As Memórias de Lílian Evans

Até Que A Morte Nos Separe - Epílogo


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Eu estava sentada na minha cadeira de balanço com o corpo e a mente totalmente exaustos. Fazia exatamente um ano desde que nosso filho Harry nasceu com poucos fios de cabelos negros e rebeldes como os de seu pai e segundo este, ele tinha os meus olhos. No entanto, cuidar de um bebê estava sendo mais difícil do que a gravidez em si, mesmo que seu padrinho Sirius Black viesse nos visitar frequentemente para nos ajudar. Porém, depois de uma proposta de Sirius não é mais ele quem nos visita, e sim Pedro Pettigrew não que eu tenha algo contra o coitado.

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Fazia algum tempo Sirius viera nos visitar dizendo que havia pensado em algo que poderia melhor garantir nossa segurança.

FlashBack On

Eu estava junto de James e Harry. Harry dava gostosas gargalhadas para o pai que fazia cócegas nele. Eu apenas observava a cena com um brilho nos olhos. Nunca imaginei que pudesse estar tão realizada como estou agora. Nos últimos dias estávamos em estado de alerta já que Voldemort faria de tudo para descobrir nosso paradeiro e matar nosso filho.

Dumbledore chegara até mesmo á confiscar a capa da invisibilidade de James com medo de que este saísse escondido de casa.

Harry ainda gargalhava quando eu e James nos levantamos ao ouvir a porta ser aberta. James entregou-me Harry e fez um gesto para que eu saísse da sala, mas eu permaneci estática. James foi até a porta e eu fiquei esperando temerosa o som de algum duelo, mas James apenas voltou sorrindo com Sirius ao seu lado.

- Como está o meu afilhado predileto? - Sirius perguntou dando um beijo em minha bochecha e tomando Harry em seus braços.

- Ele é o único afilhado que você tem Sirius. – James disse rindo.

- Mas mesmo que eu tivesse outros, Harry permaneceria sendo o meu favorito do meu casal favorito. – Sirius rebateu enquanto Harry puxava seus cachos.

Sirius sentou-se no sofá com Harry ainda em seu colo e nos olhou com um semblante sério.

- Hoje eu não vim aqui simplesmente para visitar vocês, vim falar sobre coisas que descobri e sobre algo no qual eu vim pensando... – Sirius disse.

Eu e James nos sentamos no sofá á sua frente e esperamos que ele começasse á falar.

- Bom eu não trago boas notícias. Alice e Frank foram torturados, ainda não sabemos por quem, mas o pior de tudo é que eles foram torturados até enlouquecerem. Estão vivos, mas agora a mente deles é como de uma criança pequena. – algumas lágrimas rolaram pelo meu rosto e eu as limpei com a manga de minha blusa – Dumbledore desconfia que tenham sido torturados por conta de vocês, quero dizer, queriam descobrir se eles sabiam seu paradeiro, mas nada é certo ainda.

“Neville o filho deles está bem, agora mora com a avó dele, por parte do pai. Mas tudo isso me fez pensar em uma coisa... Se Voldemort está atacando as pessoas mais próximas de vocês para descobrir o seu paradeiro isso significa que o próximo será eu. Eu nunca diria nada é claro, morreria por vocês dois, mas e se ele resolver me fazer tomar Veritasserum? Não teria como mentir e todos nós morreríamos. Então, por que não passar o segredo para a única pessoa a qual eles todos nunca desconfiariam? Por que não passar o segredo para Pedro?”

FlashBack Off

E foi assim que decidimos passar o cargo de fiel do segredo para Pedro. Ouvimos a porta abrir e como em todas as vezes que isso acontece, James foi ver quem estava lá enquanto eu peguei Harry em meu colo.

Segurei com força o corpo de Harry contra o meu em um ato de proteção, mas era apenas Pedro.

Ele veio em minha direção e acariciou os cabelos de Harry enquanto me cumprimentava. Poderia ser só impressão minha, bobagens da minha cabeça, mas me parecia que hoje Pedro estava com o olhar triste e alternava seu olhar de James para mim como se estivesse com pena de nós dois. No entanto, ele fora embora sem revelar qualquer notícia triste.

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A propósito desde que saímos de Hogwarts, eu e James estamos morando em um agradável vilarejo chamado Godric's Hallow.

Já fazia algum tempo que eu não me comunicava com Sirius então resolvi lhe escrever uma carta.

(música)

Querido Almofadinhas,

Muito obrigado, muito obrigado pelo presente de aniversário do Harry! Foi o favorito dele até agora. Um ano de idade e já plana numa vassoura de brinquedo, ele parecia tão satisfeito consigo mesmo. Estou incluindo uma foto para que você possa ver. Você sabe que ela só levanta aproximadamente dois pés de altura do chão, mas ele quase matou o gato e quebrou um vaso horrível que Petúnia me enviou no natal (sem reclamações aqui). É claro que James achou que foi muito engraçado, diz que ele vai ser um grande jogador de Quadribol, mas nós tivemos que tirar do caminho todos os ornamentos e ter certeza que não vamos tirar o olho dele quando ele voar.

