0'Clock

Capítulo 15


8 mês

— Melanie.

— Freddie.

Nos cumprimentamos friamente. Olhei por entre seus ombros ansiosamente, procurando pela presença da minha namorada. Melanie percebeu e sorriu discretamente, afastando mais a porta.

— Entra. — ela disse, mas eu fingi não ouvir e continuei na porta de entrada, esperando por Sam. — Qual é, Freddie, eu não vou te morder.

Era a primeira vez que a gente se via desde que ela resolveu ficar mais um tempo em Seattle, estava apreensivo e já não me sentia confortável na presença dela. Eu fazia questão de evitar o mesmo ambiente.

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— Vou aguardar aqui mesmo, obrigado.

— Você contou a ela não foi? — Melanie acusou, adivinhando.

— Ela é minha namorada, não é como se eu pudesse esconder isso da Sam. — me defendi.

E antes que Melanie falasse qualquer outra coisa, Sam apareceu e empurrou Melanie para longe, pulando em cima de mim.

— Saudades, meu amor! — Uou... Foi isso que ouvi? Meu AMOR?

— A gente se viu ontem. — ri e lhe dei um selinho, Sam fez um biquinho fofo nos lábios. Melanie nos observava da porta. — Vamos, o ensaio começa daqui a trinta minutos e você sabe como a Carly fica histérica se a gente não chegar a tempo. — disse, segurando seu peso no meu corpo enquanto eu a carregava.

— Não espere por mim, vou dormir na casa da Carly. — Sam deu um tchau para Melanie, tratando-a friamente.

— Tudo bem.

Soltei Sam no chão e peguei na sua mão, caminhando juntos até o carro.

— Você contou alguma coisa para ela? — perguntei.

— Não. Por quê?

— Ela sabe que eu lhe contei... Você sabe. — Sam fez uma careta.

—Ok. Vamos apenas esquecer esse assunto, certo? Não é como se eu gostasse de lembrar que minha irmã beijou o nerd do meu namorado.

— Ei. — disse ofendido.

— Mas o nerd mais lindo. — ela acrescentou, sorrindo docemente.

— Oh, Samantha.

Seria um desafio Sam entrar comigo no apartamento, já que a Sra.Marisa Benson estaria de folga.

Entrei primeiro, fazendo Sam esperar do lado de fora. Observei em volta e não havia sinal da minha mãe na sala, fui até o meu quarto e nada dela lá também.

— Estamos com sorte. — disse, segurando a porta com um sorriso maroto no rosto.

Sam respondeu com um sorriso idêntico ao meu, entrando e indo direto para meu quarto. Cheguei depois dela e fechei meu quarto com a chave; minha mãe reclamava, mas estava se acostumando com a nova rotina. Abracei Sam por trás, beijando seu pescoço. Sam riu graciosamente enquanto se arrepiava toda.

Ela se virou para o meu lado e tomou minha boca num beijo ardente, minhas mãos correram por toda a extensão da sua costa, subindo o tecido branco da camisa e apertando mais nossos corpos de modo que não conseguiriam distinguir quem era quem.

Eu já tinha perdido o controle das minhas ações. Meu sangue fervia, me queimando por dentro. Eu só pensava em uma coisa e tentava desesperadamente ter o que meu corpo pedia. Levei o corpo de Sam para a cama e joguei nossos corpos contra o colchão, ficando por cima dela enquanto eu mordia de leve seu pescoço e procurava por sua boca. Sam agarrou na minha camisa e se forçou contra mim, descendo a mão até o feixo da minha calça.

Parei de beijá-la, arfando, e observei com tesão seus dedos desabotoarem o botão da calça e abrir o zíper, exibindo uma expressão sedutora. Sam me acariciou e alisou o meu abdômen por debaixo da camisa, me fazendo arquejar de tanto prazer. E sem poder controlar, nossa pegada foi se intensificando e a vontade aumentando. Eu admirava cada pedacinho da Sam com beijos e carícias enquanto Sam ia cedendo e se entregando.

Tirei a sua blusa e depois o sutiã, com os seios ficando a mostra. Sam enrubeceu envergonhada, mas a dureza denunciava sua excitação, chamando-me. E eu os acariciei empolgado, aumentando a minha libido e sentindo minha parte de baixo reagir. Eu queria mais. E assim sendo me sentei na cama e a puxei junto, deixando que suas pernas ficassem divididas entre nós, e nossos corpos mais próximos. Em seguida, a chupei do pescoço até os seios, abocanhando os bicos endurecidos.

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Sam se remexeu impaciente nas minhas pernas, querendo sentir mais de mim. Ela gemeu quando nossas excitações se encontraram, arquejando e arranhando, fazendo uma bagunça em desespero. Ela puxou a minha camisa pelos braços e mordeu com certa força no meu ombro, me tocou e me provocou com as unhas, fazendo festinha nas minhas costas. Tudo era enlouquecedor, eu estava sem controle de nada. Sam era muito gostosa, dona de um corpo lindo e super sexy. Ela sabia como me deixar louco.

Deitei-a na cama novamente, liberando-a da calça. Sorri, beijando um pouco abaixo do umbigo até o começo da calcinha boxer que usava.

— Freddie. — ouvi ela me chamar alto. — Freddie... — ela repetiu.

Porém, não era ela. Não era a voz doce dela gemendo de prazer, não, a voz parecia brava e autoritária.

“Ah merda!” — esbravejei mentalmente, quando finalmente eu percebi o que estava rolando. Era minha mãe quem chamava do outro lado, batendo a porta aos berros.

— Porra. — Sam xingou, petrificada. Eu a impedi de levantar.

— Freddie, abre a porta! Eu sei que essa delinquente está ai dentro com você!

