Corações Que Choram

Sonhos e Pesadelos!


Sasuke deu mais alguns passos, mas não foi até Karin.Parecia querer entender o que a levou a fazer tal coisa, como se quisesse acreditar, além do que via, sua empregada usava coisas pessoais de sua esposa.



–Eu posso saber o quê está acontecendo?-perguntou, sério.


–Senhor, eu sei que parece loucura, mas... esqueça sua esposa! Você é um homem fascinante, não merece ser pisado por mulher alguma!


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–Fascinante?-ingadou, mais para ele, do que para ela-Você acha que pouco tempo de convívio com uma pessoa pode, de repente, fazer que elas se conheçam abertamente?


–Sim, eu acho.


–Pois você está errada!-irritou-se com a resposta dela-Você não me conhece, tão pouco eu a conheço.Isso faz seu modo de ver as coisas em outro sentido, não?


–Eu conheci alguns homens, posso dizer que tenho experiência com eles, mas nunca um deles conseguiu que eu me sentisse tão apaixonada como estou pelo senhor.Desde o momento que eu pisei aqui, que vi seu rosto, senti algo muito forte brotar sem consentimento algum dentro de mim.Mas, o senhor estava sempre hipnotizado por sua esposa, então eu não vi escolha ao não ser esquecer, apagar meus sentimentos.Então ela foi embora, deixando-o livre para amar alguém que queira verdadeiramente amá-lo!


–Você acha que Sakura não foi capaz de fazer isso?


–Nunca-respondeu, convencida.


–Então você também não a conhece-Karin nada disse-Você não sabe de nada, pouco conhece minha história com Sakura-olhou-a, friamente-Eu amo aquela garota desde meus quinze anos de idade, desde o momento que eu a vi ser e agir diferente das outras.


–Vai ficar lamentando a perda dela?


–Não, saiba esclarecidamente que eu jamais vou deixar que ela desapareça da minha vida.


–Esqueça ela de uma vez por toda!


–Em seus braços?


–E por quê não?


Sasuke olhou-a de cima abaixo, em seguida riu com descontrole.Karin baixou a cabeça.Engolia cada gargalhada dele, desciam por sua garganta como fogo, alojavam-se em seu coração como brasas.Se retorcia contra as lágrimas, esforçava-se o máximo para que elas não caíssem, mas não pôde barrar por mais tempo o desespero dentro si.


Vendo-a chorar, consumida pelos soluços e a humilhação, ele se controlou.Sabia que fora longe demais, mas queria de toda a forma fazer que Karin perdesse as esperanças com ele.


–Karin, vá embora-disse ele, chamando a atenção dela.


–Não se preocupe, é o que eu mais desejo no momento.



Correu até a porta, abriu-a e fechou-a rapidamente.Desceu os degraus da escada quase atropelando as próprias pernas.Deparou-se com Saya, que cruzou seu olhar com a rúvia, encarando-se por longos segundos.A velha mulher balançou a cabeça negativamente, sentindo nojo de ver a garota com pertences de Sakura.


–Será que uma mulher tem que descer tão baixo para conquistar um homem?-perguntou Saya, terrivelmente decepcionada-Vá embora, menina, tente conquistar alguém sendo quem você é, e que o coração dele não esteja ocupado.


Karin correu até seu quarto, passara pela sala deparando-se nos móveis, batendo de frente com alguns.Saya viu a cena e não sentiu alegria, apesar de ter desejado esse momento.Ela fora jovem um dia, sabia como o amor conseguia transformar as pessoas.Infelizmente Karin sentia por Sasuke uma profunda admiração, que, talvez, ela confundiu com amor.



–Acordado, Sasuke?-perguntou Saya, batendo na porta e falando ao mesmo tempo.


–Entre, Saya.


Saya entrou, deparando-se com o rapaz arrancando os lençóis da cama.


–O quê está fazendo?


–Cheguei no meu quarto e encontrei Karin deitada em minha cama.Você acredita que aquela louca pensou que tivesse alguma chance comigo?


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–Eu sabia disso, logo depois que Sakura foi embora, a própria Karin me disse.


–E por quê você não me disse nada?


