Roses And Demons: Roots Of Rebellion

Os Espíritos Terrenos


Dois dias antes.

O laboratório, como era chamado pelas bruxas, era composto de seis bancadas de madeira com várias gavetas, além de diversos armários e estantes encostados nas paredes. Sobre as bancadas estavam espalhados muitos frascos e caldeirões, assim como balanças e outros objetos mais. Era lá que elas preparavam suas poções e demais misturas, mas naquele horário tão cedo somente Samantha e William se encontravam lá.
-William: Então os Espíritos Terrenos podem nos ajudar? O que exatamente são eles?
-Samantha: São espíritos de monstros antigos que foram capturados pelas bruxas. Eles permanecem magicamente presos em pequenos cubos de pedra, mas se um deles for libertado retomará sua forma e poderes originais.
-William: Eles podem ser controlados?
-Samantha: Infelizmente não. Os Espíritos Terrenos são selvagens e foram presos numa época em que as bruxas eram respeitadas e admiradas pelas vilas onde viviam. É irônico pensar que agora pretendemos usá-los como armas.
-William: Se eles não seguem ordens então não adianta utilizá-los na batalha, é melhor que eles ajam como distrações. De quantos Espíritos vocês dispõem?
-Samantha: Três deles estavam guardados aqui e Kate trouxe outros três do seu esconderijo.
-William: Então se colocarmos cada um deles em um ponto diferente da cidade significa que seis inimigos deixarão o combate por algum tempo.
-Samantha: Parece que acertei em lhe contar a respeito deles, não perdeu nem um segundo para bolar um plano.
-William: Vamos à cidade fazer um pequeno trabalho de campo.
-Samantha: Como assim?
-William: Eu preciso verificar o quão grande ela é e quais os locais mais propícios para invocar os tais Espíritos. Não teremos tempo de fazer isso quando formos derrubar o pilar.
-Samantha: Por quê?
-William: Os outros jamais concordariam com o que pretendo fazer...

Yasmin estava tão chocada quanto qualquer um dos membros da ordem ao presenciar o poder destrutivo dos Espíritos Terrenos. Mesmo longe do local onde as criaturas surgiram, ela sentia em cada estrondo que eles não eram seres comuns.
-Yasmin: “William, você tem algo a ver com... isso?”
Lamentavelmente para a garota, por mais que desejasse explicações ela não as teria naquele momento. Ainda assim, a despeito do fato de que a batalha já estava para começar, ela tentava compreender quais eram as verdadeiras intenções do manipulador do vento.
-Vortex: É evidente que contra os dois membros mais poderosos da ordem eles só encontrarão a derrota.
Fernand percebeu rapidamente que suas aliadas estavam dispersas e sabia que isso seria fatal. Cabia a ele trazê-las de volta à realidade imediata: o confronto inevitável.
-Fernand: Depois faremos o William se explicar, mas agora não é o momento certo. Nossos inimigos já estão prontos para atacar!
Ao mesmo tempo em que Yasmin, Karin e Luna retomavam a concentração em seus problemas iminentes, Inferno deu alguns passos para trás, colocando-se ao lado do pilar.
-Inferno: É evidente que tudo isso não passa de uma estratégia para que deixemos este pilar desguarnecido. Eu mesmo vou protegê-lo enquanto vocês lidam com os inimigos que estão diante de nós.
-Sol: Sem problemas.
-Vulcano: Contamos com você, Inferno.

A criatura que Ent encontrou poderia ser muito bem um ogro três vezes maior do que o comum. Era um humanóide gigantesco, corpulento e desajeitado que lançava seus poderosos braços contra as estruturas de pedra, destruindo-as com facilidade. Contudo, diferente de um ogro, ele tinha uma pele extremamente escura, da cor do carvão e um rosto totalmente vazio, como se fosse um boneco sinistro de barro.
-Ent: Dessa vez eles capricharam na encrenca...

Electron se viu diante de uma salamandra gigantesca, alta como um elefante e longa como uma fragata. Tão escura quanto o monstro que Ent combateria, ela destruía edifícios com sua boca repleta de dentes afiados e sua robusta cauda. Porém, excetuando a boca, ela não possuía mais nada em seu rosto.
-Electron: Preciso acabar logo com essa criatura.

Aurora se deparou com uma grande baleia negra, movendo-se pelo ar com tanta graça que parecia nadar. O monstro também usava a boca e cauda para atacar e não aparentava ter olhos ou narinas em qualquer local do corpo.
-Aurora: Isso está tão errado...

A estrutura corporal do espírito logo à frente de Spectra era a mesma de um macaco pequeno, como um mico, mas ele não deixava nada a desejar no quesito tamanho se comparado aos outros. Ele não tinha nenhum pêlo sobre sua pele escura e, assim como o inimigo de Ent, não possuía sequer uma boca.
-Spectra: Que aqueles manipuladores rezem para que Inferno os mate rapidamente, pois se eu colocar minhas mãos neles...

Viper via diante de si uma aranha escura e enorme, mas sem olhos ou pêlos. Parecia apenas uma massa escura com oito patas e uma boca ameaçadora.
-Viper: Em questão de veneno eu aposto que sou melhor.

Uma criatura alada negra pousou em uma construção próxima a Carbon. A criatura não tinha penas, mas seu bico e suas garras tornavam evidente que era aparentada às aves.
-Carbon: Que ótimo! Como vou matar essa coisa?

Longe dali, William e Samantha prestavam atenção somente na luta que estava prestes a começar logo abaixo.
-William: Vamos começar a segunda parte do plano, está pronta?
-Samantha: Certamente.

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