Um grito de dor vindo de longe, era impossível não escutar, pois era causado por um demônio. Um homem com vestes pretas e um chapéu branco, com vários cordões com cruzes, espalhados por pescoço e braços, parecia tentar ignorar, mas não conseguia. Ele estava do outro lado da cidade, a mais ou menos 13 quilômetros de distancia.

O homem então levantou a cabeça, olhando para cima nos prédios, onde havia alguns anjos, observando, provavelmente a vitima do Demônio. Ele pareceu não se dar bem com a situação.

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Com uma expressão bem seria, ele parecia decidido fazer algo sobre aquilo. Tirou um livro preto, com uma cruz amarela na capa. Ele o abriu. À medida que ele ia passando as paginas dava para perceber que era totalmente manuscrito. Então ele tornou a olhar para os anjos, sobre os arranha-céus e ao mesmo tempo andando em direção a aqueles gritos que não paravam.

-Anjos covardes! Não irei perder meu tempo tentando entende-los. – sussurrou o homem, para si mesmo.

Com o tempo, ele foi se aproximando cada vez mais dos gritos, que já não eram mais de dor, mas parecia implorar pela morte. Mas o homem não parecia assustado, nem ao menos preocupado. Ele estava calmo, como se estivesse relaxado em um mundo sem o mal.

No sentido em que ele estava indo, a uns 200 metros à frente, havia um beco, formado entre dois enormes prédios: Hotel Moonlight e Edifício Work. Percebia-se que era nesse beco que saíra os gritos.

Exatamente a 100 metros do beco o homem começou a recitar um encantamento, que encontrara no seu livro, enquanto andava em direção ao beco.

“Punido pelo meu criador, tu serás... Não por seres um Demônio, e sim... Por manchar o mundo por suas desgraças... Não há maneira pra escapastes do destino dado... Àqueles que vão contra a vontade de Nosso Senhor... Que vossa alma queime eternamente” – então ele entrou no beco, e continuou – “nas profundezas do inferno.”

Um monstro banhado por sangue que ali estava, foi empurrado por luz dourada até os céus, onde foi totalmente desintegrado.

O homem olhou em direção ao garoto totalmente cortado, sangrando muito. Nos seus olhos, ele enxergava claramente o sofrimento, que aquele jovem passou. Então ele tirou de dentro de suas vestes uma sacola de pano. De dentro da sacola ele tirou uma garrafa com um liquido transparente. O garoto então arregalou os olhos e tentou gritar.

-Não se preocupe. É água benta, para que não infeccione, não basta um tratamento medicinal. A água benta combate qualquer tipo de substancia que o Demônio deixara em você. – disse ele, passando água benta em cada um dos ferimentos do garoto. – Se conseguir falar me responda, sabe por que aquele Demônio te atacou?

O garoto olhou por todos os lados, e depois direcionou seu olhar aos olhos do homem.

-Eu quebrei uma vela preta, que estava junto com alguns litros de sangue. – respondeu o garoto.

-Entendo. Um ritual de contrato... Isso é perigoso. Por isso os Anjos não vieram te salvar. Consegue andar? Qual seu nome?

-Sim. Christopher Nakamura.

-Entendo. Um mestiço. Vou te levar até sua casa...

-Hey... Qual seu nome?

-Hehe... Onde estão os meus modos? Eu me chamo Beaumont Phoenix. Mas me chame de Beau-san.

-Hm... Beau-san. Sabe... Eu não tenho casa. Então pode me deixar aqui mesmo.

Beaumont olhou mais uma vez nos olhos de Christopher, e não enxergava não ao menos um fragmento de ódio. Não parecia que foi aquela mesma pessoa que acabou de ferida fatalmente.

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-Desista dessa idéia! – gritou Beaumont – Eu irei te levar comigo então.

-Para onde?

-Para Divine Soul, escola para formar Exorcistas!