Revolução de Palavras

O luto da vida


Abandono


Mamãe, sinto sede

Mamãe, sinto fome

Pois criança nua

Na rua jazerá


Oh, por que se esconde

No céu entre as estrelas?

Desça de sua lua, venha me buscar!


Mamãe, quero um nome

Para a ti clamar

Pedi: Não me abandone

Mas nunca voltará!


Mamãe, sinto medo

Mamãe, você some

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Peço: Me abandone

Pois sei, não voltará!


Do começo ao fim


Nasce, cresce, morre

(Em vida vive a desordem)

Você nasce, logo morre

Condena-se ao destino

E seu pai (sim, seu pai!)

Com o sangue de seu parto

Assinou um contrato

Com o ceifador.


Nasce, cresce, morre

(Destoa sua ordem)

Você nasce, então cresce:

Caminha à tal morte.

Pois são homens de areia

Andando ao vento

Se perdem na busca

De um salvador.

Já perdem a bússola

Da razão

E a luz... A luz...

Em seu túnel final

Sorriu afinal a seu coração.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.