Um Baile, Uma Resolução

As Verdadeiras Intenções!


Cebola estremeceu com a idéia de que o professor Licurgo poderia relembrar o sermão que lhe dera dias antes. Por algum motivo não queria que Monica soubesse sobre essa conversa. Já ela estava ansiosa por saber o que acontecia ali.

- Vocês não sabem aproveitar uma festa! _ Ele se virou e sentou-se em uma cadeira que estava no fundo do salão. Cebola e Monica se entreolharam sem entender o que acontecia.

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- Desculpa! Como é? _ Perguntou Cebola ainda tentando entender as palavras do professor.

- Festa tem que ter brincadeiras para ter diversão. Vocês pareciam ter medo uns dos outros. Pareciam estar querendo competir.

- Esse era um baile de interpretação. Quem ganhasse ganharia um curso de ator. ESTAVAMOS COMPETINDO! _ Gritou Monica.

- Vocês estavam. Eu não. _ Cebola deixou claro.

- Por que veio então? _ Perguntou com as mãos na cintura e voz de autoridade. Pela primeira vez em muito tempo não teve medo mais sim vontade de beijá-la.

- Ficar de olho em você. Isso é lógico. _ Respondeu Licurgo fazendo os dois corarem. – E de quem foi à idéia de fazer de uma festa uma competição? Festa é pra se divertir. Depois eu que sou o louco. _ A ultima frase ele sussurrou nervoso e Monica teve vontade de rir enquanto Cebola queria matá-lo. – Vocês jovens de hoje não sabem se divertir. Eu só queria mostrar como é uma festa de verdade. Mais o Cenoura estragou tudo quando apareceu sem o relógio. Se bem que não atrapalhou tanto já que puderam brincar de pega-pega. _ Cebola estava fuzilando e Monica queria rir ainda mais.

-Pega-pega? Eu pensei que eles queriam me pegar pra realizar algum plano do mau e pra você era só um pega-pega? _ “pelo menos não estou de frufru como os outros” Pensou.

- Mais você e a Monica entraram no deposito então eu prefira assistir o jogo. Não gosto de participar em briguinhas de casal. _ Ambos coraram.

- Não Somos um casal! _ Cebola fez questão de ressaltar e isso magoou Monica.

- Mais você a derrotou. Não era só isso que esperava pra ficar com ela? Que desculpa terá agora pra ficar adiando isso? _ Cebola corou.

- Eu não quero ficar com ele! _ Disse Monica decidida.

- Como é? _ Perguntaram os dois juntos.

A menina tinha entendido todo o plano que, embora tivesse falhas a seu ponto de vista, poderia finalmente unir seu irmão a garota que gostava. E como recompensa receberia um pote de sorvete só pra ela por parte dos pais e dos amigos dele e uma cunhada que ela considerava bem legal.

- E então? Aceita realizar o nosso plano? _ Perguntou Seu Sousa esperando uma resposta positiva da menina.

- Aceito! _ Falou esticando a mão e cumprimentando o futuro sogro do irmão.

- Ótimo! Então poderemos começar agora mesmo. _ Falou seu Cebola.

- Não! _ Disse a pequena. – Eles estão no baile. Estão se divertindo. E se eu ligar agora o Cebola vai querer me matar. _ Lembrou de já ter aprontado ligando pro irmão naquela noite. Não daria dois motivos pro irmão matá-la em uma só noite.

Seu Sousa lembrou-se de mais uma vez olhar no relógio para saber o horário de buscar a sua pequena. Embora ela não fosse mais tão pequena não poderia imaginar que ela tivesse crescido. Estava ali planejando unir ela a o garoto que ama era verdade, mais ainda a vi como uma menina de seis anos que estava ansiosa por uma chance de se divertir ao lado do melhor amigo. Cebola poderia ter crescido também mais também o via como o garotinho que vivia provocando sua filha. Ou mesmo o via como o filho que nunca chegou a ver. E olhar no relógio o trouxe alivio por estar quase na hora de saber o que acontecia no Baile e finalmente trazer sua filhinha pra casa.