–Porque eu queria vê se você continua sendo o mesmo Sasuke que eu conheci.


–Oras! Por quê todo mundo acha que eu mudei de repente?


–Só em algumas coisas-ajudava-o-Eu não quero nem pensar se Sakura chega aqui e vê uma cena dessa.


–E por falar nela, dona Saya, eu tenho coisas à lhe perguntar.


–Estou ouvindo.


–Estou muito chateado com a senhora, que não deveria esconder nada de mim.Karin me disse que Sakura está grávida, mas você fez questão de se calar.


–Eu fiz uma promessa à Sakura, da minha boca você nunca saberia disso.


–E por acaso eu não tenho o direito de saber que serei pai de novo?


–E por acaso Sakura não têm motivos para excluí-lo dessa novidade?-ele nada disse, apenas suspirou irritado-Saiba que eu estou desapontada com você, decepcionada com suas atitudes.


–Olha, definitivamente eu não consigo fazer você e a Kazumi entender minhas razões.


Desistiu.Observou Saya com as sobrancelhas erguidas, de repente ele passou de bom moço para rebelde aos olhos dela.


–Obrigada, querido. -lhe deu um abraço forte-Eu poderei dormir em paz essa noite, finalmente.


Saya saiu do quarto em passos cansados.Sasuke parou para pensar e sorriu.Definitivamente estava entre mulheres especiais, com corações feito de manteiga.




*x*x*x*x*x*X*x*x*



–Como é morar sozinho numa casa desse tamanho?-perguntou Naruto, olhando a casa de cima abaixo, depois o jardim.


–Quer tanto saber? É horrível! -respondeu Sasuke, olhando tudo aquilo sem emoção.


–Imagino, meu apartamento é médio e eu já me sinto assombrado por ele -Sasuke nada comentou, apenas acomodou-se sobre a cadeira, ajeitou o óculos de leitura e relaxou.


–Se eu te contar que uma louca invadiu meu quarto ontem você não vai acreditar, não é?


–Uma fã? -perguntou o loiro, surpreso- Ainda há gente que faz isso?


–Não se trata de uma admiradora anônima e se fosse seria melhor.Falo da minha empregada, uma garota que Sakura contratou para ser babá de Yusuke, no fim ela acabou ficando por aqui, claro, tinha outras intenções.


–E como foi isso?


–Simplesmente ela entrou no meu quarto, se vestiu, se penteou e imagino que estava tentando imitar Sakura também.Foi ridículo- Naruto riu com vontade, fazendo Sasuke rir também, não seria agora que ele esqueceria aquela cena cômica.


–E você, como reagiu?


–Trocamos algumas palavras e eu ri- Naruto olhou o amigo incrédulo.Desde quando Sasuke ria com vontade? -Na verdade eu já tinha tomado duas taças de vinho, me senti descontraido na hora errada.


–E ela?


–Foi embora ontem à noite- suspirou, aliviado- Esteve com Sakura?


–Estive- acomodou-se sobre a cadeira, encarando o céu cinzeto, sentido com certo conforto o vento passear por seus braços. -Não me peça para falar dela, a própria Sakura pediu que eu evitasse isso com você.


–Você não sabe esconder nada mesmo, não é?


–Esconder o quê, Teme?


–Não se faça de sonso, eu sei muito bem que ela está grávida.


Naruto não pôde mais disfarçar.Agora seria obrigado a responder o que Sasuke lhe perguntasse, afinal a notícia não saira de sua boca.


–Engraçado... Sakura está confiante de que você não sabe.


–Ela quer me castigar, quer que eu sinta qualquer tipo de remorso.


–Não é por menos.Quando você vai abrir o jogo com ela? Sim, porque não vai dar para vocês dois continuarem em segredo um com o outro.


–Eu não sei, ela está me evitando a todo custo.


–Eu tenho uma ideia- sorriu, pensativo. -Vamos planejar um encontro casual entre vocês.Quê tal?


–E como será isso?


–É o seguinte : Eu vou dizer a Sakura que quero conhecer Hinata com mais calma, mais compromisso e peço para ela ir com a gente, quem sabe dar uma forçinha.Ela vai com certeza, está fazendo de tudo para que eu me interesse pela morena.


