Omg! Im Pregnant!

Capítulo 4 - Inesperado


Edward Cullen

Sempre fui uma pessoa correta, sempre mantive meus pés no chão, e sempre sonhei em ser um grande médico como meu pai.

Durante o período escolar de minha vida, sempre me foquei nesse sonho. A minha vida era estudar e ter boas notas para que um dia a minha carta de aceitação em Harvard chegasse, assim como meu pai fez. Eu tanto lutei que consegui. E essa foi a minha maior felicidade.

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Eu tenho uma ótima família, ótimos pais e ótimos irmãos. Minha vida não seria a mesma sem eles, apesar de Emmett me irritar e de Alice me azucrinar. Eu os amo demais.

Enquanto eu estive na escola, fui muito zoado, era o nerd. Mas eu realmente não ligava... Estava pouco me lixando para aparências, vestia-me de acordo com o que eu achava confortável e não com o que a mídia e a moda ditava. Lembro-me que meu irmão mais velho, Emmett, foi capitão do time de futebol americano da escola, era um líder nato como só ele... E talvez por isso minha cara foi livrada de muitas surras que alguns colegas meus levavam.

Eu era invisível, e gostava de ser assim. Emmett era muito bom jogador, a carreira de quaterback era promissora, mas o sonho dele era ser advogado. E conseguiu uma bolsa pela universidade de Yale para o curso de Direito.

Alice, minha irmã caçula, também era uma patricinha, mas não era tão mimada – apesar de ser a caçula e a única mulher. Ela foi líder de torcida e adorava isso... Mas foi para a UCLA cursar Publicidade e Propaganda com a melhor amiga: Isabella Swan.

Se eu tive uma paixão platônica em toda a minha vida acho que foi por ela.

Isabella. Ou como ela gostava de ser chamada: Bella.

Ela era linda quando adolescente, não era muito alta – só alguns centímetros a mais que Alice –, tinha o corpo bem moldado, olhos castanhos da cor de chocolate – hipnotizantes, em minha opinião –, longos cabelos castanhos – que no sol ficavam avermelhados – e um sorriso lindo. Além de ter uma personalidade incrível.

Nós não trocamos muitas palavras. Eu era recluso e meu contato com garotas era zero. Não que eu a amasse loucamente e suspirasse pelos cantos, mas eu gostava dela, apreciava sua beleza e suas atitudes, nada mais que isso.

Eu me formei um ano antes do previsto, enquanto ela e Alice ainda tinham dezesseis anos, no auge da adolescência e eu tinha apenas dezessete. E desde então eu não a vi mais, quando via meus familiares nas festas de fim de ano, ela não estava presente. Seus pais eram nossos vizinhos, mas as duas primeiras vezes que fui, ela estava em Phoenix – Arizona – com a avó materna que faleceu um tempo depois.

Eu só fui para casa duas vezes depois que entrei em Harvard. A universidade era minha vida e meus pais entendiam isso. Além de que era um pouco longe sair de Boston e ir para Califórnia. A minha vida mudou drasticamente assim que pisei em Cambridge, o garoto recluso e estranho deu lugar ao novo Edward. Larguei os óculos, comecei a me exercitar e ganhei alguns músculos. As garotas choviam na minha horta...

Mas muitas delas só viam a minha aparência e então tive poucos namoros, alguns longos e outros curtos. Eu encontrei uma garota, Victoria Abrams, ela era da escola. Transferiu-se de Cornell para Harvard, cursava Psicologia, e se mostrou muito diferente da patricinha arrogante e metida que eu conhecia. Lógico que ela se assustou quando nos revimos, e quase não se lembrava de que eu era irmão do capitão do time de futebol da escola e irmã da líder de torcida.

No início eu pensei que Victoria fosse apenas mais uma, mas no fim percebi que era igual às outras. Namoramos durante seis anos – eu tinha vinte e dois quando começamos a namorar e ela vinte e um − e quando pensei que poderíamos ser um casal real, que poderia formar uma família com ela, ela simplesmente me deu o fora.

