Meu Amado Seboso

Parabéns, Kassandra


Fiquei em casa nas semanas seguintes, ajudando a babushka a cuidar do jardim e estudando alguma teoria da magia.

Não vi mais os Marotos, nem Lily e nem o Severo. Passei tanto tempo pensando no suave beijo que ele me deu na bochecha que comecei a me perguntar se ele havia acontecido de fato. Mas eu sabia que tinha sido real.

A primeira correspondência que eu recebi em meses foi uma corua que trazia minha nova carta de Hogwarts com a lista de materiais para o segundo ano anexada. Não mudava muito, apenas alguns livros novos.

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- Onde podemos comprar isso, moya dorogaya? - Babushka perguntou, olhando a lista de materiais.

- Em Londres, onde mais? - Eu disse, sorrindo.

Levar Babushka n'O Beco Diagonal foi, no mínimo, interessante. Ela parecia uma criança, especialmente quando fomos no Boticário. Digamos que ela gastou muito mais do que eu ali.

Compramos meus livros na Floreios e Borrões e sentamos na calçada para tomar um sorvete. Eu escolhi um de creme. Depois dos Feijõezinhos de Todos os Sabores eu não queria tomar mais riscos. Babushka escolheu um de pistache com nozes surpresa, que explodiam na boca.

- Você deveria ter uma coruja, moya dorogaya.- Babushka disse quando passamos em frente ao Empório das Corujas. - Para mandar cartas para seus amigos.

Eu encarei uma coruja albina, pensativa.

- Acho melhor não, Babushka. - Eu respondi, pensando que os poucos amigos que eu tinha não eram íntimos o bastante para eu precisar mandar cartas. - São muito caras.

- Tolice! - Babushka disse, mas não insistiu.

Saímos d'O Beco Diagonal e pegamos o trem de volta para casa. Babushka estava animada com as ervas que havia comprado e pediu ajuda para plantar algumas na estufa. Depois de não saber a resposta para a maioria das perguntas da Babushka sobre o cuidado com as plantas, eu entreguei para ela um exemplar de Mil Ervas e Fungos Mágicos e fiz uma nota mental de pedir ajuda ao Frank com Herbologia.

O meu aniversário estava chegando, e babushka fez um bolo com morangos da horta para comemorar.

- Convidou os seus amigos, moya dorogaya? - Ela perguntou.

- Acho que eles não vem, babushka. - Eu disse, desanimada. A verdade era que eu não tinha convidado ninguém, e duvidava seriamente que alguém soubesse quando era meu aniversário. Tinha certeza que Lily daria um jeito de organizar uma festa surpresa ou algo do tipo, se soubesse.

Babushka e eu comemos o bolo sozinhas e ela me poupou de cantar parabéns, mas me deu um abraço forte.

Eu estava lavando a louça quando ouvi o ronco de um carro estacionando, seguindo de uma batida na porta e babushka foi abrir a porta. Espiei pela janela e vi um carro familiar, não sabia bem de onde o conhecia.

Até ver meu pai entrando pela porta.