–Uma pergunta : E quem é Hinata?


–Hinata é a babá de Yusuke, nos conhecemos assim que cheguei de viagem.


–Humm... Então quer dizer que você quer ter uma babá também?- perguntou o moreno, com pura malícia.


–Ela é uma garota doce, simpática... Não sei se faço o tipo dela, mas...


–Mas o quê? Não acha que está bem grandinho para ser um homem inseguro?


–Você animou meu dia! Com amigos como você, eu não preciso de inimigos- Sasuke deu de ombros, depois voltou a se concentrar no que lia.



*x*x*x*x*x*x*x*x*x*



Na Editora...



O dia começara mal para ela, não conseguia engolir nada sem que sentisse enjôo.Voltara mais uma vez para seu espaço oval, temendo sentir náuseas de novo.Ajeitou o casaco e sentou-se.


–Passando mal de novo?- perguntou Lee, preocupado com a saúde dela.


–Lee, eu já deveria ter te contado.


–O quê?


–Estou grávida de quase quatro meses.


Lee sorriu como um garoto bobo, apesar de pensar ao mesmo tempo que Sasuke conseguiu entrar na vida dela novamente.


–Então você e seu...


–Não, é caso passado.Infelizmente terminamos dessa forma- acariciou a barriga. -Mas eu não me importo com isso, um filho é sempre uma benção na vida da gente.


–É verdade.Você não pode continuar aqui, apertada nesse minúsculo espaço.


–É o que eu estava pensando.Vou falar com Danzou-sama, ele foi muito simpático comigo, talvez eu consiga ter uma sala, ou um espaço maior.


–Ele acabou de chegar, me pareceu está com humor.


–Ótimo, irei vê-lo daqui a pouco- Lee chegou mais perto dela, depois observou os lados para ver se ninguém escutaria.


–Você não vai acreditar o que eu vi essa manhã.


–O quê?- perguntou curiosa, vendo os olhos dele brilharem.


–Simplesmente Ino Yamanaka aos beijos com um cara!


–Isso é verdade, Lee?


–Eu não resisti e tirei fotos- entregou o celular para Sakura, que rapidamente confiriu as imagens. -Eu não sei quem é o cara, porque ele está de costas, e quando saiu entrou com rapidez no carro.


–É Gaara!


–Você o conhece?


–Claro que sim! Ele trabalhou com Sasuke meses atrás.E esse cabelo ruivo é inconfundível! Mas o quê você vai fazer com isso?


–Como assim, Sakura? Vamos fazer um escândalo com essas fotos, vamos vê se a loira saberá se sair disso.


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–Lee, eu tenho muita vontade de desmascarar Ino, mas essas fotos não tem nada haver com meu desejo de vingança.É a vida particular dela, se Ino trai o Yamato não é problema meu.


–Sakura, Yamato vai encurralar Ino, ela será expulsa e quem sabe onde conseguirá emprego.Você não entende? Yamato vai bloquear todas as chances de Ino conseguir emprego em outras editoras.


–Não, Lee, eu entendo que é um bom plano, mas isso não é o que eu quero.Ino atingiu minha vida profissional, somente isso.Sem falar que vamos arruinar para sempre a vida dela.


–Você vai esbanjar bondade com aquela falsa?


–Não, eu só não quero fazer a coisa errada.Sabe lá o que Yamato é capaz de fazer se descobrir essa traição- Lee pensou, via sentido nos argumentos dela- Não se preocupe com Ino, por hora temos que nos preocuparmos com nosso futuro aqui.


–Sim, acho que você tem razão- disse para dispistar a raiva dele.- Eu vou voltar pra minha sala.


–Ok.



Andava pensativo.Não sabia se era o certo esquecer Ino por enquanto, justamente agora, quando se tem uma bomba em mãos contra ela.O reviravolta na editora tinha lhe prejudicado também, afinal fora ideia de Ino que ele fosse incluido no grupo de despedidos.Mas isso não era o verdadeiro caso de sua indignação, jamais perdoaria Ino por ter humilhado Sakura daquela forma.