James está ficando um pouquinho frustrado trancado aqui em casa, ele tenta não mostrar isso, mas eu posso dizer – também Dumbledore ainda está com a Capa de Invisibilidade dele – então sem chance de pequenas excursões. Rabicho esteve aqui hoje, achei que ele parecia desanimado. De qualquer forma sentimos saudades, espero que possamos nos ver em breve.

Com amor, Lílian

31/10/1981

Coloquei a carta no bico de Rowena, minha coruja, para que ela pudesse entrega-la. Logo em seguida voltei para sala onde James estava no tapete brincando com Harry. Ele fazia várias luzes coloridas e brilhantes saírem da ponta de sua varinha e Harry ficava maravilhado com tal coisa. Eu sorri imaginando o ótimo pai que James é, e o quão melhor ele seria quando Harry já estivesse mais velho, querendo aprender á jogar Quadribol, contando sobre suas aventuras em Hogwarts, sobre alguma futura namorada...

Harry por mais que estivesse se divertindo com as luzes acabou por adormecer no tapete mesmo. James colocou sua varinha em cima da estante e chamou-me para que eu me sentasse ao seu lado.

Sentamo-nos no tapete, James me abraçou de lado e eu apoiei a cabeça em seu ombro.

- Ele será o garoto mais contente do mundo. – James disse com os olhos brilhando em direção ao Harry.

- Sem dúvidas, tendo o melhor pai do mundo ao lado dele. – Eu respondi e James sorriu puxando-me para mais perto selando nossos lábios.

Ficamos assim por um bom tempo, abraçados enquanto observávamos nosso filho Harry dormir tranquilamente.

Ouvimos a porta abrir e imaginamos que era Pedro novamente. James se levantou para verificar enquanto como de costume eu embalei Harry em meus braços. Mas eu ouvi o inesperado que me pegou desprevenida e fez com que meu coração acelerasse freneticamente.

- Corra Lily, é ele! – James berrou.

Fiz o que ele pediu e subi as escadas correndo com Harry em meus braços que já começava á chorar por conta da movimentação repentina.

Eu entrei em seu quarto e o coloquei no berço, logo em seguida colocando todos os móveis possíveis em frente á porta. Apalpei meu bolso, estava sem minha varinha.

Ao ver que eu estava sem minha varinha lembrei-me da varinha de James. Ele a colocou em cima da estante e foi ver quem estava na porta desprotegido. Nesse momento eu soube que não havia mais esperanças para ele.

Agachei no chão e coloquei as mãos em meu peito como se pudesse sentir a maldição da morte que a pouco o atingiu. As lágrimas escorriam pelo meu rosto e um vazio me preencheu. Comecei á me lembrar de todos os momentos em que o desprezei, todos os momentos em que eu deveria ter aceitado seus presentes, seus poemas estúpidos, seus convites para sair... Dessa vez minhas lágrimas não o salvariam, eu não poderia descer para a morte com Harry em meus braços.

Harry. Eu tinha que ser forte por ele. Desajeitadamente enxuguei minhas lágrimas e virei-me em direção ao seu berço. Ele chorava tanto quanto eu como se soubesse o que estava acontecendo.

- Harry mamãe ama você, papai ama você. – Eu sussurrei em meio às lágrimas tentando lhe passar uma sensação de conforto. – Harry fique em segurança, seja forte.

A porta abriu-se com um estrondo jogando todos os móveis que a barrava para os lados.

Rapidamente me levantei e fiquei em frente ao berço protegendo meu filho já sabendo que quem entraria no quarto não seria James dizendo que estávamos seguros, que tudo havia terminado e que ele nos protegeria para sempre. Quem estava lá era ele novamente encapuzado encarando-me com seus olhos vermelhos sangue.

Meu corpo começou a tremer e as lágrimas caíam em maior quantidade. Eu não temia pela minha vida, e sim pela de Harry que estaria sozinho caso eu morresse, e eu sabia que morreria.

- Saia da minha frente e eu lhe pouparei. – Seria isso que ele disse para James? Não importa porque eu não moveria um músculo dali.

- Harry não! Por favor... Tenha piedade... Tenha piedade. – Eu supliquei desesperadamente mesmo que não desse certo.

- Garota tola. – Voldemort sibilou e eu soube que seria meu fim quando ele ergueu a varinha em minha direção. De uma forma estranha eu estava triste e feliz ao mesmo tempo. Por mais que eu e meu filho morrêssemos iríamos encontrar James em outro lugar, iríamos ser uma família novamente. Até que a morte nos separa não é assim que dizem os trouxas? Mas nem mesmo a morte iria nos separar.

- Avada Kedavra! – A última coisa que vi foi aquela luz verde ofuscante e eu deixei que ela me levasse para junto de meu marido... Até que a morte nos separe.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.