Um Intercâmbio Muito Louco
Capítulo VII
No capítulo anterior...
"Olhei para o relógio. Já eram quase nove e meia.
– Ah, tudo bem. Vamos? – murmurei levantando e indo para a porta."
Capítulo VII
POV - Jace
- Nenééém, Marinaaaa, venham aqui embaixo – minha mãe berrou do andar de baixo. Quantas vezes vou ter que pedir para ela parar de me chamar assim?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!No corredor, encontrei com Marina saindo do seu quarto. Ela estava com uma blusa preta e uma calça jeans. Ela sorriu quando me viu e, mais do que de pressa, retribui.
- Sentem-se, por favor – minha mãe pediu assim que entramos na sala. Seu tom era preocupado. Coisa boa não era.
E sentamos rapidamente.
- Bom, minha mãe está doente e terei que ir cuidar dela – minha mãe disse de uma vez só.
- Vovó está doente? – perguntei surpreso. Ela nunca ficava doente.
- Jace, ela já é uma mulher de idade. Esperava o que? – minha mãe disse cansada – Mas a questão é: não posso deixá-los sozinhos.
- Mãe, está tudo bem. Não é a primeira vez que fico sozinho – tentei tranquilizá-la.
- Não estou preocupada com você. Estou preocupada com Marina. – ela esclareceu.
HORSE.
- Katy, não precisa se preocupar – disse Marina – Sabemos nos cuidar, não é Jace? – Assenti.
- Mas Marina, querida, não posso deixá-la aqui sozinha.
- Como é que é? Sozinha? Eu sou o que? Um pedaço de carne? – perguntei irritado. Elas me ignoraram.
- O que seus pais vão pensar?
- Meus pais irão entender. E além de tudo, Jace vai me ajudar se eu precisar de alguma coisa. – Aleluia, alguém se lembrou de mim.
- É, mãe. Vá cuidar da vovó – acrescentei.
- Vocês são as melhores crianças do mundo – ela nos abraçou forte. Não consegui respirar, e pude ver pelo canto do olho que Marina também não – E eu só vou ficar duas semanas.
- O que? Duas semanas? Mas mãe, é mui... – Marina me deu uma cotovelada e sussurrou: “Pela sua vó”. Suspirei e continuei: Tudo bem. Duas semanas passam rapidamente, não? Mande lembranças para ela.
- Mando sim, querido. E não se preocupem, levarei Juliett e Jacob comigo.
- E quando você vai, Katy? – Marina perguntou sorrindo.
- Hoje à noite. Só queria mesmo ver se vocês estavam de acordo – Então já estava tudo planejado?
Quando deu uma hora antes do vôo, o táxi chegou em casa. O motorista, um cara gorducho, tentava colocar as três malas gigantes no porta malas minúsculo do carro. Minha mãe não queria chamar atenção dos paparazzi.
- Deixei na porta da geladeira alguns números importantes, tá bom? Da pizzaria, do hospital, da polícia, dos bombeiros, do açougue, da casa da sua avó, do hospíscio... – minha mãe levantou um dedo para cada número.
- Do hospício, mãe? Pra que diabos vou querer o número do hospício?
- Vai me dizer que esqueceu que sua madrinha está lá? Sabe querido, a pobrezinha anda muito sozinha... Que tal você fazer uma visitinha para ela? – Nem fodendo.
- Katy, desse jeito irá perder o avião – Marina a lembrou quando abri a boca para responder.
- Ah, claro – ela entrou no táxi com Jacob no colo e Ju do lado, na janela – Cuide do meu bebê, certo?
- Pode deixar – Marina sorriu – Eu vou cuidar do seu bebezinho – ela apertou minhas bochechas.
- Que engraçado – disse irônico fazendo as duas rirem.
- Vou sentir saudades de vocês, Jace, Malina – Ju deu um sorriso triste.
- Também iremos sentir saudades de você, princesinha – acenei para ela.
Ficamos acenando até o carro virar a esquina. Suspirei e entrei em casa, com Marina me seguindo.
- Jace, estou com fome – disse Marina, indo para a cozinha – Quero comer alguma coisa.
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- Pizza, por exemplo – ela enfatizou a pizza e me olhou feio.
- Não me olhe assim. Eu não falei nada.
- Nem precisou, não é mesmo? – ela bufou.
Pulei no sofá e liguei a televisão. Não estava passando nada de útil. Que merda. Ou filme era chato ou eu já tinha visto. Desliguei-a e fui para a cozinha.
Marina estava comendo umas bolachas de chocolate na mesa. Sentei ao seu lado e peguei o pacote, pegando uma. Ela só olhou para mim e ficou em silêncio. Enquanto a olhava, lembrei de uma coisa que queria fazer há tempos.
- Marina – a chamei. Ela levantou o olhar e esperou – Sabe o que eu estava pensando?
- Desculpa, mas não sei ler pensamentos – ela disse e pegou mais uma bolacha.
- Hoje você está bem engraçadinha. Enfim, que tal dar uma festa? – perguntei sorrindo.
- O que? Não deu nem uma hora que sua mãe saiu e você já está querendo aprontar. – ela me repreendeu.
- Ah, por favor, Malina – imitei minha irmã.
- Por favor, Malinaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa – afinei a voz.
- Não – ela murmurou lentamente.
- Só tem um probleminha – eu disse.
- Qual é? – perguntou levantando a sobrancelha.
- A casa é minha – abri um sorriso largo – Então, teremos festa.
Ela me fuzilou com os olhos e saiu bufando da cozinha. Acho que consegui irritar alguém. Voltei minha atenção para a mesa e vi o pacote de bolacha lá. Estiquei o meu braço e o peguei. Estava pegando uma bolacha quando Marina voltou rapidamente e o tomou de mim.
- Ops, acho que esqueci isso aqui – deu um sorriso maldoso e saiu.
Bufei. Será que ainda tem bolacha?
Continua...
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