Helena Potter

Primeira Horcrux


Depois que a bailarina... Como é o nome dela mesmo? Bom, eu não sei depois eu vejo. Voltando: depois que a bailarina que eu não sei saiu da sala o professor me olhou como se estivesse vendo minha alma e perguntou se eu tinha certeza de que queria ir. E, é claro, eu falei sim.

— Tudo bem, então. Só me prometa uma coisa. — uma sobrancelha levantada fez com que ele continuasse. — Se eu falar que é para você entrar em baixo da capa e ir embora sem olhar para trás eu quero que você me obedeça e vá embora. Não importa o que aconteça eu quero que você me obedeça.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— OK.

— Prometa!

— Prometo.

— Okay. Agora segure no meu braço. — eu coloquei a mão direita no braço esquerdo dele. — Com força.

A próxima coisa que eu soube é que tudo estava rodando. Quando tudo parou eu estava sem ar e muito enjoada, então tudo que eu fiz foi me inclinar e botar a minha janta de ontem para fora. Cara, quando isso vai parar? Já ta cansando vomitar por tudo!

— Você esta bem?

OK. O Dumbledore é o maior bruxo da nossa época, mas se ele fizer mais uma pergunta idiota eu vou dar uma bela resposta.

— Estou bem.

— Então vamos.

Foi quando eu olhei para frente e vi. A casa era velha e de madeira. Parecia pequena e tinha um ar abandonado. Como as casas de filme de terror.

Conforme íamos nos aproximando da casa a sensação de que aquele lugar tinha muita magia ia só aumentando. Muita magia negra, o que fez com que minha mão fosse inconscientemente para a minha barriga de modo protetor e tenho a leve impressão de que o Dumbledore percebeu.

Quando eu abri a porta ela incrivelmente não rangeu, o que me assustou já que pela aparência da casa ela era bem velha e a porta deveria ranger.

Posso dizer que isso esta muito filme de terror pro meu gosto? Posso falar também que eu odeio filmes de terror?

Ai Meu Santo Pai Amado!!! Como pode uma casa que mais parece um casebre ser tão grande por dentro? Para começar por dentro nem parecia uma casa! Era apenas um corredor que pelo que eu pude ver tinha como ir para os dois lados, no maior estilo labirinto.

— Esperto, muito esperto...

— Desculpe, professor, mas o que é tão esperto?

— Tom resolveu proteger uma parte de sua alma com armadilhas trouxas.

— E como o senhor sabe? Eu ainda não vi nenhuma armadilha.

—Você não reconhece essa cena?

— Um corredor cheio de teia de aranha?

— Olhe bem. — Dumbledore falou com um sorriso de canto.

O que um corredor escuro, cheio de teia de aranha e com tochas pegando fogo para iluminar o caminho tem de comum com cenas que eu conheça?

— A única coisa que eu consigo pensar é naqueles filmes de caça ao tesouro.

— Exatamente! E nesses filmes o que mais tem quando o principal esta quase chegando ao tesouro?

— Musica ruim? — eu não sou lerda, ok? Só não consegui pegar o espírito da coisa ainda.

— Pensa bem.

Porra!! O que mais tem nesses filmes? Um vilão: OK! Um mocinho: OK! Uma trilha sonora horrível: X (até porque eu canto bem)! Brigas: OK! Armadilhas: X! Um... Já sei!!

— Armadilhas!

— Isso! Armadilhas! — ele falou animado. —E isso que é esperto. Um bruxo não saberia se defender das armadilhas trouxas! Mas alguém que gosta de cultura trouxa e vê seus filmes saberá!

— Mas, professor, nem os próprios trouxas saberiam se defender ou evitar as armadilhas. Porque nos filmes não dá pra saber onde vai ter uma armadilha.

— Exato, mas nós sabemos que tipo de armadilha esperar!

– Ok... E que tipo de armadilha esperamos? – que não seja do tipo de matar uma pessoa, Merlin! Alias, com certeza será, afinal, estamos falando de Voldemort!

– Do tipo que não podemos usar magia pra nos defender. – hã?

– Hã?

– Pense comigo, Helena, ele não iria querer que qualquer bruxo roubasse sua Horcrux, né? Então, para isso, ele pôs armadilhas, mas não armadilhas bruxas, mas armadilhas trouxas para não ser qualquer um a roubar. Tem que ter algo que ninguém saiba fazer... Ou o que ele acha. – ah, ok...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Sem magia... E como vamos passar por ela?

– Astucia, Helena, astucia...

– Astucia? Mas eu não sou uma Sonserina!