Eu fiz o pedido e ela disse que queria me chutar fazia tempo... Mas que gostava demais do nosso sexo que não conseguia me largar. Ela disse isso com tanta naturalidade que eu fiquei pasmo. Eu já tinha terminado minhas duas residências e ela já tinha se pós-graduado também, já morávamos juntos num apartamento em Boston.

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Então foi quando eu finalmente aceitei a proposta de meu pai. Fazia meses que ele me chaleirava para voltar para LA, para trabalhar com ele no hospital. Como eu estava tão puto com a atitude de Victoria, aceitei mudar de ares... Talvez voltar a minha cidade fizesse bem.

Alice e mamãe arranjaram um bom apartamento para mim, enquanto eu preparava as coisas para a minha volta. Em duas semanas eu já estava em LA e começava a trabalhar no hospital que meu pai dirigia. Eu me especializei em Obstetrícia e Ginecologia, eram duas áreas que certamente se encaixavam. Sempre gostei de crianças e trazê-las ao mundo sempre era emocionante.

A minha superior no hospital era a doutora Dianne Collins, era uma mulher madura, na faixa de seus cinqüenta anos. Uma das ginecologistas obstetras mais procuradas de toda a Califórnia, eu a conheço desde menino, e gostava bastante dela. Ela era casada e tinha três filhos, um deles era meu amigo: James Collins. Ele também era médico – formou-se na mesma turma que eu −, mas era pediatra como a irmã mais velha e também trabalhava no hospital.

Nessas duas semanas que estou de volta em LA, senti-me bem. Enfiei minha cabeça no trabalho, posso contar as inúmeras cantadas que recebi no consultório, tanto pelas minhas colegas de trabalho quanto as pacientes. Mas meu pai disse que era assim mesmo... Que não era para eu me estressar, e eu realmente nem liguei... Não era a primeira vez que isso acontecia comigo.

A sexta-feira tinha chegado e eu estaria de folga no final de semana, fui intimado a comparecer a uma boate pela minha irmã caçula. Sinceramente eu não estava no clima para boate. Ainda me sentia mal por tudo que havia acontecido, e não seria boa companhia para ninguém. Mas quando foi que alguém na minha família conseguiu dizer não a Alice Cullen? A garota era muito persistente quando queria.

Cheguei ao estabelecimento já querendo ir pra casa, mas posso dizer que mudei de opinião na mesma hora em que vi a bela morena chegar à mesa que eu estava com meus irmãos e amigos. A mulher era incrivelmente linda, corpo perfeito que estava sendo moldado por um micro-vestido preto que acentuava as curvas dela.

Qual foi a minha cara ao reconhecer que a bela mulher era simplesmente a Isabella?

Surpresa é claro. Eu sabia que ela era bonita, mas parece que os anos fizeram muito bem a ela.

Eu simplesmente não consegui me controlar... Parecia que havia um ímã que me atraía até ela. E o resultado de toda aquela atração foi nós dois embolados em minha cama. Várias vezes me peguei relembrando nossos beijos, seus gemidos, sua reação quando eu a tocava...

Mas a sua reação após aquela noite acabou com tudo que eu já estava imaginando.

Bella disse que aquilo que tivemos foi apenas uma noite. Não nego, decepcionei-me. Eu sinceramente não conseguia acreditar que aquela Bella, a romântica por natureza, havia dado lugar a uma Bella que não estava nem aí para nada. Lógico que eu fiquei surpreso, fiquei chateado e perguntei sobre isso a Alice, casualmente é claro.

Flashback

- Quando você foi pra Harvard, Bella namorava o Jacob, lembra-se? – ela me indagou, estávamos na casa de nossos pais, almoçando.

Eu apenas assenti com a cabeça. Claro que eu me lembrava do Jacob Black, ficou no lugar do Emmett como capitão do time quando meu irmão se formou, e se achava o rei do colégio. Ele namorava Bella na época, mas ela pra ele era apenas um dos seus troféus.