— Do que você está falando, mãe? — perguntei, fazendo o sonso.

Sam se levantou num momento de distração, pegando suas roupas pelo quarto e correndo ao banheiro.

— A loura endiabrada. — ela repetiu, com uma batida forte na porta. — Eu a ouvi e foi nojento! Abre logo antes que eu arrombe essa porta.

Peguei minha camisa do chão e, me vestindo de qualquer jeito, abri a porta. Minha mãe arregalou os olhos, notando a situação entre minhas pernas, subindo o olhar e se fixando no fexo aberto da calça.

Ao perceber seu olhar, me virei e fechei o zíper apressadamente, atrapalhando-me para abotoar o botão.

— Cadê a safada que estava se aproveitando da inocência do meu filhinho? — minha mãe questionou, enquanto procurava por todo meu quarto.

— Mãe não tem ninguém. A senhora está ficando louca! — reclamei.

— Então como você me explica isso? — ela olhou para baixo, e meu rosto queimou.

Hesitei.

— Eu... Eu estava na internet! — minha mãe retornou a olhar para mim, desistindo da busca pelo quarto. — Eu olhava o vídeo de um site pornô, mãe! — me humilhei mais ainda.

— Não acredito em você! — insistiu, se voltando a buscar.

— Mãe! — gritei, emburrado. — Não há ninguém aqui, ok?! Eu tenho 17 anos e querendo ou não, tenho minhas necessidades. Afinal, eu sou um homem!

Minha mãe parou e me encarou, estupefata. Logo após, suspirou, cansada.

—Você cresceu tanto. — ela se lamentou, levando a mão no peito como se fosse a primeira vez que tivesse se dado conta. — Desculpe amorzinho. É só que ainda te vejo como aquele garotinho indefeso que era obcecado pela vizinha da frente. — seu olhar caiu para o chão, parecendo desapontada. — Desde que você começou a namorar aquela desnaturada, eu venho perdendo mais o controle sobre você. Eu não sei mais o que fazer!

— Não é uma guerra, mãe! Eu amo a Sam e ela ama a mim também. Daqui há 4 meses vamos comemorar nosso primeiro ano juntos, e eu quero que esse seja o primeiro de muitos. — disse mais calmo, indo até minha mãe e pegando sua mão. — Querendo ou não, mãe, eu cresci. E mesmo sem a Sam, eu iria crescer. As pessoas evoluem.

— Mas foi tão rápido. — ela choramingou, me seguindo até porta.

— Eu sei... Eu sei. — disse, levando-a para seu quarto disfarçadamente.

Fiquei um tempo abraçado com ela, depois dei boa noite e beijei sua testa, voltando para o quarto.

— Sam, pode sair. — avisei, entrando.

Sam saiu do banheiro, seu rosto uma confusão de emoções. Era deboche, surpresa, ira e desapontamento.

— Vou banhar com água fria. — disse, passando por ela.

— Sam... — acordei dessituado, procurando pela minha lourinha, depois de não encontrá-la ao meu lado.

Tendo o silêncio como resposta, resolvi fazer a higiene matutina e depois me arrumar para ir a escola. Terminei um pouco tarde e como estava atrasado, não passei no apartamento da Carly.

Já na escola, eu fui direto para o meu armário me encontrando com Sam e Carly ali.

— Buenos dia, muchachas! — cumprimentei aproximando-me e beijando o rosto de Sam.

— Hey, Sam! — o idiota do Mike disse vindo em nossa direção.

Agarrei a cintura da Sam inconscientemente, encostando-me no armário com ela. Sam tentou se desvencilhar um pouco envergonhada com o excesso de contato.

— Freddie para com... – ela começou, mas foi interrompida por uma voz exatamente igual a sua.

— Hey Carly, Sam... Freddie... — Melanie cumprimentou.

— Oi, Melanie. — Carly cumprimentou gentil, olhando para Sam acusatória. — Achei que já tinha voltado.

— Ah, não! Eu decidi ficar o verão inteiro com a minha mãe. — Carly e Gibby se animaram com a notícia.

— O que faz está fazendo aqui? — Sam perguntou ríspida, correspondendo agora o meu abraço.

— Eu vim estudar com vocês, oras! Lá em casa estava um tédio e o diretor Franklin me deixou frequentar o último trimestre com vocês. — contou, com um sorriso enorme.

— O quê? Por quê? — Sam e eu falamos juntos.

— Teoricamente, eu já entrei numa universidade. — Sam bufou, virando os olhos.

— Sam, você tem uma gêmea? — perguntou Mike, espantado.

— Me conta uma novidade. — Sam ironizou, de mau humor.

— Oi, eu sou o Mike. Sou amigo da Sam. — Mike se apresentou a Melanie. Amigo que quer roubá-la de mim.

— Melanie. — ela segurou a mão dele.

— Melanie... É um lindo nome.

— Obrigada!

— Então, Melanie, você aceita sair comigo hoje a noite? — Mike convidou de repente, pegando todos nós de surpresa.

Melanie pareceu pensar no assunto antes de responder:

— Claro! Eu adoraria!

— Nos encontramos às 19h. Pode ser?

— Vou estar pronta. — Melanie sorriu.

Mike saiu e nos deixou ali parados estáticos, observando-os com cara de pateta.

— Mel, conquistando os corações. — Carly zoou assim que o Mike se afastou o suficiente.

— Para, Carly!

O sinal tocou, alertando-nos a seguir para nossas respectivas salas de aula. Desfiz o abraço de Sam e me despedi com um selinho, nós teríamos aula diferente.

Estava muito mais contente com o ocorrido dessa manhã. Livrei-me de dois coelhos com uma cajadada só. Mike e Melanie juntos poderia deixar eu e Sam em paz.

Isso era o que eu pensava.