Ich Liebe Dich.

Cap. 127: Infortúnio.


--- Daremos adeus a duas mulheres a quem nos apegamos muito. –Teddy começara seu discurso. –Sairemos na caçada de soluções para nossos problemas.

Todos estavam calados e atônitos. A valsa havia parado de repente e Teddy, aparecido soturnamente no alto da escada.

--- Suba aqui, Agh. –Disse Teddy, sorridente.

Minha mãe segurou o seu vestido negro brilhante nas duas mãos e levantou-o, levemente. Subiu as escadas, pomposamente. Achei até que viver com o Teddy estava deixando-a parecida demais com ele. Para isso, nem precisava muito, já que ela já gostava de brilho, assim com Teddy.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

--- Esta é Aghata. –Ele pronunciou cada letra com um grande orgulho. –É a mulher da minha vida. –Quando o disse, não só eu, mas todas as outras pessoas presentes fizeram eco.

--- Oh! –Um coro colossal de vozes se erguia, ecoando pelo grande salão.

--- Sim, pessoas. –Teddy deu uma gargalhada. Minha mãe sorria, com as mãos para trás. Estava um pouco tímida, Nada que deixasse transparecer muito. –Eu a amo... –Dito isso, mais uma enxurrada de vozes espantadas ecoou.

Mas o tom de Teddy foi tão engraçado, que todos começaram a rir. Era como se fosse um evento lendário Teddy se apaixonar por alguém.

--- Mas, vocês sabem que grandes homens têm grandes deveres. –Ele ficou calado por alguns segundos. Toda a gente ficou absorta.

--- Peter... Eu... –Falei, sem palavras. Eram coisas de outro mundo ouvir tudo o que eu estava ouvindo naquele momento.

--- Escute até o fim, Lottie. –Disse Peter, indiferente.

Teddy desceu alguns degraus segurando a mão de minha mãe. O dois desciam, pomposamente. O rosto da minha mãe era espantado. Ela olhava Teddy, que estava com o olhar triste.

--- Temos uma nova guerra, meus senhores. –Teddy disse, de súbito. –Que ainda irá eclodir.

As vozes ecoaram novamente. Mas agora não era uma só palavra em coro. Mas uma confusão de várias palavras misturadas.

--- Sim, como imaginavam. –A voz de Teddy ecoou, forte e absoluta. –Trouxe vocês da classe A apenas, para falar somente a vocês a notícia. O resto saberá depois. Queria que tivesse pouca gente presente. Só os mais íntimos a mim. Sabem porque eu vos disse que esta é a mulher da minha vida neste momento? –Ele perguntou, enquanto todos estavam calados.

--- É porque muitos de vocês terão de deixar pessoas queridas aqui para ir embora. E não terão data de vinda. Vocês sabem desde os primórdios, que nem todos vão à guerra. Poucos são desafortunados... E os que vão, deixam saudade e levam dos que não vão. Mas os escolhidos terão de cumprir o seu dever... –Teddy disse, com dificuldade. Minha mãe segurava sua mão e chegou mais perto dele para apoiá-lo.

--- Mas, há algo que vocês sabem que também existe no código de regras da nossa prezada organização... “Aquele que vai a guerra, nunca mais há de retornar a organização por obrigação.” É como um prêmio. Livrar-se de nós. Enfim, meus queridos, a maioria de vocês, como conhecem, vai para a guerra. A classe A é a mais requisitada para ir.

Todos ficaram em silêncio.

--- Peter... –Murmurei. –Não... –Virei-me para ele. Meu rosto estava turbulento. Meus dedos apertaram-se em punhos fechados em sua blusa. –Você não vai. Não... vai.

--- Lottie, não faça isso. –Peter murmurou. –Não faça doer mais do que está doendo. Não torne tudo pior. Por favor, não chore. Não implore para que eu fique. Sabe que não adiantará. –Seus olhos não me olhavam. Eles estavam fixos em Teddy.

Ele não queria olhar para mim. Não queria me encarar as minhas lágrimas.