- Bem, no dia do nosso baile de formatura... – hesitou – Bella estava se preparando para a primeira noite deles. Ela estava eufórica, mas eu estava apreensiva por ela. – suspirou – Eu nunca fui com a cara do Jacob, nunca. E então eles foram ao baile, foram coroados rei e rainha... E Jacob começou a beber além da conta, pois ele e uns amigos idiotas tinham batizado as bebidas e também estenderam a festa.

Eu prestava atenção no que minha irmã falava... Mas eu meio que já entendia o que havia acontecido.

- Jacob sumiu por algum tempo e Bella resolveu procurá-lo. Então ela o encontrou transando com a Lauren – disse com raiva – Ele a penetrava sem pudores, como se a garota fosse um simples objeto... Bella surtou, gritou com ele... E sabe o que o sacana disse? – me fitou, eu não disse nada – Que ela nunca foi boa o suficiente pra ele, que enquanto ela se guardava, ele comia todas as garotas que se ofereciam.

- Filho da puta! – esbravejei.

- É... Bella ficou tão puta que meteu a porrada nele. – Alice riu – Ela o cortou com o anel que ele havia dado a ela... Até hoje ele tem uma cicatriz.

- Como você sabe? – a indaguei.

- Porque eu o vi um dia desses pela rua. –respondeu, dando de ombros – Ele cursou Educação Física na UCLA e trabalha na nossa antiga escola como treinador. O sonho da vida dele de seguir carreira esportiva nunca se realizou, porque ele nunca se empenhou de verdade.

- E como a Bella ficou? – perguntei, curioso.

- Ela ficou muito abalada, chorou durante alguns dias... Mas se libertou. E desde então trata os homens como ela foi tratada. – respondeu Alice – Ela não consegue ficar muito tempo com uma pessoa... Quando ela vê o cara apegado demais a ela, Bella o chuta... – suspirou.

- Nossa. – falei.

- É... Por isso que eu te digo, meu irmão... Não adianta insistir com ela – Alice falou, sorrindo tristemente pra mim – Eu sei que você gosta dela desde o colegial, mas ela ficou assim... Fechada. – suspirou – Eu adoraria que vocês dois ficassem juntos, de verdade.

- Eu acredito, Alice. E obrigada por me contar um pouco mais sobre a Bella. – agradeci, de verdade.

A baixinha sorriu e não disse mais nada.

Fim do Flashback

E era por isso que Bella era daquela maneira.

Apesar de Alice me advertir sobre sua melhor amiga, algo me dizia para não desistir.

Depois daquela noite, nós dois nos vemos mais algumas vezes. Era bom demais estar com ela, e eu agradecia a Deus por não ser mais o Edward mudo de antes. Conversar com Bella era natural, os assuntos surgiam com simplicidade e o clima nunca ficava ruim. Apesar de eu não conseguir me conter ao olhá-la.

Ela é absurdamente linda e sabe muito bem disso. As roupas que vestia, nada vulgares, mas que valorizavam seu corpo esbelto e bem moldado.

Sem que eu percebesse os dias se passaram e se transformaram em semanas.

E nas duas vezes em que tive tempo de me reunir com os outros – e que Bella estava – ela estava diferente. Parecia mais bonita, apesar de dizer que estava sentindo-se mal. E era perceptível, seus olhos castanhos estavam cansados e era visível as olheiras. Aconselhei-a ir a um médico, fiquei preocupado, e espero que ela realmente faça isso.

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[...]

E o dia do casamento de minha irmã caçula com o irmão de Bella chegou. Eu estava empolgado, já que era um dos padrinhos e entraria a igreja ao lado dela. Quando a vi, tão deslumbrante naquele vestido cor de rosa, meu coração faltou sair pela boca.

Bella estava diferente... Não sabia dizer em que, pois não era visível, mas eu podia sentir. Estranho, não?

