Apaixonada pelo Meu... Pai?

Capítulo 7 - Show


-Chegamos... – ouvi uma voz grave em meu ouvido. Abri os olhos aos poucos.

-Eu dormi? – perguntei.

-O vôo todo! – ele riu.

-O que? Eu to viva! – gritei cheia de felicidade.

-Mas é boba não? – riu descontroladamente.

-Ta rindo do que? – coloquei minhas mãos na cintura.

-Do seu espanto em estar viva.

-Estou feliz! Posso?

-A senhora que manda... – ele fez um cortejo.

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Quando descemos do avião foi um sufoco, garotas e mulheres por todos os lados, gritando descontroladamente, tentando de toda forma tocar no Justin, Scooter foi segurando em minha mão enquanto Kenny tentava não deixar ninguém pegar o Justin.

Quando conseguimos entrar no carro todos suspiraram, aquilo parecia um treinamento para a guerra.

-Como você agüenta? – perguntei pasma.

-Eu tenho um monte de gatas no meu pé, não tem como não gostar... – deu uma piscadela, eu tenho que me acostumar. Justin não é perfeito, e nunca será.

-Ah entendi. – abaixei a cabeça.

-Animada para hoje Lizzie? – Scooter perguntou.

-Um pouco nervosa... – confessei. – Mas muito feliz! – sorri.

-Que bom!

Fomos até um hotel e lá Justin ficou em um quarto e eu em outro, tomei um banho e coloquei uma roupa qualquer para aquela noite ( http://www.polyvore.com/apmp/set?id=32467117 )

Depois de estar pronta me olhei no espelho, e vendo as outras garotas que estavam no hotel notei o quão sem estilo eu sou, nem ao menos sei me vestir. No orfanato não nos ensinam moda ou coisa assim, só nos ensinavam a costurar.

Justin apareceu no saguão, ele estava usando um boné uma calça jeans, camiseta e tênis, lindo.

-Vamos para o lugar do show logo! Já estamos atrasados! – Scooter disse descabelando-se.

-Calma Scooter. – Justin pediu.

Entramos todos no carro e logo chegamos à enorme arena onde aconteceria o show, Justin falou para que eu ficasse no backstage com toda a equipe, depois que ele terminou de se trocar em seu camarim pegou o boné que usava e colocou em minha cabeça.

-Você está linda! – sorriu.

-O que significa isso? – perguntei apontando para o boné.

-É para as pessoas que me odeiam.

-Mas você as ama? – perguntei.

-È irônico. – riu.

-Ata!

-Já vou entrar... – Justin olhou para Scooter depois voltou a me mirar.

-Boa sorte! – desejei.

-Obrigado. – ele me piscou e logo saiu correndo até uma caixa que fica embaixo do palco.

-Ele gosta muito de você. – ouvi uma voz grave vinda de trás de mim. Virei-me.

-Você acha Kenny? – perguntei.

-Nunca o vi tão feliz Lizzie... Você trás o lado criança dele, o lado que foi roubado pela fama há muito tempo atrás.

-Será?

-Com toda certeza. – ele assentiu.

-Kenny você correria riscos para ficar com quem ama? – perguntei.

-Eu passaria por todos eles.

O show estava lindo, fiquei ao lado de Kenny o tempo todo, ele me contou sobre sua esposa e seus filhos, e o quanto é difícil ficar longe deles por tempos longos, como quando Justin está em turnê.

-E agora o que vocês querem? – Justin perguntou para a enorme multidão de pessoas abaixo do palco.

-One Less Lonely Girl! – gritaram em coro.

-Então vamos lá...

A introdução da música começou, um banco foi posto no centro do palco, Justin foi até a ponta do palco e começou a cantar, uma mulher veio até mim e mandou-me ir até aquele banco e me sentar.

-Querida, vá até aquele banco e se sente, apenas sorria.

-Tudo bem... – caminhei lentamente até o centro do palco, meu coração começou a disparar parecia até que eu ia vomitar na frente de toda aquela gente, quase derrubei o banco, mas consegui segurá-lo, me sentei com a ajuda de um dançarino, eu estava nervosa, muito nervosa.