–É Ino, hora de acertamos as contas.


Disse decidido.Aproximou-se da sala da loira, e bateu na porta.Ouviu ela dizer `entre´.Respirou e abriu a porta.


–Ah, é você- disse com pouco caso. -O quê você quer?


–Lhe dar um abraço é que não é.


–Olha só pra ele, cheio de humor- sorriu, debochada- Me diz logo o que você quer!


–Já que não me convidou para sentar, eu mesmo me faço o convite- sentou-se. -Ino, eu vou lhe dar uma chance, apenas uma chance para você ir até Yamato e dizer que o livro que você está terminando é ideia de Sakura.


–Não, repete! -a loira gargalhou alto, deixando Lee mais irritado do que estava-Você acha que eu sou burra? É um ótimo trabalho, quem sabe até eu não fique entre Joanne Kathleen Rowling ou Stephenie Meyer?- perguntou, otimista- Hum... Contar tudo... Só se eu fosse burra, né querido?


–Não, você é muito inteligente, saberá disso melhor que eu quando fazer a escolha certa- mostrou uma das imagens.


–O quê significa isso?


–Opa, calminha!- Lee sorriu, impedindo a loira de tomar seu celular.


–Seu bastardo! Me dá isso!


–Não é seu!- brincou.


–O quê você quer?


–Agora sim começamos a falar a mesma língua- Ino controlou-se, acomodando-se em sua cadeira.- Não pense que eu gosto de fazer chantagem, longe de mim, mas esse caso é especial.Na verdade, Ino, eu queria falar pessoalmente com Yamato, mas Sakura não permitiu.


–Como se ela sonha com minha queda?


–Exatamente, mas Sakura não é o tipo de pessoa que vê vantagem em tudo, assim como você.Agradeça a ela por Yamato ser polpado de ver essas cenas.


–Me diz logo o que você quer.


–Você têm duas opções : Desistir do livro e contar a verdade à Yamato.Ou continuar com sua farsa e torcer para que Yamato compreenda sua traição.


–Ele não vai me perdoar, de qualquer forma eu errei com ele.


–Isso não é problema meu, mas seu- foi ríspido.- Tempos atrás você pisou em mim como se eu fosse um inseto indefeso.Como se sente agora?- perguntou, intimidando-a. -É ruim, não é?


Ela nada respondeu, estava absorta em pensamentos.Lee levantou-se, fez um pequeno alongamento nos braços antes de sair.Enquanto Ino procurava a melhor saída para ela, o moreno suspirava de prazer.



*x*x*x*x*x*x*x*x*x*



–Entre, Sakura, faz tempo que não conversamos.


–Obrigada, o senhor sempre simpático comigo- entrou, sendo observada pelo homem que não media elogios para com ela.


–Algum problema?


–Na verdade sim- não sabia como pediria uma sala.- Bem, o senhor tem sido muito gentil comigo, e eu não quero que o senhor pense que eu estou sendo abusada ou que me sinta no direito de lhe pedir algo.


–Meu Deus, quantos argumentos! -brincou- Não é nada grave, não é?


–Não senhor, pelo menos do meu ponto de vista.


–Então me diga do que se trata.


–Bem, o senhor sabe que eu estou no 'grande pátio', me desdobrando dentro de um espaço minúsculo.Eu gostaria de ter uma sala ou um espaço um pouco maior.Não é por privilêgio, mas por condições.Estou grávida, e isso está dificultando meu trabalho naquele lugar.


–Meus parabéns!- sorriu- É uma ótima notícia!


–Obrigada.


–Eu ia realmente tocar nesse assunto, mas eu não sabia como.Você ficará com a sala ao lado, eu já providenciei a organização.


–Mas é uma das maioras salas...


–Tão grande quanto a minha ou de Yamato, eu sei.


–Senhor Danzou, eu não quero ter maiores privilêgios que meus amigos.Se fosse por algo grandioso que eu fiz, eu até poderia levar em conta, mas eu estou pendurada aqui, não...


–Eu sei disso, não se preocupe.Há um grande motivo para isso, mas eu não posso dizer o que é, não agora.


