Cicatrizes

Contando a novidade


O dia seguinte foi bem agitado para Tales e Lorena. Ele ria toda hora, parecia que era ele que estava grávido.

- Nem acredito que conseguimos. Depois de tanto tempo finalmente engravidei você!

- Poxa, não fala assim, parece que foi algo acidental, sei lá.

- Não, claro que não amor, desculpa, mas eu ainda não consigo acreditar! A gente nunca se preveniu na verdade e só agora aconteceu ta entendendo o que quero dizer? – diz todo risonho.

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- Eu sei, entendi. Se aconteceu só agora, é porque essa é a hora certa. – diz Lorena passando a mão na barriga que ainda não mostra que há uma vida lá dentro.

- Quando vamos contar? Quero falar pra Natália que ela vai ser tia, ela vai explodir! O Patrick também vai gostar.

- Calma amor, nem sei ao certo de quanto tempo estou. Deixa eu fazer um ultra-som primeiro, dar um tempinho, aí falamos tudo bem?

- Tudo bem. Quando você vai fazer esse ultra-som? Quero ir com você.

- Vou ver se marco amanhã. Também quero contar pra todo mundo, mas vamos esperar só mais um pouquinho ta bom? Agora tenta ficar quieto ta? E para de babar. – diz Lorena rindo dando um selinho em Tales.

- Vou ser pai Lorena, pai! Vou babar muito ainda.

- Espero que essa empolgação toda não suma na hora de me ajudar a cuidar dele de madrugada, na hora de trocar as fraldas...

- Vou te ajudar em tudo, só amamentar que não vai ter como. – diz rindo.

- Você diz isso agora...

- Pode cobrar vou te ajudar com os cinco.

- Cinco? Ta louco?

- Brincadeira. Três ta bom.

- Tales, melhor você voltar pra terra, você não está raciocinando bem!

Tales sorri e beija Lorena, fazendo o mesmo com sua barriga.

No dia seguinte Tales sai um pouco mais cedo do serviço e busca Lorena na loja. Ela havia marcado o ultra-som para o fim da tarde.

O ultra-som mostra que Lorena já está para entrar no terceiro mês de gravidez.

- Já dá pra ver o sexo doutor? – pergunta Tales.

- Ainda não, as creio que no fim do próximo mês já seja possível.

- E está tudo bem? – pergunta Lorena.

- Está sim, pelo o que posso ver está tudo bem, é uma criança saudável.

Ao sair da consulta Lorena e Tales decidem que já está na hora de contarem a novidade.

- Esse fim de semana podemos fazer um almoço e contamos pra todos de uma vez, o que você acha? – sugere Lorena.

- Boa idéia, já vou avisar minha irmã e você fala com o Patrick e as meninas. Domingo contamos a novidade.

- Domingo viu Tales! Vê se fica quieto mais um pouco ta?

- A minha vontade e colocar no painel de informações da empresa, mas prometo que vou esperar mais um pouco ta?

- Assim espero.

A semana passa rápido, mas para Lorena e Tales pareceu uma eternidade. Eles não viam a hora de dizer que teriam um filho.

No domingo todos vão almoçar no apartamento deles, menos Renato, pois teve que trabalhar cobrindo a folga de um colega de trabalho.

Todos almoçam e conversam naturalmente, mas todos têm a curiosidade de saber qual é o assunto que seria dito lá.

- Nossa Loren, to curioso, que novidade tão bombástica é essa que você tem que contar? – pergunta Patrick.

- Espero que ao menos seja algo bom. – diz Natália.

- Não é bom Naty, é ótimo. – diz Tales olhando e sorrindo para Lorena. – Eu falo ou você fala?

- Eu falo ou você fala? Essa frase sempre é dita quando o casal vai... – diz Suzana.

- Ter um bêbe. – dizem os dois juntos.

- Que maravilha Loren, um sobrinho! Que emoção! – diz Patrick abraçando a amiga.

- Meu primeiro sobrinho também, parabéns Maninho. – diz Natália abraçando o irmão.

- Estamos muito felizes por vocês. – diz Suzana.

- Tomara que seja uma menina, aí vou enfeitar muito ela. – diz Karina.

- Ainda não sabemos se é menino ou menina, só no fim do mês que vem vai dar pra saber. – diz Lorena.

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- Mas isso não importa, o que realmente importa é que finalmente vamos ter um filho. – diz Tales beijando Lorena.

- Se prepara Lorena, o Tales vai ser um pai mega babão. – diz Natália.

- Eu sei, mas ele vai ter que me ajudar também.

- Isso pode ter certeza que ele vai, ele sempre me ajudou com a Bianca e o Mateus. Sempre gostou de crianças, agora com um filho então!

- E nome Loren? Vocês já têm algum em mente? – pergunta Patrick.

- Ainda não, vamos esperar saber o que é primeiro.

- Por favor, Tales, Júnior não! – diz Natália.

- Qual o problema com o meu nome, posso saber? – pergunta cruzando os braços e encarando a irmã.

- Nada, mas um Tales está de bom tamanho. – sorri.

Todos se divertem e passam a tarde juntos. A noite, quando todos já foram embora, Lorena parece um pouco nervosa.

- O que foi? Ficou estranha depois que todo mundo foi embora. O que aconteceu?

- Eu estou feliz amor, de verdade, sempre quis ser mãe, mas to com medo.

- Medo? De que?

- E se eu não for uma boa mãe?

- Claro que vai ser. Eu vou me esforçar muito pra ser um bom pai. E vamos aprender juntos. Não fica com medo, vai dar tudo certo ta?

- É, você tem razão. Amanhã de manhã vou ligar para os meus pais e dizer que serão avós. Eles vão ficar felizes.

- Minha mãe também ficaria muito feliz se estivesse aqui. Meu pai também. – diz Tales entristecido.

Seu pai havia morrido quando ele e Natália ainda eram crianças e sua mãe havia falecido pouco antes de ele e Júlia ficarem noivos.

- Eles ficarão felizes onde quer que estejam amor. – diz Lorena abraçando e beijando Tales, que deita em seu colo.

Os meses vão passando e o casal a cada dia fica mais empolgado com a chegada do bêbe. Já tem um estoque até que razoável de fraldas e afins. Fizeram umas mudanças no quarto para colocarem o berço, mas já tinham planos para futuramente comprarem um apartamento maior. As roupinhas eram de cores neutras, pois no último ultra-som feito ainda não puderam ver o sexo da criança.

Lorena estava no sexto mês. Não havia engordado muito, estava dentro do peso estipulado pelo médico. Estava indo fazer mais um ultra-som e Tales como sempre a acompanhava. Ele sempre a ajudava em tudo, realmente ele estava levando a sério ser pai e participava de cada momento da gestação.

Durante o ultra-som o médico sorri e diz ao casal.

- Finalmente o suspense acabou, posso ver com clareza o sexo do bêbe de vocês.

- E qual é doutor? É menino ou menina? – pergunta Lorena.