Which Flower Should I Protect?

II - Nice to meet you


Cap I - はじめまして

A porta abriu lentamente. A primeira visão, viu o General Yamamoto sentado em uma cadeira enorme e alta. Karin assustou-se um pouco e, de acordo com o tempo da porta se abrindo, mais capitães apareciam – e seus tenentes estavam também –, todos divididos em duas filas; como Rukia havia lhe explicado, de um lado ficava os capitães cujos números são pares, e do outro lado são os ímpares.

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— Entre, Kurosaki Karin.



Hitsugaya Toushirou, capitão do décimo esquadrão, espantou-se um pouco, já ouviu esse nome antes... Lembrou-se que era o nome da garota que, antes, ajudava-a no time de futebol. Virou o rosto, olhando para sua tenente, Matsumoto Rangiku, e a moça assentiu.



Karin engoliu a seco e entrou tremendo na sala. Todos a olhavam, isso dava mais arrepios na garota. Yamamoto arregalou um de seus olhos para melhorar a visão sobre Karin.



“Não dá! E-eu... Não tenho forças!!” — sentia-se muito envergonhada, fechou os olhos com força, franzindo o cenho. Virou-se de costas para Yamamoto e queria sair de lá o mais rápido possível



Hitsugaya percebeu que Karin estava diferente daquela que conhecera antes, cerrou o punho e deu um passo à frente, chamando a atenção de todos.



— Há quanto tempo não a vejo, Kurosaki Karin. – a garota quase pulou de susto quando ouviu essa voz, a voz que há muito tempo não ouvia. A garota voltou-se para frente e mirou Hitsugaya, com lágrimas prestes a cair.



— Conhece-a, capitão Hitsugaya? – Yamamoto pergunta um pouco curioso



— Sim. Encontrei-me com ela quando ia à cidade de Karakura. – dirigiu-se a Yamamoto



— Hum... – pensou por um momento – Muito prazer, Kurosaki Karin. Meu nome é Yamamoto Genryusai Shikeguni., sou o General e capitão do primeiro esquadrão.



— A-ah... – virou-se novamente para Yamamoto e reverenciou – O-o prazer é todo meu...



— Bem, como já conhece o capitão Hitsugaya, posso deixa-la em seu esquadrão?



— Eh?! – ambos falam ao mesmo tempo



— General Yamamoto! – Matsumoto elevou a voz – Nós ficaríamos muito gratos se a novata, Kurosaki Karin, fosse para o nosso esquadrão, o décimo. Eu, como tenente, aceitarei com todo prazer. – terminando de falar, voltou à sua posição de respeito ao general



— M-Matsumoto!! – seu capitão virou para trás e a tenente, como resposta, sorriu – S-sua...!



Yamamoto bateu sua zampakutou, na forma de ‘bengala’, no chão e todos voltaram à sua posição.



— Então, Kurosaki Karin, irmã mais nova de Kurosaki Ichigo...



— Tinha que colocar meu nome no meio...? – interferiu Ichigo, ganhando mais uma cotovelada de Rukia



— ... Entrará no décimo esquadrão, liderado por Hitsugaya Toushirou, como uma estagiária e ficará sob sua vigilância. Então, reunião terminada!! – bateu novamente sua zampakutou



Terminada a reunião, os três capitães mais antigos – Unohana Retsu, Ukitake Jyuushiro e Kyoraku Shunsui –, vieram recebê-la e explicaram como os outros capitães eram. Karin ficou feliz por ter entrado tão rápido na Gotei 13, mas sabia que parte disso, seu irmão entrava...



— Oe! Até quando vai ficar aí, parada?! – ouviu Hitsugaya gritar – Vamos logo.



— Tou...! – a garota ia falar com o garoto, mas é parada por uma garota entrando em sua frente rapidamente, parecendo que não queria que os dois conversassem

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— Boa tarde, Kurosaki-san! Meu nome é Hinamori Momo, tenente do quinto esquadrão. – reverencia logo em seguida



— M-muito prazer... – reverencia de volta



— Acha que vai aguentar? Afinal, você veio do Mundo Real, não? – a garota de coque começou a falar, deixando Karin um pouco entediada



— Oe, Hinamori! – Hitsugaya interveio, entrando no meio das duas – Não precisa assustá-la, ela já sabe muito bem sobre os hollows. E, qualquer coisa, eu fui designado a ficar ao seu lado, então...



— Ah... Entendi! Desculpe se te assustei... Karin! – chamou a garota pelo nome, mas Karin tenta não se alterar



— Vamos, Kurosaki. – Hitsugaya suspira e vai para a saída, onde Matsumoto conversava com Ichigo e Rukia



— Toushirou!! – Ichigo anima-se com o garoto – Valeu por salvar a Karin!! – e assim, afagou o cabelo de Toushirou, fazendo Matsumoto rir



— C-capitão! I-isso parece quando a Karin-chan falou com você, não?? a tenente ria conforme se relembrava da primeira vez que conversou com Karin



— ... Kurosaki...!! – uma aura negra saía das costas de Hitsugaya, retirando a mão de cima de sua cabeça



— Hai, hai! Foi mal, Toushirou!! – desculpou-se mexendo as mãos



— Arf... Quantas vezes terei de dizer...?! Não é “Toushirou”, é capitão Hitsugaya!! – Karin aparece ao lado de Hitsugaya, observando a briga dos dois – E isso serve pra você também, viu?!