–Não aceitarei sem antes saber do que se trata e se eu realmente mereço.


–Pois bem, a pessoa que falou comigo já sabia que você faria exigências.


–Uma pessoa?


–Sim, o responsável por comprar dez por cento das ações e lhe dar de presente.


Sakura não reagiu, estava absurdamente surpresa.Ela pensou por longos segundos.Pensara se Sasuke foi o responsável pela boa ação.


–P-por acaso... foi Sasuke Uchiha que fez isso?


–Infelizmente eu não sei de quem se trata, o responsável foi representado pelo advogado.


–Mas não precisa matutar para saber quem é, obviamente foi Sasuke- confirmou, sem dúvidas. -Não precisa fingir, senhor Danzou, sei que foi meu marido- o homem não negou, sabia que ela tinha certeza absoluta do que afirmava.


–Sim, foi ele- Sakura baixou a cabeça e deu um longo suspiro. -Eu fiquei muito empolgado por sermos sócios, tenho projetos e preciso dividi-los com uma pessoa que tenha vontade de pogredir e essa pessoa é você.Yamato está com a cabeça nas nuvens ultimamente, deixou os negócios de lado e...


–Obrigada por confiar e acreditar em mim, mas eu tenho que falar com meu marido, quer dizer, ex-marido antes.


–Entendo, eu no seu lugar estaria surpreso.


–É mais que isso.Tenho que ir.


–Não se preocupe com a sala, deixe tudo comigo.



Abriu a bolsa e pegou um comprimido, sentia que a cabeça iria explodir há qualquer momento.Escancarou-se na cadeira, fazendo ela deitar.Não conseguia pensar em mais nada, somente em Sasuke, e a loucura que fizera em segredo.

Era para está feliz? Sim, qualquer um no seu lugar estaria. Mas por quê não conseguia sentir essa felicidade?



'' Foi capaz de me da poder, mas não me compreendeu''


Deu um longo suspiro, talvez o maior em toda sua vida.


''O quê ele quer fazendo isso? -perguntou-se- ''Sasuke... quando você começou a ser insensível comigo?''



Sakura, podemos conversar?


–Ino?- levantou-se, encarando a loira nos olhos.- Do quê se trata?


–Venha comigo, conversaremos em minha sala.



Mesmo contrariada, seguiu a loira que jamais estivera tão séria na presença dela.Enquanto andavam, Sakura percebera que Ino limpava o rosto.Virou o rosto para observá-la e descobriu que ela havia chorado.A maquiagem estava sem vida no rosto dela, coisa que Ino fazia questão de retocar entre uma hora ou outra.


–Entre- pediu Ino, sendo observada por Yamato, que já aguardava as duas.


–Yamato?


–Entre, Sakura, eu estava mesmo esperando você.


–O quê significa isso? -perguntou, desconfiada.


–Sente-se -disse Ino, indicando a cadeira ao lado de Yamato.-Err... Eu te chamei aqui... Bem...


–Cale-se, Ino- falou Yamato, que assustou Sakura com sua atitude.- Sakura, uma vez eu fiquei contra você, porque duvidei da sua sinceridade.Mas agora eu estou ao seu lado, porque duvido e sei que Ino nunca foi descente comigo e com você.


–Pise, Yamato! Faça e fale tudo o que você quiser! -Ino exaltou-se- Meu assunto não é com você, mas com Sakura! Você já disse tudo o que tinha pra dizer, agora saia!


–Não me peça para sair, farei isso com muito gosto- revidou- Sakura, você está livre dessa correria.Terminando ou não seu trabalho, terá seu emprego e sua sala novamente.Lamento por ter sido injusto com você- saiu, batendo a porta com muita força.


–O quê está acontecendo?


–Não seja, boba- respondeu, impedindo de que mais lágrimas fossem derramadas. -Eu tive que dizer a Yamato sobre o roubo do livro, mas não pense que eu agir por pura bondade.Lee sabe que eu tenho um caso com Gaara, e usou isso contra mim.


–Eu não acredito que ele fez isso.