– E nem eu, mas tenho astucia e sei que você também, Srta. Vem, vamos... E lembre-se: não se pode usar magia contra as armadilhas.

O que ele quis dizer com isso? Bom... Deixa eu acompanhar o Tio Dumbie antes que me perca nesse lugar.

Cara, será que eu não entrei num filme de terror e não sei?

Até agora não apareceu nada, legal.

– Helena, cuidado! – Dumbledore me puxou pro chão.

– Ai. – fiz uma careta me levantando contendo a vontade de passar a mão na minha barriga. Mais um pouco e eu machucaria meu bebê. – O que houve?

– Olhe para trás de você. – ele disse, enquanto sacudia as vestes.

Olhei e arregalei os olhos. Tinha uma flecha com a ponta fincada na parede. Obrigada, Dumbledore! Automaticamente olhei pro chão e lá tinha um corpo... Ou melhor, esqueleto com uma flecha na testa. Em pensar que poderia ser eu ali também...

Fechei os olhos fortemente e os abri novamente com uma determinação que com certeza veio emprestado de alguém por ai. Era muito mais forte que a que eu poderia ter nesse momento.

– Vamos continuar. – disse firme, tinha que continuar viva pelo meu bebê. Não me importo com o que acontecer comigo, mas infelizmente, se acontecer alguma coisa comigo, pode acontecer coisa pior com meu bebê.

– Vamos. – Dumbledore disse.

E sim, agora tenho certeza que entrei num filme de terror... Ou aqueles de aventura em lugares antigos, como aquele... A Mumia. Tomara que as armadilhas sejam um pouco menos violentas e... Ok, agora me lembrei, estamos falando de Voldemort, ele não facilitaria essas coisas.

Decidi não me distrair mais com meus pensamentos e comecei a prestar atenção no caminho. A cada passo aquilo ficava mais sinistro.

– Não se distraia, Helena, preste atenção em todos os lugares e em todos os detalhes. Cada um desses tijolos, pisos e madeira pode ser uma, então, cuidado. Há uma vida que depende de você. – disse Dumbledore.

Inconscientemente, botei minha mão na barriga. Então ele sabia... Bom, não vou me preocupar agora, tenho que me manter viva e pegar a maldita Horcrux.



Continuamos andando e prestando atenção em tudo que víamos pelo caminho, mas antes que eu pudesse impedir o professor tinha pisado em um lugar onde o piso afundou e varias flechas começaram a sair de todo lugar, o que fez a gente sair correndo,mas o Dumbledore, por causa da idade, tinha certa dificuldade em correr e eu, como boa samaritana que sou, fiquei para ajudá-lo.

— Vamos, professor! — falei e senti uma dor insuportável na perna esquerda. —Só mais um pouco!

Incrivelmente ele começou a correr mais rápido. Um pouco antes de chegarmos à parte do corredor onde as flechas acabavam uma passou de raspão no meu braço direito, perto o suficiente para cortar a pele.

— Espera. — Dumbledore falou com a respiração ofegante. — Temos que tirar essa flecha.

— Que flecha? — será que ele não percebia que a minha perna estava doendo e eu queria que isso acabasse logo?

— A da sua perna. ­— What?

Foi quando eu vi o que estava causando a dor. Tinha uma flecha fincada na minha perna, o sangue se empossava na minha calça deixando uma mancha escura.

— Sente-se.

Ele não esta pensando em arrancar essa coisa da minha perna, né? My Merlin! Ele segurou a fecha pelo cabo e me olhando nos olhos puxou.

— PORRA! ISSO DÓI, CARALHO!!!

— Ia doer mais se eu deixasse ai. —ele respondeu de um modo doce, como se eu nem tivesse falado dois palavrões na cara dele. — Agora vamos!

Voltamos a andar e quanto mais eu andava mais tinha a sensação de que não veria mais a luz do sol. E o pior é que eu não conseguia apoiar a perna esquerda no chão por causa do machucado. E cada vez que eu pensava que poderia aparecer mais uma armadilha dava vontade de dar meia volta e mandar o Voldemort ir se fuder que ele ganhava mais.

— Professor? — Chamei e percebi que pela minha voz dava para ver o meu cansaço.

— Sim?

— Como o senhor sabe para onde esta indo?

— Eu não sei. Estou apenas seguindo meus instintos.

Merlin, Dai-me paciência porque se me der força eu mato!

Antes que eu pudesse responder uma parede caiu atrás de nós bloqueando a passagem (ou seja, na volta vamos ter que achar outro caminho) e outra começou a descer mais a frente. Novamente a gente teve que correr, mas agora quem estava ficando para trás era eu, já que minha perna machucada não deixava que eu a apoiasse completamente no chão.