— Certo, certo. – respondeu Karin com um sorriso no rosto, deixando as bochechas de Hitsugaya rubras – Ohh, Toushirou! Fico feliz em saber que tem alguém que eu conheço por perto! – esqueceu-se totalmente do que Toushirou acabara de falar



A garota sorria. Hitsugaya conteve sua raiva e bufou. Matsumoto não parava de rir.



— Vamos logo, Kurosaki. – disse empurrando Karin para fora da sala do primeiro esquadrão – Matsumoto, leve-a para o décimo esquadrão. Estarei lá.



— H-hai! – a moça não parava de rir e segurou na mão de Karin – Vamos, Karin-chan!



— Hum! – assentiu e as duas foram de shunpo até o décimo esquadrão



Ichigo, Rukia e Hitsugaya foram os últimos a sair do primeiro esquadrão. Ichigo estava preocupado com sua irmã, preocupado mesmo.



— Toushirou...



— Não esquenta. – interrompeu-o – Eu já sei o que vai me pedir. Cuidarei dela, prometo não deixar nada machuca-la.



— Hu, tá esperto, heim? – riu um pouco – Cuidado para não se apaixonar, heim? – deu um soco de leve no braço do garoto



Hitsugaya corou na hora, mas balançou a cabeça, tirando todas as palavras que Ichigo falara. Quando estava prestes a dar-lhe um sermão, Ichigo já estava a quilômetros do local.



Hitsugaya suspirou fundo e foi para o seu esquadrão. Recebido pelos demais membros, dirigiu-se à sua sala, tentou abrir a porta, mas alguém havia trancado. Girou várias vezes a maçaneta, mas ia em vão.



“Aquela Matsumoto...” — pensou enquanto continuava girando a maçaneta – “O que está fazendo dentro da minha sala?!” — o shinigami bufou – Matsumoto!!



— Haai! Já vou, capitão! – ouviu passos pesados e finalmente o barulho da fechadura – Sim? – abriu apenas uma pequena fresta



— “Sim”, o caramba!! Por que trancou a porta?! Você sabia que eu estava chegando e trancou?! E ainda por cima da minha sala?!



— Calma, calma, capitão! – abriu a porta e tentou acalmar o capitão – Eu só estava mostrando para a Karin-chan!!



— E precisava trancar a porta? – elevou uma sobrancelha



— Ah... Bem...



— Er... Rangiku... – Karin elevou um pouco a voz para chama-la a atenção – A-acho que ainda não posso beber... Sou menor de idade...



— AAhh! K-Karin-chan!! Shh!! – Matsumoto desesperou-se, colocando o dedo indicador na frente do rosto pedindo para ficar quietinha...



— Ah… - respondeu Hitsugaya meio sarcástico – Estava mostrando suas bebidas escondidas, não é...? – veias saltam de sua testa, deixando Matsumoto sem graça e com medo. O garoto fecha os olhos, cruza os braços para conseguir controlar a raiva



— C-c-capitão...? – perguntou sorrindo com medo



— MATSUMOTO!! – o garoto descarga toda a raiva em um grito só, e sua tenente, como não era boba, saiu correndo – Que droga...



O grisalho entrou na sala e viu Karin “escondendo” todos os sakês de Matsumoto, já que tinha dado um “fora”.



— Deixe-os aí. – ordenou, Karin assustou-se e olhou para trás, avistando seu novo capitão sentando em sua mesa – Dessa vez, deixarei passar. Não se preocupe, Kurosaki.



— Ah... Obrigada, Toushirou! – a garota levantou e sentou no sofá, quase se jogando – Estou moorta!



— Oe! Não pense que pode ficar nessa folga toda!! Você tem muito que fazer!! – brigou com a nova subordinada



— Me deixa só hoje, por favor, Toushirou!! – implorou, deitando no sofá, preparando-se para um cochilo - Já tive muitas aventuras por hoje!



“Agora é outra que não me chama de capitão...” Escute bem, Kurosaki. A partir de agora, você precisa me chamar de capi... – enquanto falava, levantou para ver se a garota estava mesmo o ouvindo – Oe! Já está dormindo?!



Aquele dia, com certeza, não estava agradando nem um pouco o pequeno capitão do décimo esquadrão. Mas, quanto mais a olhava, mais percebia que a garota estava muito cansada, até suando estava.



O garoto, por impulso, vai até um dos grandes armários da sala e pega uma pequena manta azul celeste que sempre guardara se algum dia fosse necessário (como por exemplo, sentir frio, quiser dormir ali mesmo depois de um duro dia de trabalho). O levou até Karin e bateu no ar, para retirar um pouco do pó acumulado, cobrindo-a logo em seguida.



Arrumou para melhor conforto da garota e para que não sentisse frio. Hitsugaya também estava cansado, mas precisava de qualquer jeito terminar seu relatório, incluindo os de Matsumoto, pois a ruiva não faz nada.