Justin cantava e dançava muito bem, a música era linda, imaginei ter ele cantando essa música para mim, com o mesmo sentimento da garota para ele canta a música, seria perfeito estar nos pensamentos dele, ser dona do cofre de seu coração, a única que o domina por dentro, que passa a noite em seus mais lindos sonhos. Por mais que isso parecesse estranho eu estava começando a me apaixonar, a cada segundo mesmo parecendo ser cedo demais. São tantas coisas acontecendo em um intervalo mínimo de tempo. Chega a ser cruel.

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Justin virou-se para trás e me viu, abriu um enorme sorriso, mesmo com a minha cara de espanto em estar presente a tanta gente, ele caminhou em passos lentos até mim.

Tocou em minha costa e cantou rente ao meu ouvido, eu pude sentir o arrepio subir a espinha, eu só conseguia sorrir, como se naquele momento só estivesse eu e ele, o nervosismo parecia sumir a cada toque dele, e seus olhos brilhantes viraram donos dos meus.

A multidão gritava e cantava junto a ele, era uma energia muito grande. Deve ser por isso o amor dele por seus fãs.

Quando a música acabou ele me abraçou forte e deu um beijo em minha testa, me olhou e soltou um rápido “Te amo”. Ah insanidade.

A mesma mulher me puxou para o backstage novamente, eu ainda estava trêmula, meu corpo parecia gelado, era uma mistura de nervosismo, felicidade e confusão sentimental.

Quando o show terminou voltamos para o hotel.

-E então gostou do show Lizzie? – Justin perguntou empolgado.

-Eu amei, é lindo! – assenti com os olhos brilhantes.

-Que bom! – ele me abraçou forte frente ao meu quarto.

-Boa noite Justin. – me soltei dele.

-Boa noite Lizzie... – entrei no meu quarto, mas fiquei com a porta entreaberta observando cada passo do Justin, como minha vida pode mudar tão rápido e de maneira tão radical? Há alguns dias eu nem sonhava em conhecer o mundo da maneira que estou conhecendo, pensava que só sairia daquele orfanato com dezoito anos, até que não faltaria muito para isso.

Fechei a porta cuidadosamente, a mesma não fez ruído algum, fui até a minha cama, lá já estava o meu pijama posto em cima da mesma, o peguei e fui até o banheiro tomar um banho, deixei a água cair pelo meu corpo despido, a temperatura quente do líquido era relaxante.

Suspirei e mais uma vez me veio a mente Claire e sua face furiosa me trancando naquela sala. Menina louca! Ainda não me sai do pensamento a curiosidade em saber quem é o garoto dela.

Ao sair do banho logo me vesti e fui para a cama. No outro dia tomamos café e logo voamos de volta para Atlanta.

-Está com medo? – Justin sentou-se ao meu lado perguntando.

-Um pouco... – mordi meu lábio inferior.

-Sem problemas, ficarei aqui ao seu lado! – Justin parecia não se importar com a altura que o avião estava, na verdade eu ainda não vi se preocupar com nada.

-Obrigada! – sorri agradecida.

Ficamos um tempo em silencio até o mesmo ser quebrado pelo celular do Justin que começou a tocar.

-Alô? Oh Melissa é você... Claro, sem problemas, será ótimo. Um beijo, tchau.

-Ér... Lizzie? – Justin me cutucou.

-O que foi? – perguntei virando-me.

-Lembra que eu te convidei para sair no fim de semana?

-Lembro claro.

-Então... É vou ter que cancelar...

-Por quê? – perguntei decepcionada, será que ele tinha algo mais importante?

-É que eu terei um jantar de negócios, coisa chata sabe... – explicou.

-Tudo bem... – virei meu rosto para a janela.

-Por favor, entenda... É o meu trabalho...

-Tudo bem Justin, tenho certeza que é algo mais importante. – assenti.

Não sei por que, mas algo me dizia que não seria um jantar de negócios, mas sim um jantar com alguém, no caso Melissa, a mulher de cabelo vermelho queimado, aquela que roubou todos os olhares do Justin quando eu e ele estávamos saindo do restaurante.

O resto da viagem não fiz questão de falar com o Justin, muito menos de olhá-lo, quando chegamos em casa eu logo corri para o meu quarto e me tranquei lá dentro. E como toda vez que ficava magoada fui fazer o que eu melhor sei: vomitar.

Muitos podem pensar o que essa doida pensa? Que vomitar vai tirá-la dos problemas? É lógico que não, mas me colocará em um problema bem melhor que os outros.

-Lizzie está tudo bem? – ouvi Justin batendo na porta, limpei minha boca no mesmo momento, e gritei.