Nós entramos lado a lado, de braços dados, quando nos ordenaram e eu pude sentir que ela tremia e parecia que iria desabar a qualquer momento. Fiquei preocupado, será que ela ainda se sentia mal? Será que ela não havia procurado um médico?

- Você parece que vai desmaiar, Bella – a indaguei, sussurrando, enquanto andávamos até o altar.

- Impressão sua – desconversou, sem me encarar.

Eu não queria insistir, então dei de ombros e não disse nada.

Durante toda a cerimônia Bella chorava silenciosamente. Não pensei que ela fosse tão emotiva, já que pelo Alice me contou sobre si, achei que ela não acreditasse mais no amor. Dei um lenço a ela, pois ela estava debulhada nas lágrimas.

- Não pensei que você fosse tão emotiva – falei, divertido.

- Eu não sou! – rebateu, irritadiça – Mas não tem como não se emocionar com isso – apontou para o casal se beijando apaixonadamente a nossa frente.

- Tem razão – disse sério, e suspirei.

Por um momento, eu queria estar ali. Casando-me, preparando-me para uma nova etapa em minha vida. Mas nada é como queremos, certo? Victoria me dispensou e eu estou aqui... Caindo de amores por uma mulher sem sentimentos.

Talvez eu esteja sendo dramático demais. Só que eu queria encontrar alguém que me amasse de verdade. E também não me entendo, como eu posso estar apaixonado por Bella e ter terminado um relacionamento longo recentemente?

Eu não sou normal. Fato.

A cerimônia terminou e os convidados cumprimentaram o mais novo casal. Depois que eu parabenizei minha irmã e meu mais novo cunhado, fui para a festa de recepção, sentei-me a mesa destinada à família e logo encontrei Bella.

Bella estava meio alheia a tudo que ocorria ao redor. Ela estava muito estranha, já disse isso?

Alice e Jasper foram aplaudidos quando chegaram a recepção. Tiraram fotos, o jantar foi servido e o bolo também. Algum tempo depois, eles foram convidados para a primeira dança e logo em seguida os padrinhos também – isso incluía a mim e a Bella.

Nós dançávamos divinamente bem, apesar de Bella ainda estar meio alheia e tensa. Eu já estava me agoniando, parecia que algo de bem sério havia acontecido com ela. E apesar de não ser da minha conta, eu me preocupava demais consigo para deixar pra lá.

- Você está estranha, Bella – disse a ela.

- Eu preciso conversar com você – falou, fitando-me – E é sério.

- Claro, vamos sair daqui. – assenti e saímos da pista de dança.

- Só preciso pegar minha bolsa – pediu.

Acompanhei-a de volta a nossa mesa e a vi pegar sua pequena bolsa. Saímos do salão e fomos até o jardim que havia do lado fora da grande casa de festa.

Eu estava extremamente curioso. O que era tão importante para Bella me falar? Estava aflito.

- O que te aflige, Bella? – perguntei, tentando conter a curiosidade no meu tom de voz

- Lembra-se que tivemos uma noite intensa há dois meses? – indagou-me, ligeiramente envergonhada, pois suas bochechas estavam coradas.

Linda.

- Claro que me lembro – sorri – E também me lembro que você pediu que esquecêssemos, que foi apenas uma noite. – lembrei suas palavras;

- Sim, eu sei o que disse – suspirou – Enfim... Aconteceu uma coisa... – hesitou.

- O que? – instiguei.

Ela abriu a pequena bolsa e retirou de lá um papel, e me entregou.

- Bem... Isso aconteceu. – falou.

Fitei-a confuso, mas nada disse. Concentrei-me no papel e comecei a ler. Era um exame de sangue, mais precisamente resultado do Beta HGC. E eu sabia muito bem o que aquele valor significava e também sabia para que se pedia aquele tipo de exame sanguíneo.

Arregalei meus olhos, tamanha a surpresa. Então voltei a encarar a mulher a minha frente.

- Você está... Grávida... – murmurei.