Quando chegamos até a parede ela estava na altura do meu ombro (e olha que eu sou baixinha) e só dava para passar um de cada vez.

— Vai. — falei enquanto empurrava-o para o outro lado.

A parede já estava na minha cintura quando eu me abaixei para poder passar. E assim que meu pé saiu de debaixo da parede ela se fechou.

— Eu nuança fiquei tão feliz em estar destinada a matar aquele Lord de araque!!

Dumbledore deu uma risadinha e eu tive um estranho sentimento de que tudo ia dar certo, mas assim que eu dei o primeiro passo um tipo de ninja caiu do teto. Ok. Para a fita, rebobina e para! Eu nunca vi nenhum ninja em filmes de caça ao tesouro.

— Isso não tem nesse tipo de filme! — falei enquanto o “ninja” vinha na minha direção como o Dumbie nem estivesse ali.

PQP!! Ele sacou uma espada! Mas peraí, é o lógico um ninja usar uma espada e não uma arma de fogo!

O tal ninja estava vestido todo de preto e com uma mascara no rosto que deixava apenas os olhos a mostra. Seus olhos era de um azul vivido, cor do céu. Um azul que eu conhecia muito bem, O azul dos irmãos Black.

Quando ele estava bem na minha frente e com a espada já pronta para dar um golpe o Dumbie gritou o meu nome e me jogou uma espada que ele tirou não sei de onde.

Peguei a espada e impedi que o golpe fatal fosse dado. Agora você pergunta: Helena, coisa linda, você sabe manejar uma espada? E eu respondo: Não, mas para salvar a sua vida e do seu filho você faz qualquer coisa.

Enquanto lutávamos o ninja conseguiu me cortar nos braços e pernas, nada muito grava, mas eu também não deixei barato e fiz vários cortes nele. Durante a luta tirou a máscara e eu congelei.

O dono daqueles olhos azuis que me olhavam com tanto ódio era Sirius Black! Agora eu pergunto: Como diabos ele chegou aqui e porque ele esta tentando me matar?

— Helena! — a voz do Dumbledore me despertou. — é uma ilusão! Mais uma das Armadilhas! O Sr Black esta em Hogwarts!

Foi ai que eu percebi que a espada do “Sirius” estava encostada na minha garganta pronta pra cortá-la. Mas em um movimento rápido que surpreendeu a todos, eu girei a espada e finquei-a no estomago dele, fazendo com que ele cambaleasse um pouco e aproveitando esse momento de distração da parte dele tirei a espada do seu estomago e cravei em seu coração. “Sirius” com um grito de horror se desfez em pó.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Vamos! — falei decidida a acabar logo com essa palhaçada.

E qual não foi a minha surpresa ao ver que quando nós viramos o próximo corredor demos de cara com uma câmara e o anel estava flutuando no centro dela.

Assim que viu o anel o Dumbledore tentou correr na sua direção, mas eu segurei seu braço.

— Vamos com calma. — falei com o olhar cravado no anel, como se o meu olhar fosse fazer com que ele derretesse e matasse a alma que estava dentro dele. — Não seria assim tão fácil.

Dumbie assentiu e dando pequenos passos adentrou a câmara sendo logo seguido por mim. A cada passo que eu dava meu coração acelerava mais. Quando estávamos a poucos metros do anel eu segurei o braço do professor.

— Espera aqui.

— Não! Eu não sou importante! Você sim!

— Mas se for você e algo acontecer eu não saberei como continuar, mas se eu for e algo acontecer você pode ajudar o Harry.

— Não! Eu vou!

— Professor, o senhor não esta entendendo. — falei como se explicasse a um trouxa que magia não existe. — Isso não esta em pauta. Eu vou e ponto. Então, por favor não complique as coisas.

— Ok, mas tome cuidado, lembre-se que tem uma vida dependendo de você.

Apenas assenti e continuei andando prestando o Maximo de atenção nas coisas ao meu redor, mas nada aconteceu, o que é estranho. Voldemort não deixaria sua Horcrux tão desprotegida, mesmo tendo todas aquelas armadilhas lá fora. Por isso que quando eu fui pegar o anel eu tirei a cacharrel que estava vestindo, ficando apenas de regata e enrolei na mão. E já que a blusa estava impedindo o contado do anel com a minha pele nada aconteceu.

Quer dizer, sim, alguma coisa aconteceu, mas quando eu vi o que era que tinha acontecido eu quase chorei de alegria.

Uma passagem tinha sido aberta. Era um corredor de tamanho médio que dava direto para fora daquela casa.