- Vocês dois tem absoluta certeza do que estão me falando?

- Claro que sim, Alvo. Snape viu e eu também... era pequena, parecia inofensiva... mandou Snape lavar o cabelo, até. Acho que era uma fada conselheira... – Snape olhou insatisfeito para Sirius e disse:

- Parecia inofensiva, Alvo.

- Severo, fadas nunca são cem por cento inofensivas, mesmo quando bem intencionadas... elas sempre acabam fazendo alguma besteira. Lembrem-se disso: quando se trata de fadas, pode parecer brincadeira, mas normalmente é muito sério porque elas não vêm ao nosso mundo à toa. Vamos nos manter observando para ver se é a única que está por aqui... se ela não disser a que veio, chamamos alguns especialistas, se for apenas uma fada perdida eu mesmo dou um jeito nela, às vezes um portal para o mundo das fadas se abre e elas caem por aqui... melhor que seja entre nós que no meio de trouxas. Por via das dúvidas vou escrever a Camorin DeLoyola, ele é especialista em confundir trouxas que viram coisas estranhas, vou ver se algum trouxa andou vendo fadas por aí ultimamente.

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- Está certo – Sirius disse. – Tem idéia de que tipo de fada seja pela descrição?

- Bem, não sou especialista em fadas, mas pelo que vocês disseram, deve ser uma arrepiada.

- Arrepiada?

- Exatamente... não são em nada poderosas, são fadas de felicidade, existem para tentar levar a felicidade aos trouxas, mas nem sempre dá muito certo, às vezes acabam esmagadas pelo mata moscas de um trouxa mais insensível, que as confunde com algum inseto muito grande... mas não morrem, apenas ficam meio amassadas.

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No dia seguinte, uma coruja vermelha deixou cair uma carta sobre Harry. Era de Bianca Fall, que fora sua quase namorada antes dele conhecer Willy:

“Oi Harry!

Como você está? Nossa, que coisa a história dos vampiros... ainda bem que não aconteceu nada à sua namorada, né? Espero que ela esteja bem... vocês ainda estão juntos?

Eu no momento estou me preparando para os testes do meio do semestre... eu te falei que um ex-professor seu dá aula aqui? O professor Lupin, que fala muito bem de você... agora estamos aprendendo a conjurar patronos e ele disse que você aprendeu a fazer isso no terceiro ano... achei incrível.

Sabia que ele está tendo um romancezinho com a tia Silvia? Ela é meio maluca, mas não liga para o fato dele ser meio... estranho. Eu só espero que ela não suma, mamãe disse que ela costuma desaparecer no mundo das fadas de vez em quando...ia ser chato ela deixar o professor na mão, né? Ele é tão legal.

Fiquei feliz de saber que você ganhou o primeiro jogo de quadribol... espero que você consiga a taça esse ano. Se der, no Natal a gente se vê em Londres, vou estar lá com meu irmão, que vem do Japão para o Natal, vovó e mamãe... a gente pode tomar um chocolate quente.

Um beijinho,

Bianca Fall”

Harry estava rindo para a carta e não percebeu que alguém se aproximava, olhando o conteúdo desta por cima do seu ombro.

- Quem te escreveu, Harry? – Harry deu um pulo. Atrás dele estava Willy, com seu seburrêlho (que já estava ficando bem grandinho) saindo do bolso e uma cara nada agradável.

- Oi Willy! É uma carta daquela amiga minha, a Bianca...

- Posso olhar?

- Willy, a carta é para mim.

- Se não tem nada demais, porque eu não posso olhar, hein? Por acaso ela está falando de alguma coisa que eu não possa saber, Harry?

- Willy, não faça escândalo, o Snape está olhando para a gente! Ela não disse nada demais, Willy, mas acho que você tem que confiar em mim... eu não peço para olhar sua correspondência.

- Eu não me correspondo com os garotos que já me deram beijos..

- Só eu te beijei, Willy – Harry disse triunfante

- Isso é o que você pensa – Willy fez uma cara maliciosa e saiu, no caminho deu um tapinha no ombro de Neville e disse oi. Harry ficou bastante encucado.

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Não foi só Harry que recebeu uma carta naquele dia. Na mesa da Sonserina a imensa coruja negra de Draco Malfoy deixou cair sobre ele um envelope, que não tinha nada de bruxo. Ele olhou para a etiqueta impressa em computador no envelope:

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“Draco, o mal intencionado.

Escola de Bruxaria de Hogwarts,

em algum lugar do norte da Inglaterra que espero que essa coruja idiota ache.”

Era uma carta de Sue, que Draco guardou no bolso da veste para ler no intervalo, na biblioteca. Como desenvolvera o péssimo hábito de subtrair a correspondência alheia das mãos dos incautos para xeretar na mesa do café da manhã. Draco resolvera ler as cartas de Sue sempre na biblioteca, por mera precaução, afinal alguém podia querer se vingar dele lendo suas cartas. Logo depois da primeira aula, ele correu para a Biblioteca e abriu o envelope.

Uma coisa o desagradava imensamente nas cartas de Sue Van Helsing: ela nunca escrevia à mão. Enquanto ele procurava esmerar-se em sua elegante caligrafia esguia, usando pergaminho negro e tinta dourada para escrever a Sue, esta lhe respondia em frio papel branco impresso, escrito em computador!

No final, ela punha só uma rubrica meio garranchosa em tinta cor de vinho: “S.A.V.H.”. Isso o deixava aborrecido, e quando ele comentara isso numa carta com ela, recebera como resposta “você acha melhor receber cartas impressas ou carta nenhuma?” e achou melhor se conformar.