- Que cheirinho bom!_ Disse Maria Cebola cheirando o ar e Monicão a acompanhou.

- Deve ser os biscoitos que coloquei no forno. O que acha de irmos ver se estão prontos? _ Sugeriu dona Luisa. Maria cebola não pensou duas vezes e saiu correndo acompanhada do cãozinho ate a cozinha.

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- Filha comporte-se! _ Falou dona cebola indo atrás da filha.

- Engraçado como são as coisas não é? _ Falou seu Cebola. – Por mais tempo que nos conheçamos nunca imaginei que meu filho e a Monica iriam se apaixonar.

- A Monica o escolheu há muito tempo Cebola. Só não a tinha levado a serio.

- Que história é essa?

- A historia de uma menininha que chegou em casa um dia suspirando por que casaria e seria feliz com o melhor amigo. E que no mesmo dia chorou por ele se incapaz de perceber isso a a humilhar.

Flash back on.

http://gibi-teca.blogspot.com/2011/06/monica-n130-com-quem-sera-que-monica.html

Monica entra em casa suspirando e seu pai ao notar isso acha engraçado e se pega curioso por isso.

- Monica o que aconteceu?

- Ai Paizinho._ falou somente isso e se sentou no sofá. Seu Sousa estranho essa reação da garotinha.

- Ai paizinho o que?

- Eu vou ser muito feliz quando crescer! _ Seu Sousa achou engraçado esse comentário repentino.

- Você tem o melhor pai do mundo. Por que não seria? _ Monica pareceu não escutar a brincadeira o que deixou ele mais intrigado. – Monica, por que você vai ser feliz quando crescer? Não é feliz agora?

- Sou muito feliz! _ Falou pulando nos braços do pai. – E serei feliz também depois que casar com o Cebolinha!

- Como é que é? _ Falou seu Sousa abismado e empurrando levemente a filha para poder olhá-la nos olhos.

- É pai! Quando crescer eu vou casar com o Cebolinha. E seremos muito felizes juntos.

- De onde você tirou isso? _ Perguntou ainda atônito a colocando em seu colo.

- Eu sei! _ Ela abaixou a cabeça e começou a sorrir. – Nós mulheres sabemos dessas coisas.

- Mônica você é só uma menina.

- Que vai crescer pai. Mais enquanto isso. _ Ela pulou do colo dele. – Eu ainda tenho muito que brincar e me divertir.

- Baleia, gorducha, dentuça! _ Escutou a voz de dois moleques gritando do lado de fora. Ela logo começou a girar o coelhinho.

- E muita coelhada pra dar. _ Começou a girar o coelho de pelúcia e saiu correndo de casa.

Flash back off.

Seu Cebola cai na gargalhada.

- Crianças! _ Falou quando se recuperou.

- Mesmo que não acredite ela já sabia. _ Ele deu um sorrisinho meio de lado e olhou em direção da cozinha. – E acredito que Maria Cebola também saiba. _ Seu Cebola engoliu seco.

- Será que dá pra parar com essa historia?

- Que historia papai? _ Perguntou Maria Cebola entrando na sala com a boca cheia de biscoito e toda suja de chocolate ao redor.

- Nada lindinha. Nada! _ Falou suando frio e seu Souza gargalhou.

- Sabe Maria Cebola, estávamos falando sobre o Dudu. Sabe, você falou dele agora pouco e nos ficamos sem entender o por que. _ Seu Cebola não sabe o que é pior, ver o amigo se divertir com isso ou ver a caçulinha com olhos brilhando.

- Ele é muito fofo. Esses dias ele passou de skate pelo portão da minha escola e me olhou. Depois ele me falou “oi”. _ Ela suspirou. – Foi tão romântico. As minhas amigas morreram de inveja por que eu tenho um namorado e elas não._ Agora sim Seu Cebola teria um enfarte e seu Sousa ria sem parar. – Qual é a graça? _ Perguntou ela seria.