–Eu tive que escolher e acabei correndo o risco de dizer a verdade e perder tudo.Estou no olho da rua.Não fique com essa cara de espanto, pode sorrir, nada mais justo.


–Você acha mesmo que eu gosto de sorrir diante da desgraça dos outros?


–Eu ri da sua.


–Mas não me compare com você! -disse, exaltada.- Eu queria mesmo te dar o troco, Ino, mas não dessa forma.Seu romancinho secreto não tem nada haver comigo.


–Obrigada por ser sensata, agora eu sei que o esquisito sanbrancelhudo disse a verdade- abriu uma das gavetas, tirando desta um bloco de folhas.-Aqui está seu livro- entregou para Sakura- Publique-o e se sentirá justiçada.


Sakura olhou sem emoção àqueles papéis.Balançou a cabeça negativamente e os devolveu para Ino, que não entendeu o ato.


–Eu disse que eu quero enfrentá-la de frente um dia e farei isso quando terminar o meu livro.É seu, eu não preciso disso- preparou-se para sair.


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–Sakura... -impediu-a de sair.- Infelizmente eu tive que estragar nossa amizade, mas agora eu sei o que colhemos quando colocamos coisas inferiores em cima da nossa humildade.


–Fico feliz por você, Ino, nunca é tarde para mudar.



Fechou a porta e não olhou para trás, mesmo que seu coração doesse.Não guardaria rancor, saber que Ino estava arrependida já mudava seus sentimentos.Mas não poderia olhá-la nos olhos com confiança, muito menos tê-la como sua amiga novamente.Estava fragilizada com a vida, cansada de levar golpes.No momento ela só podia confiar nela mesma e se fortalecer.



*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*



Chegara em casa cansada, esgotada.Jogou a bolsa e o casaco de lado, depois tirou o salto.Por ser distraida, entrara em casa e não notou o buquê de flores.Foi até as rosas vermelhas, admirando o exagero e exuberância delas.Abriu o cartão.



' Sakura, eu não sei como chegamos a esse ponto negativo

em nossa vida, mas eu sei que fui o grande culpado.

Eu preciso falar com você, nem que seja por telefone '



Sasuke



Ela sorriu emocionada, mesmo que não tivesse intenção de perdoá-lo.Se perdeu nas palavras escrita no bilhete, mal notou Hinata entrar com Yusuke.


–Oi, mãe!


–Oi, filho! -Yusuke lhe deu um beijo rápido, depois saiu corredo. -O quê houve?


–Está apertado- respondeu Hinata, sorrindo- Que rosas lindas!


–É verdade.


–Posso perguntar quem mandou?


–Foi meu ex-marido.


–Isso é uma boa notícia! Quando um homem manda flores, é porque está arrependido.


–Não é só isso- mostrou a joia, enviada junto às flores.


–Minha nossa! O dia que eu receber um presente como esse, eu desmaio por dois dias!


–É para qualquer mulher está feliz, não é?- Hinata não entendeu o desânimo de Sakura. -Vou devolver a joia à joalheria, o buquê vai para a mansão.


–Fará isso?


–Sim- respondeu, determinada.


–Desculpe por está invadindo sua vida pessoal, mas eu acho que não custa nada dar mais uma chance a quem amamos.


–Eu já dei muitas, Hinata, e me dei mal.


–E se agora for diferente? E se esse for o verdadeiro momento de acertar sua vida com ele?


–Acho que não, definitivamente perdi todas as esperanças.



Hinata entristeceu, sentia que Sakura ainda sofria calada.A campainha tocou, prontamente a morena correu para abrir a porta.


–Olá.


–Oi.


–Meu nome é Karin.É aqui que Sakura mora, não é?


–Karin? -Sakura aproximou-se e deu um abraço na ruiva, que culpou-se timidamente. -Hinata essa é Karin, a ex-babá de Yusuke.


–Muito prazer.


–Igualmente.Sakura, será que podemos conversar?


–Claro, sente-se.


–Em particular.


–Não se preocupem, estou indo mesmo preparar o almoço do Yusuke- disse Hinata, retirando-se.


–Então, está tudo bem com você?- perguntou Sakura, esbanjando simpatia.



Continua...