Capítulo 16 - O Inicio da Tempestade

Capitulo 16 – O Inicio da Tempestade

Isabella continuava a discutir com meu pai e John ainda estava chorando nos braços de Jake que olhava a cena toda assustado. Acho que não foi isso que ele esperava quando conhecesse a minha mãe.

Eles discutiam sobre o nosso futuro, como se não estivéssemos ali. Isso fez com que meu sangue fervesse.

- CHEGA! – eu gritei explodindo. E todos olharam assustados para mim. Isabella veio andando em minha direção com os braços abertos, quando ela foi me abraçar eu me afastei.

- Querida, vai arrumar suas coisas partiremos daqui a pouco. – ela disse olhando para o meu pai. Mas, se ela está pensando que vai me arrastar daqui tão facilmente assim, está muito enganada.

- Não Isabella, você vai pegar o seu carro e dar o fora daqui o quanto antes. – eu disse friamente.

- Olha como você fala comigo garota. Me respeite. – Ela disse apontando o dedo na minha cara. Quem ela ta pensando que é?! Já sei, vocês vão dizer que ela é minha mãe e blábláblá, mas que tipo de mãe faz com os filhos o que ela fez?! NENHUMA!

- ME RESPEITE O ESCAMBAU! VOCÊ QUER RESPEITO ISABELLA? RESPEITE OS OUTROS PRIMEIRO. VOCE É A ULTIMA PESSOA QUE PODE FALAR EM RESPEITO AQUI. – eu gritei e ela levantou a mão para mim, só que meu reflexo foi mais rápido e eu segurei sua mão.

- O que você está pensando que está fazendo? É assim que me agradece por todos esses anos? – ela disse entre os dentes.

- TE AGRADECER PELO O QUE? POR FAZER COM QUE JOHN E EU SOFRESSEMOS POR CAUSA DO SEU EGOCENTRISMO? OH MUITO OBRIGADA, VOCE NÃO FAZ IDEIA DO QUANTO EU FICO FELIZ.- eu disse sarcasticamente.

- EU TE DEI A VIDA GAROTA! OLHA COMO FALA COMIGO.

- VOCE ME DEU A VIDA, E TIROU MINHA FELICIDADE QUANDO ERAMOS APENAS CRIANÇAS. VOCE NÃO É MINHA DONA. SE VOCE QUISER IR EMBORA VÁ! A PORTA É SERVENTIA DA CASA. AGORA NÃO ME VENHA DAR UMA DE PREOCUPADA COM A GENTE, CHEGANDO AQUI E BANCANDO A DOIDA VARRIDA QUERENDO MANDAR EM TUDO E TODOS. VOCE NÃO ESTÁ NA SUA CASA E MUITO MENOS COM O SEU CACHORRINHO DE ESTIMAÇÃO CHAMADO TOM.- eu disse me virando e John e Jake me seguiram para dentro da casa.

Fui até o quarto meu e de John e arrumei a cama para ele deitar.

- Nessie, nós não vamos embora não é? Quer dizer, se você quiser você fica, mas e eu? – John perguntou agarrado a minha mão e a mão de Jake que fazia cafuné na cabeça do meu irmão. Jake estava calado, pensativo demais.

- Se você não quiser John, você não vai embora. Eu não vou deixar. – eu disse passando a mão na sua bochecha molhada pelas lagrimas. – Agora descanse maninho. – beijei a sua testa e a gritaria da minha mãe recomeçou lá fora. Levantei-me da cama soltando fogo pelas ventas, e fui até a sala onde agora era o palco da minha mãe.

- CALA BOCA CARALHO! NÃO TA VENDO QUE ESTAMOS TENTANDO FAZER O JOHN DORMIR? PORRA DÁ PRA VOCE AGIR COMO MAE PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA E SE PREOCUPAR COM ALGUEM ALEM DE VOCE?! – eu perguntei ou melhor eu gritei. Meu pai que já havia perdido a paciência com a louca arrastou ela pelo braço para fora de casa. Não sei o que aconteceu com ela, acho que ficou no carro, tudo o que eu sei é que John só conseguiu dormir depois de algum tempo ele soluçava demais e estava com medo de ser levado embora a força. Jake acabou dormindo no sofá depois que o meu pai insistiu. Despedi-me deles e fui me deitar, depois de muito rolar e pensar conclui o que já sabia, eu não poderia ir embora e deixar meu pai e Jake aqui só de pensar em abandoná-los um aperto surge em meu peito e me sufoca de forma torturante.

Acordei com a luz do sol batendo em meu rosto olhei pro lado e John ainda dormia tranquilamente, me levantei e fiz minha higiene pessoal. Fui para sala e não encontrei Jake, o encontrei na cozinha preparando o café.

- Bom dia amor. – eu disse o abraçando por trás e beijando seu pescoço.

- Bom dia linda! – ele disse se virando e meu deu um selinho rápido voltando a sua atenção para as panquecas.

- Cadê meu pai? – perguntei olhando as panquecas.

- Saiu cedo, disse que ia pescar uns peixes no lago perto do cais do lado norte. – Jake disse me dando um tapinha fraco na mão quando tentei roubar uma panqueca.

- Pão duro! – resmunguei e Jake riu. – Ele ia sozinho?! – perguntei tentando distrair ele para roubar uma panqueca. Eu estou faminta, e como elas estão cheirando...

- Sim. – ele respondeu colocando as panquecas na mesa. – Pronto dona faminta. – Jake disse rindo. Ele se sentou ao meu lado e começamos a tomar café, eu estava pegando a segunda panqueca quando Isabella invadiu a casa acompanhada por um homem alto e forte.

- O que está fazendo aqui? E quem é você? – eu perguntei me levantando. Jake segurou minha Mao me passando tranqüilidade.

- Nessie, este é o senhor Mario. E ele veio nos dar uma péssima noticia. – ela disse de forma triste, mas algo não me convenceu da sua tristeza.

- Então diga de uma vez. – eu disse sentindo meu peito se apertar.

- Houve um acidente com um barco no lago do cais do lado norte. – Meu coração acelerou quando ele disse isso, me apoiei em Jake e algo me dizia que o pior ainda estava por vim.

- E? – incentivei ele a continuar, eu suava frio e apertava a mão de Jake.

- Não houve sobreviventes.