- Lembrei de uma piada muito boa. _ Inventou Seu Sousa e na hora lembrou de uma. – Quer ouvir?

- Não! Ainda lembro-me da ultima vez que o senhor contou uma piada. Não vi graça nenhuma.

Ela saiu da sala e voltou pra cozinha com intenção de conseguir mais biscoitos. Seu Cebola ainda se recuperava do susto quando seu Sousa lembrou-se que já era hora de buscar a filha.

- Eu vou indo buscar a Monica. _ Disse levantando-se. – Não seria bom que estivessem ainda aqui quando ela chega-se.

- Eu já vou embora! Já é tarde e amanhã vou trabalhar. _ Falou seu cebola levantando-se.

- Desculpe pela brincadeira amigo. Mais é melhor ir se acostumando com a idéia._ Ele falou e não deu tempo de uma resposta. Foi logo pegando as chaves do carro. _ Estou indo querida! Volto logo! Boa noite Dona Cebola. Tchau Maria cebola. Não esqueça do nosso combinado.

- Não vou esquecer! _ Falou ela feliz se despedindo.

- Eu não quero mais namorar você! _ Repetiu Monica decidida. – O que você pensa que eu sou? Uma idiota que vai ficar correndo atrás de você a vida inteira? Chega Cebola! Eu vou te esquecer pra sempre. _ A ultima frase ela disse com lagrimas nos olhos e saiu.

- Monica! _ Falou ele com os olhos marejados e sem reação.

- Vai logo atrás dela Batatinha! Não fica parado como se estivesse plantado debaixo da terra. Faz alguma coisa. _ Disse Licurgo o empurrando e ele saiu correndo. O professor foi ate o painel de controle que tinha na sala e apertou uma serie de botões. – Esta na hora de alguém ajudar esse Coentro! _ Falou e em seguida ligou todos os monitores e microfones. – E eu assisto de camarote. _ Disse pegando um pote de pipoca de debaixo da mesa.

- Ai que dor de cabeça! _ Reclamou Titi e quando olhou em volta não acreditou no que viu. Os meninos estava de maquiagem ou de frufru. Eles disparou a rir. – Quanta mariquinha junta!

- Se eu fosse você ficava calada bailarina! _ falou Jeremias e só então ele se tocou que também estava de frufru.

- Ok! Não contem de mim que eu também não conto de vocês. _ Falou serio.

- Fechado! _ Concordaram todos os meninos.

- Mais não tem pra quem contar. As meninas estão aqui e todos do bairro também. _ Falou Luca.

- Todos menos..._ Quando Tony abriu a boca Monica entrou no salão tentando contar as lagrimas.

- Monica espera! _ Entrou Cebola atrás dela e todos pararam pra ouvir. – O que você disse, não é verdade né?

- Eu não agüento mais Cebola. _ Uma lagrima rolou pelo rosto dela. – Cheguei ao meu limite. Depois de tudo o que passamos, todos esses anos, se não pudemos ser felizes juntos nunca mais seremos.

- Você não pode desistir da gente assim. Não agora.

- Você fez isso muito antes que eu Cebola. Desejo sua felicidade mais que tudo. Mais agora acredito que eu não vou fazer parte dela. _ Ela começa a chorar copiosamente e sai correndo. Tony pensa em segui-la mais os meninos entram na frente o impedindo.

- Você não vai atrás dela? _ Pergunta Cascão ao amigo e todos o olham esperando uma resposta.

- Ela não me quer mais. _ Ele falou. Logo depois abaixou a cabeça e saiu do salão pelo lado contrario que ele foi. - Não posso fazer mais nada. _ Disse indo embora.

- Agora ferrou! _ Falou Luca coçando a cabeça. – Não tenho mais idéia nenhuma.

- O que será que deu na Monica? _ Se perguntou Magali olhando a porta pela qual ela saiu.