Tinha acabado de abrir o envelope e pusera os olhos na carta, que para variar começava com “Então, Draco Malfoy, está se esforçando em ser uma pessoa melhor?” quando ouviu imediatamente atrás dele uma risadinha baixa. Olhou para trás apavorado, achando que fosse alguma garota, mas não havia ninguém. Olhou para o resto da biblioteca, deserta, a não ser por Hermione Granger, que estudava algumas mesas à sua frente. Decidiu por via das dúvidas sair dali e ler a carta em seu dormitório, correu pela escada abaixo, porque sabia que o intervalo acabaria logo e ele teria de ir para a aula do professor Snape. Atirou-se de costas à sua cama e abriu a carta novamente.

Estava na Segunda linha quando ouviu uma música suave, parecia o som de uma flauta. Por uns instantes, não pensou na carta de Sue, mas viu na sua frente o rosto debochado da menina, rindo e piscando para ele. Suspirou fundo, risonho. Então, acordou desse pequeno devaneio achando que havia alguém tentando pregar-lhe uma peça, e de muito mau gosto. Saiu novamente correndo, indo trancar-se no banheiro, antes que alguém viesse atrás dele.

Sentou-se sobre o vaso sanitário fechado, e começou a ler a carta pela terceira vez:

“Então, Draco Malfoy, está se esforçando em ser uma pessoa melhor? A última coruja que você me mandou causou uma confusão dos diabos... ela resolveu me entregar a sua carta bem no meio da aula de educação física, eu estava fazendo ginástica no pátio da escola... nem preciso dizer que todas as garotas no pátio ficaram apavoradas.

Achei aquela foto que você me mandou meio idiota, sabe? Dá trabalho inventar desculpas às minhas colegas que perguntam porque sua foto não para de me mandar beijos e implorar por um carinho... eu disse que é uma coisa eletrônica e elas engoliram... da próxima vez, mande uma foto normal, de preferência em que você não esteja fazendo uma cara de “eu sou o máximo.”

Aqui Draco fez uma cara de surpresa indignada, mandara a Sue a melhor foto que tirara nas férias de verão e ela dizia que ele parecia idiota nela!

“Meu pai está no Norte da África... parece que uma tribo de caçadores de cabeça está tendo problemas com vampiros... quem não gostou nada disso foi a advogada bruxa com quem ele anda namorando... parece que eles tinham marcado um encontro em Boston e ele cancelou... acho que meu pai não passa nem seis meses solteiro de novo... provavelmente ano que vem terei mais um irmão, espero que ele nasça bruxo, mas um bruxo menos arrogante que você.”

Toda vez que Draco recebia uma carta de Sue, por causa desses comentários, prometia a si mesmo que não ia responder.. mas depois de algum tempo, acabava cedendo e respondia, mandando a carta por sua coruja .

“Acho que se você é o apanhador de seu time de Quadribol não faz mais que sua obrigação ganhando... não me conte isso como se tivesse atravessado a nado (ou voando numa vassoura) o canal da Mancha, ok? E tudo bem que você é sempre elogiado pelo professor de Teatro da escola... mas acho que ele é gay, deve fazer isso por causa de seus olhos azuis”

“O que diabos quer dizer gay?” Draco estava se fazendo essa pergunta quando ouviu novamente a risadinha e deu um pulo, sem que se desse conta, alguma coisa luminosa estivera lendo a carta junto com ele, olhando por cima do seu ombro, ele via a luz se refletindo no papel. Tentou bater no ombro, mas errou. Quase imediatamente, uma coisa muito estranha aconteceu.

Na sua frente apareceu flutuando deitada, com o rosto apoiado nos cotovelos, uma minúscula fadinha . Era gorducha e tinha os cabelos muito arrepiados, azuis como seus olhos. Tinha asinhas de borboleta também azuis nas costas e usava pantufas peludas e vestia-se com um trapinho esquisito, ficou rindo para ele cerca de vinte segundos, quando finalmente deu uma cambalhota, pondo –se em pé no ar e começou a tocar uma melodia em uma flautinha que tirara sabe-se lá de onde.

Draco sentiu-se levitar por um momento, e sorriu. Sentia-se tão bem que começou a rir, sem se dar conta que estava no banheiro da escola, sendo embalado pelo som da flauta de uma fada. Ela parou de tocar e disse:

- Felizzzz Drrrraco? – automaticamente ele despencou dos cerca de cinqüenta centímetros que levitara sobre a tampa do vaso, fazendo um estrondo. Isso varreu qualquer resto de devaneio da sua mente, pondo-se em pé ele disse:

- O que é você? – Estava assustado, achando que podia ser alguma peça que alguém estava pregando nele.

- Meu nome é FFFFFFlauta.... eu ssssssou uma ffffffada – ela abriu um grande sorriso e ele arregalou os olhos, antes que pudesse dizer qualquer coisa ela disse – dava parrrra voccccê deixxxxar eu lerrrrr o rrrresto da carrrrta?

- Ei! Que espécie da fada é você que xereta as cartas dos outros?

- Eu não sssssou xxxxxereta... vocccccê, é... eu ssssó querrro ajudarrrr vocccê a ficarrrr com SSSSSue! – ela abriu um sorriso maior que o anterior, mas Draco, abriu a porta do banheiro e saiu correndo por ela. Achou que realmente estava ficando maluco e resolveu correr para aula e esquecer o episódio da fada, que ficou para trás rindo dele. – Hmmmm. Nemmm todossss querrrem ajuda... – ela disse, fazendo um muxoxo.

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