- Sim – respondeu, num sussurro.

Estava explicado então. O choro, os enjôos, o cansaço, os vômitos.

- Nossa Bella... Isso é...

- Inesperado, eu sei! – ela me interrompeu – Eu não fiz de propósito! Eu quase não me lembro daquela noite, estava tão bêbada! Desculpe-me Edward, nem me toquei que eu poderia estar grávida e... – começou a tagarelar.

- Ok, respira Bella. – a calei, colocando meu dedo indicador sob seus lábios – Eu sei que você não fez de propósito. – sorri – E também não me lembro de termos usado camisinha.

Eu me sentia tão... Feliz. Um sorriso idiota dançava em meus lábios, e então Bella sorriu.

- Bom... – recomecei, respirando profundamente – Eu vou assumir essa criança Bella, e gostaria de participar da sua gestação. – pedi.

- É claro, Edward! – falou, sem pestanejar – Você tem todo o direito do mundo – sorriu, sincera – Eu tenho uma consulta na segunda. Já fiz todos os exames que a médica pediu e estão todos prontos, se você quiser ir comigo...

- Claro que quero! – nem a deixei completar.

- Precisamos contar aos meus pais e aos seus. – pediu.

- Concordo plenamente. – assenti, e então voltamos a caminhar para a festa – Bella?

- O que? – virou-se pra mim, fitando-me.

- Não acha que devemos ter algum tipo de... – hesitei, passando a mão em meus cabelos, sinal de nervoso – Relacionamento?

- Edward... – suspirou – Sei que a gente não se ama, mas independente disso, não quero que você se prenda a mim por causa do bebê. Há muitas crianças que são criadas com os pais separados, e acredito que nenhuma delas morreu por isso.

Bella era como uma faca de dois gumes.

Uma hora ela estava nervosa e me contando sobre a gravidez. E agora me rejeitava como se eu fosse um nada.

Eu sei que existem vários casos de crianças como a nossa – era estranhamente bom falar nossa – e que elas foram criadas muito bem com pais separados. Mas sei lá... Talvez eu ainda seja careta.

Eu não disse nada a ela. Não queria contrariar uma grávida, era prejudicial à saúde – a minha, é claro. Porque nessa fase, as mulheres são regidas por hormônios. E eles... São uns capetas!

Voltamos para a festa. Eu me sentia feliz. Eu seria pai.

A ficha ainda não tinha caído, falando sério. E então me peguei imaginando como seria esse bebê. Espero que ele ou ela seja parecido com a mãe, sem nenhuma interferência minha. Bella era incrivelmente linda, e espero que o bebê seja igual a ela.

Percebi que Bella estava bocejando a todo instante. Efeito da gestação. Sorri internamente, ela ficava linda até com sono.

- Bella, eu te levo em casa. – ofereci, ao ver seu décimo bocejo – Está quase dormindo sentada – sorriu.

- Obri – veio um bocejo – gada. – sorriu e eu ri.

Fomos nos despedir de todos, Alice e Jasper já tinham escapado para a noite de núpcias. E então saímos da festa. Assim que Bella entrou no Volvo e se aconchegou no banco, vi-a suspirar e fechar os olhos, questão de segundos e ela já dormia. Sorri ao vê-la, tão serena e dirigi até seu apartamento.

Assim que cheguei lá, estacionei ao lado de seu carro e a peguei no colo. Bella não era pesada e assim que eu a peguei, ela se enroscou a mim, como se aquele fosse seu lugar. Meu coração se aqueceu de repente...

Pegamos o elevador e com certa dificuldade consegui apertar o botão de seu andar. Eu tive que perguntar a ela, e Bella respondeu – completamente sonolenta, mas não acordou o pestanejou por estar em meu colo. Abri o apartamento com a mesma dificuldade, pois se eu colocasse no chão, ela desabaria, com certeza.

