O Sol do Amanhecer
Capítulo 4
Enquanto Robbie dormia, eu saí noite afora. Cheguei em casa, e fui para o meu quarto arrumar umas roupas para a escola. Eu não gostava de admitir isso, mas, eu estava ficando vaidosa por causa dele. Será que ele estava fazendo o mesmo? Queria poder saber, porque diacho eu não consigo ler a mente dele? Será que ele tem algum problema mental, ou um problema no cérebro?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Fui para a casa de Robbie fazer uma surpresa. Cheguei com meu BMW minutos depois que o carro de seu pai saiu. Ele estava assustado.
- O que você está fazendo aqui? – ele perguntou, seus olhos arregalados.
- Não posso trazer meu namorado para a escola? – eu sorri para ele. Era estranho falar a palavra “meu namorado” pela primeira vez em 100 anos.
- Meu namorado desde quando? – ele perguntou. Eu queria sumir dali, mas ele pegou minha cintura e sussurrou no meu ouvido. – Rachel, quer namorar comigo? – ele perguntou.
- Preciso mesmo responder? – eu perguntei, prendendo a respiração.
- Você não respira quando está perto de mim?
- Já sentiu seu cheiro? – eu perguntei sarcástica.
- Só quando estou cheirando mal. – disse envergonhado, e rindo.
Entramos no carro e ele continuou com suas perguntas.
- Você prende a respiração sempre quando está perto de algum... Humano?
Eu pensei um pouco antes de responder.
- Não, só quando estou com sede ou quando você está perto demais de mim.
- Hanna também é uma vampira?
- Sim.
- E seu pai? Como ele consegue trabalhar no hospital com tanto sangue por perto?
- Ele viveu muito mais tempo que a gente, ele não se conforma em ser um monstro.
- Mas ele não é um monstro. – ele me interrompeu.
- Apenas ouça.
- Ei! Eu sou o homem na situação. – ele protestou.
- É claro, um homem que apanha de uma mulher. – eu retruquei.
-- Você é uma vampira.
- Posso ser uma vampira, mas sou mulher.
Ele ficou calado por alguns segundos, coisa que eu odiava.
- O que você está pensando?
- Você lê mentes? – ele perguntou, quase assustado.
- Sim, mas não se preocupe, não consigo ler a sua.
Ele sorriu, ficou feliz com isso. Pelo visto, o que estava pensando não era coisa boa.
- Então? – eu insisti.
- Estou pensando em como eu tenho sorte em ter uma namorada como vampira.
- A única sortuda na história sou eu, e, aliás, acho que nenhum dos dois é sortudo.
- Porque não? – ele perguntou curioso, esperando minha resposta, enquanto em pensava em uma.
Eu não o respondi, e ficamos em silêncio até chegarmos à escola. Other foi a primeira pessoa a ver a gente.
- Other não está muito feliz com a gente junto. – eu disse para ele.
- E quem se importa com a Other? – ele encostou seus lábios nos meus.
“Querem parar com a agarração? Tem crianças aqui!”
A pequena Hanna estava ali, deslumbrante, com seus olhos escuros.
- Pode indo, eu tenho que falar com Hanna.
- Tudo bem. – ele disse. Abriu a porta do carro e seus colegas foram ao seu encontro dizendo como ele era sortudo.
- E Ryan?
- Eu estou me aprofundando mais nas minhas visões, isso me deixa cansada e com sede. Mas Rachel, não é só isso que você precisa saber; Ele está aqui por que ele quer matar o Robbie.
Absorvi aquelas palavras enquanto eu pude. Ele nunca devia ter aparecido na minha vida, nem eu na dele.
- Quando? – eu sussurrei, incapaz de falar.
- Não sei, não está decidido ainda, mas Rachel ainda tem uma opção.
- Não! – eu gritei. – Não! Ele tem chance de viver! Eu não vou acabar com a vida dele;
- Mesmo você longe dele, ele vai matá-lo.
- Eu preciso conversar com ele, precisamos proteger ele.
Corri em direção a sala.
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