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Voltou a sua mesa e, minutos depois, alguém bate na porta.



— Pode entrar. – permitiu enquanto olhava os papéis à sua frente



— Com licença... Ah, olá, Shiro-chan! – era Hinamori, a garota viera para visitar – Só vim ver se estava tudo bem com você!



— Sim, eu estou bem. – respondeu sem ao menos encará-la – E, Hinamori, quantas vezes terei que te dizer?! Não é “Shiro-chan”, é capitão Hitsugaya!



— Mas você realmente não se importa quando eu te chamo assim, né, Shiro-chan? – a garota entrou com um sorriso no rosto e apoiou-se na mesa do grisalho. Olhou em volta e percebeu Karin, deitada no sofá, com uma manta cobrindo-a, Hinamori assustou-se um pouco – Shiro-chan... Aquela é a Kurosaki Karin?



— Sim. – continuou mexendo nos papéis e olhou para Karin dormindo – Ela deve estar muito cansada. Então, liberei por hoje.



— Ah... E aquela manta?



— Eu coloquei. Está anoitecendo, então esfria... – Hitsugaya percebeu isso, pois vira a luz alaranjada do pôr-do-sol – E você? O que está fazendo aqui? Não deveria estar descansando?



— Não, não... Já estou bem melhor! Obrigada por se preocupar! – a garota sorriu e olhou novamente para a novata deitada no sofá – Eu... Vou para o meu esquadrão!



— Não quer ficar?



— Hum, hum. – negou com a cabeça – Até mais, Shi-ro-chan!



— Hinamori!! – a garota simplesmente riu



Hinamori saiu e fechou a porta. A garota mudou sua expressão e lágrimas escorreram de seus olhos, nunca vira Hitsugaya agir daquele jeito com alguém. Saiu do décimo esquadrão o mais rápido possível para ninguém notar sua tristeza.



Depois de mais um tempo, Karin finalmente desperta. Notou a manta em cima de seu corpo e se levanta tomando o máximo de cuidado para não deixa-la cair no chão. Levantou-se e percebeu que seu capitão estava quase desmaiando de sono em cima da mesa.



Hitsugaya descansa a cabeça na mesa e fecha os olhos aos poucos, mas logo se recompôs e voltou a ler os papéis.



— Toushirou? – de tão sonolento que estava, nem percebeu a garota se aproximando



— Ah... – tentou disfarçar o sono – Desculpe. Eu ia te levar para o seu quarto, mas você continuou a dormir, então não quis te acordar.



— T-tudo bem, Toushirou! E você? Não vai dormir?



— Não posso. Preciso terminar tudo antes disso. Você quer ir para o seu quarto?



— Ah, se você está ocupado, tudo bem para mim. – a garota tentou avistar algum relógio e viu que era de madrugada. Não sabia que era tão difícil ser um capitão, principalmente com uma tenente como Matsumoto.



— Desculpe. Falta pouco para eu terminar, tudo bem? – Karin assentiu, mas viu uma pilha de papéis ao lado de Hitsugaya



— Okay!! – sorriu radiante – Qualquer coisa, pode contar comigo, viu? Estou com dívida com você por causa do futebol!



Hitsugaya sorriu um pouco e continuou a ler seus papéis. Karin voltou-se para o sofá e deitou-se novamente. Pensando em como seria sua vida daqui para frente.



Karin ouviu um bocejo longo e olhou para trás... Como pensava, era seu capitão. De tão cansado que estava, acabou dormindo na mesa, em cima de vários papéis. Karin sorriu e levou a manta até o grisalho.



Cobriu o corpo de Hitsugaya, que continua um pouco pequeno, e afagou seus cabelos brancos logo em seguida. Fazia tempo que não brincava com Toushirou e lembrou-se da primeira vez que o encontrou.



A garota acariciava o rosto macio de Hitsugaya, mas logo se afastou rapidamente. Levou a mão ao peito e segurou com a outra. O que estava fazendo? Ele é só um amigo. Por que ela faria isso? Nunca fez com Ryohei, ou com Ken... Seus melhores amigos.



Por que com Hitsugaya ela fez isso?



Karin encostou-se à porta e escorregou até seus joelhos recostarem no gélido chão da sala. Estava confusa.



“O que estou fazendo...?”— pensou



...



Hinamori olhava tudo pela janela. Sabia que Hitsugaya tinha muito trabalho e ele sempre fica até mais tarde. Mas não esperava que Karin continuasse ali. Hinamori começou a chorar de raiva.



A garota de coque já estava apaixonada pelo pequeno capitão, mas nunca contou nada. Esqueceu-se completamente de seu ex-capitão, Aizen Sousuke, e agora descobriu um amor escondido pelo seu amigo de infância. Sempre soube que a prioridade de Hitsugaya era protegê-la, custe o que custar.



“Então... Eles se conheceram no Mundo Real..” — pensou Hinamori – “Não ficarei longe do Hitsugaya-kun de novo... Não o farei sofrer novamente... Vou ficar junto para sempre... Não importa o que aconteça!”