O que Importa é Ser Feliz

Não dá mais pra esconder


O tempo passa e Laura ainda não disse nada ao irmão sobre Lucas. O mais próximo que disse a ele sobre isso foi o conselho que pediu.

Uma sexta-feira quando saía da escola, Laura viu que Lucas a esperava do outro lado da rua. Ela ficou feliz, mas estranhou ele ali aquele horário.

Ele a chamou e abriu a porta do carro pra ela. Ele entrou em seguida e saíram.

- Estava com saudades. – disse Lucas lhe dando um beijo.

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- Eu também, mas o que você está fazendo aqui essa hora? Não devia estar trabalhando?

- Peguei férias de trinta dias, já era hora não acha?

- Nossa, passou rápido né?

- Passou, mas não vim aqui só por isso, quero te dar uma coisa.

- Oba, adoro ganhar presente! – diz toda empolgada. – O que é?

- Calma, já vou te dar, não seja curiosa. Mas tem que ser em um lugar especial.

- Você não vai me levar pro seu apartamento vai? – diz levantando uma sobrancelha.

- Bem que eu gostaria – diz Lucas rindo – mas não é lá não. Você já vai ver.

Após algumas voltas de carro Lucas chega a uma praça bem conhecida para os dois.

- Você lembra daqui? – pergunta pra ela.

- Nossa, lembro sim. Você e o Rafa ficavam ali naquele campinho jogando futebol e eu ficava aqui nesse balanço esperando vocês pra ir embora. – diz isso se sentando no balanço a sua frente. – Mas porque me trouxe aqui?

- Eu estava pensando ontem à noite antes de dormir na nossa infância – diz se sentando ao lado dela em outro balanço – Não que a sua tenha passado há muito tempo – diz sorrindo – Mas então, você lembra que a gente comprava um monte de chiclete que vinha com pulseirinha, carrinho, essas coisas?

- Nossa, é verdade. – diz se balançando suavemente – Até pouco tempo eu tinha uma dessas tranqueirinhas em casa.

- Você era pequena, devia ter uns 8 ou 9 anos, talvez não lembre, mas uma vez eu comprei um desses e veio com um anelzinho bem vagabundo.

- Sei um verdinho né? Você me deu ele.

- Isso, lembra mesmo! Ta vendo como você fica muito melhor sóbria? – diz rindo.

- Ta engraçadinho, mas ainda não entendi o que isso tem a ver.

- Bom. – diz se levantando do balanço. – Acho que já é hora de eu te dar algo melhor que um anel de chiclete né? – diz colocando a mão no bolso e tirando uma caixinha preta de veludo, a abrindo em seguida deixando um par de alianças prateadas à mostra.

Laura para de se balançar e fica com a boca aberta.

- Não acredito que você fez isso!

- Na verdade nem eu! – diz rindo ao pegar a mão de Laura e colocar a aliança – Nunca usei uma dessas, nem sei se você vai gostar.

- Ela é linda. – diz olhando para a mão com a aliança já colocada e colocando a dele em seguida.

- Agora você está algemado! – diz ela sorrindo

- Eu sei, e por incrível que pareça estou gostando. – diz beijando Laura. – Só tem um porém e imagino que você saiba qual é.

- O Rafa.

- Ele mesmo. Laura, não dá mais pra esconder. Você disse que jogou uns verdes nele e que estava tudo bem, então porque não contamos de uma vez?

- Eu sei, vacilei mesmo, admito, mas tenho uma idéia. E você vai ter que me ajudar.

- Qual é a brilhante idéia? – diz com tom, irônico. – Só vai usar a aliança quando estiver comigo?

- Não. Vou dizer que estou namorando, mas não vou dizer quem.

- Nossa, resolveu tudo! – diz ao se sentar novamente no balanço.

- Confia em mim, agora que entra a minha idéia. Vou te contar tudo.