-Claro!

-Qualquer coisa me chame! – retrucou, mas eu não respondi.

Fiquei deitada na cama o resto do dia, milhões de coisas estavam me perturbando, quando anoiteceu e já era umas vinte horas Rose bateu na minha porta me chamando para o jantar.

-Lizzie querida venha jantar! – sua voz doce era muito boa de ouvir.

-Estou sem fome Rose, muito obrigada! – agradeci. Eu estava ouvindo o ronco do meu estômago implorando por uma migalha de comida, mas eu não queria comer.

-Lizzie, pensa que eu não sei que você passou à tarde sem comer nada? Nem almoçou! – engoli seco. – Eu vou trazer um prato de comida para você, e você comerá na minha frente princesa.

-Mas Rose...

-Mais nada Destiny!

-Tudo bem... – rendi-me.

Passou-se alguns minutos de silêncio e logo ouvi batidas na porta do meu quarto.

-Quem é? – perguntei gritando.

-Sou eu Lizzie! – era a voz da Rose.

Corri até a porta e a abri, Rose entrou segurando uma bandeja com as duas mãos, lá tinha um prato cheio de macarrão, e um copo de suco, pela cor devia ser de laranja.

-Rose é muito! – reclamei.

-Nada disso... É pouco para o tempo que você ficou sem nada no estômago.

Rose sentou-se ao meu lado, e colocou a bandeja na minha frente.

-Quero ver comer tudo! – impôs.

-Tudo bem... – bufei.

Comi com vontade, eu estava morta de fome. Rose ficou me observando o tempo todo.

-E depois diz que era pouco... – riu.

-Eu estava com um pouquinho de fome. – falei limpando a boca com um guardanapo de papel.

-Aham... Agora vou deixá-la descansar. – pegou a bandeja e saiu.

Deitei na cama e comecei a observar cada detalhe do quarto, coisa que ainda acho que não fiz. Fui até o banheiro depois de alguns minutos e tomei banho, depois fiz minha higiene pessoal. Escovei os dentes e prendi meu cabelo em um coque. Deitei novamente na minha cama, mas dormir estava praticamente impossível.

Como de praxe desci até a área da piscina, fiquei ali sentada, apenas observando a lua e as estrelas, o reflexo da lua na água, é tudo tão lindo.

Fiquei ali sozinha, Justin não fez questão de aparecer, e eu sabia que ele estava acordado, e ao certo estava na sala de TV, eu o vi quando desci as escadas, estava assistindo Friends.

O resto da semana foi a mesma coisa, eu e Justin estávamos cada dia mais distante, só falávamos Bom Dia e Boa Noite, Justin não saia do celular, sempre que eu tentava conversar com ele ela estava conversando pelo celular com a Melissa.

Nos dias de semana depois da aula eu estava indo na casa do Jared ensinar a ele História.

-Fala pai! – Jared entrou e eu o segui.

-Lizzie, que saudades! – Scooter me abraçou.

-Também estava senhor Braun!

-Só Scooter gatinha. – ele me deu uma piscadela – Espero que não a enlouqueça! – bagunçou o cabelo do Jared.

-Vamos Lizzie! – Jared pegou na minha mão e me puxou pelas escadas. – Bem vinda a bagunça do meu quarto. – riu abrindo a porta.

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-Tonto... – dei um tapa em seu braço. – Vamos a história! – ri, Jared sentou em sua cama e deu uns tapar para que eu sentasse ao seu lado.

-Jared, posso te fazer uma pergunta? – sentei ao seu lado.

-Sempre! – ele sorriu.

-Porque você estava falando com a Claire aquele dia? No meu primeiro dia...? – mordi meu lábio inferior.

-Lizzie, tem muita coisa que eu não conto para a Abigail, quer dizer sobre isso eu nunca contei... – me focou.

-Se não quiser falar tudo bem...

-No momento certo eu te contarei.

-Tudo bem... – virei-me para pegar meus livros, mas Jared segurou minha mão.

-Lizzie... O Justin sabe que você veio aqui hoje? – perguntou. Foquei-o.

-Sinceramente? – ele fez sinal para que eu continuasse. – Ele nem liga mais para mim... Só fala com aquela tal de Melissa. – bufei.

-Quer um conselho? – assenti. – Cuidado com ela.

-Por quê? – perguntei confusa.