Destroy My Life
The Hangover - Part 3
Sabe aquela sensação de que todas as partes do seu corpo doem incessavelmente, você não se lembra qual foram as últimas coisas que você fez antes de apagar e provavelmente nem vai descobrir, e aquele maravilhoso pressentimento de que estar em um quarto escuro com um homem desmaiado no seu colo não é uma coisa muito boa? Eu acordei com isso.
Não sei ao certo qual dor se apresentou primeiro, mas as mais gritantes vinham do olho e dos meus pulsos. Por que diabos meu olho doía tanto?! Tentei erguer meu braço para tirar Edward de cima de mim, mas eles estavam amarrados - provavelmente por um cabo de aço, porque aquela dor nos pulsos era fora do normal!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Aos poucos meus olhos foram se acostumando com a falta de claridade e eu pude enxergar os contornos supérfluos do ambiente a minha volta. Até onde eu sabia, estávamos no chão, cercados por um tapete com o pior cheiro de xixi de gato do mundo, paredes com uma quantidade de quadros exagerada e uma porta velha - que por algum acaso se encontrava do outro lado da sala.
Ah! Tinha apenas mais um detalhe peculiar: um garoto com um sorriso maquiavélico escondido nas sombras.
- Isabella Swan! - o filho da mãe disse.
- Não, Tina. Muito prazer! - sorri sarcástica. O ódio queimava em minha língua.
- Se eu fosse você não seria tão grosseira comigo, meu bem. - Samuel daiu da sombra e começou a caminhar na minha direção. - Você e o seu namoradinho estão nas nossas mãos agora.
- E o que pretendem fazer comigo? Colocar fogo em mim? Roubar meu namorado? Ou fazer com que meus pais se separem, sendo que eles nem estão mais juntos? - respondi com raiva.
- A primeira ideia foi interessante... - ele arreganhou ainda mais o seu sorriso. - Mas não. Iria acabar rápido demais... Você queima, nós rimos e depois... Nada.
Seu sorrisso murchou e ele lançou um olhar perdido para um canto isolado da sala. Ele era completamente maluco!
- Sammy... - eu chamei com a voz melosa.
A única maneira de lidar com pessoas malucas, é ser no mínimo "doidinho" também. Eu e ele já fomos "namorados" por duas semanas - trocamos no máximo dois beijos, mas de alguma forma isso significou alguma coisa para ele, então talvez funcionasse meu pláno de sedução.
- Esquece isso, sabe? - eu comecei. - Eu estraguei tudo, mas posso concertar. Lembra de como nós éramos felizes? - eu sorri para ele. - Eu, você, seus pais... Todos nós juntos almoçando no domingo!
Ele olhou para mim e tive a impressão que seus olhos brilhavam.
- E eu tenho um jeito de recompensar sua irmã por todas as vezes que não fui uma boa amiga... - olhei para Edward, que ainda estava apagado no meu colo. - Me livro desse namorado horrível que eu tenho e ficamos todos juntos de novo! Como nos velhos tempos...
Quase engasguei com as minhas próprias mentiras. Ele se abaixou e tive certeza de que ele ia me beijar, então segurei o vômito.
- Samuel! - Juliet gritou, abrindo a porta com rompante. O pobre coitado deu um salto e se afastou de mim. - Te deixo sozinho com essa vadia por cinco minutos e já cai na lábia dela?
- Não é nada disso... - ele tentou dizer.
- Saia já daí! - ela gritou, puxando ele para fora.
Aproveitei a claridade vinda de fora para tentar identificar algum detalhe específico. Consegui enxergar um retrato na parede. Uma criança com cabelos com de fogo sentada no colo do Papai Noel. Era a casa de Meredith Bogard!
Juliet bateu a porta e ouvi seus pés batendo contra o piso frágil.
- Edward, Edward. - eu chamei sacudindo minhas pernas. - Acorda!
Ele gemeu. Levantei minhas pernas o máximo possível, depois abaixei bruscamente, fazendo com que sua cabeça caísse no meu colo.
- Acorda!
Ele gemeu, levantou um pouco a cabeça e vomitou a três centímetros da minha cintura.
- Eca! - reclamei e vireio rosto. Usei toda a força das minhas pernas para tentar me lenvantar, enquanto apoiava meu cotovelo na parede atrás de mim. - Edward, você se superou... Eu oficialmente tenho nojo de você agora.
Ele gemeu - talvez de dor dessa vez - e ergueu a cabeça. Eu não podia enxergar muita coisa, mas vi que seus olhos estavam semicerrados, tentando enxergar algo a sua volta, exatamente como eu há dois minutos atrás.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Suspirei e tentei ajuda-lo a se levantar. Olhei-o nos olhos por alguns segundos e beijei sua bochecha.
- Desculpe por te colocar nessa. - eu disse séria.
- Eu não sei o que está acontecendo, mas... - ele suspirou. - Vamos sair dessa. Ninguém tenta destruir sua vida, além de mim.
Ele sorriu e eu fui obrigada a sorrir de volta. Ele fez uma cara de enjoo e eu me afastei instintivamente. Ele riu.
- Tudo bem, acho que eu posso segurar. - ele disse. - Agora, onde é a saída?
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