sussurrou nos puxando para um outro beijo.