Procurei seu quarto e a coloquei sob a cama. Ela estava completamente desmaiada. Ri baixinho ao vê-la daquela maneira. Procurei um pijama em seu closet e troquei sua roupa. Afinal eu era médico e já tinha visto seu corpo.

Bella se aninhou ainda mais em sua cama e eu a cobri com o edredom. Agora era a hora de ir embora, mas quem disse que eu conseguiria? Resolvi ficar, vai que ela precisasse de mim? Tirei meus sapatos, a blusa, a gravata e o terno. Fiquei apenas de calça social e me deitei em seu sofá da sala.

[...]

No domingo pela manhã, eu quase ri com a cara de confusão de Bella quando acordou e me viu na cozinha. Ela estava tão linda... Ai Deus... Isso tem que parar.

Enfim. Ela comeu perfeitamente todo o café da manhã que eu tinha feito e eu a acompanhei. Decidimos que iríamos contar aos nossos pais sobre o bebê. E fizemos isso num almoço ainda no domingo.

Nossas mães faltaram soltar foguetes. Sinceramente, eu não pensei que as coisas seriam tão fáceis assim. E até nossos pais apoiaram, apesar de eu ter pensado que o Charlie iria me matar, mas ele aceitou super bem.

Eu deixei Bella em sua casa e disse a ela que qualquer coisa era só me ligar que eu viria correndo. Ela revirou os olhos e disse que sabia se cuidar. Fingi aceitar sua resposta e fui pra casa. Meus pais foram até lá depois, queriam conversar comigo.

- Você agiu muito bem, querido – disse mamãe – Assumir a criança e tudo.

- Era o mínimo que eu podia fazer, né? – ralhei – Ela está grávida de um filho meu.

- Já caiu a ficha? – papai me indagou, risonho – Você será pai.

- Ainda não caiu – sorri – Mas estou bem. Estou feliz.

- Que bom, amor – mamãe sorriu para mim – Alice se casou, Emmett também e nenhum dos dois ainda me deram netos – fez bico – E aí você, meu filho do meio que ainda não é casado, vai me dar um netinho! – sorriu feliz.

- Vocês vão querer se casar? – meu pai me indagou.

- Eu não cheguei a propor. – suspirei – Mas perguntei a Bella se não deveríamos ter algum tipo de compromisso, mas ela me cortou. – bufei – Ela acha que podemos dar conta da criança sem estarmos juntos.

- Sinceramente... Eu acho meio difícil para uma mulher cuidar de um bebê sozinha – disse minha mãe – E ainda mais no caso de Bella. Ela vai surtar, já estou prevendo isso. Ela ainda irá reclamar muito. É a única solteira do circulo de amizade e um bebê irá atrapalhar. Mas acho que ela amadurecerá, e preciso contar com você, querido. Você terá ajudá-la, Edward. Ainda mais quando o bebê nascer.

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- Eu sei, mãe – disse – Eu vejo grávidas todos os dias no hospital, eu cuido delas. Sei o quão importante é a ajuda do marido. – sorri – Mas vamos com calma. Eu não quero assustá-la mais do que ela já está.

[...]

A segunda-feira chegou e eu me vi empolgado. Tinha várias consultas hoje e já havia ligado para Bella, queria saber quem era a médica e onde seria a consulta. E fiquei contente ao descobrir que a médica era a doutora Dianne Collins. Aproveitei e cancelei alguns pacientes, eu sentia muito, mas meu futuro filho/filha era um pouco mais importante. Mas minha secretária já havia remarcado as consultas.

Eu estava de branco, iria dar plantão na emergência ainda hoje e a consulta de Bella era à tarde. Eu já me encontrava na recepção e somente a esperava. Estava folheando uma revista qualquer e olhando a todo instante para a porta, então a vi entrar.

Bella estava linda e usava sandálias de salto altíssimas. Reprimi minha vontade de brigar com ela. Sandálias naquele salto eram terminantemente proibidas, mas deixaria para a Dra. Collins ralhar com ela.

