Cap 51 - Minha versão dos fatos

Misaki’s pov

Suspirei profundamente, mais uma vez não tinha ideia de como acabava sempre me envolvendo em situações como aquela que se passara na quadra agora pouco..

- ai,ai,ai,ai,ai.. soprei o cotovelo da melhor forma que pude enquanto o ralado ardia

- Droga de enfermaria que só tem remédios dolorosos! Reclamei até ouvir a porta bater, ia me endireitar na maca mas quando percebi o quem tinha acabado de entrar meus músculos não faziam um movimento sequer.

Vi o loiro suspirar ante a porta

- hmpt!

Foi a única palavra que ouvi ele sussurrar acho que ele pensou que estava sozinho na enfermaria, tratei de me certificar que ele notaria minha presença.

- Então ser popular é um tanto enfadonho pra você hum? Ele se virou com olhos espantados, acho que eu o assustei. Ele me olhou dos pés a cabeça me fazendo corar.

- Às vezes! Como ele me olhava sem dar uma palavra e aquele silencio estava me matando eu quebrei o gelo.

- A enfermeira não está, precisou ir ao banheiro, você se sente bem?

- Sim, eu vim só por causa da ..

- da?

- da ardência que ainda sinto nas costas vim passar uma pomada. particularmente eu preferia que a enfermeira demorasse um pouco para chegar.

- Ela não está? desci da maca procurando me manter calma

- Hamm?

- A enfermeira, ela não está! Você disse que veio passar algo nas suas costas... A enfermeira precisou sair um minuto.

- ahh, claro eu vou ter que esperar porque está incomodando muito. Fiquei tão preucupada de repente que parecia que ia morrer que tipo de sentimento era aquele? Segurei o frasco de iodo com força para que meus sentimentos não transbordassem

- Se você quiser eu posso procurar algo... respondi mudando de assunto.

- Por favor! Respondeu-me gentilmente.

- Você se machucou também não foi?

- Foi só um pequeno arranhão, está tudo bem. Estava ficando cada vez mais nervosa.

- Acho que isso aqui deve resolver! Desconversei pegando o pote rapidamente.

- E o que é isso?

- é pasta d’água, é muito usado para queimaduras e não manchará sua camisa.

- e como você sabe?

- Minha mãe é enfermeira.

- ahh tá!

- eh.. Você poderia levantar a camisa e se virar, por favor?

- Ok. Ele começou a tirar a camisa e senti meu rosto queimar deveria estar vermelha como um tomate mais não conseguia evitar, ele tinha um corpo simplesmente perfeito,e ambos sabiam disso, estava escrito nos olhos dele que o que ele queria era me provocar.

- é necessário tira-la?

- Eu acho melhor .. Ele com certeza percebeu meu embaraço e sorriu safado, caminhou em minha direção e eu recuei instantaneamente, sabia que não poderia recuar muito então dei apenas um passo para me afastar sem trombar em nenhum móvel.

- Vo..você poderia se virar por favor. Gaguejei.

- Sim.. ele virou de costas para mim e vendo a marca vermelha bem definida nas suas costas eu passei os dedos no pote e gentilmente deslizei os dedos sobre sua pele, sorri ao perceber seu corpo se arrepiar ao meu toque.

- Está com frio, quer que eu desligue um pouco o ventilador? Perguntei para que ele soubesse que eu percebi suas reações.

- Não obrigado. Ele respondeu seco me fazendo duvidar de que se arrepiara por meu toque. Fiquei envergonhada de ter pensado que um rapaz como ele estava interessado em mim. Baka!

- Pronto! Terminei o mais rápido possível mas ao dizer isso ele reagiu inesperadamente se virando para mim e ficando inexplicavelmente próximo, senti seu cheiro e sua respiração tudo nele era tão atraente.

- Como eu posso agradecer pela gentileza? Ele sussurrou melodiosamente fazendo minhas pernas fraquejarem e meu coração saltar como um louco.

- Não precisa.. minha voz teimou em não sair.

- mas eu insisto.

- já disse que não precisa afinal se machucou por minha causa.

- Na verdade não a protegi corretamente. Ele me tocou delicadamente e tive vontade de agarra-lo.

- Isso foi uma boba.. as palavras sumiram dentro do meu peito quando eu vi ele se aproximar de mim, a forma como leu meu pensamento me deixou assustada e acho que ele percebeu pois beijou minha testa docemente e se afastou me deixando com cara de quero mais.

- O que você..

- Foi só um agradecimento, não pretendia me aproveitar de você. Vi ele abotoar a camisa e sair rapidamenteo pior era saber que eu adoraria que ele se aproveitasse, as forças das minhas pernas me abandonaram de vez e eu simplismente sentei-me no chão apertando a camisa com força sobre o peito que parecia uma escola de samba, eu não podia imaginar que meu coração pulava daquele jeito por alguém que eu sequer sabia o nome.