Helena Potter

Capítulo 27


- Er… Jimmy? – chamei com voz inocente. – Você sabe como eu te amo, né? – pisquei os olhos. Tomara que eu consiga convencer ele igual fiz com o Six naquela vez… Mas é claro que eu consigo, sou Helena Potter!

- Não. – ele disse, sem, surpreendentemente, desviar a atenção do livro que estava lendo… É, vocês ouviram (ou leram, dane-se) bem. James Potter lendo um livro por espontânea vontade. Acho que a Lils o obrigou… Vou perguntar a ela depois.

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- Eu nem disse nada! – disse, me fingindo de indignada. Por que eu tenho pessoas que me conhecem tão bem mesmo? Pus a mão no peito, para que parece um ato involuntário, enquanto minha expressão expressava incredulidade misturada com indignação.

- Nem precisa dizer. – ele retrucou. – Quando você vem com esse papo de “você sabe que eu te amo” é que você quer alguma coisa. Seja lá o que for, eu digo não.

- Beleza, já que você não quer deixar eu te elogiar e dizer o quando Lily disse bem de você pra mim hoje, não vou fazer nenhuma objeção. – me virei de costas, enquanto ainda falava com a voz “embargada”. Por que as aspas em “embargada”? Porque eu to na verdade tentando não rir.

- O que a Lily disse de mim? – cara, eu sou tão boa mesmo. Será que os trouxas aceitariam uma bruxa como atriz? Não que eles precisam saber desse fato.

- Nada… Agora não quero contar nada. Vou chorar do colo da minha amiga, já que meu irmão mais querido me magôo. – fingi um soluço.

- Eu sou seu único irmão, Helena. – e ele acha que eu não sei?! Por isso mesmo que é o mais querido.

- E daí? É o preferido de qualquer jeito, agora, com licença, uma panela de brigadeiro me esperando. – fiz com que ia subir as escadas, ainda com a voz embargada, quando senti uma mão no meu pulso.

- Desculpa, Lena, eu… - ele hesitou. Cara, depois de ganhar o Oscar, eu posso ganhar quantos Globos de Ouro? Quero saber pra deixar uma estante vaga. – Eu sei que você vem com esse papo pedindo alguma coisa e… Pensei que queria alguma coisa de mim. Desculpa, vai… Desculpa seu irmão mais querido e único que você tem, vai…? – ele apertou meu nariz. Ai, isso dói! Mas tudo pelo fim de Voldemort. Me lembrem de apertar o nariz dele quando ele tiver distraído. De preferência distraído por causa da Lils, ok?

Dei uma fungada de mentirinha, enxuguei as lagrimas que caíram por causa do meu esforço pra prender o riso e disse:

- Eu desculpo… - ele ia me abraçar, mas botei a mão no seu peito. – Se você me emprestar à capa de invisibilidade agora.

Ele estreitou os olhos.

- Era pra isso que você me chamou. Safada! – não, eu não me ofendi, percebi que ele tinha um tom de brincadeira na voz. – Não faça mais isso com seu irmão preferido, beleza?! Ele pode morrer falido! – Ele prendeu a gargalhada e me abraçou. Entendi aquilo como “Claro irmãzinha, eu empresto sempre que precisar. É só pedir”.

- Agora me da à capa. – disse depois que nos soltamos, estendendo a mão, querendo o que lhe foi pedido.

- Pra quê que tu quer a capa, mana? – ele perguntou, tirando a capa de dentro do bolso do uniforme. Por que ele tava de uniforme…? Hoje não era sábado? E outra, como a capa cabia naquilo de espaço?

- Não posso contar. – disse, vestindo a capa e deixando apenas minha cabeça a vista. A propósito, estávamos sozinhos no salão comunal.

- Nem pro seu irmãozinho? – ele fez uma cara parecida com a do Sirius, mas a do Six era melhor. Sem dúvida.

- Primeiro: essa cara é do Sirius; - comecei, contando nos dedos, não que ele estivesse vendo, já que estavam cobertos pela capa. – segundo: melhora essa cara, já que como eu disse, ela é do Sirius; – eu tenho certeza que ouvi um “Hey” baixinho. – terceiro: já disse que não posso falar; e quarto… Não existe quarto, mas tu entendeu o recado. Bye, brother! – coloquei a capa e sai pelo quadro da mulher gorda.

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É... A situação agora vai pegar fogo. Não literalmente... A menos que Dumbledore consiga fazer o Fogomaldito sem perder o controle, coisa que eu não duvido, ou incêndio e derivados. Vocês entenderam, certo? Espero que sim, mas, agora... Agora eu tenho que ir à minha missão!

Toc Toc.

Sério, que barulho mais escroto para uma porta fazer. Toc Toc... É...

- Entre. – pediu uma voz calma do outro lado da porta. Adivinhem que é! E não, não é o papai Noel que veio me dar presentes de natal atrasado... Uma pena, eu realmente apreciaria presentes de natal novos... Bom, continuando:...

Entrei pela porta... Não, Lena, pela cabeça de Atenas. Contrariando meus pensamentos sarcásticos que estranhamente se interessa por mitologia grega, entrei e encontrei uma cena bizarra, até mesmo para Dumbledore: ele, uma cadeira, uma vitrola, uma bailarina, uma música fúnebre e roupas espalhadas pela sala.

Não, não é Dumbledore fazendo coisas-proibidas-para-menores-de-18-anos com uma cadeira enquanto uma vitrola faz a mesma coisa com uma bailarina enquanto toca uma música fúnebre.

Era Dumbledore, aparentemente, ajudando uma bailarina que estranhamente conseguira aparatar em seu escritório, que a mala tinha explodido, por falta de palavra melhor, e jogado roupa pra tudo quanto é lado. Enquanto isso, tinha posto sem querer uma vitrola pra funcionar, e a musica fúnebre... Sério, de onde vem a musica fúnebre? Não me culpem se ficarem traumatizados com os meus pensamentos sarcásticos, eu não tenho culpa!

- Com licença... Desculpe atrapalhar, mas... Mandou me chamar, diretor? – atá que eu iria interromper aquela cena sem mais nem menos! Pisquei inocente, meus olhinhos lindos azuis elétricos para Dumbledore, para ele perceber que era uma encenação.

- Claro, claro. Estava apenas ajudando a Senhorita Calleg a se acomodar. – ele apontou a bailarina... Ah... Ela tem nome... Interessante.

- Ah sim... – olhei estranhamente pra ele. – Podemos ir, professor? – perguntei na maior cara de pau.

- Claro, minha jovem. Senhorita Calleg, peça que nosso zelodor Filch lhe acompanhe até seu aposento.

- Sim senhor, diretor. – ela disse e saiu.

Até que enfim!!! Bom, agora é só esperar o diretor.