Ela foi diretamente ao balcão e ficou por lá alguns minutos, quando saiu, viu-me e sorriu. Veio até mim e eu a cumprimentei com um leve abraço. Conversamos sobre coisas amenas, eu vi a doutora chegar e a mesma me cumprimentou. Bella nos fitou confusa e assim que a médica entrou em consultório, ela me indagou.

- Da onde você conhece a Dra. Collins?

- Ela é minha superior aqui no hospital – falei.

- Você é ginecologista e obstetra? – me indagou, chocada.

- Sim – assenti.

- Então o que estamos fazendo aqui? – perguntou, abobada.

- Bella, não é porque eu sou o pai e também médico que eu tenho que te consultar. – sorri – Nesse caso é melhor uma médica a parte te acompanhar, como eu estou envolvido emocionalmente com o caso, não é ético. Entende?

- Ah... – murmurou – Sendo assim. – deu ombros.

Eu ri e segurei sua mão, ela estava fria. Sinal que ela ainda estava tensa com isso tudo.

Algum tempo depois, Bella foi chamada e nós entramos no consultório.

- E então, Edward – disse a doutora, depois de nos cumprimentarmos e nos sentarmos – Você é o pai do bebê da Isabella? – sorriu.

- Sim, eu sou – assenti, sorrindo também, vi Bella ruborizar.

- Isso vai ser divertido... – ela sorriu – Então Isabella, como disse na consulta anterior. Você está mais do que grávida. Agora, eu vou te passar alguns medicamentos e vou pedir... Carinhosamente, que você abandone seus saltos altos. Não faz bem pra você e nem para o bebê. Você se sentirá mais cansada daqui pra frente, também não é recomendado que grávidas usem sandálias desse salto – ela disse – Por que você não disse a ela, Edward?

- Quis deixar o papel para você – disse, divertido – E sabia que se eu dissesse, ela não ia me atender – olhei de soslaio para Bella.

- Ei! – ela resmungou – Iria sim. – fez bico.

- Aham, sei – revirei os olhos.

- Bom... Agora Isabella, gostaria que você trocasse de roupa, para podermos realizar o primeiro ultra-som, ok? – a médica pediu.

Bella assentiu e se levantou, enquanto ela se trocava eu conversava com a médica. Resumi minha história com Bella e sem demora a mesma saiu do banheiro, já com a roupa adequada. Eu a ajudei a se deitar na maca e a doutora Collins começou o exame.

Vi meu pequeno bebê pela televisão, não dava pra distinguir muita coisa, mas como eu já era experiente no assunto, pude saber o que era o que e expliquei para a Bella.

- Bem... De acordo com o que você disse, Isabella... Você está na nona semana de gestação. Dois meses para ser exata. – sorriu ela – Ainda não podemos ouvir o coração, mas acho que na próxima consulta dará. Pode se trocar.

Eu a ajudei a se limpar e então Bella voltou ao banheiro para se trocar. Quando ela voltou, a médica fez mais algumas recomendações. Passou mais alguns exames, algumas vitaminas, e voltou a lembrá-la dos saltos altos. Então nós saímos do consultório.

- Precisa que eu te leve em casa? – perguntei.

- Não, estou de carro – respondeu – Obrigada por me acompanhar.

- Não precisa agradecer, estou fazendo o meu dever – sorri – Faça tudo que a médica pediu, ok? – ela assentiu com a cabeça – Eu tenho que dar plantão agora, mais tarde eu apareço na sua casa e levo algo para comermos, ok?

- Edward... Não precisa. – falou, mordendo os lábios.

- Bella, não vou só aparecer nas consultas. – falei bem sério – Eu gosto de você, gosto da sua companhia. E acho que nosso filho ou filha deve saber disso desde o início.

Ela não disse nada e então eu sapequei um beijo em sua bochecha e a saí. Meu coração batia acelerado, eu praticamente tinha me declarado a ela. Mas quer saber? Foda-se. Estávamos juntos nisso. E eu me empenharia bastante para ser um bom pai.

-x-